Até agora, apenas dois ministros votaram. Na última sessão, os magistrados cogitaram excluir a UIF (antigo Coaf) da discussão

 

POR THAYNÁ SCHUQUEL

 

Oplenário do Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar, nesta quarta-feira (27/11/2019), até que ponto órgãos de fiscalização podem compartilhar dados sigilosos com instituições de investigação, sem o aval da Justiça. Essa é a quarta sessão sobre o caso. Até agora, apenas dois ministros votaram.

 

O presidente da Corte e relator do caso, ministro Dias Toffoli, votou pela possibilidade de acesso às informações mediante supervisão judicial. Divergindo do relator, o ministro Alexandre de Moraes votou pela possibilidade de a Receita compartilhar todos os dados com investigadores. “Entendo que é possível o compartilhamento de todas as informações produzidas”, disse.

 

Em meio à discussão, os ministros questionaram a inclusão da UIF no julgamento. Originalmente, apenas a Receita Federal estava em jogo na análise. Há a possibilidade desse ponto ser excluído do tema. Após o impasse, a sessão foi suspensa e marcada para esta quarta.

 

Toffoli

Ao abrir a sessão na última quinta, o ministro-relator detalhou as teses do voto proferido por ele na tarde de quarta-feira (20). Ele explicou, com detalhes, quais foram as pontuações feitas na manifestação.

 

Na decisão, o presidente do STF defendeu a disseminação de dados, contanto que não haja a íntegra de informações sigilosas – como extratos bancários. O presidente da Corte também exige que o MP instaure procedimento de investigação antes de pedir acesso aos arquivos.

 

Javanês

O voto de Toffoli foi considerado confuso até pelos togados. Ao término, questionados sobre a manifestação do colega, os demais ministros preferiram não arriscar. Edson Fachin confessou que não entendeu e Luís Roberto Barroso disse, em tom de ironia, enquanto caminhava: “Tem que contratar um professor de javanês”.

 

PGR

Antes da decisão de Toffoli, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou em favor da possibilidade de acesso a dados sigilosos sem que haja aval jurídico. Segundo o PGR, esse é um mecanismo relevante para o combate à corrupção. “Os relatórios não são provas. São meios de obtenção de prova”, declarou.

 

Entenda

Em julho, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, atendendo a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (sem partido), filho do presidente Jair Bolsonaro, determinou a suspensão de inquéritos que tivessem como base dados detalhados de instituições fiscais sem permissão explícita judicial.

 

Na análise desta quinta-feira (21/11/2019), os ministros debaterão se mantêm a paralisação das diligências e quais devem ser as regras para o compartilhamento de informações entre as autoridades financeiras e o Ministério Público.

 

Caso Flávio

Ao abrir a sessão de quarta-feira (20/11/2019), Toffoli disse que o julgamento não tem a ver com o caso de Flávio Bolsonaro. Segundo ele, a decisão sobre o senador foi tomada com base no Código de Processo Civil (CPC) e não atingirá o filho do presidente.

 

O senador Flávio Bolsonaro é investigado por suspeitas de desviar parte dos salários de funcionários de seu antigo gabinete da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj), prática conhecida como “rachadinha”.

 

A apuração contra o filho do mandatário do país teve origem em um relatório do antigo Coaf, no qual foram apontadas movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz.

 

Posted On Quarta, 27 Novembro 2019 06:48 Escrito por

Da Assessoria

 

Em visita à região do Bico do Papagaio, no último final de semana, (22 e 23), a senadora Kátia Abreu (PDT), entregou tratores, se reuniu com prefeitos, vice-prefeitos, lideranças municipais e participou do 1º Encontro de Mulheres empreendedoras do Agronegócio do Bico do Papagaio.

 

Em Tocantinópolis a senadora visitou as obras de Reforma da Unidade de Atenção Especializada em Saúde – Hospital José Sabóia, para a qual destinou mais de R$ 1,5 milhão. Reuniu-se com mais de 25 secretários municipais de saúde, 12 prefeitos, seis vice-prefeitos e demais representantes das 28 municípios da região do Bico do Papagaio, onde tratou de assuntos relacionados ao programa Catarata Zero, com orientações sobre o funcionamento do programa e as diretrizes do sistema de regulação (Sisreg).

 

Outro assunto debatido em Tocantinópolis foi a formação de consórcios intermunicipais e os investimentos já realizados pela senadora para aquisição de equipamentos para pavimentação urbana dos municípios integrantes dos consórcios, sendo quatro consórcios: regiões Sul e Sudeste, Bico do Papagaio e região de Pedro Afonso, os quais já têm recursos garantidos na ordem de R$ 17 milhões.

 

No município de São Miguel do Tocantins, a senadora entregou tratores em evento municipal com a participação de mais de 200 pessoas e em Augustinópolis Kátia Abreu participou do 1º Encontro de Mulheres do Agronegócio da Região do Bico do Papagaio, evento que contou com a participação de mais de 400 mulheres empreendedoras e que evidenciou o protagonismo feminino no agronegócio, além de debater sobre o empreendedorismo das mulheres no setor. Durante o evento a senadora contou sua trajetória de vida, com a palestra “Da dor ao sucesso – uma trajetória de vida no agronegócio, na política e na vida social”.

 

Em Aguiarnópolis a senadora encontrou-se com Agentes de Saúde para tratar de assuntos da categoria. Ouviu demandas, coletou informações e ponderou sobre a melhor forma de contribuir para melhorias das condições de trabalho da classe.

Posted On Quarta, 27 Novembro 2019 06:45 Escrito por

Outros 33% discordam. 22% não responderam

 

Com Estadão

 

Mais de quatro a cada dez brasileiros acreditam que o Poder Judiciário interfere e desempenha funções que não são próprias dos juízes e desembargadores. Essa percepção é ainda maior entre advogados e defensores públicos, que trabalham diretamente com o sistema de Justiça: mais de 70% concordam que há interferência no Legislativo e no Executivo. A atuação do Judiciário, porém, ainda é a mais bem avaliada entre os três Poderes.

 

Os dados são de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em parceria com a Associação de Magistrados do Brasil (AMB), que entrevistou mais de 2,5 mil pessoas, entre advogados, defensores públicos e cidadãos comuns. Os resultados serão apresentados nesta terça-feira, 26, em reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa é a primeira edição do estudo.

 

Cerca de 60% dos entrevistados dizem que os Poderes não são independentes entre si, como determina a Constituição, e que frequentemente interferem entre si. Entre advogados e defensores, o Judiciário é o mais citado como o Poder que interfere nos demais com mais frequência. Já os demais entrevistados, cidadãos que não têm carreira do Direito, 25% dizem que o Legislativo é o Poder que mais interfere nos demais, e 22% citam o Judiciário.

 

A maior parte dos cidadãos - o equivalente a 45% - concordam que o Judiciário desempenha funções de outros Poderes. Outros 33% discordam dessa afirmação e 22% não sabiam ou não responderam à pergunta.

 

A maioria (51% entre cidadãos comuns e 66% entre advogados e defensores) avalia que é negativa a atuação de magistrados em assuntos sob responsabilidade do Congresso ou do Executivo. "O ponto positivo é que (a pesquisa) retratou uma situação que estamos vivendo, ninguém está surpreso nesse ponto, e é um ponto de partida para a discussão dos papéis de cada Poder", disse o professor Marco Aurélio Bellizze, da FGV, que é também ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ajudou a coordenar a pesquisa. "A pesquisa é uma 'foto' do momento. É um momento em que se discute qual é o papel do Judiciário, se há ativismo demais, se o Judiciário está invadindo demais ou se os outros Poderes estão retraídos."

 

Avaliação

Entre os três Poderes, o Judiciário tem os melhores índices de confiança e aprovação. Segundo a pesquisa, 33% dos entrevistados dizem que o Judiciário é o poder que melhor cumpre o seu papel, enquanto só 9% escolhem o Legislativo e 8% citam o Executivo. A segunda resposta mais comum, com 28% dos entrevistados, é de que nenhum poder cumpre seu papel de forma melhor.

 

O Judiciário é o único em que mais da metade dos entrevistados, ou 52%, disse confiar. A Presidência da República conta com a confiança de 34% de quem foi ouvido na pesquisa, e o Legislativo, 19%.

 

O sentimento mais identificado com o Judiciário brasileiro, porém, é de preocupação. Os pesquisadores perguntaram como os entrevistados se sentem em relação ao sistema de Justiça, e 45% responderam que estavam, em primeiro lugar, preocupados. Em seguida, as respostas mais comuns entre foram: esperançoso (25%), envergonhado (25%), indignado (24%), triste (20%) e com medo (18%).

 

A característica mais importante em um sistema Judiciário "ideal", para o conjunto da sociedade, é que ele seja confiável (41%). Já a maior parte dos advogados (44%) responde que o mais importante é que a Justiça seja imparcial e igual para todos.

 

Desinformação

Outro fenômeno identificado pela pesquisa é o desconhecimento em relação ao sistema Judiciário. A pesquisa listou 11 instituições do sistema de Justiça, da Defensoria Pública ao Superior Tribunal Militar, e perguntou se os entrevistados conheciam os órgãos citados. A proporção de pessoas que respondeu conhecer "bem" ou "mais ou menos" as entidades ficou abaixo dos 50% em todos os casos.

 

Esse é um dos motivos levantados pelos pesquisadores para explicar a avaliação ruim da Justiça em alguns casos. "Quanto maior o conhecimento sobre o Poder Judiciário, melhor a avaliação. Nossa avaliação é sempre melhor entre advogados e defensores do que entre o público em geral", disse Bellizze.

 

Ele afirmou que a comunicação deve ser um dos temas sobre os quais o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve discutir a partir do estudo. Lentidão nos processos e o papel do Judiciário também devem entrar no debate. "Há uma falha grande de comunicação. O Judiciário não consegue nem demonstrar qual é sua missão real. Há muita confusão sobre o que é Justiça, o que é polícia e o que é Ministério Público, quem prende e quem solta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posted On Terça, 26 Novembro 2019 17:22 Escrito por

Líderes do governo na Câmara e Senado se reuniram com Sergio Moro, mas decidiram esperar calendário para definir acordo sobre retomada de prisões

 

Com Agência Brasil

 

A reunião que estava marcada para esta terça-feira (26) entre líderes do governo na Câmara e no Senado para definir qual seria a estratégia para que as prisões após condenação em segunda instância terminou sem um acordo. Os parlamentares decidiram que vão esperar a Câmara dos Deputados montar o calendário com os prazos para a tramitação da proposta que tramita na Casa para, depois, definirem qual será a proposta que será apoiada.

 

O assunto foi discutido hoje entre os presidentes das casas legislativas, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), pelo menos mais 19 deputados e 26 senadores e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro . Entre os participantes estavam a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e líder do PSL na Câmara.

 

Hoje há duas opções para que os condenados em segundo grau voltem a cumprir pena antes do trânsito em julgado, termo jurídico usado quando os réus podem permanecer em liberdade até a análise dos últimos recursos possíveis antes da prisão.

 

Uma delas é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara. Essa PEC altera os artigos 102 e 105 da Constituição e, com essa mudança, os recursos especiais e extraordinários apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) seriam transformados em ações independentes.

 

Na prática, o que seria feito seria uma mudança do que é o trânsito em julgado hoje, de modo que condenados em segunda instância já começassem a cumprir pena. Caso a PEC seja aprovada, o processo até poderá seguir para o STF ou STJ, mas por meio de uma nova ação.

 

Por se tratar de emenda à Constituição, a PEC deverá ser submetida a dois turnos de votação e só será aprovada se tiver o apoio de pelo menos três quintos da Casa. Essa quantidade de deputados é chamada de maioria qualificada e corresponde a 308 dos 513 deputados.

 

A outra opção para retomar a prisão após condenação em segunda instância é um projeto de lei (PL) que tramita no Senado. Embora mais rápido, a alternativa é considerada menos segura, pois ela modifica o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP), especificamente na parte da prisão sobre execução da pena, e iria contra o princípio da presunção de inocência.

 

Para ser encaminhado à Câmara, o PL precisa do apoio da maioria simples dos senadores, ou seja, metade dos votos mais um, desde que estejam presentes à sessão pelo menos 41 dos 81 parlamentares.

Posted On Terça, 26 Novembro 2019 15:15 Escrito por

Honraria foi concedida na ocasião da formatura do Curso de Altos Estudos em Segurança Pública da Secretaria de Segurança Pública de Goiás

 

Por Jarbas Coutinho

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, foi homenageado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, com a Medalha Grã Cruz de Honra ao Mérito Tiradentes pelos serviços prestados à corporação. A entrega da honraria foi feita na manhã desta terça-feira, 26, no Gabinete do Governador, no Palácio Araguaia, pelo assessor militar junto à Procuradoria-Geral de Justiça, Coronel Félix, e pelo procurador-geral Omar de Almeida Júnior.

 

A honraria foi concedida na ocasião da formatura do Curso de Altos Estudos em Segurança Pública da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (Caesp 2019), realizado em Goiânia, segundo o Coronel Félix, que participou do curso na capital goiana. O Governador foi um dos padrinhos da turma, mas segundo o Coronel Félix, não foi possível comparecer à cerimônia em virtude de compromissos da agenda. O Governador Mauro Carlesse foi prestigiado ainda com uma espada banhada a ouro.

 

Entrega da honraria foi feita no Gabinete do Governador, pelo assessor militar junto à Procuradoria-Geral de Justiça, Coronel Félix, e pelo procurador-geral Omar de Almeida Júnior

 

O Governador agradeceu pela homenagem e destacou que o seu governo trabalha para fortalecer cada vez mais a segurança no Estado. “Queremos que o Tocantins cresça em todos os setores e essa homenagem é maravilhosa, obrigado”.

 

Curso O curso teve como objetivo o aperfeiçoamento de profissionais que integram níveis estratégicos das forças policiais. Representantes dos estados de Goiás, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro e do Distrito Federal concluíram o Caesp 2019, após quatro meses de curso. A quinta turma do curso recebeu o nome Ronaldo Ramos Caiado e contou com 51 oficiais superiores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, bem como por delegados da Polícia Civil, peritos, médicos legistas e papiloscopistas da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC).

Posted On Terça, 26 Novembro 2019 14:53 Escrito por