Mudança no abono salarial da reforma pode custar R$ 80 bilhões
POR THIAGO RESENDE E RICARDO DELLA COLETTA
O plenário do Senado impôs uma derrota ao governo na votação da reforma da Previdência e derrubou o artigo que criava regras mais rígidas para recebimento do abono salarial.
O abono é uma espécie de 14º salário pago pelo governo a trabalhadores de baixa renda com carteira assinada.
O Senado decidiu manter o critério atual: pode receber o benefício quem recebe até dois salários mínimos, cerca de R$ 2 mil. A versão da reforma aprovada pela Câmara previa um limite de renda mais restritivo, de aproximadamente R$ 1,3 mil.
O governo não conseguiu os votos necessários para que o texto da Câmara fosse mantido.
Plenário do Senado Federal durante discussão e votação da PEC da Reforma da Previdência Pedro Ladeira/Folhapress Com isso, a previsão de economia com a reforma da Previdência é reduzida em R$ 76,4 bilhões em dez anos. Assim, o impacto fiscal da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) passa para R$ 800,3 bilhões em uma década.
A reforma da Previdência saiu da Câmara com uma projeção de corte de gastos de R$ 933 bilhões em uma década. A versão original, enviada pelo governo em fevereiro, previa uma redução de R$ 1,2 trilhão nas despesas.
Após a derrota do governo, a sessão do plenário do Senado foi encerrada. A conclusão da votação da reforma da Previdência, portanto, foi adiada.
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro esperavam concluir esta etapa ainda na terça-feira (1º).
O texto-base da PEC foi aprovado por 56 votos a 19. O placar ficou dentro da expectativa do governo, que calculava de 55 a 60 votos a favor da reforma.
Os senadores, depois, começaram a analisar os destaques -votações separadas de trechos específicos do projeto a pedido de partidos políticos. Esse processo foi interrompido após o resultado no destaque sobre o abono salarial.
Na primeira votação, o plenário decidiu que apenas a União poderá criar contribuições extraordinárias para cobrir déficit do regime previdenciário dos servidores públicos.
O processo de votação dos destaques foi interrompido logo após o resultado sobre o abono salarial. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que o governo foi derrotado por falta de articulação.
O Senado voltará a analisar os demais destaques a partir das 11h desta quarta-feira (2).
O placar no texto-base, porém, mostrou uma margem de sete votos acima do mínimo necessário, 49. O resultado é apertado para a votação no segundo turno, que já está sob pressão.
A proposta de reforma da Previdência tem sido alvo de negociações entre o Senado e o governo. O primeiro turno de votação deveria, segundo calendário traçado por Alcolumbre, ter sido concluído na semana passada.
O atraso foi um ato corporativista, em defesa do líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alvo de operação da Polícia Federal, em setembro.
Agora, em outubro, há pressões de senadores para que cumpra acordos firmados para que a proposta de restruturação das regras de aposentadorias seja aprovada. Sem o apoio dessa ala, a conclusão da reforma fica ameaçada.
Por causa das queixas, a votação, em segundo turno, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência pode sofrer atrasos. A previsão atual é até dia 15 de outubro.
Uma das reclamações é que o pacto federativo -conjunto de medidas que visam destinar mais recursos para estados e municípios- ainda está travado. O ministro Paulo Guedes (Economia) prometeu entregar o pacote após a aprovação da reforma.
Senadores também cobram a liberação de emendas parlamentares, instrumentos para que possam destinar dinheiro a obras em suas bases eleitorais. Nas negociações com a Câmara, que já aprovou a reforma da Previdência, o governo enviou um projeto para mexer no Orçamento e permitir que quase R$ 2 bilhões sejam usados como emendas parlamentares.
Uma ala do Senado quer o mesmo tratamento. Essa é uma forma de compensar o desgaste político em aprovar medidas impopulares relacionadas a aposentadorias e pensões.
Outro ponto de tensão é a divisão de recursos da cessão onerosa, cujo megaleilão de petróleo está marcado para 6 de novembro. O Senado aprovou uma proposta para que 30% do valor arrecadado seja distribuído -em fatias iguais- entre estados e municípios.
Mas há uma articulação na Câmara para que os municípios recebam mais, o que incomodou o Senado.
Em resposta, Alcolumbre costura um acordo com o governo para que uma medida provisória seja editada definindo os critérios de rateio dos recursos de acordo com as regras já aprovadas no Senado.
Assim, o presidente da Casa espera cumprir o prazo de votação em segundo turno até o dia 15 de outubro. Só depois é que a PEC vai à promulgação e as mudanças nos critérios de aposentadorias passam a valer.
(Thiago Resende e Ricardo Della Coletta - FolhaPress)
Mais de 170 profissionais trabalham na modernização do sistema elétrico que atende o cartão postal do Tocantins
Com Assessoria
Um dos principais destinos turísticos do norte brasileiro, o Jalapão, está sendo preparado para ampliar a capacidade de fornecimento de energia, e assim, esteja preparado para receber novas indústrias, comércios e residências. A Energisa, distribuidora responsável pela concessão de energia no Tocantins, está realizando até a próxima sexta-feira, 04/10, uma megaoperação com o objetivo de modernizar a rede elétrica e realizar manutenção preventiva, garantindo assim, um fornecimento de energia com qualidade e segurança. São 160 eletricistas que estão acompanhados ainda por técnicos, analistas, engenheiros e gestores da distribuidora. Guilherme Damiance, gerente de operações da Energisa comenta que ações de melhoria e ampliação da rede elétrica são rotina na Energisa. "O nosso compromisso é garantir o conforto e bem-estar dos consumidores de energia no Tocantins". Os esforços da Energisa são para oferecer um sistema elétrico preparado para receber novas indústrias, comércios e residências, sempre buscando melhorar a qualidade dos serviços. Em 2018 foi investido cerca de R$ 1,57 milhões na manutenção de toda a extensão da rede do Jalapão. Foram substituídos postes, cruzetas, isoladores e instalados para-raios e religadores. Neste ano, mais de RS 4 milhões já foram investidos na melhoria do trecho da rede que atende Mateiros, São Félix e Chapada Mangabeiras. Foram instalados equipamentos para melhoria do nível de tensão e para recomposição do fornecimento em menor tempo, além de controle de vegetação nas áreas rurais. Dois grupos geradores também estão em fase de instalação. Eles vão garantir o fornecimento de energia, de forma automática, em caso de falta da linha. A obra ainda contempla a instalação de base operacional em Mateiros e em São Félix, melhorando a estrutura para a atuação das equipes e para o atendimento aos clientes. Mais R$ 2 milhões já estão previstos para 2020, quando os geradores de São Felix deverão ser renovados e as redes de atendimento de novos clientes ampliadas. Desligamento A ação no Jalapão é estratégica e contínua. Em agosto, mais de 70 profissionais já haviam modernizado parte da rede da região. “A região do Jalapão tem o acesso difícil, sendo necessária uma grande operação”, explica Alberto Cunha, gerente de Construção e Manutenção da Energisa. Alberto conta ainda que a região está sendo desligada em etapa. Segundo ele, "para reduzir este impacto, estamos envolvendo muito profissionais, agilizando o trabalho e garantindo que o tempo do desligamento seja o menor possível". Para efetuar todos os serviços com segurança e qualidade, serão realizados desligamentos programados nos locais pontuais das obras. Os clientes da Energisa são sempre informados sobre os desligamentos e outros serviços. Para isso, é necessário manter os dados (celular e e-mail) atualizados. Os avisos de desligamento são realizados por meio de SMS, carro de som e carta. O cliente também pode consultar os desligamentos programados para a sua região no site www.energisa.com.br, pelo aplicativo de celular Energisa On ou 0800 721 3330.
Augusto Aras foi indicado por Jair Bolsonaro para o cargo de procurador-geral da República
Por Agência O Globo
O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o aprofundamento das investigações do atentado contra presidente Jair Bolsonaro e de seu autor, Adélio Bispo de Oliveira — homem que atacou o então candidato à Presidência durante a campanha eleitoral, em setembro do ano passado. Aras afirmou não acreditar na tese de que o agressor agiu sozinho. As declarações do novo PGR foram dadas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo , publicada nesta quarta-feira (2).
O procurador, que toma posse para um mandato de dois anos nesta quarta-feira, disse que as características do ataque apontam que ação não foi "um mero surto de quem quer que seja". Aras defendeu a reabertura das investigações sobre o caso.
"O uso de arma branca, a suspeita de copartícipes na multidão, a tentativa de confundir as apurações com a entrada de pessoas com o mesmo nome na Câmara, o surgimento de advogados que não foram contratados por alguém conhecido são elementos que precisam ser investigados. Ainda é tempo de a Polícia Federal, do Ministério Público Federal, atuando em conjunto, buscar a verdade real do atentado", disse o PGR ao jornal.
Preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), Adélio foi considerado inimputável pela Justiça, em julho deste ano, por sofrer de distúrbios mentais. No primeiro inquérito sobre o caso, a PF não encontrou nenhum indício de que o autor do atentado tenha agido a mando de uma segunda pessoa.
Ainda em entrevista ao Estado de S. Paulo , Aras disse ter um encontro marcado com o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a participação da Procuradoria-Geral da União no inquérito aberto das fake news.
TRANSPARÊNCIA
O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Antônio Poincaré Andrade reuniu a imprensa tocantinense para divulgar a forma transparente com que pretende aplicar os recursos destinados à publicidade, a serem aplicados em veículos de comunicação sediados em território tocantinense, como portais de internet, blogs, revistas, rádios, jornais e TVs.
Na oportunidade, o presidente da Assembleia apresentou aos proprietários e dirigentes desses veículos as quatro campanhas que serão veiculadas nessa primeira etapa.
Uma forma inovadora e inédita de apresentar um planejamento de mídia estratégico, que agradou a todos os presentes e demonstrou a seriedade com que Toinho Andrade pretende conduzir os trabalhos na Casa de Leis.
RELACIONAMENTO COM O EXECUTIVO
Sobre o relacionamento com governo Mauro Carlesse, Toinho Andrade foi claro sobre adotar uma política de não subserviência, mas de parceria saudável e harmônica.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, o parlamento vai buscar auxiliar o Executivo a solucionar os problemas do Estado, dando ênfase ao sistema de Saúde Pública, anunciando que irá realizar cinco mil cirurgias utilizando recursos carreados pelos deputados estaduais ainda este ano.
“isso não é submissão, isso é união entre os Poderes em benefício do povo tocantinense”, garantiu Toinho Andrade.
PONTE DE PORTO
O presidente da Assembleia Legislativa adiantou que, assim que o governador Mauro Carlesse chegar de sua viagem ao exterior, onde foi em busca de investidores internacionais, irá á Porto Nacional participar da Instalação do canteiro de obras da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins .
Ao lado do diretor geral de Comunicação da Casa de Leis, Edvaldo Rodrigues, Toinho Andrade foi taxativo: “vocês serão nossos parceiros e irão receber em dia pelos serviços prestados á esta entidade. Agradecemos, de coração, à presença de todos”, aproveitando para convidar a todos para um coffee-break.
DELAÇÃO E PÂNICO
A competente jornalista Sandra Miranda twitou que há a perspectiva de uma possível delação de Jr. Miranda, irmão do ex-governador Marcelo Miranda, que causou pânico e corre-corre no meio político tocantinense.
Sandra foi além do imaginário popular e elencou uma série de motivos que Brito Jr. Teria para aderir à delação premiada. Primeiro porque está preso na CPPP, segundo porque há a pressão de familiares, principalmente de sua esposa.
Uma delação de Brito Jr. Envolveria não apenas políticos, mas também o tribunal de Justiça do Tocantins, Ministério Público Estadual, tribunal de Contas do Estado e o Tribunal Regional Eleitoral, ou seja, atingiria de Chico a Francisco.
A chegada dos advogados de Brasília que vão tentar a libertação de Brito Jr. E suas opiniões sobre uma delação serão decisivas para a decisão final de Brito Jr.
CHANCE ZERO DE DELAÇÃO
Já os mais “otimistas” acreditam que as chances de delação de Brito Jr. São próximas a zero. Para muitos políticos, profissionais de imprensa e advogados o raciocínio é de que a confusão causada por essa hipotética delação causaria uma verdadeira confusão de idéias, em que Brito Jr. Estaria fabricando provas contra si mesmo.
Outro ponto seria a quantidade de “inimigos mortais” que iria criar ao terem seus nomes citados nas delações.
Pelo sim e pelo não, esses analistas que defendem essa tese consideram a possibilidade de delação de Brito Jr., pura fake news.
BOM HUMOR
Bolsonaristas de Porto Nacional divulgaram sua tese do porquê de Lula não querer sair da prisão. Segundo ele, o ex-presidente tem segurança privada, não paga água, luz, IPTU, quatro refeições preparadas por nutricionistas, ar condicionado, TV e chuveiro elétrico sem gastar um centavo.
Se sair para o semi-aberto, além da tornozeleira, Lula terá que trabalhar, coisa que não faz há décadas, e voltar para dormir na sede da Polícia Federal.
Se ta “bão’ assim, pra quê mudar, não é mesmo?
SEMANA DECISIVA
O MDB tocantinense passa por um dos piores momentos da sua história, com a prisão do seu maior líder político, sob acusações feitas pelo Ministério Público Federal por prática de corrupção e casos que falam em tortura e assassinato, que levaram ao bloqueio das contas pessoas de Marcelo Miranda e do Diretório do MDB estadual.
O partido espera que Marcelo peça o seu afastamento da liderança da legenda, enquanto tenta provar a sua inocência.
O clima é de constrangimento geral, já que todos têm um carinho especial por Marcelo Miranda e são unânimes em aconselhá-lo a se afastar da liderança partidária para evitar mais um sangramento na imagem pública do MDB estadual.
Em uma das conversas, hacker disse que se não tivesse tido iniciativa de vazar supostas conversas de Moro, o Brasil iria "quebrar"
Por Estadão Conteúdo
A Polícia Federal (PF) apontou que o contato do hacker Walter Delgatti Neto, preso em julho, com a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) durou nove dias. O inquérito sigiloso, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, indica que os dois conversaram, via aplicativo de mensagens, entre os dias 12 e 20 de maio deste ano.
Ao inquérito da Operação Spoofing — que investiga a invasão de celulares de autoridades do País — foram incluídas 38 reproduções de tela de celular de conversas. A organização das mensagens foi feita pela própria defesa de Manuela.
“Quero Justiça, não quero dinheiro”, diz o hacker em uma das conversas com a ex-deputada, acrescentando ter “oito teras (bytes) de coisa errada”. Em outro trecho, Manuela afirma que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, era a “melhor pessoa” para receber o conteúdo hackeado.
Delgatti Neto, por sua vez, diz que não havia pensado no nome do jornalista antes, mas depois afirmou que a indicação foi a “melhor saída”. “Era tudo o que eu precisava. Mas acredito que não caiu sua ficha (de Greenwald) ainda”, avaliou. Manuela, por sua vez, discorda: “Caiu, sim. Por isso pensei no jornalista mais capaz e com credibilidade mundial”.
Resumo do caso
A Operação Spoofing desarticulou uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos". As investigações dizem que o grupo acessou contas de Telegram de autoridades.
Um dos presos, Walter Delgatti Neto, admitiu à PF que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil; ele disse não ter alterado o conteúdo e não ter recebido dinheiro por isso Delgatti afirmou que a ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) foi a intermediária entre ele e o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept.
A ex-deputada confirmou a conversa e disse que repassou ao invasor o contato de Glenn
O juiz federal Vallisney de Oliveira, que autorizou as prisões, viu indícios de que 4 pessoas se uniram para invasão da contas de Telegram do ministro Sergio Moro e outras autoridades
Investigadores dizem que os hackers tiveram acesso ao código enviado pelos servidores do aplicativo Telegram ao celular das vítimas para abrir a versão do aplicativo no navegador (veja mais detalhes abaixo)
Cerca de 1 mil diferentes números telefônicos foram alvo do mesmo modus operandi, diz a PF
Segundo o juiz, um relatório da PF diz que dois investigados movimentaram, juntos, mais de R$ 627 mil entre março e junho
A PF fez buscas em diversos endereços e apreendeu R$ 100 mil na casa de um dos presos
O DJ Gustavo Santos disse em depoimento que Walter Neto queria vender ao PT as mensagens que obteve
A defesa de Walter Neto diz que ele tem problema psiquiátrico
O que ainda não se sabe
Não se sabe o papel de cada um dos presos na suposta organização criminosa e qual a relação entre eles
Não está clara a origem dos R$ 100 mil apreendidos na casa de um dos suspeitos e não há detalhes sobre a movimentação dos R$ 627 mil
A PF não informou o que os hackers conseguiram extrair do Telegram das vítimas e o que foi feito com esse material
Também não se sabe o que os supostos criminosos fizeram com dados pessoais obtidos
A PF não informou todas as pessoas que tiveram o celular atacado
Quais autoridades foram vítimas da invasão?
Jair Bolsonaro, presidente da República
Rodrigo Maia, presidente da Câmara
Davi Alcolumbre, presidente do Senado
João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça
Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública
Abel Gomes, desembargador do TRF da 2ª Região
Flávio Lucas, juiz da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro
Rafael Fernandes, delegado da Polícia Federal em São Paulo
Flávio Vieitez Reis, delegado da Polícia Federal em São Paulo
Outros nomes também podem ter sido alvo de ataques.