Especialistas disseram que só medidas rígidas podem conter o avanço da pandemia e evitar que abril seja ainda mais fatal que março

 

Lucas Janone, da CNN

 

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acreditam que apenas um lockdown nacional, com duração mínima de duas semanas, é capaz de conter o avanço da Covid-19 no Brasil. Os especialistas ouvidos pela CNN nesta terça-feira (6) reiteraram que só medidas rígidas podem evitar que o mês de abril seja “ainda pior” que março, o mês mais fatal da pandemia até o momento, com 66.868 óbitos registrados.

 

Esse total representa quase o dobro da marca anterior, de julho de 2020, quando 32,9 mil pessoas perderam a vida para a doença. Dados da Associação Brasileira de Empresas do Setor Funerário (Abredif) apontam que a pandemia fez o país ultrapassar a marca de mil óbitos por dia em março e segue com tendência de alta. A entidade projetava que que, sem a Covid-19, esse número só seria atingido em 20 anos, seguindo os padrões de crescimento e a expectativa de vida no país.

 

A pesquisadora e pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, alertou que o Brasil vai bater novos recordes de mortes e casos de Covid-19 em abril. A especialista alertou que somente um lockdown pode reverter essa tendência. “Só com uma restrição total na circulação das pessoas é que vamos conseguir interromper totalmente as infecções”, avaliou.

 

A recomendação por um lockdown nacional já havia sido feita pela fundação no Boletim Observatório Covid-19 de 7 a 20 de março. Professor de Infectologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda também acredita que um cenário mais grave se aproxima nas próximas semanas. Ele disse, entretanto, que a gravidade da situação vai depender se “vamos manter as medidas restritivas ou não”.

 

Já a sanitarista e pesquisadora Bianca Leandro relaciona o cenário caótico da pandemia de Covid-19 com a desigualdade socioeconômica no país. Segundo ela, o aumento de mortes e casos de Covid-19 do Brasil não pode ser analisado apenas com base nas condições da rede de atendimento em saúde e à circulação de pessoas: “Vem acompanhado de outras condições, como o aumento da fome e a dificuldade de acesso a renda”, afirmou.

 

Nesta segunda, o Brasil atingiu a marca de 13 milhões de casos de Covid-19 e, até o momento, 333 mil brasileiros morreram por causa da doença.

 

Outra maneira de frear a pandemia seria o avanço da vacinação. Até esta terça, o país aplicou ao menos 26 milhões de doses —dessas 20,3 milhões são referentes à primeira dose e 5,6 milhões, à segunda, necessária para ser considerado imunizado. Os números correspondem à 9,6% e 2,6% da população, respectivamente.

 

Posted On Terça, 06 Abril 2021 17:02 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

Quem pensa que já viu de tudo na política se surpreende a cada dia. Está nas redes sociais e na boca do povo um vídeo postado pelo popularmente conhecido “Sabiá”, com edição e tudo, fazendo uma extorsão explícita ao prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, onde afirma, com todas as letras, que “se não for secretário municipal, vai trazer à tona uma série de denúncias envolvendo a gestão de Ronivon, tendo o próprio prefeito e o secretário Miúdo como envolvidos em um ‘laranjal’ de ilegalidades”.

Em toda a nossa história de 39 anos de jornalismo em O Paralelo 13, jamais vimos tamanha ousadia em fazer ameaças publicamente, e tamanha burrice, em assumir a autoria de denunciante e o conhecimento de supostas ilicitudes, afirmando que, “se for nomeado secretário” não contará nada.

 

Ora, se a pessoa sabe dos detalhes de um crime, é dever denunciar. E se a pessoa sabe de detalhes de um crime e chantageia o autor, afirmando que não os revelará em troca de benefícios a si próprio, é crime, e se torna dever da polícia prender essa pessoa e extrair dele as supostas irregularidades que afirma ter conhecimento.

O Paralelo 13, ao tomar conhecimento da denúncia, receber o vídeo e se inteirar do assunto, jamais poderia se omitir em trazer a público o que está acontecendo e esclarecer à população da forma correta como as coisas devem andar, a partir de agora.

ATITUDE E PROVAS

Primeiro, precisamos prestar atenção nas atitudes que serão tomadas por Ronivon Maciel, pois, como prefeito, é seu dever zelar pela imagem do povo que representa, da instituição Prefeitura de Porto Nacional, e da sua própria imagem como homem público.

Em momentos assim, um homem público achacado por aproveitadores, tem o dever de “calçar uma botina de chumbo” e acertar o traseiro do chantagista com atitude e provas.

Caso titubeie, é porque tem, realmente, culpa no cartório.

O mesmo vale para o secretário Miúdo, envolvido na mesma chantagem.

 

Ronivon Maciel é um jovem portuense que foi legalmente eleito prefeito pela maioria dos votos válidos nas eleições municipais de 2020, para quatro anos de mandato, durante os quais é seu dever zelar pelos interesses da sociedade e da municipalidade.

Neste momento, no gozo de sua autoridade, deve agir urgentemente em nome do seu caráter e de sua credibilidade.

MINISTÈRIO PÙBLICO

Sugerimos, inclusive, que o sr. Prefeito procure a delegacia de Polícia Civil, registre uma denúncia, e saia de lá direto para o Ministério Público, de posse do vídeo e das mensagens postadas por Sabiá e seus correligionários nas redes sociais, e peça uma intervenção imediata.

Caso a reação de Ronivon e de Miúde seja “um centímetro” diferente disso, ou o “Sabiá cantante” seja procurado para “conversar”, teremos a certeza de que as denúncias são verdadeiras e que Ronivon manchou sua imagem e sua credibilidade junto à população portuense.

Uma coisa é certa. Detentor de denúncias reais ou não, Sabiá já cometeu crime de extorsão e deve ser punido pelas autoridades.
O que ainda não é certo, é como reagirá Ronivon Maciel.

 

Posted On Terça, 06 Abril 2021 13:01 Escrito por

Em entrevista ao Valor, Covas disse que não é realista esperar uma rápida aceleração no número de pessoas vacinadas nos próximos meses

Com Valor Economico Globo

 

À frente do Instituto Butantan, maior fabricante de vacinas contra covid-19 do Brasil, o médico Dimas Covas avalia que o ritmo de mortes diárias provocadas pela doença continuará avançando (Foto: Reprodução)
À frente do Instituto Butantan, maior fabricante de vacinas contra covid-19 do Brasil, o médico Dimas Covas avalia que o ritmo de mortes diárias provocadas pela doença continuará avançando e vê com certo ceticismo as expectativas do Ministério da Saúde sobre aquisição de vacinas de diversos laboratórios até o fim do ano.

 

Em entrevista ao Valor, Covas disse que não é realista esperar uma rápida aceleração no número de pessoas vacinadas nos próximos meses. Pelos seus cálculos, até julho o que o país deverá conseguir é vacinar a faixa da população mais vulnerável à doença.

 

“Com o pé no chão, até o meio do ano você vai ter uma vacinação provavelmente de quem tem mais de 60 anos e provavelmente pode avançar um pouco mais na faixa dos 50 anos, incluindo também outros profissionais em risco”, disse ele. “É isso que nós teremos até o meio do ano. Estamos falando de 40 ou 50 milhões de pessoas. E 100 milhões de doses de vacinas.”

 

O ministério tem dois contratos com o Butantan: um para aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac (previsto para ser finalizado este mês) e outro, de 54 milhões, previsto para agosto. A vacina, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é produzida na fábrica do instituto em São Paulo, mas depende de insumo fabricado pela Sinovac na China.

 

E essa é uma das preocupações de Covas. Ainda que a Sinovac se prepare para inaugurar uma nova planta na China em maio e com isso aumentar sua capacidade de exportação de insumos, a demanda pela substância na própria China está muito aquecida. O risco é que a empresa tenha de dar preferência à demanda chinesa e não à brasileira.

 

Na entrevista, Covas classificou como otimista demais a perspectiva do ministério sobre a quantidade de vacinas que conseguirá adquirir de diversos laboratórios até o fim do ano. Em meados de março, poucos dias antes de deixar o posto de ministro da Saúde, Eduardo Pazuello falou em mais 500 milhões de doses – sendo que pouco mais de 400 milhões já estariam garantidas.

 

“Não adianta hoje ministério falar que precisa, precisa, precisa de vacina. O ministério está tendo dificuldade de arrumar vacinas e não é só a do Butantan, está com dificuldades em relação a todas as vacinas exatamente por isso, todo mundo já se comprometeu, todos têm seus compromissos e estão cuidando de manter esses compromissos. Avançar nisso é muito difícil porque a demanda mundial é muito grande”, disse Dimas.

 

Outra das preocupações do médico é que essa dificuldade de fazer acelerar a disponibilidade de vacinas contra covid-19 se dá num momento trágico para o Brasil de rápida disseminação da nova variante e do avanço das mortes, que ultrapassaram a marca de 330 mil.

 

“Estamos num momento em que a velocidade de transmissão ainda é muito alta. Abril vai ser o mês dramático para o Brasil. Os próximos 15 dias serão muito dramáticos”, disse.

 

“Cruzamos a casa dos 2 mil [mortos por dia], já passamos da casa dos 3 mil, estamos indo para os 4 mil e vamos chegar a 5 mil mortes por dia.”

 

Além de vacinas, é urgente, disse ele, uma política ampla e coordenada nacionalmente para que as pessoas realmente fiquem em casa.

 

“Eu não posso, por princípio, dizer que é impossível, ‘eu não vou fazer porque é impossível, porque não vai ter adesão’. Eu, então, estou admitindo que vamos continuar tendo esse número de casos, de internações e de óbitos.”

 

Posted On Terça, 06 Abril 2021 06:08 Escrito por O Paralelo 13

Ações de monitoramento e fiscalização começaram em julho de 2020, quando foi criada uma força-tarefa para atuar durante a pandemia de Covid-19

 

Por Bruna de Alencar, G1

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (5) que multou em R$ 15,2 milhões empresas do setor farmacêutico pela comercialização de sedativos e bloqueadores musculares destinados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 acima do preço autorizado no Brasil.

 

Até março desde ano já foram instaurados 139 processos e aplicadas 64 multas aos agentes do setor farmacêutico que comercializaram medicamentos com preços superiores ao autorizados pela Anvisa.

 

O monitoramento é feito desde 2020, quando foi criada uma força-tarefa para coibir abusos nos preços de medicamentos durante a pandemia.

 

As multas são aplicadas por meio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) , cuja Secretaria-Executiva é exercida pela Anvisa.

 

As informações sobre os preços dos medicamentos acima do normal foram solicitadas junto a empresas farmacêuticas, às Secretarias de Estado de Saúde (SES), às Secretarias Municipais de Saúde (SMS) das capitais e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

 

Falta de medicamentos

 

Em março, a Anvisa se reuniu com entidades que representam o setor de hospitais privados e com a Associação Médica Brasileira (AMB) para "buscar soluções imediatas para evitar o desabastecimento de anestésicos e de outros medicamentos utilizados para intubação de pacientes com Covid-19". A reunião ocorreu em meio ao avanço das internações.

 

"As entidades demonstraram um déficit importante no estoque destes medicamentos. A Anvisa, representada pela Terceira Diretoria, relatou a adoção de medidas de flexibilização para que esses insumos sejam disponibilizados aos serviços, sem prejuízo de sua eficácia, qualidade e segurança." - Anvisa

 

A Anvisa não detalhou quais medidas devem ser tomadas, mas afirmou que "se prontificou a receber das entidades as solicitações individuais de serviços de saúde encaminhadas à Anvisa, de forma que possam ser avaliadas com a maior celeridade possível".

 

Posted On Terça, 06 Abril 2021 06:05 Escrito por O Paralelo 13

O secretário continua à frente da Sics e responderá pela Ameto

 

Por Lucas Ferreira

 

“Uma nova missão”, assim o secretário Tom Lyra aceitou o desafio proposto pelo governador Mauro Carlesse. A nomeação como presidente da Agência de Mineração do Tocantins foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 05. “Estou consciente da minha responsabilidade e vou me dedicar para continuar garantindo resultados positivos para o nosso Estado”, declarou o gestor.

 

Resultados estes que foram decisivos para a escolha do nome que ocuparia o cargo. Segundo Carlesse, a definição de Tom Lyra como presidente da Ameto levou em conta o legado deixado por ele enquanto presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e o trabalho importante que vem desempenhando à frente da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics).

 

“Hoje, o Tocantins se apresenta economicamente pujante e fortemente promissor. Estamos conseguindo desburocratizar e dar celeridade aos processos e, dessa forma, atrair investimentos, colaborando, também, para a manutenção das empresas aqui instaladas”, pontuou o Governador, acrescentando que alavancar o desenvolvimento econômico e social do Estado sempre foi uma de suas prioridades. Ainda, segundo Mauro Carlesse, “para que isso fosse possível, contei com o apoio irrestrito do Tom Lyra”.

 

O novo presidente da Agência de Mineração considera que as duas pastas [Ameto e Sics] têm muito em comum e podem apresentar resultados ainda mais satisfatórios caminhando juntas. “Nosso Estado é riquíssimo em minérios. O objetivo, enquanto gestor, com a ajuda da equipe, é posicionar o Tocantins em lugar de destaque no cenário mineral brasileiro e mundial. Portanto, agradeço ao governador Mauro Carlesse, na certeza de que trabalharemos duro para que esta missão seja cumprida de forma honrosa, respeitando os valores e diretrizes desta Gestão”, concluiu Tom Lyra.

 

Tom Lyra

 

Aldison Wiseman Barros de Lyra, mais conhecido como Tom Lyra é natural de Araguacema (TO), graduado em Óptica e Optometria pelo Instituto Filadélfia. O empresário internacional atuou em grandes empresas multinacionais: GO/Kenerson, CMC, Master Glasses, Rodenstock, Zeiss; e foi responsável pela organização/reestruturação de regiões no mercado brasileiro e latino americano. Atuou na expansão e na implantação de franquias de óticas em todo o território nacional. Autor do livro Questão de óptica e também um dos palestrantes mais requisitados desse segmento no Brasil e na América Latina. Foi Vice-Governador do Estado no ano de 2014 e Secretário Municipal de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente de Gurupi. Tom Lyra também foi Presidente da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). Atualmente, é Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics).

 

Posted On Terça, 06 Abril 2021 06:00 Escrito por O Paralelo 13