Denise Luna

 

Um dia após lançar uma diretriz para a política de preços dos combustíveis da companhia, dando maior poder ao Conselho de Administração, a Petrobras anunciou a queda de R$ 0,15 no preço do litro da gasolina nas sua refinarias a partir desta sexta-feira, 29.

 

O novo preço será de R$ 3,71 por litro, 3,88% abaixo dos R$ 3,86 em vigor desde a última redução, há 9 dias. Antes da queda, o preço estava 2% acima dos preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

 

O preço do diesel se manteve inalterado, apesar dos apelos públicos do presidente da República, Jair Bolsonaro, para que a empresa reduza também o combustível. Segundo a Abicom, o litro do diesel está sendo comercializado no Brasil em média com preço 2% acima do mercado internacional, e poderia haver uma queda de R$ 0,10 por litro para atingir a paridade.

 

Petrobras anunciou a queda de R$ 0,15 no preço do litro da gasolina nas sua refinarias; antes da queda, preço estava 2% acima dos preços internacionais. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Petrobras anunciou a queda de R$ 0,15 no preço do litro da gasolina nas sua refinarias; antes da queda, preço estava 2% acima dos preços internacionais. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, afirmou a Petrobras em nota.

 

 

Posted On Quinta, 28 Julho 2022 13:34 Escrito por O Paralelo 13

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira, 27, que pretende renomear o Auxílio Brasil para “Bolsa Família” e voltou a dizer que vai manter o valor do benefício a R$ 600, o mesmo fixado este ano pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Contudo, o petista ponderou que o valor não pode ser o mesmo para todas as famílias.

 

Por Davi Medeiros

 

“Nós vamos retomar o Bolsa Família a R$ 600. Obviamente você tem que levar em conta o número de pessoas por família, não tem que ser igual para todo mundo”, disse, em entrevista ao UOL.

 

Assim como Lula, o atual presidente da República tem prometido que vai articular para manter o valor do programa em R$ 600. O chefe do Executivo, inclusive, tem usado o atual valor do benefício para fazer comparações com os governos do PT, que destinavam quantias menores aos programas de transferência de renda.

 

O presidente Bolsonaro aumentou o valor do benefício - de R$ 400 para R$ 600 - por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) conhecida como “Kamikaze”. O texto, criticado por especialistas em contas públicas por aumentar os gastos do País e abrir margem para rombo fiscal, foi articulado pelo Planalto e tem validade até dezembro. O custo do pacote de bondades é de R$ 41,25 bilhões.

 

A proposta estabelece ainda “estado de emergência” no País, permitindo driblar o teto de gastos - regra que limita as despesas públicas à inflação do ano anterior.

 

O petista criticou o fato de as “bondades” de Bolsonaro terem duração até dezembro e defendeu que benefícios como o da PEC sejam implementados de forma permanente. “Não precisa utilizar o povo como massa de manobra porque o povo está com fome, pode ser um programa feito de forma permanente. Ele fez até dezembro, agora percebeu a bobagem que fez e está falando nos comícios que vai deixar, que depois de dezembro vai ser fixo, mas a lei que ele fez vai até dezembro”, disse.

 

O ex-presidente afirmou ainda que o Brasil “não precisa de teto de gastos”, somente de “credibilidade”. O ex-presidente já disse outras vezes que pretende revogar a regra e desfazer outras medidas econômicas adotadas após o fim dos governos do PT, como a reforma trabalhista. O petista também afirmou que pretende mudar a política de preços da Petrobras, que hoje opera no modelo PPI (preço de paridade de importação), implementado pelo governo de Michel Temer.

 

 

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 13:58 Escrito por O Paralelo 13

Reduções de ICMS puxaram para baixo energia e combustíveis. Preços dos alimentos seguem pressionados

Por: Guto Abranches

 

A prévia da inflação para julho, apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou para a marca de 0,13%, ante 0,69% do mês anterior. O indicador, que tem a divulgação sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou, assim, a menor alta mensal em período de dois anos. Em junho de 2020, a marca havia sido de 0,02%.

 

Causa e consequência

 

As reduções nas alíquotas do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), via Lei Complementar 194/22 sancionada em junho, puxaram para baixo grupos de peso determinante na composição do indicador global. Com a gasolina em queda de 5,01% e o etanol baixando 8,16%, os grupos Transporte e Habitação marcaram deflações de -1,08% e de -0,78%, respectivamente.

 

A baixa de 4,61% da energia elétrica também teve impacto direto na inflação negativa da habitação. Igualmente como consequência do corte do tributo. Os vetores devem colaborar, na visão dos especialistas de mercado, para deflação no índice cheio de julho, a ser divulgado em 9 de agosto. E pode haver ainda um contágio "para o bem" na apuração no IPCA cheio de agosto. "O IPCA-15 de julho capturou parcialmente os efeitos dos cortes de ICMS sobre energia e combustíveis e os impactos deverão ser sentidos com mais intensidade no fechamento de julho. Nossa expectativa é que o IPCA de julho deverá registrar deflação de 0,72%", avalia Luciano Costa, economista chefe da Monte Bravo Assessoria de Investimentos.

 

Para os economistas, ainda falta a fatia de comunicações capturar o impacto dos cortes de ICMS. "As operadoras já haviam alertado que poderia haver um atraso na transferência devido a dificuldades operacionais. Vamos adiar a deflação esperada para o grupo", aponta Tatiana Nogueira, economista da XP Investimentos. Ou seja, vem... menos por aí!

 

Uns mais outros menos

 

Mas a redução no ritmo de crescimento do custo de vida não é sentida igualmente pelos diferentes recortes da população. As famílias mais pobres percebem mais diretamente os alimentos em alta. O grupo Alimentação e Bebidas teve elevação de 1,16% -- contra uma marca de 0,25% anterior. Com leite longa vida em expansão de 22,27% no mês; frutas em alta de 4,03%; feijão 4,25%, entre outros.

 

Outro grupo que não colaborou para uma desaceleração maior foi o de Serviços, que registrou alta de 0,84%, acima do esperado pelos analistas de mercado: a XP projetava 0,64%. E com chances de se manter sob pressão por mais tempo. "Deflação de energia elétrica pelo lado positivo, enquanto serviços sob pressão trazem sabor amargo", resume Tatiana Nogueira.

 

Estoque e expectativa

 

Na observação por períodos mais longos, a inflação não figura de forma tão positiva. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79%. Em 12 meses é pior: 11,39%. Não por acaso, os economistas fazem as contas e apontam inflação acima do centro da meta de 3,5% no fechamento de 2022. Se confirmado o prognóstico, será o segundo ano consecutivo de descumprimento do objetivo, por mais que a flutuação até 5% seja aceitável dentro do regime de metas. Mas a projeção para a maioria dos economistas do mercado aponta índice na casa dos 7% (incluindo o boletim Focus, do Banco Central). E para o ano que vem também não tem vida fácil. As instituições financeiras ouvidas no Focus recalcularam esta semana o custo de vida em 5,30%, com viés de alta.

 

Em outras palavras, atenção redobrada para a política de alta de juros -- e para sua duração.

 

 

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 06:32 Escrito por O Paralelo 13

Fundo considera que o Produto Interno Bruto do país terá avanço de 1,7% no ano, ante o 0,8% previsto em abril; expectativa para 2023, porém, sofre queda

 

Por Jovem Pan

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo nesta terça-feira, 26, onde eleva sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2022. De acordo com o órgão, a economia brasileira crescerá 1,7% neste ano – em abril, o órgão havia estimado que o PIB nacional seria de 0,8%. A revisão no desempenho econômico vai na contramão da previsão dos demais países, já que o FMI reduziu o crescimento global em 0,6%. A estimativa, porém, diminui para o próximo ano. Inicialmente, o fundo avaliou que o Brasil teria um crescimento de 1,4% em 2023, mas agora enxerga uma elevação de 1,1%.

 

As previsões do órgão internacional, porém, são mais conservadoras do que os cálculos realizados pelo Ministério da Economia. Isso porque o governo federal estima que o PIB brasileiro terá um crescimento de 2,0% neste ano, seguido de outra alta para 2023 de 2,5%. “Embora as revisões sejam principalmente negativas para economias avançadas, exposições diferentes aos principais acontecimentos significam que as de mercados emergentes e economias emergentes são variadas”, argumentou o FMI. Uma das explicações do fundo é a de que riscos globais – como a guerra na Ucrânia e a crise imobiliária na China – aumentem a possibilidade de um descontrole inflacionário e dificultem o cenário para as economias emergentes.

 

 

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 06:31 Escrito por O Paralelo 13

Com isso, as contas de FGTS contempladas renderam 5,83% ao ano

 

Por Marcelo Brandão

 

A Caixa anunciou hoje (26) a conclusão do processamento da distribuição de R$ 13,2 bilhões do resultado de 2021 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com o crédito dos valores, as contas de FGTS contempladas alcançaram rentabilidade de 5,83% ao ano, índice que corresponde a quase o dobro da correção da poupança em 2021, que foi de 2,99%.

 

A distribuição do lucro do FGTS é uma medida legal que tem como objetivo o incremento da rentabilidade das contas de FGTS do trabalhador, por meio da distribuição de parte do resultado positivo auferido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, além da remuneração mensal realizada por meio da aplicação da Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano.

 

O resultado do fundo é decorrente do retorno de suas aplicações e investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde, fruto da governança do Conselho Curador do FGTS e atuação da Caixa como Agente Operador. Na distribuição do lucros anunciada hoje, receberam o crédito 106,7 milhões de trabalhadores que tinham conta de FGTS com saldo em 31/12/2021.

 

Quanto maior o saldo da conta vinculada ao FGTS, mais o trabalhador tem a receber. Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02748761. Esse fator significa que, na prática, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 27,49.

 

Mesmo perdendo da inflação, o FGTS rendeu mais que a caderneta de poupança. No ano passado, a poupança rendeu apenas 2,94%, influenciada pela taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 2% ao ano na maior parte de 2021 e só foi aumentada a partir de agosto do ano passado.

 

Como consultar o saldo

Para verificar o saldo do Fundo de Garantia, o trabalhador deve consultar o extrato do fundo, no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal. Até recentemente, o banco oferecia a opção de consulta pelo site da instituição, mas todo o atendimento eletrônico relativo ao FGTS foi migrado exclusivamente para o aplicativo, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS.

 

Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento. O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.

 

 

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 06:29 Escrito por O Paralelo 13
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