POR ITALO NOGUEIRA E CATIA SEABRA
O PT decidiu cancelar o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcado para o domingo (25) ao lado de Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, fazendo com que a única agenda pública do petista no Rio de Janeiro seja com o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).
A agenda ao lado de Paes, que não apoia Freixo, pretende demonstrar apoio mais amplo do que sua coligação, na busca do chamado voto útil para vencer a eleição no primeiro turno. Ela está marcada para a quadra da escola de samba Portela, na zona norte.
Freixo chegou a divulgar ato ao lado de Lula na Lapa na tarde do mesmo dia. Contundo, o evento acabou cancelado. O PT alegou haver também um compromisso já marcado em São Paulo.
"Temos um problema de agenda com o presidente. Uma agenda que já tinha sido marcada e que a gente está com dificuldade de realocar. Vamos fazer algum evento com o Freixo, mas não um comício. Vamos ver."
Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, presidente também pediu ‘cessar-fogo imediato’ entre Ucrânia e Rússia e destacou a preservação ambiental no Brasil
Por Jovem Pan
Durante seu discurso de abertura na 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) destacou a retomada da economia brasileira e exaltou a “extinção da corrupção sistêmica” em seu governo. A cerimônia de abertura da Assembleia aconteceu nesta terça-feira, 21, e contou com a participação de mais de 100 líderes de governo.
O atual candidato à reeleição à presidência da República foi o primeiro chefe de estado a discursar, seguindo a tradição dos anos anteriores, e, ao longo de sua fala, destacou a extinção do que chamou de “corrupção sistêmica” no governo e citou os prejuízos obtidos durante os “governos de esquerda”. “No meu governo estoparmos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios, chegou a US$ 170 bilhões.
O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos à bolsa americana outro US$ 1 bilhão pela perda de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado”, afirmou. Além disso, o mandatário exaltou os resultados da economia brasileira e afirmou que o país deve fechar o ano com apenas 4% das famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. “Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação.
Temos emprego em alta, inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo como impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada. Os números falam por si só, a estimativa é de que, ao final de 22, 4% das famílias esteja vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%, o que representa uma queda de mais de 20%”, disse Bolsonaro.
Em outro momento, Bolsonaro falou sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia, dizendo que o conflito evidenciou a necessidade de mudanças na ONU e disse que o Brasil vems e pautado pelos princípios do direito internacional ao se posicionar sobre o confronto. “Hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial.
No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debate, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala sobre o assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU. É pela 11ª vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para soluções pacíficas. Sempre guiados pela carta da ONU e pelo direito internacional. […]O conflito na Ucrânia já se estende por 7 meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo mundo. […] Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável”, afirmou Bolsonaro, que também citou o impacto do confronto no preço dos alimentos.
“As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Ao falar sobre meio-ambiente e desenvolvimento sustentável, Bolsonaro afirmou que dois terços do território nacional seguem com a vegetação nativa intacta e disse que a preservação real da Amazônia diverge do que é mostrado pela grande mídia nacional e internacional. “Em matéria de meio-ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo. Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional”, explicou o presidente.
Perto do fim do discurso, Bolsonaro também destacou as ações de seu governo voltadas à defesa das mulheres e garantiu que o Brasil trabalha para que as mulheres sejam “fortes e independentes”. “Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso. Os resultados aparecem em nosso governo: queda de 7,7% no número de feminicídios e diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017 eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19. Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem”, afirmou o mandatário.
Por: Edson Rodrigues
O presidente Jair Bolsonaro está em Nova York, onde faz, na manhã desta terça-feira (20), o discurso de abertura da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Por uma estratégia eleitoral, é esperado um pronunciamento voltado ao público interno em forma de uma “prestação de contas” à comunidade internacional. Além de um “balanço” sobre seu governo, o brasileiro também deve falar sobre temas da política externa.
Temas como as consequências da pandemia, a guerra na Ucrânia, mudanças climáticas, energias renováveis, meio ambiente e segurança alimentar também foram sugeridos pelo Itamaraty para que o presidente inclua no pronunciamento. Esta é a quarta vez que Bolsonaro abre a Assembleia Geral.
Debate da Assembleia Geral da ONU começa sem Biden; guerra da Ucrânia deve dominar a reunião
O presidente Joe Biden, dos EUA, só vai fazer seu discurso na quarta-feira (21), porque ele viajou para Londres para o funeral da rainha Elizabeth II.
A invasão da Ucrânia pela Rússia e uma crise global de alimentos devem ser os principais temas comuns a serem abordados pelos líderes de Estado durante a discussão da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (20). São esperados 193 líderes no encontro.
A reunião não deve ter nenhum efeito na guerra. “Seria inocente imaginar que estamos próximos da possibilidade de um acordo de paz”, di Antonio Guterres, o secretário-geral da ONU. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que outros países expressaram a preocupação de que enquanto nos concentramos na Ucrânia, os americanos não estão prestando atenção ao que acontece em outras crises ao redor do mundo. "Esse não é o caso", disse ela.
Há 12 dias das eleições, 33% dos candidatos não receberam nenhum dinheiro público dos partidos
Legendas destinaram, até o momento, R$ 4,5 bilhões para as campanhas aos cinco cargos em disputa em outubro. 'Fiz a solicitação por todos os canais que indicaram. E até agora nada', diz uma candidata.
A pouco menos de duas semanas da eleição, 33% dos candidatos aptos não receberam nenhum dinheiro do partido para a campanha deste ano (veja na arte abaixo), apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número vale para todos os cinco cargos em disputa (deputado estadual ou distrital, deputado federal, senador, governador e presidente) e é maior entre quem concorre a deputado distrital (43% não receberam) e a deputado estadual (38%) e menor entre os que tentam se eleger presidente (18%) ou governador (21%).
A divisão das verbas partidárias também varia dentro das siglas, que recebem montantes conforme a votação obtida em 2018. Os dados considerados abaixo são os do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário.
Previsão do tempo: Chuva se espalha por todo o país a partir desta terça-feira (20)
Norte, Centro-Oeste e Sudeste até inspiram atenção com alagamentos; outras partes do Brasil também terão pancadas.
A chuva começa a aumentar em quase todas as regiões do Brasil nesta terça-feira (20). No Norte, Centro-Oeste e Sudeste ela aperta a ponto de provocar até estragos e alagamentos. Já na madrugada desta terça-feira (20), a região da Grande São Paulo teve chuvas, e elas deverão se estender até o interior do estado. As chuvas mais fortes também atingirão o Mato Grosso do Sul.
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a criticar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta 2ª feira (19.set.2022). Em entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT, disse que “até os termos de esquerda foram roubados” pelo Partido dos Trabalhadores.
Com Poder 360
“Se você deixar, [o PT] bate até a sua carteira”, afirmou. Ciro deu a declaração ao ser perguntado se era de esquerda ou de direita.
Em resposta ao apresentador do SBT, disse ser de centro-esquerda. O pedetista também afirmou que Lula “está prometendo picanha e cerveja para o povo e está mentindo”.
Ciro Gomes declarou que é candidato ao Planalto por entender ser uma necessidade: “Eu não sou candidato porque é fácil. Eu sou candidato porque é necessário mudar. Lamento por ser o único com propostas concretas para tirar o Brasil dessa crise”.
POLARIZAÇÃO
O ex-ministro também reprovou a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Afirmou que Lula é “um dos maiores responsáveis” pela situação do Brasil. Além disso, criticou um possível retorno do petista ao Planalto.
“O povo brasileiro, indignado com o mais devastador escândalo de corrupção e com a mais grave crise econômica da nossa história, elegeu Bolsonaro. Será que é razoável agora, decepcionado com Bolsonaro, votar no Lula, um dos maiores responsáveis por essa tragédia? Precisamos desarmar essa bomba!
Ciro está em 3º lugar na disputa pelo Planalto, atrás de Lula e Bolsonaro, segundo o Agregador de Pesquisas do Poder360.
PROPOSTAS
O candidato pedetista prometeu, se eleito, taxar em 0,5% fortunas de quem tem patrimônio superior a R$ 20 milhões. Disse que precisa de R$ 80 bilhões para garantir o programa de renda mínima de R$ 1.000 por família e que esse recurso viria desse percentual cobrado dos mais ricos.
“O empresário tem que ser estimulado para investir. Quero deslocar o imposto para a pessoa física”, defendeu.
Ciro também falou em um novo acordo entre União, Estados e municípios, com a repactuação de dívidas. Para ele, isso garantiria a aprovação de reformas no Congresso nos primeiros 6 meses.
“Vou trocar o ‘toma lá, dá cá’ por um novo acordo com os governadores e prefeitos. […] Eu só quero que passe a bola para mim que eu resolvo em 6 meses”, prometeu.
O pedetista disse que o plebiscito seria feito “se persistir impasse” no Congresso. Ciro Gomes também afirmou que vai concentrar questões envolvendo a segurança pública.
Presidente fará discurso de abertura da Assembleia-Geral nesta terça-feira, 20
Por Jovem Pan
O presidente Jair Bolsonaro deve destacar a retomada da economia brasileiro no discurso que fará nesta terça-feira, 20, na abertura da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), sobretudo os números que representem a recuperação econômica pós-pandemia da Covid-19, como o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano. Segundo dados do Ministério da Economia, é a quarta alta consecutiva no índice.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,2%, com a economia se mantendo positiva por seis trimestres seguidos. Outros números que devem ser apresentados por Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU incluem superávit da balança comercial, com alta de 86,3% em setembro; aumento de 37,4% das exportações e de 26,7% das importações; recuperação da indústria influenciada pela produção de bens de capital e melhora da agropecuária (0,5%), além de alta de 2,6% no consumo das famílias.
Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a discursar na Assembleia-Geral da ONU, que ocorre anualmente em Nova York, nos Estados Unidos. É um costume que começou com Oswaldo Aranha, que chefiava a delegação brasileira em 1947 e presidiu a assembleia naquele ano. Na histórica reunião, foi aprovada a criação do Estado de Israel. A expectativa é que o discurso de Bolsonaro dure de 10 a 15 minutos.
No ano passado, o presidente usou sua fala inaugural para afirmar que sua gestão recuperou a credibilidade do Brasil perante o mundo. Entre outros temas, o mandatário também voltou a dizer que não há corrupção no seu governo e que, antes de assumir a Presidência em 2019, o Brasil estava “à beira do socialismo”. Na ocasião, Bolsonaro também se posicionou a favor da vacinação contra Covid-19, criticou o passaporte imunológico e defendeu o tratamento precoce contra a doença. Ele ainda descreveu a agricultura brasileira como “moderna” e “sustentável” e acrescentou que “nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa”. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo”, disse na ocasião.