O principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, sinalizou que as "mobilizações de massa" do grupo podem voltar a acontecer caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições deste ano. Stedile fez as declarações em um podcast no site movimento, informou a revista Veja.
Por Gazeta do Povo
“É quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa na luta de classes, então ela passa a atuar na defesa de seus direitos da mínima forma, fazendo greves, fazendo ocupações de terra, ocupações de terreno, mobilizações, como foi naquele grande período de 78 a 89”, explicou.
O MST criou “comitês populares de luta” em todo o país para apoiar a candidatura de Lula. No podcast, Stedile afirmou que já foram criados cerca de 7 mil comitês em assentamentos da reforma agrária. “Acho que a vitória do Lula, como se avizinha, vai ter como uma consequência natural, psicossocial nas massas, de um ‘reânimo’ para nós retomarmos as grandes mobilizações de massa”, disse.
O líder do MST ressaltou que durante o governo Bolsonaro houve um “refluxo do movimento de massas”. Neste período, o governo distribuiu mais de 400 mil documentos de titulação fundiária. As invasões de terras vêm diminuindo desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Foram 2.442 invasões durante os mandatos de FHC.
Enquanto nos dois governos de Lula (2003-2010), foram 1.968 invasões. Na gestão de Dilma Rousseff (2011-2016), ocorreram, em média, 162 invasões por ano de governo. O governo de Michel Temer (2016-2018) registrou uma média anual de 27 invasões. Já na gestão do presidente Jair Bolsonaro, foram nove invasões por ano, como mostrou a Veja.
‘Não acho que a maioria do povo brasileiro é fascista como o PT chama, afirmou o presidenciável, sobre o eleitorado bolsonarista, em entrevista ao Pânico
Por Jovem Pan
Nesta segunda-feira, 5, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) esteve no programa Pânico. Em entrevista, ele afirmou ter visto algo inédito na feição do candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante o primeiro debate presidencial. “Essa burocracia corrompida do PT usa o Lula de uma forma desumana. Eu conheço o Lula há quase 40 anos, nunca vi o Lula tão enfraquecido e tão debilitado psicologicamente.
Ele não conseguiu se defender de um ataque de corrupção do Bolsonaro. Fica com essas palavras que colocam na boca dele para explicar o inexplicável. Eu faço uma campanha inteira dizendo que o PT virou uma organização criminosa, eles me insultam, me agridem todo dia e depois esperam que eu apoie ele no segundo turno. Nunca mais. Ele é um encantador de serpentes, mas a mim ele não engana mais”, assegurou. “Eu não acho, francamente, que a maioria esmagadora do povo brasileiro é gado ou fascista como o PT chama 70% do eleitorado de São Paulo. As pessoas votaram nessa proposta, votaram para protestar contra a crise econômica produzida pelo lulopetismo.
O Bolsonaro teve esse privilégio e essa honra que eu busco: a de servir essa nação como presidente. Não é simples, não é fácil, mas o Bolsonaro resolveu se reconciliar. Se filia ao partido de Valdemar Costa Neto, que foi preso no Mensalão do Lula. Abandona uma chance de ouro de transformar o Brasil.”
Ciro também criticou a postura do PT em relação ao combate à miséria e comparou o partido com a esquerda norte-americana. “O problema do Estado brasileiro é que ele é absurdamente doentio quando a gente olha juros para bancos. Não é em saúde, não é em educação, não é em investimento, é juro para banco que leva 52% de quase todo orçamento brasileiro.
Como a esquerda brasileira se vendeu a esse modelo, estou falando do PT com toda clareza, resolveram fazer o esquerdismo da moda americana. Vamos pegar questões identitárias, falar de negro, de mulher, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados. Não falam mais em superação de miséria, de desigualdade”, disse. “O meu papel é exatamente tentar mostrar que não há questão em ser solidário com as questões identitárias, porque eu sou.
O compromisso real é empoderar as mulheres, só que essa luta tem que ser feita na grande luta da superação da miséria e da desigualdade. A baboseira é você achar que a hiperfragmentação de uma agenda da sociedade vai dar na superação da miséria e da desigualdade.”
Ex-ministro da Fazenda, Ciro exaltou sua participação na elaboração do Plano Real. Segundo ele, Lula e Bolsonaro foram contra a nova moeda. “É importante ajudar o Brasil, veja que coisa mais simples e boba. Estou na estrada faz tempo. Eles querem que o Brasil se desgaste para explorar a tragédia do povo.
O Brasil tinha 30 anos de inflação, a mais alta do mundo, veio o Itamar Franco cria um ambiente político e inventamos o Plano Real. Eu estava junto, arriscadíssimo para acabar com a inflação. O que faz o Lula? Vai lá e fica contra, pesquise no Google. Lula e Bolsonaro ficaram contra o Plano Real. Eu estava lá, botando a mão na massa, e o Lula jogando pedra contra o Plano Real.
O Lula recusou assinar a Constituição. Eu estava lá, ajudando a fazer, e assinei. Assim caminha a humanidade. A minha diferença é exatamente essa, eu tenho o espírito público e me guio por ele. Só quero ser presidente se for para mudar a história do Brasil”, afirmou.
O candidato ainda criticou as alianças do presidente Lula e fez considerações ao que os petistas chamam de “golpe de Estado” contra Dilma Rousseff. “Submete um Alckmin a um questionário objetivo, é o que interessa. Lá vai o Lula levar como levou o Michel Temer. Eu avisei muitas vezes, mas depois diz assim: ‘o golpe’. Se houve o golpe, quem o fez? Foi o Senado Federal. Quem presidia o Senado era o Renan Calheiros, com quem o Lula está hoje. Quem liderou foi o Eunício Oliveira, é um gângster. O Lula está com eles hoje. Isso está ferrando a política no Brasil.”
A campanha "Somos UM pela democracia, somos todos pelo Brasil" divulgará uma carta à população
Por Guilherme Amado
Líderes evangélicos de todo o Brasil lançarão nesta terça-feira (6/9) uma campanha em apoio à democracia e ao Estado Democrático de Direito. A principal iniciativa da campanha “Somos UM pela democracia, somos todos pelo Brasil” é a divulgação de uma carta à população.
O documento já conta com a assinatura de grandes líderes evangélicos do campo democrático, como a pastora Viviane Costa, da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro, o pastor José Marcos, da Batista de Pernambuco, e a bispa Marisa de Freitas, emérita da Igreja Metodista.
Os líderes evangélicos destacam na carta o combate à fome no Brasil e ao uso político da religião e de discursos violentos e autoritários adotados por pastores de extrema direita.
“Nesse momento atual, de muitos desafios para o nosso país, como a fome, o desemprego e o subemprego que causam sofrimento a tantas famílias; nesse tempo de tantas divisões e conflitos entre muitos lares e igrejas, nos unimos a irmãos e irmãs — cristãos de diversas igrejas em todas as partes do Brasil para juntar nossas forças, orar e agir em defesa do bem estar para todos, da democracia brasileira, do processo eleitoral e do respeito ao resultado das urnas”, diz um trecho do documento que será lançado amanhã.
Além da divulgação da carta, o grupo irá realizar eventos no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Recife, para divulgar os posicionamentos baseados no documento.
Presidente chileno Gabriel Boric convocou uma reunião com todos os partidos nesta 2ª
Com Agências
O presidente do Chile, Gabriel Boric, sinalizou neste domingo, 4, que fará uma reforma ministerial nos próximos dias após os cidadãos do país rejeitarem em plebiscito a proposta de uma nova Constituição que era defendida pelo governo.
“Fazer frente a estes importantes e urgentes desafios exigirá ajustes rápidos em nossas equipes governamentais”, disse Boric em discurso transmitido em cadeia nacional de televisão logo após o anúncio do resultado da consulta popular.
A possibilidade de uma mudança no governo estava em discussão há algumas semanas, enquanto as pesquisas de intenção de voto já apontavam que o “rechaço” à proposta de Carta Magna ganharia o plebiscito.
Empossado em março, o governo Boric começou a dar alguns tropeços já nos primeiros dias, especialmente a ministra do Interior, Izkia Siches. O próprio Boric afirmou durante uma reunião do Conselho de Ministros, um mês depois de tomar posse, que o governo havia “decolado com turbulência”.
Siches, primeira mulher à frente da poderosa pasta, foi um dos maiores ativos de Boric durante a campanha eleitoral, mas, para muitos analistas políticos chilenos, ela acabou se tornando um de seus maiores passivos, especialmente depois de sua viagem conturbada à região da Araucanía - onde há um longo conflito entre o Estado chileno e povos mapuche - e de acusar o governo anterior de realizar deportações irregulares, uma declaração pela qual posteriormente se desculpou.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência (Segpres) e braço direito de Boric, Giorgio Jackson, é outro nome que tem sido criticado - tanto pela oposição como pela ala moderada da base governista - por sua gestão do relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.
Outro foco foi o agravamento do conflito com os mapuche, uma das questões mais complexas com as quais Boric tem que lidar e que na semana passada rendeu a primeira baixa em seu gabinete ministerial.
Então titular da pasta de Desenvolvimento Social, Jeannette Vega renunciou um dia após a prisão do líder radical mapuche Héctor Llaitul, depois que uma de suas assessoras entrou em contato com ele em maio.
Levantamento foi feito com 1.100 entrevistados por telefone entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro; margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos
Da CNN
Pesquisa Ipespe/Abrapel para as eleições presidenciais de 2022, divulgada neste sábado (3), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 35%. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro.
A nova pesquisa, segundo o Ipespe, se trata de um termômetro com base na repercussão das comunicações das campanhas dos candidatos ao cargo de presidente.
No levantamento anterior, publicado em 31 de agosto, Lula aparecia com 43%, e Bolsonaro, com 35%, variando dentro da margem de erro.
Depois aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Em seguida, estão Felipe D’Avila (Novo) com 1%, e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%.
Outros seis candidatos incluídos na pesquisa foram citados pelos entrevistados, mas não chegaram a 1%: Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU) e Leonardo Péricles (UP), José Maria Eymael (DC) e Roberto Jefferson (PTB).
Os que dizem que irão votar em branco, anular ou deixar de votar somam 3%. Os que não souberam ou preferiram não responder são 2%.
Mil e cem pessoas foram entrevistadas por telefone entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. O levantamento tem 95,45% de confiança.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-09344/2022.
Veja abaixo os resultados.
Primeiro turno
Intenção de voto estimulada para presidente
Lula (PT) — 44%
Bolsonaro (PL) — 35%
Ciro Gomes (PDT) — 9%
Simone Tebet (MDB) — 5%
Felipe D’Avila (Novo) — 1%
Soraya Thronicke (União Brasil) — 1%
Pablo Marçal (Pros) – 0%
Sofia Manzano (PCB) — 0%
Roberto Jefferson (PTB) – 0%
Vera Lúcia (PSTU) — 0%
Leonardo Péricles (UP) — 0%
José Maria Eymael (DC) — 0%
Branco/Nulo/Não vai votar – 3%
Não sabe/Não respondeu – 2%
Segundo turno
O Ipespe/Abrapel também simulou um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Em relação à pesquisa anterior, de agosto, o petista manteve os 53%, assim como o atual presidente que manteve os 38%.
Intenção de voto estimulada para presidente
Lula (PT) — 53%
Bolsonaro (PL) — 38%
Branco/Nulo/Não vai votar/Não sabe/Não respondeu – 9%