Por: Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 destaca um dado revelador da recente pesquisa de intenção de votos para o governo do Tocantins, realizada pela empresa Paraná Pesquisa: 71% dos entrevistados ainda não têm candidato ou candidata definido para as eleições de 2026.
Esse número não é apenas um dado estatístico. É um convite e, ao mesmo tempo, um alerta às pré-candidaturas ao Palácio Araguaia. A grande dica está dada e quem deseja conquistar o eleitorado precisa apresentar mais do que nomes ou alianças, precisa mostrar um projeto de governo sólido, realista e capaz de mobilizar sonhos e esperanças para os próximos quatro anos de gestão.
A sociedade tocantinense é formada por diferentes setores: trabalhadores, juventude, funcionalismo público, agronegócio, lideranças religiosas, lideranças políticas, profissionais liberais, investidores, movimentos sociais, dentre outros. Todos querem respostas. Quais serão os eixos prioritários de um futuro governo? Como se pretende desenvolver a economia, garantir serviços públicos de qualidade e respeitar o meio ambiente? O eleitor espera clareza, propostas concretas e viabilidade.
O dado dos 71% de indecisos é, na prática, um presente às pré-candidaturas. Revela que há espaço, e muito, para convencer e fidelizar o voto. Mas também representa um desafio inadiável, afinal não basta antecipar o processo sucessório em alianças e movimentações políticas. É preciso dar o próximo passo, colocar na mesa uma discussão séria sobre o futuro do Tocantins.
O eleitor tocantinense nunca esteve tão bem informado. Redes sociais, blogs, portais de notícias, jornais impressos e digitais, rádios e TVs abastecem diariamente cada cidadão com informações e análises. Vivemos em um novo tempo, em que não há espaço para amadores. A política exige profissionalismo, preparo e visão estratégica.
A sucessão estadual, até aqui, está em aberto. E o que definirá os rumos da eleição de 2026 não será apenas quem tem mais poder de articulação, mas quem souber apresentar ao povo tocantinense um projeto de governo à altura de suas expectativas.
Até os próximos capítulos.
Com Assessoria
Reconhecido como um senador municipalista, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, destinou R$ 16,44 milhões em emendas parlamentares para reforçar a saúde pública de dezenas de municípios tocantinenses, além de recursos para o Hospital de Amor.
“A saúde sempre será prioridade. Esses recursos vão ajudar a salvar vidas, melhorar o atendimento e dar mais condições de trabalho aos profissionais que se dedicam a cuidar da nossa população”, afirmou Eduardo Gomes.
Foram beneficiados os municípios de Aliança, Alvorada, Araguanã, Araguatins, Axixá, Barrolândia, Bom Jesus, Caseara, Centenário, Chapada da Natividade, Chapada de Areia, Colméia, Crixás do Tocantins, Darcinópolis, Dois Irmãos, Figueirópolis, Gurupi, Itapiratins, Juarina, Lagoa da Confusão, Miracema, Nazaré, Nova Rosalândia, Oliveira de Fátima, Palmeiras, Paranã, Pau D’Arco, Pedro Afonso, Pequizeiro, Pium, Sandolândia, Santa Rita, São Bento, São Félix, São Salvador, Sucupira e Tupiratins. O Hospital de Amor receberá ainda R$ 5 milhões.
Desde o início do mandato, Eduardo Gomes já destinou cerca de R$ 2 bilhões em emendas para o Tocantins, garantindo investimentos em saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e outras áreas estratégicas. Em relação ao Hospital do Amor, o senador é o político que mais colabora com a instituição, já tendo destinado mais de R$ 120 milhões.
OLHO NO OLHO
Os números da mais recente pesquisa não mentem e apontam que 71% do eleitorado tocantinense ainda não sabe em quem votar para governador, e 5,2% já avisaram que pretendem anular ou votar em branco. São dados que gritam mais alto que qualquer discurso de palanque.
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
Aqui cabe o questionamento do Observatório Político de O Paralelo 13. Os partidos e federações, não enxergam a gravidade deste cenário?
O eleitor não está desinformado. Muito pelo contrário: nunca esteve tão atento. O tocantinense acompanha o noticiário, cruza informações nas redes sociais e percebe, com nitidez, o movimento dos pré-candidatos. Eles estão nas praias, nas vaquejadas, nas festas religiosas, nos aniversários de cidades, nas festas juninas, nos jogos de futebol. Estão nos microfones das rádios, nas lives de internet ou nas entrevistas dos portais de comunicação. Ou seja, o eleitor sabe quem está no páreo.
E, no entanto, não decide.
O silêncio das propostas
A única explicação neste cenário é a falta de “substância”. As pré-candidaturas até agora não apresentaram, de forma clara e pública, projetos que justifiquem sua chegada ao Palácio Araguaia. No lugar de propostas, há releases; no lugar de planos, improvisos. Muitos ainda confundem emendas impositivas com mérito pessoal, como se recursos já garantidos pelo orçamento fossem conquistas de deputado ou senador. Esse tipo de retórica não engana mais.
Some-se a isso o cansaço com escândalos de rachadinhas, operações policiais quase diárias, enriquecimentos mal explicados e promessas recicladas. O resultado está em um eleitorado que conhece os nomes, mas não enxerga motivos para escolher nenhum deles.
Os dados que falam
A pesquisa é contundente. Entre os homens, 38,1% não sabem em quem votar; entre as mulheres, quase metade — 49,3% — permanece indecisa. A juventude é ainda mais cética: 52,1% dos eleitores entre 16 e 24 anos não definiram o voto. Entre 25 e 34 anos, o índice é de 49%; entre 35 e 44, 35,5%; entre 45 e 59, 39,6%; e entre os que têm 60 anos ou mais, 45,9% ainda não escolheram.
O recorte por escolaridade repete o mesmo quadro: 48,5% dos eleitores com ensino fundamental, 41,6% dos que têm ensino médio e 40,7% dos com nível superior continuam indecisos. Em todos os segmentos, a maioria ainda espera.
O paradoxo Barbosa
Enquanto isso, o governador Wanderlei Barbosa surfa em altos índices de aprovação quase 80% dos entrevistados avaliam positivamente sua gestão. Surge então a pergunta inevitável: será que o eleitor aguarda o posicionamento do governador para seguir? Ou será que nenhuma das pré-candidaturas alternativas conseguiu empolgar a maioria, abrindo espaço para um novo personagem na disputa?
O jogo em aberto
O que se vê é um cenário de sucessão política sem dono, sem imposição, sem favoritismo consolidado. O eleitor aguarda algo mais. Se os atuais pré-candidatos continuarem disputando apenas “o poder pelo poder”, sem propostas confiáveis e sem visão de futuro, correm o risco de assistir a um fenômeno comum na política, a ascensão de alguém de fora do circuito tradicional, que surja como alternativa para preencher o vazio.
Neste cenário é importante evidenciar ainda que nada está definido. Podendo a oposição unir-se à base governista em busca da vaga para governar no Palácio Araguaia. O tempo urge. Agosto é mês de reflexão. Setembro precisa ser o mês das propostas. Se não houver mudança de rumo, a maioria indecisa pode continuar esperando… até que outro nome apareça.
O jogo sucessório está em aberto.
Até o próximo capítulo.
O processo sucessório de 2026 no Tocantins começou muito antes do esperado. Faltando 15 meses para a eleição, o tabuleiro político já está montado com disputas internas, construções de alianças e, sobretudo, com demolições de projetos que não resistiram à pressão dos grupos majoritários
Por Edson Rodrigues
Enquanto as candidaturas ao Senado avançam com força, o jogo pelo Palácio Araguaia ainda caminha em marcha lenta, cada nome tentando evitar erros que possam custar caro. O Observatório Político de O Paralelo 13 apresenta mais um raio-x das pré-candidaturas ao Senado e ao governo estadual.
Senado Federal
O senador Eduardo Gomes (PL), atual vice-presidente do Senado, é candidato à reeleição e aparece como favorito tanto em cenários para o Palácio Araguaia quanto para o Senado. Sua habilidade política é reconhecida até por adversários, descrito como alguém que “conserta relógio Rolex com luva de boxe”, numa referência à sua destreza em evitar deslizes que comprometam sua trajetória.
Caso o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) decida concorrer ao Senado, o cenário praticamente fecha, uma vez que dificilmente alguém tiraria as duas vagas de Gomes e Wanderlei.
Em meio a tantas movimentações, uma coisa parece consolidada: o senador Eduardo Gomes e o governador Wanderlei Barbosa estarão no mesmo palanque em 2026.
O próprio governador já declarou publicamente que seu primeiro voto será para a reeleição de Eduardo Gomes. O senador, por sua vez, tem reiterado que sua atuação é no sentido de manter a base unida, evitando tensões desnecessárias e preparando terreno para uma aliança sólida.
Wanderlei Barbosa
O governador mantém intensa agenda de viagens pelo Tocantins, entregando obras e assinando ordens de serviço, ao mesmo tempo em que frequenta Brasília em audiências com ministros do presidente Lula. Sua popularidade segue em alta, e sua eventual decisão de concorrer ao Senado é vista como fator determinante para toda a sucessão estadual.
A vaga de Gaguim
O deputado federal Carlos Gaguim (União Brasil) consolidou seu espaço e está praticamente garantido em uma das duas vagas ao Senado. Ele será candidato na chapa da senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil), tendo como primeira suplente uma empresária, irmã do presidente nacional do partido, Luciano Bivar Rueda.
Vicentinho Júnior: candidatura na UTI
Já a pré-candidatura do deputado federal Vicentinho Júnior (PP) enfrenta turbulências. Apesar de ter lançado sua campanha com grande festa a poucos dias no Senhor do Bonfim, prestigiado por prefeitos, primeiras-damas, vereadores e lideranças, incluindo o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, e a primeira-dama Poliana Siqueira, sua posição foi enfraquecida por divergências internas do partido.
Um áudio vazado da senadora Dorinha deixou claro que a federação União Brasil/PP não abriria espaço para duas candidaturas “sangue puro”, deixando subentendido que Vicentinho não seria prioridade. Na prática, a cúpula nacional chancelou Gaguim como o nome da federação para o Senado.
Esse movimento fragilizou Vicentinho, que agora precisa decidir se permanece no Progressistas e disputa a reeleição para a Câmara ou se muda de partido para tentar manter viva sua pré-candidatura ao Senado.
Irajá Silvestre
O senador Irajá Silvestre (PSD) é outro nome na corrida à reeleição. Reconhecido pelo trabalho junto às suas bases, especialmente prefeitos eleitos pelo PSD, ele se diferencia dos demais por ser o único a defender abertamente a reeleição do presidente Lula no Tocantins.
Essa postura o coloca em posição estratégica, com possibilidade de ampliar musculatura política e consolidar-se como alternativa diante das disputas internas em outros blocos.
Candidaturas ao Governo
As últimas pesquisas internas e a mais recente do Instituto Paraná revelam um dado alarmante para os pré-candidatos: entre 70% e 78% dos eleitores ainda não sabem em quem votar para governador. A população demonstra pouco interesse no processo sucessório, o que mantém a corrida em compasso de espera.
As pré-candidaturas mais competitivas hoje são as da senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil), do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres (Republicanos), e do vice-governador Laurez Moreira (PDT).
Outros nomes, como o ex-governador Mauro Carlesse e o ex-senador Ataídes Oliveira, até aparecem na lista, mas sem movimentações políticas consistentes até o momento.
A chave do processo continua com Wanderlei Barbosa
Com índices de aprovação pessoal e de gestão que chegam a 80% o governador Wanderlei Barbosa segue sendo a liderança mais forte do Tocantins. Sua capacidade de transferência de votos é vista como decisiva para 2026.
O grande ponto de interrogação está em sua decisão sobre disputar ou não o Senado. Caso renuncie ao governo para buscar uma vaga, o tabuleiro se reorganiza completamente.
Se permanecer no cargo, o nome mais cotado para receber seu apoio é o deputado Amélio Cayres, já respaldado por um conglomerado de partidos, prefeitos e pela maioria dos deputados estaduais.
Neste cenário, o vice-governador Laurez Moreira percorre o estado e tem sido bem recebido por prefeitos e vereadores ligados ao Palácio Araguaia. Ele aposta na possibilidade de assumir o governo em caso de renúncia de Wanderlei, disputando a reeleição já com a “caneta” na mão.
Por enquanto, evita confronto direto, aguardando o desfecho da decisão do governador.
O cenário político do Tocantins para 2026 é marcado por incertezas, vaidades e articulações intensas. Enquanto as candidaturas ao Senado parecem mais definidas, com Eduardo Gomes, Wanderlei Barbosa, Carlos Gaguim e Irajá Silvestre em destaque, a disputa pelo Palácio Araguaia segue em compasso de espera, dependente sobretudo de uma decisão sobre o que fará Wanderlei Barbosa.
Até lá, cada movimento será decisivo para determinar quem sobrevive e quem sucumbe à grilhotina política em curso.
Para valer nas eleições de 2026, o texto ainda tem que passar pelo plenário do Senado, ser aprovado pela Câmara e sancionado até outubro deste ano
Por Samantha Klein
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 20 votos a 6, nesta quarta-feira, o projeto do novo Código Eleitoral. Após forte pressão da oposição, os senadores aprovaram destaque da liderança do PL determinando o voto impresso. Para valer nas eleições de 2026, o texto ainda tem que passar pelo plenário do Senado, ser aprovado pela Câmara e sancionado até outubro deste ano.
A aprovação da proposta de votação impressa foi por 14 votos a 12. A ideia já foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob a justificativa de que o voto impresso tem o potencial de violar o sigilo do voto. A proposta em discussão é um projeto de lei complementar, que não tem força para se sobrepor a decisões constitucionais.
Após forte resistência da bancada feminina, os senadores aprovaram destaque para manter a cota de 30% de candidaturas femininas e a proposta do relator prevendo uma reserva de 20% das cadeiras no legislativo municipal, estadual, distrital e federal — a exceção se aplica justamente ao Senado. Autora da emenda, a senadora Dorinha Seabra (União-TO) disse que não se pode retroceder na representatividade feminina.
"Não podemos abrir mão da punição aos partidos que não cumprirem direito adquirido a duras penas. Para as mulheres seria melhor que não mudasse nada e se avance na representação efetiva", disse.
O texto ainda estabelece um afastamento do trabalho de um ano antes das eleições para agentes de segurança, do Judiciário e do Ministério Público que queiram se candidatar a cargos eletivos.
As penas para quem divulgar fake news eleitoral se mantêm com a detenção de dois meses a um ano, além de multa, para quem divulgar notícias falsas eleitorais. A versão anterior do projeto previa reclusão de 1 a 4 anos, além de multa.
Políticos condenados passarão a ficar inelegíveis por no máximo oito anos, contados da decisão que aplicou a sanção. Atualmente, o prazo é contado a partir do final do cumprimento da pena, legislatura ou mandato.
O substitutivo do relator ainda propõe que políticos condenados ficarão inelegíveis por no máximo oito anos, contados da decisão que aplicou a sanção. O ponto é considerado um enfraquecimento da Lei da Ficha Limpa, que que hoje, a depender do caso, o prazo é contado a partir do final do cumprimento da pena, da legislatura ou do mandato.
Os senadores retiraram da proposta uma das ideias mais polêmicas aprovadas pela Câmara, a de que o Congresso Nacional poderia derrubar decisões da Justiça Eleitoral. O relator ainda excluiu do projeto um dos pontos criticados por entidades de defesa da transparência eleitoral, entre eles o que liberava os partidos para usar o dinheiro do fundo partidário para praticamente qualquer finalidade.