Governador de São Paulo ressaltou sua lealdade ao filho 01 de Bolsonaro e afirmou que esta era uma questão 'inegociável' para ele

 

 

Por Sofia Pilagallo

 

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou pela primeira vez, nesta segunda-feira (8), sobre a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) anunciou, na semana passada, ter sido o escolhido do pai para disputar o Planalto em 2026.

Em entrevista coletiva em Diadema (SP), após evento realizado em celebração do aniversário da cidade, Tarcísio ressaltou sua lealdade a Bolsonaro e disse que esta era uma questão "inegociável" para ele. O ex-presidente foi o principal cabo eleitoral do governador, que derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2022.

 

"Flávio vai contar com a gente. Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora. Ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes à disposição", afirmou Tarcísio, que, em setembro, descartou disputar a presidência para concorrer à reeleição.

 

"A gente tem Romeu Zema [governador de Minas Gerais, do Novo], Ratinho Júnior [governador do Paraná, do PSD], todos extremamente qualificados. A responsabilidade que recai sobre os ombros dele [de Flávio] agora é discutir o futuro do Brasil", acrescentou.

 

Também nesta segunda-feira, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), se manifestou sobre a pré-candidatura de Flávio. Ele questionou a viabilidade da pré-candidatura do senador, sugerindo que ele pode não ser o melhor nome para unificar o centro e a direita e derrotar a esquerda em 2026.

 

A declaração foi dada em coletiva de imprensa em Curitiba (PR), onde Nogueira se reuniu com pré-candidatos da federação que une o PP e o União Brasil. Era esperado que o senador viajasse à noite para Brasília para se reunir com Flávio, com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com lideranças do centrão.

 

No domingo, Flávio admitiu que há a possibilidade de "não ir até o fim" com sua pré-candidatura, mas que a desistência teria um "preço". Perguntado objetivamente por jornalistas se a anistia era o preço de sua candidatura, sugeriu que sim, mas ressaltou que não era "só isso".

 

Segundo apurou a jornalista Amanda Klein, âncora e colunista do SBT News, o preço exigido por Flávio para abrir mão de sua candidatura dificilmente será pago pelo centrão. A pauta da anistia continua "sem clima" para avançar na Câmara dos Deputados, mesmo após ter sido colocada claramente como moeda de troca nas negociações.

 

 

Posted On Terça, 09 Dezembro 2025 06:10 Escrito por

Presidente da Assembleia havia sido detido por suspeita de vazar informações sobre operação que prendeu o ex-deputado TH Joias

 

 

Por Vicklin Moraes

 

 

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) revogou nesta segunda-feira (8) a prisão preventiva do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), detido na última quarta-feira (3) por suspeita de vazar informações sobre a operação que levou à prisão do ex-deputado TH Joias.

 

 

O texto foi levado ao plenário às 15h, com participação dos 69 deputados. A maioria dos deputados aprovou o Projeto de Resolução que prevê a revogação da prisão do presidente da Alerj. Votaram a favor da revogação 42 deputados e 21 contra. Houve duas abstenções, três faltas e um deputado licenciado.

 

Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por 4 a 3, o projeto de resolução apresentado pelo deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) que recomendava a revogação da prisão de Bacellar.

 

Com a prisão, o primeiro vice-presidente da Alerj, Guilherme Delaroli (PL) considerado aliado direto de Bacellar, assumiu interinamente o comando da Casa. Juntos, União Brasil e PL somam 28 cadeiras no Legislativo fluminense.

 

Prisão de Bacellar

O presidente da Alerj foi detido durante a Operação Unha e Carne, deflagrada enquanto ele prestava depoimento à Polícia Federal. Segundo a investigação, Bacellar teria sido informado previamente da ação que mirava o ex-deputado Thiego Raimundo, o TH Joias, suspeito de ligação com o crime organizado.

 

Documentos da Justiça apontam que Bacellar avisou o ex-parlamentar sobre a operação e indicou quais itens poderiam servir como provas. Conversas anexadas ao inquérito mostram TH comunicando a Bacellar que trocaria o número de telefone; o presidente da Alerj responde com uma figurinha, indicando que já tinha conhecimento da mudança.

 

Na manhã em que a Operação Zargun foi deflagrada, TH enviou a Bacellar imagens do sistema de segurança de sua casa e repassou o contato de sua advogada.

 

 

Posted On Terça, 09 Dezembro 2025 06:01 Escrito por

Em meio à campanha no Senado, AGU pediu para que Gilmar Mendes reconsiderasse restrições a pedidos de impeachment

 

 

Por Lis Cappi

 

 

O pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes reconsiderasse a decisão sobre pedidos de impeachment contra magistrados da Corte foi visto, entre senadores, como um gesto de aproximação, mas com pouco impacto na campanha dele ao Supremo.

 

A avaliação de parlamentares, sob reserva, é de que a ação para tentar reverter a decisão do impeachment, por si só, não “vira votos” para a campanha dele no Senado.

 

Messias foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso, em outubro, e tem enfrentado resistência. O nome que contrariou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pela preferência pelo outro cotado à indicação, que acabou de fora, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

“É claro que soa também como um gesto, mas que eu acho que não altera muito dentro do cenário”, destacou um líder partidário.

A dificuldade de apoio ainda esbarra em votos contrários, que têm sido reforçados pela oposição. Parlamentares críticos ao governo anunciaram que não votam em Messias.

 

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que foi procurado por Messias, que tenta uma reunião com a bancada, mas sinalizou que será difícil “mudar a decisão de voto dos senadores”.

Estratégia governista

Essa falta apoio a Messias também fez com que o Planalto segurasse o envio da confirmação ao Senado, para que a sabatina ocorra apenas em 2026. O adiamento é visto como uma forma de garantir a construção de apoio ao ministro até lá.

 

A projeção chegou a ser indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Futuro de Messias

O advogado-geral da União precisa de 14 votos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que tem 27 senadores, onde será sabatinado. Depois, são necessários 41 votos no plenário.

 

Inicialmente, a sabatina na CCJ estava prevista para o dia 10 de dezembro, mas foi adiada e ainda não foi marcada uma nova data para ser realizada.

 

 

Posted On Segunda, 08 Dezembro 2025 07:18 Escrito por

Senador afirmou que deixaria corrida presidencial apenas com a soltura de seu pai, condenado por tentativa de golpe de Estado

 

 

Por Camila Stucaluc

 

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não pretende desistir da candidatura às eleições de 2026. Segundo o parlamentar, o único cenário em que poderia deixar a corrida ao Planalto seria a soltura de seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a possibilidade de ele próprio disputar o pleito.

 

“O meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados — estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência é muito consciente”, disse Flávio, em entrevista à Record.

 

O senador ainda afirmou que o lançamento de seu nome foi um pedido do pai para “dar esperança” ao Brasil. Ele ressaltou que está “dando a cara a tapa” e que só vai “parar no dia da vitória”.

 

“Não tiro o meu nome, a não ser na condição de nós termos justiça — como eu falei aqui — não só com Bolsonaro, mas com centenas, com milhares, com milhões de brasileiros que estão sofrendo, angustiados, desesperançosos, com aquela sensação de: ‘A quem recorrer? O que a gente faz agora?’ Então, o lançamento do meu nome vem para resgatar esse brilho, para esquentar de novo o coração do brasileiro”, afirmou.

 

Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Ao anunciar à candidatura às eleições do próximo ano, Flávio afirmou que sua primeira pauta seria o projeto de anistia, atualmente travado na Câmara, que visa perdoar condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 — caso do pai.

 

Bolsonaro inelegível

Com a prisão, Bolsonaro fica inelegível pelos próximos 35 anos. O prazo está previsto na Lei da Ficha Limpa, que determina oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena nos casos de condenação dada por órgão judicial colegiado — caso do STF. Com isso, o ex-presidente ficará sem poder disputar eleições até 2060, quando terá 105 anos.

 

Antes, Bolsonaro já era considerado inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o considerou culpado de abuso de poder político e econômico. A decisão está relacionada à reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada, na qual o ex-presidente fez ataques ao sistema eletrônico de votação.

 

 

 

Posted On Segunda, 08 Dezembro 2025 07:16 Escrito por

Por Ana Gabriela Oliveira Lima

 

 

O presidente Lula (PT) é rejeitado por 44% do eleitorado, e o senador Flávio Bolsonaro (PL- RJ), por 38%, mostra pesquisa Datafolha. O parlamentar anunciou ontem que foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) para concorrer à Presidência.

 

O ex-presidente, que cumpre pena em Brasília em razão de condenação por liderar uma trama golpista e está inelegível, tem índice de reprovação similar ao de Lula, de 45%.

 

O petista lidera as intenções de voto em todos os cenários testados, ficando 15 pontos à frente no cenário em que concorre contra Flávio.

 

Três homens aparecem em fotos separadas lado a lado. O primeiro, à esquerda, tem cabelo e barba grisalhos, veste terno cinza, camisa azul clara e gravata azul com padrão. O segundo, ao centro, usa óculos, tem cabelo escuro e despenteado, veste terno azul escuro e camisa branca sem gravata, com um broche no paletó. O terceiro, à direita, tem cabelo escuro curto, veste terno azul escuro, camisa branca e gravata azul clara, com expressão séria. O fundo varia entre azul, verde desfocado e céu claro.

 

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios, de terça (2) até quinta-feira (4). A margem de erro dos dados gerais da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

Os governadores da direita cotados para a disputa apresentam índices de rejeição menores que os da família Bolsonaro.

 

São 20% os que dizem que não votariam no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), preferido do centrão para a corrida ao Planalto. Ele ainda não se pronunciou publicamente sobre o anúncio de Flávio.

 

Os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), têm índice de rejeição de 21%, e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de 18%.

 

Após a indicação de Flávio, Caiado afirmou seguir pré-candidato, mas dsse que Jair Bolsonaro "tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador".

 

Já Zema afirmou fazer sentido a pré-candidatura do parlamentar. "Quando anunciei minha pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à Presidência. É justo e democrático", disse nas redes sociais.

 

Já na família do ex-presideente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro têm patamar de rejeição semelhantes ao de Flávio, de 37% e 35%, respectivamente.

 

Os números indicam que, embora sejam herdeiros naturais do voto bolsonarista, membros da família do ex-presidente também herdam a reprovação ao político.

 

Eduardo é réu na Justiça em razão da atuação no exterior, retratada na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) como coação ao Supremo.

 

Atualmente presidente do PL Mulher, Michelle é aventada pela sigla para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026.

 

Ela tem medido forças com os enteados ao expor publicamente diferenças na interpretação sobre quem o partido deveria apoiar no próximo pleito, o que levou a sigla a suspender o apoio ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará.

 

 

Posted On Domingo, 07 Dezembro 2025 05:35 Escrito por
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