BOLSONARO LIDERA EM GOIÁS

Segundo o Instituto Paraná Pesquisas divulgou no sábado, 17, o presidente Jair Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de votos em Goiás com 42,4% contra 32,1% de Lula, em uma projeção do primeiro turno.

Os demais candidatos não chegam a dez pontos percentuais. Ciro Gomes (PDT) tem 6%; Simone Tebet (MDB) tem 1,6%, Pablo Marçal (Pros), 1,1%, Vera Lúcia (PSTU) tem 1%. André Janones (Avante), Luciano Bivar (União Brasil), Eymael (DC) e Felipe D’Ávila (Novo) registraram menos de 1%.

De acordo com a pesquisa, 50,9% aprovam o governo de Bolsonaro e 44,4% desaprovam.

 

EDUARDO FORTES CONSOLIDA CANDIDATURA A DEPUTADO ESTADUAL

O empresário e ex-vereador de Gurupi Eduardo Fortes fortalece cada vez mais sua pré candidatura a deputado estadual  no sul do Tocantins.   Além de forte atuação no Agronegócio, Fortes atua também em projetos assistenciais de apoio a famílias de baixa renda, com um projeto de hortas comunitárias, que leva segurança Alimentar e nutricional comunidades do Sul do Estado. Fortes participou na semana passada em Aliança do Tocantins dos projetos Sopão Solidário  e Criança Feliz, com apoio dos vereadores Selma, Tizil, Lelis e Vilmar.

 

CADÊ A TERCEIRA VIA?

A terceira está dividida nas eleições presidenciais. Até que Ciro Gomes tentou criar uma alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula. A senadora Simone Tebet, do MDB, tentou ocupar o espaço, mas a candidatura de Luciano Bivar pelo União Brasil tira de Simone Tebet a tarja de “representante da chamada terceira via”. Diante desse quadro de várias candidaturas, o MDB tende a seguir, em cada estado, o candidato a presidente que apresentar maior convergência aos seus projetos estaduais.

 

ESTADOS REFORÇAM  PRESSÃO CONTRA O TETO DE ICMS PARA COMBUSTÍVEIS

A abertura do 6º Congresso Luso-brasileiro de Auditores Fiscais terminou em mais um movimento dos estados contra o PLP 18, que limita a cobrança de ICMS dos combustíveis a 17%. O discurso mais contundente contra o texto foi o do secretário de Fazenda da Bahia, Manoel Vitório. Ele vê, pelo menos, três aspectos desfavoráveis à proposta. Primeiramente, jurídico. Há dúvidas se a legislação fere a Constituição, que dá autonomia aos estados. Mas, ele preferiu discorrer sobre os problemas que considera mais graves, de ordem econômica e social, inclusive com aumento do risco Brasil: “Estamos caminhando para um problema fiscal sem precedentes e sem uma certeza de resultado para a população, para a economia, para a inflação”, diz ele.

 

"NÃO INTERESSA A COR DO GATO, O IMPORTANTE É QUE PEGUE O RATO"

A frase foi proferida em um jantar com a bancada mais ligada ao seu setor pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. Dirigindo-se ao deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) , o ministro afirmou: “Você salvou o governo. Muito obrigado”. Danilo Forte é autor do PLP 18/22, que limita a cobrança de ICMS dos combustíveis e energia, e serviu de pontapé para as negociações em torno de projetos para reduzir o preço do diesel e da gasolina. O ex-presidente Lula já se posicionou contra o texto. Líder das pesquisas de intenção de voto, disse que Bolsonaro deveria ter coragem de pedir à Petrobras que parasse com os reajustes vinculados ao mercado internacional. Bolsonaro já tentou, mas ainda não conseguiu. A aposta na redução dos impostos é o que o governo considera viável no curto prazo. Se der certo, Lula ouvirá dos bolsonaristas o mesmo que ouviu, quando o Plano Real deu resultado, em 1994. O PT foi contra e o posicionamento lhe custou a eleição daquele ano, em que o petista também liderava as pesquisas. Alguns integrantes do PT têm o mesmo receio agora. Afinal, a história, muitas vezes, se repete.

 

NUNCA O BRASILEIRO DEVEU TANTO

Um levantamento da Serasa mostra que cada vez mais brasileiros estão inadimplentes. Os motivos são, principalmente, a alta inflação e o desemprego. A inadimplência atinge 66,1 milhões de brasileiros e bate recorde histórico. Esse é o novo recorde desde que os dados tem sido coletados, em 2016, pois representa cerca de R$ 271,6 bilhões em dívidas. Só agora em 2022, mais de 2 milhões de pessoas ficaram com o nome sujo.

 

METADE DOS PRÉ-CANDIDATOS A GOVERNADOR ESTÃO COMPROMETIDOS COM LULA

Um levantamento feito até o momento demonstra que 13 candidatos a governador estão comprometidos com Lula para presidente da República,  quais sejam: Roberto Requião (PT-PR);  Jerônimo Rodrigues (PT-BA); Rogério Carvalho (PT-SE); Paulo Dantas (MDB-AL); Danilo Cabral (PSB-PE); Fátima Bezerra (PT-RN); Rafael Fonteles (PT-PI); Carlos Brandão (PSB-MA); Rudson Leite (PV-RR); Leandro Grass (PV-DF); Paulo Mourão (PT-TO); Vinicius Miguel (PSB-RO) e Heitor Barbalho (MDB-PA). Fernando Haddad (PT SP) 

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:52 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

Não existe momento mais oportuno que o atual para relembrarmos as palavras do saudoso poeta Renato Russo, que lá, nos idos dos anos 1980, perguntava para a juventude de então: “que País é esse”??

 

Na letra do sucesso que ganhou as rádios, o poeta escancarava a realidade de então: “nas favelas, no Senado, tem sujeira pra todo lado! Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação”!

 

Pois bem, os que acreditavam no futuro da nação tornaram-se, hoje, seus políticos, empresários e dirigentes, e a realidade, para desespero do povão, continua a mesma, com a corrupção presente no cotidiano, sai governo, entra governo, sem que a Justiça aja para interromper esse ciclo vicioso de poder-corruptores-corruptos-poder.

Aliás, a Justiça, dentro do seu papel constitucional, vem deixando muito a desejar, politizando suas ações, entrando em atrito com os demais Poderes e desfazendo seus próprios atos para, depois, tentar explicar porque tem corrupto, ladrão e patife que já foi condenado, mas continua livre, com todos os direitos civis garantidos, como se o mais puro dos cidadãos fosse.

A corrupção, há tempos, é endêmica no Brasil. De mamando a caducando, de síndico de condomínio a parlamentar, passando por vereadores, prefeitos, governadores, magistrados e empresários e presidente da República, colecionamos casos de corrupção em todas as camadas da sociedade. Mas, de longe, é na política que se concentram os casos mais escancarados, escabrosos e escandalosos.

 

Nas mais de cinco mil prefeituras e câmaras municipais, não há uma sem algum caso nos últimos cinco anos, pelo menos.

 

JUSTIÇA DUVIDOSA OU JUSTIÇA CHEIA DE DÚVIDAS?

Se antes a Justiça era famosa pela sua morosidade, agora a Justiça Brasileira também é conhecida pela atuação do Supremo Tribunal Federal na anulação de condenações confirmadas por seus próprios ministros.  A razão, ninguém ousa dizer, mas as consequências modificaram totalmente o quadro político no Brasil.

 

Outra dúvida deixada pela Justiça são as atitudes que vem tomando em relação ao Poder Legislativo, cassando sumariamente parlamentares, quando isso é uma prerrogativa do próprio Legislativo.

A sensação de insegurança jurídica da população começa a redundar entre os próprios ministros do STF, que já admitem que as decisões da Operação Lava Jato, que recuperou mais de 23 bilhões de reais roubados do País em atos não republicanos cometidos nos governos do PT, foram fatos reais, mas, mesmo assim, eles decidiram por anular sentenças e condenações, libertando as pessoas que estiveram envolvidas nesses atos de corrupção, levado os ex-condenados a estar pleiteando, junto ao próprio STF, a devolução desse dinheiro recuperado e entregue para ser aplicado em áreas como a Educação e a Saúde do País.

 

Ora, se houve condenação, se houve dinheiro recuperado – na casa dos bilhões de reais – que provas faltam de que houve corrupção? Porque condenações estão sendo anuladas?

 

Quem souber, morre!

 

TOCANTINS

 

Enquanto isso, o Estado do Tocantins conseguiu a proeza de, mesmo sendo o Estado mais novo da Federação, ser o campeão em operações da Polícia Federal e da sua própria Polícia Civil, contra a corrupção.

 

Assim como no resto do País, a corrupção do Tocantins atinge todos os níveis da sociedade, mas chama a atenção pelo envolvimento de membros do próprio Poder Judiciário, com desembargadores sendo aposentados compulsoriamente por venda de sentenças, se igualando aos demais Poderes, que tiveram prefeitos e vereadores presos – inclusive presidentes de Câmaras Municipais –, governadores cassados, afastados, presos. Membros das equipes do Executivo estadual também tiveram seus representantes enrolados profundamente com a Justiça, envolvidos em patifarias do tipo mais cruel que existes, aquelas que tiram alimento, educação, saúde e qualidade de vida da população mais carente.

 

Todos identificados e ligados – com provas e indícios – aos crimes, mas, infelizmente, nenhum preso, ninguém teve bens sequestrados e ninguém usando tornozeleira eletrônica.

 

A HORA DA REDENÇÃO

 

Mas, apesar de todo esse clima de corrupção endêmica e Justiça dúbia, ainda há uma esperança para o Brasil e para o Tocantins, pois estamos em ano eleitoral, em que cada um dos cidadãos, afetados ou não pela corrupção, se transforma em juiz, com todos os poderes nas mãos, para “condenar” os envolvidos em atos não republicanos e colocar em seus lugares os que têm passado ilibado, são fichas-limpas e estão dispostos a tocar as mudanças que o Brasil precisa, de deputado estadual a presidente da República, passando por deputado federal, senador e governador.

 

Até outubro, tanto os candidatos à eleição e à reeleição terão muito tempo para mostrar que merecem o voto dos eleitores, quanto os eleitores terão todo o tempo necessários para estudar, analisar e avaliar a vida de cada um dos postulantes, pois o Estado do Tocantins é prodigioso em termos de veículos de comunicação, desde jornais impressos a portais de notícia, passando por telejornais, sites, blogs e todos os caminhos de comunicação necessários para auxiliar na avaliação dos candidatos.

 

É a hora do eleitor fazer a sua própria Justiça, consertando erros do Judiciário e seus próprios erros de avaliação, nas eleições anteriores.

 

Depende de cada um de nós!

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:44 Escrito por

Augusto Aras visita região, no Vale do Javari, promete reforços e fala em aprofundar investigação; PF descartou mando

 

Por: Ricardo Brandt

 

Em visita a Tabatinga (AM), neste domingo (19.jun), o procurador-geral da República, Augusto Aras, falou em aprofundar as investigações sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips e identificar eventual conexão com o crime organizado. A área, na tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia, é dominada por narcotraficantes e vive sob pressão de madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais.

 

"O Ministério Público Federal e Estadual estão empenhados em aprofundar as investigações, inclusive para identificar eventuais conexões com organizações criminosas existentes na ocorrência desses crimes sucessivos", afirmou Aras, neste domingo, depois de reuniões e um sobrevôo sobre o local dos assassinatos de Bruno e Phillips.

 

Em nota divulgada na 6ª feira (17.jun), a Polícia Federal informou que as investigações até aqui apontam que os executores teriam "agido sozinhos, não havendo mandante", nem relação do crime com narcotraficantes ou outra organização criminosa. O anúncio gerou reações.

 

Três pessoas foram presas pelas polícias Federal e Civil. Estão presos os pescadores Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, e Oseney Oliveira, o Dos Santos, que são irmãos, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.

 

Aras

 

As buscas e apurações continuam na região de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, numa das entradas da Terra Indígena Vale do Javari. A embarcação que era usada por Bruno e Phillips ainda não foi retirada do fundo do rio e ainda se busca por mais cinco envolvidos no crime. Eles teria relação com o assassianto e a ocultação dos corpos.

 

Aras visitou Tabatinga (AM) e prometeu reforços para o Ministério Público. Disse que volta para Brasília "com disposição de mover as instâncias do Estado para a defesa da Amazônia e seus cidadãos, isolados ou não".

 

O PGR se reuniu com cinco lideranças dos povos indígenas do Vale do Javari, na divisa do Brasil com o Peru e Colômbia. Teve reuniões também com procuradores da República que atuam no Amazonas, o procurador-geral de Justiça do estado, Alberto Rodrigues, o promotor Elanderson Lima, o secretário de Segurança Pública, Carlos Mansur, represententas do Exército, Marinha, da Polícia Federal, Funai e outras instituições.

 

O objetivo da visita foi "discutir medidas conjuntas de reforço da presença e atuação estatal na região". O objetivo é o "combate à macrocriminalidade e ao enfrentamento de violações aos direitos indígenas, direitos humanos e outros crimes registrados na região".

 

Os indígenas afirmaram "que têm ocupado um importante papel no estado fazendo a vigilância do território principalmente contra a pesca ilegal". O procurador-geral "se comprometeu a realizar a interlocução com o Ministério da Defesa e discutir a possibilidade da edição de decreto que autorize Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para o Vale do Javari, ainda que temporário, de modo a reforçar a presença das Forças Armadas no local", informou a PGR, em nota.

 

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:40 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

A candidatura ao Senado da república da deputada federal Dorinha Seabra já está aglutinando apoios de forças políticas, lideranças, vereadores e prefeitos, com uma agenda positiva lotada de reuniões e encontros que começam ainda cedo, no café da manhã, e se estendem ao longo dos dias.  O objetivo é a formação de “dobradinhas” com deputados estaduais e federais candidatos à reeleição e os que estão tentando um primeiro mandato, sempre de forma coletiva, valorizando as lideranças políticas locais e regionais, envolvendo os prefeitos e vereadores dos municípios que sempre estiveram no rol dos beneficiados pelas emendas impositivas, recursos federais para a área da educação e outros benefícios alavancados pela parlamentar, com auxílio da bancada federal, durante o exercício dos seus mandatos.

 

FOCO E DEDICAÇÃO

 

Dorinha Seabra irá dividir os próximos 20 dias entre o Tocantins e a Capital Federal, de onde ainda pretende finalizar o encaminhamento de suas emendas impositivas, convênios e outros recursos em fase final de liberação para os municípios e para o Estado do Tocantins, além de concluir seus trabalhos nas relatorias das comissões das quais faz parte.

 

Deputado federal Tiago Dimas, senador Eduardo Gomes, Professora Dorinha e Marcelo Miranda

 

Só após a conclusão dos seus trabalhos parlamentares é que Dorinha irá se dedicar integralmente à sua candidatura ao Senado, reservando tempo, também para, paralelamente, organizar o, União Brasil, do qual é presidente no Tocantins, visando à realização da convenção que definirá, enfim, os candidatos proporcionais que comporão com ela, assim como qual candidato ao governo irão apoiar.

 

SENADOR EDUARDO GOMES

 

A deputada Dorinha Seabra não mede as palavras para reafirmar seu posicionamento sempre junto com o senador Eduardo Gomes, a quem considera um grande amigo e irmão e tem um ótimo relacionamento e uma grande amizade, cultivada há anos, e que considera quase que uma irmandade verdadeira, de confiança e apoio mútuos.

 

Mesmo assim, Dorinha não decidiu, ainda, quem apoiará para o governo, pois assim como pautou sua vida pública, só tomará essa decisão após ouvir todos os seus companheiros de partido, os prefeitos e vereadores que a apoiam, os candidatos a deputado estadual e federal, aguardando o momento oportuno para ter a certeza de que está tomando uma decisão que seja boa para todos os que estão com ela.

 

Professora Dorinha e o senador Eduardo Gomes em entrega de maquinas para prefeitos 

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 esteve com a deputada Dorinha Seabra neste fim de semana, e pode observar uma postura política de quem está realmente preocupada com o futuro do Tocantins, desejando realizar rodadas de discussão com a sociedade, com profissionais de todas as áreas, principalmente da Educação, área que ela sempre representou, e do agronegócio, carro-chefe da nossa economia, para poder planejar sua atuação como senadora da República, em conjunto com a nova bancada federal que irá se formar após as eleições, visando a manutenção da oxigenação financeira ao Estado para um desenvolvimento pleno, assim como o do País.

 

Coisas que o Tocantins está precisando, urgentemente...

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:33 Escrito por

Grupos indígenas completaram neste domingo (19) uma semana nas ruas do Equador, com passeatas, bloqueios de estradas e episódios de violência em protestos contra políticas do governo do presidente conservador, Guillermo Lasso, e o aumento do preço dos combustíveis.

 

Com Estadão

 

Neste fim de semana, um avião cargueiro cedido pelo governo da Colômbia, com capacidade para 2,5 toneladas, realizou os dois primeiros voos para transportar comida e remédios da capital até Cuenca, a 620 quilômetros ao sul, de modo a furar os bloqueios das rodovias que atendem a região.

 

"Não vamos parar. Demos início à ponte aérea para manter o abastecimento de medicamentos e alimentos nas principais cidades do país. Continuaremos fazendo quantos voos sejam necessários", disse o ministro da Produção, Júlio José Prado, pelo Twitter.

 

Nesta segunda-feira (20), a Assembleia Nacional vai analisar o decreto de emergência anunciado por Lasso para as províncias de Pichincha, onde fica a capital, Ibabura e Cotopaxi, as mais afetadas pelas manifestações. A medida, que habilita Lasso a mobilizar as Forças Armadas para manter a ordem interna, suspender direitos dos cidadãos e decretar toque de recolher, vale, a princípio, por 30 dias.

 

O decreto, que inclui toque de recolher noturno na capital, não teve efeitos práticos, e indígenas mantiveram protestos em pelo menos 14 das 24 províncias do país no fim de semana.

 

Mesmo assim, o prefeito de Quito, Santiago Guarderas, se dirigiu em carta à Assembleia Nacional para pedir que o Parlamento não revogue o decreto presidencial. "Responsabilizo os parlamentares que votarem a favor da revogação do estado de exceção pelas consequências que podem trazer para a paz e a segurança da cidade. A capital não pode ficar indefesa", escreveu.

 

O temor do governo e de analistas é que haja um novo "outubro de 2019", quando protestos contra o corte de subsídios dos combustíveis deixaram 11 mortos, 1.507 feridos e 1.330 presos.

 

A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) lidera os protestos pela redução dos preços dos combustíveis após o aumento de 90% do valor do galão do diesel, que chegou a US$ 1,90 (R$ 9,79), e de 46% da gasolina comum (agora a US$ 2,55, ou R$ 13,14) entre maio de 2020 e outubro de 2021. Desde o ano passado, a entidade propõe que os preços sejam reduzidos a US$ 1,50 e US$ 2,10, respectivamente.

 

Além dos preços da gasolina, os manifestantes protestam pela renegociação de dívidas dos trabalhadores rurais com bancos e contra o desemprego e a concessão de licenças de mineração em terras indígenas.

 

No sábado (18), o presidente da Conaie, Leonidas Iza, afirmou que o grupo permaneceria nas ruas. "Confirmamos a luta em nível nacional, em caráter indeterminado", disse. A Conaie participou de protestos que depuseram três chefes de Estado entre 1997 e 2005 e liderou as manifestações de 2019.

 

Os protestos também têm impactado a exportação de flores, atividade econômica importante do país. Segundo a Expoflores, que reúne empresas do setor, cada dia de paralisação tem provocado perdas na faixa dos US$ 2,5 milhões (R$ 12,8 milhões).

 

Pressionado, Lasso, que está no poder há um ano, também anunciou na sexta-feira o aumento de US$ 50 (R$ 257) para US$ 55 (R$ 283) no auxílio econômico a famílias de baixa renda. Além disso, o Executivo ordenou o perdão de empréstimos vencidos de até US$ 3.000 (R$ 15,5 mil) concedidos pelo banco estadual de desenvolvimento produtivo e deve subsidiar em até 50% o preço da ureia agrícola, fertilizante usado no campo, para pequenos e médios produtores.

 

Pelas redes sociais, Iza afirmou que a Conaie comemora "os pontos em que há avanços. Embora sejam irrisórios, vão ajudar em alguma coisa", disse. Segundo a entidade, ele teve seu carro baleado no sábado. "Ele [Iza] está bem. Alertamos com isto para o estado de emergência e a atitude beligerante do governo", afirmou o grupo no Twitter. As autoridades não comentaram o assunto.

 

Em 2021, a pobreza no Equador chegou a 27,7% da população, e a extrema pobreza, a 10,5%. As zonas rurais são as mais vulneráveis.

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:24 Escrito por