No acumulado do ano, o banco teve crescimento de 31,1% na comparação com 2020
Maria Eduarda Angeli*
A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 17,3 bilhões em 2021, sendo R$ 3,2 bilhões no último trimestre do ano — alta de 0,3% em relação ao anterior, conforme divulgado em relatório nesta quinta-feira (24/2). No acumulado do ano, o banco teve crescimento de 31,1% na comparação com 2020.
A instituição fechou com saldo da carteira de crédito ampliada em R$ 867,6 bilhões, representando um avanço de mais de R$ 10 bilhões em 12 meses, ou 10,2%. No quarto trimestre, foram cerca de R$ 114,7 bilhões em concessões de crédito, 5,2% a mais do que em 2020. Ainda nesse período, a receita da carteira de crédito teve aumento de 15,8%, totalizando quase R$ 20 bilhões.
No balanço, a Caixa também destacou as operações de crédito referentes ao agronegócio, que apresentaram elevação de 187,9%, além de saneamento e infraestrutura (43,5%), crédito para pessoa jurídica (21,8%) e para pessoa física (14,4%).
No caso das movimentações de crédito imobiliário, o volume foi de R$ 140,6 bilhões, considerando recursos do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) — a maior quantia registrada na série histórica. “Esse resultado é fruto direto das ações dos últimos dois anos, que incluem as reduções de taxas, criação de produtos e implementação da jornada digital do financiamento”, ressaltou o banco. O avanço nesse segmento em relação ao ano anterior foi de 20,8%.
As loterias registraram arrecadação de R$ 16,9 bilhões. Além disso, a inadimplência recuou em 0,21 ponto percentual no último trimestre de 2021, quando comparada com os três meses anteriores.
Indicador de rentabilidade da operação da instituição financeira, o ROE cresceu 1,6 ponto percentual no período de 12 meses e encerrou o ano em 12,2%. A empresa lembrou no informe a extinção do programa CaixaPar (Caixa Participações S/A), alegando que as participações onerosas são “incompatíveis com seus objetivos” e “sofreram ressalvas em seus balanços e/ou apontamentos do TCU/CGU”.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
A taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo em 15 das 27 unidades da Federação na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com Estadão Conteúdo
As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%).
A taxa de desemprego no Estado de São Paulo ficou em 11,1% no quarto trimestre, e, no Rio de Janeiro, em 14,2%.
No total do País, a taxa de desocupação era de 11,1%.
Informalidade
Já a taxa de informalidade foi de 40,7% no total nacional. Os maiores resultados ocorreram no Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%).
Os locais com as menores taxas de informalidade foram Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
Taxa de desemprego foi de 9,0% para homens e 13,9% para mulheres no 4º tri
Apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no quarto trimestre de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação do País desceu de 12,6% no terceiro trimestre para 11,1% no quarto trimestre de 2021. Enquanto a taxa de desemprego foi de 9,0% para os homens no trimestre encerrado em dezembro, houve um resultado de 13,9% para as mulheres.
Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 9,0%, muito aquém do resultado para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,4%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,2%.
Fonte: Estadão Conteúdo
O recém-empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva, que "ofensas injustificadas" à Justiça Eleitoral serão respondidas para defender a lisura do processo eleitoral. A resposta foi dada ao ser questionado especificamente sobre os embates do TSE com o presidente Jair Bolsonaro, que tem feito ataques frequentes às urnas eletrônicas.
Da Redação
— Se houver ofensas injustificadas à Justiça Eleitoral, nós vamos responder e seremos mesmo implacáveis. Estamos defendendo apenas um tribunal? Não. Agredir a instituição da Justiça Eleitoral significa hoje colocar em discussão a realização das próprias eleições. Propagar dúvidas afirmando-se que há provas, quando provas não foram apresentadas ou registradas, isso significa ter mais efeitos do que uma crítica exclusivamente política — afirmou Fachin.
O ministro disse que críticas são inerentes ao ambiente da democracia, mas que a imputação de acusações falsas buscam tumultuar o ambiente eleitoral e gerar crises.
— A crítica é inerente à democracia. Quem faz uma crítica, por exemplo, ao sistema da urna eletrônica, quer concordemos ou não, faz parte do universo das percepções que se tem. Agora, imputar à urna eletrônica uma fraude não ocorrida, isso desborda da ambiência da crítica política, afeta uma instituição e é por assim dizer um argumento à busca de um pretexto e da entronização de um pivô de crise. E isto não vai ocorrer — afirmou Fachin.
Para o presidente do TSE, é necessário o respeito às regras das eleições, que estarão a cargo do TSE.
Fachin afirmou ainda que a Corte poderá impor limites a aplicativos de comunicação que afetem as eleições.
— Nenhum mecanismo de comunicação está imune ao estado de direito e me refiro ao estado democrático. Essa “transterritorialização comunicacional” em relação a países de governos ditatoriais tem um outro contexto e compreensão nos quais a existência do limite significa existência de limite e controle que afeta o conteúdo da própria liberdade. No Brasil, vivemos sob a égide da Constituição — afirmou.
O momento é muito melindroso, podendo evoluir para fatal nos próximos 48 dias que antecedem o prazo final para quem deseja se candidatar para as eleições de outubro estar filiado a um partido.
Por Edson Rodrigues
A contagem regressiva é real e irreversível e os interessados em um cargo eletivo correm para encontrar suas “máscaras de oxigênio” para garantir sua sobrevivência política.
Essa “corrida” tem feito o governador em exercício Wanderlei Barbosa abrir tratativas com dirigentes nacionais de siglas partidárias, buscando uma boa legenda para si e para seus aliados, o que significa um bom tempo na Propaganda Eleitoral Obrigatória de Rádio e TV e um Fundo Eleitoral polpudo, capaz de dar sustentação aos candidatos a governador, senador, deputado federal e estadual.
APREENSÃO
O momento é de muita apreensão, tanto no Palácio Araguaia quanto nas cúpulas dos partidos de oposição e aliados ao governo. Todos buscam essa “oxigenação eleitoral” de forma urgente, para que tenham segurança política e possam tocar suas candidaturas com tranquilidade.
As cabeças e mentes de cada pré-candidato a um cargo eletivo tocantinenses estão em verdadeira ebulição, pois nos próximos dias podem ocorrer muitos fatos que vão refletir diretamente em suas ambições políticas, tornando qualquer escolha precipitada ou tardia, em “pane de voo”.
O conselho dos especialistas e analistas políticos é que “quem estiver no ar, que recolha o trem de pouso e suba à ‘altitude de cruzeiro’. E quem estiver em solo, que desligue os motores e escolham um local seguro para estacionar seus aviões”. O momento, segundo eles, é de muitas tempestades, com ventos e descargas elétricas e, o ideal é ficar longe dessas turbulências, ou bem acima, ou na segurança do solo.
A única certeza é que, até o dia dois de abril, a ebulição política é garantida, e todo cuidado é pouco na hora de se posicionar, se aliar ou se filiar, pois poucos se salvarão.
Fica a dica!
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quarta-feira (23), com vetos, o projeto de lei que proíbe a divulgação, publicação ou a disseminação, em redes sociais, de gravações de infrações que coloquem em risco a segurança no trânsito.
POR MARIANNA HOLANDA
A sanção foi anunciada nesta noite pelo Palácio do Planalto e deverá ser publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (1º). A Secretaria-Geral da Presidência disse que há mais de um veto, mas informou apenas um.
Bolsonaro não acatou a previsão do Congresso de que as empresas, as plataformas tecnológicas ou os canais de divulgação de conteúdos nas redes sociais, ou em quaisquer outros meios digitais, tenham de tirar no prazo estabelecido por decisão judicial determinado conteúdo e adote medidas para impedir que seja divulgado novamente.
Segundo o Planalto, esse trecho final do artigo impunha obrigação à plataforma de "censura prévia", o que feriria o Marco Civil da Internet e a liberdade de expressão.
Além disso, o governo diz que o cumprimento do dispositivo seria impraticável, por falta de instrumentos técnicos e tecnológicos apropriados.
"Tal medida demandaria análise humana para verificar se a divulgação não estaria em contexto diverso da mera apologia à conduta delituosa, como, por exemplo, ao ser disponibilizado em contexto jornalístico ou acadêmico, o que ensejaria elevado ônus ao particular para execução da medida", concluiu o Planalto.
O projeto, aprovado no Congresso em 2 de fevereiro, estabelece que os responsáveis por propagar esse tipo de conteúdo serão punidos com multa de R$ 2.934,70, o equivalente à sanção de natureza gravíssima multiplicada por dez.
O Senado havia feito mudanças que alteraram a proposta aprovada na Câmara. Uma delas retirava a obrigatoriedade imposta às plataformas de adotar medidas para impedir novas divulgações de imagens que contenham as infrações de risco.
Os senadores também haviam excluído a previsão de punição do canal de divulgação que fosse comunicado da prática da conduta e não retirasse a postagem em até 24 horas.
No texto que foi para sanção de Bolsonaro, as plataformas, ao receberem ordem judicial sobre a propagação dessas imagens, deverão tornar indisponíveis as imagens e adotar medidas para impedir novos conteúdos nesse sentido.