O tucano ainda afirmou que Bolsonaro está no topo da cadeia de culpados pelos atos de 8/1
Por: Cristiane Noberto
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) afirmou que há "razões para apurar possível abuso de autoridade" do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi autor de pedido de impeachment contra o magistrado apresentado na Comissão de Justiça do Senado em 2019.
Em entrevista ao jornalista Leonardo Cavalcanti, no Poder Expresso, do SBT News, nesta 3ª feira (9.mai), Vieira afirmou que um novo pedido de impeachment não seria viável. No entanto, apurar a conduta do ministro seria um caminho.
"Acredito que exista, no mínimo, razões para apurar possível abuso de autoridade (por parte de Moraes). Pessoas com menos conhecimento jurídico não sabem o que acontece no Supremo. A maioria dos ministros faz o que quer e aparentemente sem limitações, ignoram as leis da magistratura. Existem ministros que abusam da atividade política, que é incompatível com a magistratura. Abusam da proximidade com investigados, réus, o que [também] é incompatível com a magistratura, e a gente tem que ter coragem e liberdade para falar disso no parlamento", afirmou.
Em outro trecho da entrevista, o tucano comentou os atos de 8 de janeiro e a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. Vieira afirmou, ainda, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está no topo da cadeia de responsabilidade pelos ataques golpistas.
"Toda a ligação com Bolsonaro deve ser investigada. Sobre as pirâmides de responsabilidades, Bolsonaro está no topo. (...)Tem que individualizar as condutas. Se a Justiça conseguir provas suficientes, robustas, de responsabilidade, o destino de qualquer golpista tem que ser a cadeia. Pois não se brinca com democracia", disse.
O aplicativo de mensagens Telegram enviou para seus milhões de usuários na tarde desta terça-feira, 9, uma mensagem contrária ao Projeto de Lei das Fake News, que está em discussão na Câmara dos Deputados, de relatoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A plataforma chama a proposta de “desnecessária” e diz que ela “concede poderes de censura ao governo”.
Por Isabella Alonso Panho
O texto foi veiculado no canal “Telegram Brasil”, usado para comunicações oficiais da plataforma no País. Assim como o Google, o aplicativo de mensagens usou sua plataforma para criticar a proposta legislativa. O texto começa falando que “a democracia está sob ataque no Brasil” e que a proposta legislativa “matará a internet moderna”. Segundo a mensagem, o Telegram afirma que poderá fechar as portas caso o PL das Fake News seja aprovado com o texto atual.
O Telegram ainda indica que os usuários devem procurar deputados para convencê-los a rejeitar a proposta. No final da mensagem, há um título “O que você pode fazer para mudar isso”, com um link que direciona os leitores para uma página do site da Câmara, com os nomes e contatos de todos os deputados federais. A plataforma apela para que os usuários pressionem os parlamentares contra o projeto.
Um dos pontos mais delicados do PL para as plataformas de redes sociais é a possibilidade de que sejam penalizadas pela veiculação de notícias falsas, com multas que podem chegar a milhões de reais. Além disso, caso a proposta legislativa se torne lei, essas big techs terão de remunerar conteúdo jornalístico linkado nos seus serviços.
A investida do Telegram desta tarde repete a postura do Google. No dia 1º, véspera da votação da Câmara, a plataforma incluiu na sua página inicial de pesquisas um link que direcionava usuários para um artigo, assinado por Marcelo Lareda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, repudiando o PL das Fake News. Na terça-feira passada, 2, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo reagiram às investidas das bigh techs. De um lado, a Secretaria Nacional do Consumidor notificou o Google para retirar o link da sua página inicial em duas horas, sob pena de multa. De outro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal ouça os presidentes da Google, Meta, Spotify e Brasil Paralelo, para que expliquem a suposta cruzada feita contra o PL.
O Telegram ficou de fora dessa primeira rodada de pressões. Recentemente, o aplicativo esteve na mira da Justiça e chegou ter uma ordem de suspensão de funcionamento assinada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Contudo, o Telegram reverteu o quadro na Justiça e continua operando normalmente.
Ministro do STF ainda atacou o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Prorocuradores se dizem ‘ofendidos’ após Gilmar afirmar que se instalou em Curitiba um ‘esquadrão da morte’
Ministro declarou que força-tarefa da Lava Jato agiu ‘totalmente fora dos parâmetros legais’; ANPR pede que ele ‘respeite as normas’.
Com Site Terrae Catraca Livre
Durante entrevista ao programa Roda Viva, nesta segunda-feira (8), o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Gilmar Mendes atacou a operação Lava-Jato, que teve início na capital paranaense, Curitiba.
Ele afirmou que a cidade seria “o germe desse fascismo” e que pela atuação do senador Sérgio Moro, como juiz da operação, disseminou a “antipolítica” que elegeu o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Durante o programa, o ministro teceu diversas críticas ao senador Sergio Moro. Primeiro, sobre o trabalho dele na Lava-Jato e sua forma de atuação durante as eleições presidenciais de 2018.
“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as praticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”, afirma.
O ministro ainda diz que as acusações contra Lula eram combinadas entre a acusação e o, agora ex-juiz, Sergio Moro, o que ele considera muito grave.
“Moro vaza a delação de Palocci entre o primeiro e o segundo turno de 2018. Participa, portanto, do processo. Assume posição a favor da extrema direita”, explica.
No último bloco, ao criticar a forma como os governos do PT implementou a delação premiada, afirma que a redação do projeto deve ter sido feita por Moro, pois estava “mal escrito”.
A apresentadora Vera Magalhães interrompe a resposta do ministro para citar o tweet feito pelo senador feito durante o programa.
“Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”, escreve o ex-juiz.
Objetivo é a inserção no mercado de trabalho e a melhoria de renda das famílias em situação de vulnerabilidade
Por Eliane Tenório
“Sou mãe de quatro filhos, oito netos e três bisnetos, então a capacitação vai me ajudar. Estou gostando muito do curso”, afirma a aluna do curso de panificação, Rosinete Moura Matos Costa, 56 anos.
“Tenho próteses nos braços mas, para mim, costurar é uma terapia”, afirma a mãe de 7 filhos, Terezinha Alves dos Santos, 70 anos, que participa do curso de corte e costura para produção de kits de bebês.
Os cursos, da Inclusão Produtiva, são promovidos pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), em parceria com associações comunitárias. A proposta é promover a inserção no mercado de trabalho e a melhoria de renda das famílias em situação de vulnerabilidade.
A meta é atender associações nos 139 municípios do Estado, dentro do Programa Estadual de Fomento à Economia Solidária. Desta vez, as ações ocorrem em Gurupi, em parceria com a Associação Braz Ribeiro dos Santos (BRS), entre os dias 08 e 13.
São capacitações em corte e costura (kits para bebês), panificação e designer em sobrancelhas. A previsão é para capacitar 150 alunos. O público alvo são as famílias beneficiárias do Cadastro Único.
“O Governo do Estado promove cursos de capacitação, gratuitos, em todos os municípios, a partir de demandas, objetivando a melhoria de renda das famílias em situação de vulnerabilidade e promover o desenvolvimento social e econômico do Tocantins”, destacou o secretário da Setas, Jonis Calaça.
“Para 2023, a previsão é a de atender 51 associações, em 25 municípios, nos três territórios da cidadania, a saber: Jalapão, Sudeste e região do Bico do Papagaio”, informa o gerente de inclusão produtiva da Setas, Valter Frota.
Doação dos kits para grávidas
“Os enxovais de bebês produzidos no curso de “Kits para Bebês” serão doados para grávidas em situação de vulnerabilidade social, segundo a instrutora do curso Silvane Ribeiro Costa. A entrega dos kits será feita pela Associação Braz Ribeiro dos Santos (BRS).
Morte foi confirmada em comunicado nas redes sociais da cantora e seu marido, Roberto de Carvalho; velório será aberto ao público, nesta quarta (10), no Planetário do Parque Ibirapuera
Com Site Terra
A cantora Rita Lee morreu na segunda-feira, 8, em sua casa, localizada em São Paulo. A cantora de 75 anos lutava contra um câncer de pulmão, diagnosticado em 2021. O velório ocorrerá nesta quarta-feira, 10, no Planetário do Parque Ibirapuera, e será aberto ao público das 10h às 17h.
O anúncio da morte foi feito no perfil do Instagram da cantora nesta terça-feira, 9.
"Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou", diz comunicado.
Ainda segundo a publicação, o corpo de Rita Lee será cremado, como era o seu desejo, em uma cerimônia privada. "Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos."
Luta contra o câncer
A cantora, compositora, escritora e ativista lutava contra um câncer de pulmão diagnosticado em 2021. Em fevereiro, ela chegou a dar entrada no hospital por causa da doença, mas a família tranquilizou os fãs e disse que o tratamento era previsto.
No ano passado, a família de Rita Lee Jones de Carvalho comemorou a remissão do câncer de pulmão da cantora.
"A cura da minha mãe me emocionou pra car.... Melhor notícia de todos os tempos. Manteve a cabeça erguida, com vontade de lutar e encarou tudo com seu bom humor habitual, tanto que apelidou o tumor de 'Jair'. That's Rita", escreveu o filho Beto Lee.
Trajetória
Rita Lee é uma das mulheres mais influentes do Brasil, sendo referência para quem, a partir de meados dos anos 1970, se interessava pelo rock, gênero pelo qual despontou no grupo Os Mutantes, e permanecendo de 1966 a 1972, lançando cinco discos com a banda.
Em 1967, a banda acompanhou o cantor Gilberto Gil na apresentação da música Domingo no Parque, que ficou em segundo lugar no III Festival da Música Popular Brasileira.
Em 1972, ela lançou Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida. Em seguida, lançou Atrás do Porto Tem Uma Cidade (1974) e o álbum Fruto Proibido (1975), em parceria com a banda Tutti Frutti, é visto como um marco fundamental na história do rock brasileiro, considerado por alguns como sua obra-prima. Neste trabalho, Rita lançou clássicos como “Agora Só Falta Você”, "Esse Tal de Roque Enrow", "Ovelha Negra" entre outros.
Em 1976, a cantora começou um relacionamento amoroso com o guitarrista Roberto de Carvalho e desde então tem sido o parceiro da maioria de suas canções e a acompanhou em todas suas apresentações ao vivo. Tiveram três filhos, entre eles Beto Lee, também guitarrista, que acompanha os pais nos shows. Rita Lee também é vegana e defensora dos direitos dos animais.
Origem
Nascida na véspera do Ano Novo de 1947, em uma família de classe média paulistana, Rita é a filha mais nova do dentista Charles Fenley Jones (1904–1983), paulista descendente de imigrantes norte-americanos, e de Romilda Padula (1904-1986), filha de imigrantes italianos. Seus pais tinham outras duas filhas: Mary Lee Jones e Virgínia Lee Jones.
O "Lee" é um nome composto com que o pai quis registrar todas as filhas, em homenagem ao general Robert E. Lee, do exército confederado norte-americano.
Lee cresceu na cidade de São Paulo, no bairro da Vila Mariana. Teve aulas de piano durante a infância e suas primeiras influências musicais foram Elvis Presley, Neil Sedaka, Paul Anka, Peter, Paul and Mary, Beatles, Rolling Stones, mas também escutava música brasileira como Cauby Peixoto, Angela Maria, Tito Madi, João Gilberto, Emilinha Borba, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Maysa por influência dos pais.
Foi na adolescência que Rita começou a se interessar por música, e junto de amigos, começou a se apresentar em pequenos grupos. Em seus 39 anos de carreira, Rita Lee gravou mais de 40 trabalhos, entre álbuns, álbuns ao vivo, singles e coletâneas.
Homenagens após a morte
Os filhos da cantora, João e Beto Lee, lamentaram a morte da mãe nas redes sociais. Na postagem do pai e companheiro de Rita Lee, Roberto de Carvalho, João afirmou estar "devastado".
"To sem chão. Arrasado. Devastado. Coração partido. Te amo pra sempre", escreveu o produtor musical. Já em seu perfil, o filho mais novo da cantora postou um vídeo dele e da mãe em sua infância.
Ele intitulou Rita como uma mulher “tão à frente do seu tempo”, “genial, talentosa, divertida”, e amada e admirada por tantas pessoas. Em seu texto emocionado, João também afirmou que a mãe é sua heroína, que foi uma honra ser seu filho.
Artistas e políticos fizeram homenagens para Rita Lee nas redes sociais. "Estou frangalhos. A maior nos deixa hoje. Ritinha, te amarei para todo o sempre! Meus sentimentos à família, aos amigos", escreveu a rockeira Pitty.