Bombardeios foram registrados na Faixa de Gaza e Israel neste domingo (8). Grupo Hezbollah reivindicou novo ataque contra Israel por 'solidariedade' aos palestinos.

 

 

Com Agências

 

 

O número de mortes pode aumentar nas próximas horas, dada a gravidade do estado de saúde de alguns feridos, cujo número está em torno de 1,6 mil, segundo as fontes. O último boletim do Ministério de Saúde de Israel, das 21h30 no horário local — 15h30 horário de Brasília — indica que há outras 1.452 pessoas hospitalizadas, sendo 18 delas em estado crítico.

 

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento em que pediu para aos moradores da Faixa de Gaza que deixem o local, porque o exército israelense vai usar todo o poder que tem para acabar com o Hamas.

 

"As Forças de Defesa de Israel estão prestes a utilizar todo o seu poder para destruir as capacidades do Hamas. Digo aos residentes de Gaza: saiam agora porque agiremos com força. Todos os locais onde o Hamas estiver implantado, escondido e operando, iremos transformá-los em ilhas de escombros.”

 

Do lado palestino, o número de mortos devido à retaliação israelense chega a 232, e o de feridos a 1,7 mil, de acordo com fontes do Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, quando expulsou as forças do movimento nacionalista Fatah, do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.

 

O Ministério da Saúde de Gaza acusou as forças israelenses de atacar deliberadamente a equipe médica e os hospitais, matando três profissionais de saúde, ferindo outros três e destruindo cinco ambulâncias.

 

De acordo com fontes palestinas na Faixa de Gaza, ao menos cinco edifícios de lá foram destruídos por bombardeios israelenses, e os hospitais estão em estado de emergência.

 

Em Gaza, milhares de civis de cidades no norte da Faixa, como Beit Hanoun, Jabalia e Beit Lahia, fugiram para a cidade de Gaza para serem abrigados em escolas da agência de refugiados da ONU devido aos fortes combates.

 

O Hamas, classificado como organização terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel, lançou uma ofensiva sem precedentes nesta manhã.

 

Foram disparados, segundo o próprio grupo, mais de 7.000 mísseis em direção ao território israelense, numa operação que o Hamas chamou de Dilúvio de Al-Aqsa.

Entenda o conflito

O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

 

Israel foi reconhecido como país no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território, e vários acordos já tentaram estabelecer a paz na região, mas sem sucesso.

O que é o Hamas?

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

 

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

 

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo o atual território de Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

 

 

 

Posted On Domingo, 08 Outubro 2023 06:04 Escrito por O Paralelo 13

Embora as centrais sindicais tenham definido em documento que não recomendam a cobrança da contribuição assistencial retroativa após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o tema, sindicatos vivem impasse entre quem é a favor de cobrar valores atrasados e os que são contra.

 

 

POR CRISTIANE GERCINA

 

 

Há entidades que entendem ser possível a cobrança da contribuição dos últimos cinco anos de empregadores, desde que a taxa conste em convenção coletiva da categoria assinada entre trabalhadores e empresas.

 

Outras acreditam ser possível o pagamento retroativo apenas para convenções coletivas em aberto, ou seja, cuja validade se estenda até data-base futura, e há ainda os sindicatos que aboliram essa possibilidade e já aprovaram em assembleia o não pagamento.

 

O STF decidiu, em julgamento em 11 de setembro, que é constitucional a cobrança de contribuição assistencial de trabalhadores, sindicalizados ou não, desde que definida em assembleia e com direito à oposição.

 

Sindicalistas ouvidos pela reportagem, que concordam com a retroatividade da cobrança, dizem que ela deve ser efetuada em razão de a decisão do STF estar atrelada a uma negociação coletiva.

 

Em São Paulo, os sindicatos de domésticas da Grande São Paulo e de Jundiaí e Sorocaba enviaram cobrança retroativa a empregadores, que deveria ser quitada até o final de setembro, referente aos últimos cinco anos.
No Sul, em Londrina (PR), a Fetim (Federação dos Metalúrgicos do Paraná) decidiu em assembleia que seus sindicatos não vão cobrar dos trabalhadores as contribuições retroativas aos últimos cinco anos, mas deixou em aberto que poderá haver responsabilização de empresas que descumprem a convenção e adotam práticas consideradas antissindicais.

 

"Se tivermos que tomar alguma atitude vai ser sempre contra aquelas empresas que descumprem o acordado na convenção coletiva ou que praticam atos antissindicais de pressão e assédio em cima do trabalhador que quer ser representado pelo sindicato", afirma Sergio Butka, presidente da Fetim.

 

O argumento de quem é a favor da cobrança retrotavia --desde que a contribuição conste em convenção e que tenha havido direito de oposição do trabalhador-- é que a reforma trabalhista e também uma decisão do STF preveem que o acordado vale mais do que o legislado, ou seja, mais do que a lei.

 

Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, consultor sindical e ex-diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), afirma que o fórum é contra a cobrança retroativa.

 

No TAC (Termo de Autorregulação das Centrais Sindicais) assinado por CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CUT (Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores), não há menção expressa à questão da retroatividade.

 

João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, afirma que as centrais não recomendam a retroatividade, mas, do ponto de vista legal, o sindicato é que vai tomar as decisões, porque a legislação confere às entidades esse poder.

 

"Os sindicatos têm personalidade jurídica e podem fazer aquilo que achar melhor, se arriscar a ganhar, perder ou ser achincalhado. Eu não arriscaria chamar uma assembleia para decidir só a questão do financiamento atrasado", diz.

 

Ricardo Patah, presidente da UGT, diz que a central é "totalmente contrária" à cobrança dos valores retroativos.

 

"Não tem absolutamente que voltar a cobrar uma retroatividade, trabalhadores que já nem estão na mesma função, na mesma empresa, na mesma categoria. Seria, na realidade, a meu ver, muito complicado, complexo e injusto", afirma.

 

Sobre a decisão do STF, Patah diz que a central já tem negociado convenções com desconto de 1% ao mês, limitado a R$ 50, e com direito de oposição.

 

Ele lembra que as centrais estão construindo o que chama de "autorregulamentação do movimento sindical". "Quanto mais forte é o movimento sindical, mais forte é a própria democracia", afirma.

 

Patah afirma que os sindicatos se fazem necessário porque geralmente os empregadores, diante da data-base, não oferecem o reajuste anual aos trabalhadores. Por isso, os representantes da categoria são instados a pedir a negociação.

 

DEFESA DA RETROATIVIDADE

 

Antonio Neto, presidente da CSB, afirma que as centrais respeitam as negociações coletivas realizadas pelos sindicatos e acredita que, se a cobrança foi acertada em acordo ou convenção coletiva, com prazo para oposição, respeitando TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT (Ministério Público do Trabalho), ela poderá ser retroativa.

 

"O que as centrais estão propondo é a discussão de um teto para evitar exageros, isso por exemplo não proíbe um sindicato de cobrar menos ou colocar um limite mensal. Mas de qualquer forma é muito menos que o que as confederações patronais cobram para administrar o Sistema S", diz.

 

O debate sobre o financiamento dos sindicatos está sendo feito no Fórum das Centrais Sindicais e em grupo tripartite, no qual constam empresas, trabalhadores e representantes do governo.

 

A intenção é determinar um modelo de financiamento sindical, por meio de um projeto de lei, a ser enviado ao Congresso.

 

A discussão, no entanto, foi atravessada no Senado, no projeto 2.099, de 2023, de autoria do deputado Styvenson Valentim (Podemos-RN), que impede sindicatos de exigirem o pagamento da contribuição sem autorização do empregado.

 

A lógica é contrária à decisão do STF. Em vez de se opor à cobrança, o trabalhador deveria autorizá-la. Se não houver a autorização, o pagamento não deverá ser feito.

 

O projeto, cuja relatoria é do senador Rogério Marinho (PL-RN), foi aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) no dia 3 de outubro e segue para a CAS (Comissão de Assuntos Sociais).

 

Em seu relatório, Marinho incluiu a proibição de cobrança de não sindicalizados e de valores atrasados.

 

No debate, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, afirmou que a contribuição feita por meio do Sistema S, que é destinada aos sindicatos de empregadores, é custeada de forma indireta pelos trabalhadores.

 

"Não me consta que nenhum empresário pague a contribuição do Sistema S e não bote na sua planilha de custo. Sai do bolso do trabalhador. Isso é parte do custo-Brasil, mas nisso não se mexe. Quem está pagando é o trabalhador, que sustenta o sistema sindical patronal", disse.

 

 

 

Posted On Sábado, 07 Outubro 2023 06:46 Escrito por O Paralelo 13

Dançarina rebolou ao som de música da cantora Aretuza Lovi no 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil

 

Por Hellen Leite

 

 

O Ministério da Saúde vai criar uma curadoria para organizar eventos oficiais da pasta. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (6), um dia após o episódio que envolveu uma dança erótica durante um encontro do ministério. A curadoria estará ligada ao gabinete da ministra, Nísia Trindade, e vai avaliar os eventos propostos para todas as áreas da pasta. A avaliação deve considerar a adequação das propostas à missão institucional do Ministério da Saúde.

 

A apresentação em questão aconteceu nessa quinta (5), durante o 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil. Pelas imagens que viralizaram nas redes sociais, é possível ver o momento em que uma dançarina rebola ao som da música Batcu, de Aretuza Lovi, com participação de Valesca Popozuda.

 

O objetivo do evento era apoiar a implementação e a gestão participativa da Política Nacional de Promoção da Saúde a partir do compartilhamento de experiências e da ampliação do diálogo entre gestores e trabalhadores de diversos estados, com momentos dedicados à diversidade cultural.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a dança ocorreu durante o intervalo do encontro, que contou, ao todo, com apresentação de sete grupos artísticos. "Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro, e adotará medidas para não acontecer novamente", admitiu a pasta.

 

Críticas da oposição

A apresentação causou a indignação de opositores ao governo. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que a situação retrata uma ideologia. "É um seminário de Atenção Primária do Ministério da Saúde!!! Atenção primária é isso aí? É isso que salva vidas num sistema que a OMS colocou em 125º lugar? O cupim identitário está corroendo o governo por dentro. E o Brasil real vê chocado tudo isso", disse ele em uma rede social.

 

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou um requerimento para que Nísia Trindade preste esclarecimentos sobre o encontro. O documento pede à pasta que informe o custo total do evento, além de nomes e matrículas dos funcionários e servidores envolvidos em sua organização.

 

Já o deputado Bibo Nunes (PL-RS) apresentou um requerimento à Câmara dos Deputados, exigindo informações detalhadas sobre os procedimentos adotados pelo Ministério da Saúde. Segundo o parlamentar, o "objetivo é esclarecer os fatos e garantir medidas de prevenção para evitar situações semelhantes no futuro".

 

Posted On Sábado, 07 Outubro 2023 06:42 Escrito por O Paralelo 13

O governo estuda liberar o saque-rescisão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a trabalhadores demitidos a partir de 2020 que optaram pelo saque-aniversário.

 

 

Com IstoÉ

 

 

Criado em 2019 no governo Bolsonaro, a retirada de parte dos valores do Fundo de Garantia no aniversário do trabalhador passou a ser permitida a todos os profissionais com saldo em conta, mas quem optasse pela medida não teria o dinheiro na demissão.

 

Um projeto com as novas regras já foi elaborado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e está em estudo na Casa Civil e no Palácio do Planalto, aguardando o aval do presidente da República para ser enviado ao Congresso.

A mudança, no entanto, só ocorrerá se o Congresso aprovar.

 

Em entrevista à Folha, o ministro Luiz Marinho (Trabalho), afirmou que a intenção é corrigir uma "injustiça" com os trabalhadores.

 

"Nós vamos propor corrigir uma injustiça profunda contra aqueles trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário, iludidos, que depois foram remitidos e não sabiam até então que não poderiam sacar o seu saldo", disse nesta sexta-feira (6).

 

O foco do ministro é no trabalhador que fez o empréstimo consignado do saque-aniversário, no qual era possível adiantar valores futuros, mesmo antes do aniversário. No entanto, os demais profissionais também serão beneficiados com valores retroativos, desde que a demissão tenha ocorrido a partir de 2020.

Em geral, no consignado do saque-aniversário, os bancos propunham adiantar até cinco anos de retirada, ou seja, cinco parcelas de FGTS no aniversário, mas com cobrança de juros e taxas de empréstimo.

 

"Por exemplo, um trabalhador que tinha R$ 30 mil no saldo de FGTS, fez lá um empréstimo junto com a entidade financeira de R$ 5.000, R$ 10 mil. Se ele fez de R$ 10 mil e tinha R$ 30 mil, no mínimo ele tem R$ 20 mil de saldo. É dele. A lei feita pelo Bolsonaro proíbe que ele receba. É isso que nós vamos corrigir", afirmou Marinho.

 

Para quem tinha empréstimo, será necessário quitar os valores que deve ao banco. Além disso, estuda-se uma trava para que, quem já aderiu à modalidade e se arrependeu, não possa aderir novamente.

 

Para os demais, a intenção é liberar tanto a opção pelo saque-aniversário quanto o direito ao dinheiro na rescisão.

 

ENTENDA O SAQUE-ANIVERSÁRIO DO FGTS

 

Nesse modelo, o trabalhador pode sacar de 5% a 50% do saldo mais um adicional. O percentual a ser liberado varia de acordo com o saldo na conta do FGTS.

 

Todo ano, há um calendário específico com as datas de liberações conforme o mês de aniversário do trabalhador.

 

Quem adere à modalidade, no entanto, não pode sacar o saldo na rescisão, leva somente os 40% da multa. Para voltar a ter direito ao dinheiro na demissão sem justa causa, o trabalhador precisa esperar 25 meses após ter aderido à outra modalidade.

 

A regra foi aprovada em 2019, mas passou a valer apenas em janeiro de 2020.

 

COMO É A RETIRADA DOS VALORES?

 

O início do período de retirada dos valores do saque-aniversário começa no primeiro dia útil do mês de aniversário e dura três meses, acabando no último dia útil do segundo mês após o seu aniversário.

 

Por exemplo, se a pessoa faz aniversário em janeiro, ela pode sacar parte do FGTS entre o primeiro dia útil de janeiro e o último dia útil de março.

 

QUANTO PODE SER SACADO?

 

A quantia a ser sacada depende do saldo total do trabalhador em contas ativas e inativas. Quanto maior o saldo, menor o percentual que pode ser retirado. Há também uma liberação de parcela adicional, que varia conforme o saldo.

 

Por exemplo, se a pessoa tem R$ 1.000 de saldo em todas as contas do FGTS, ela terá disponível R$ 400 pela alíquota de 40% e mais R$ 50 pela parcela adicional, o que dará R$ 450 liberados para saque. O saldo restante permanece nas contas.

 

O QUE É E COMO FUNCIONA O FGTS

 

O FGTS funciona como uma poupança para o trabalhador. O fundo foi criado em 1966, com o fim da estabilidade no emprego, e passou a valer a partir de 1967. Todo mês o empregador deposita 8% sobre o salário do funcionário em uma conta aberta para aquele emprego.

 

Há ainda a multa de 40% sobre o FGTS caso o trabalhador seja demitido sem justa causa. Desde a reforma trabalhista de 2017, há também a possibilidade de sacar 20% da multa após acordo com o empregador na demissão.

 

O fundo, no entanto, é utilizado em políticas públicas de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, conforme prevê a legislação.

 

O saque do FGTS é autorizado apenas em 16 situações previstas em lei. Fora isso, o trabalhador não tem acesso ao dinheiro.

 

 

 

Posted On Sábado, 07 Outubro 2023 06:40 Escrito por O Paralelo 13

Só a política tocantinense é capaz de produzir alguns efeitos. Embora levada em banho maria, conforme o “manual da cautela”, os bastidores continuam borbulhando em movimentações, ações, ataques e contra-ataques permitidos pela democracia e moldados pelo momento que o País e o Tocantins atravessam. Cada um do seu jeito, todos os envolvidos – e os que querem se envolver – nas eleições municipais de 2024, já colocaram seus blocos na rua, mas todos aguardando as datas da legislação eleitoral para, enfim, dizerem a que vieram.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Nos últimos dias que antecederam o início das comemorações pelos 35 anos de criação do Tocantins, partidos e líderes partidários, assim como previsto pelo Observatório Político de O Paralelo 13, concentraram em Brasília as suas articulações, envolvendo, inclusive, a definição sobre as pedras que comporão o tabuleiro sucessório de 2024 nos principais colégios eleitorais do Tocantins, principalmente em Palmas.

 

Por enquanto, de resultado prático, apenas muita zoada e pouca ação, pois a preocupação está na definição dos times, grupos e estrutura partidária para poder fazer figura no processo eleitoral.

 

Estamos falando de marketing, na mais pura essência, pois quem pretende chegar com chances de eleição em 2024, precisa star forte neste início de caminhada. Todos sabem que o jogo só terá início em abril de 2024, após a janela para a troca de partido sem o risco da perda do mandato por parte dos vereadores, que se juntarão àqueles que já tiverem garantido o direito de participar do pleito por conta do domicílio eleitoral, que terminou no último dia três de outubro.

 

PORTO NACIONAL I

As pedras do tabuleiro que se movem em Brasília têm seus reflexos em Porto Nacional. O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha esteve reunido na Capital Federal com a cúpula do PSB, partido do qual é o presidente estadual no Tocantins, acompanhado do empresário portuense Álvaro da A7, que foi convidado pela cúpula nacional a se filiar à legenda e ser o candidato a prefeito de Porto Nacional.

 

O convite foi aceito e a filiação marcada para ocorrer já no próximo mês de novembro, em um grande ato político a ocorrer em solo portuense.

 

PORTO NACIONAL II

Uma suposta falha no cerimonial do Palácio Araguaia provocou um mal-estar na classe política da Capital da Cultura Tocantinense, exatamente na comemoração pelos 35 anos de emancipação política do Estado do Tocantins, que teve palco importante em Porto Nacional.

 

Os organizadores do evento não convidaram o prefeito Ronivon Maciel. Esse tipo de falha, tido como “grosseria” no meio político, sabe-se, não faz parte do perfil do governador Wanderlei Barbosa, e não seria cometido deliberadamente, justamente em sua cidade natal, independentemente do prefeito ser ou não da sua base política.

 

De antemão sabe-se que isso não foi ordem ou do conhecimento do governador curraleiro, que sempre tem demonstrado nos atos políticos de sua gestão um espírito de união e respeito para com seus adversários e, certamente, não voltará a acontecer em novos eventos.

 

Depois do ocorrido, ficou-se sabendo que o convite à Ronivon Maciel chegou a acontecer, mas a menos de 24 horas do ato, quando o prefeito de Porto nacional já havia decolado para Brasília, em viagem de trabalho, na última terça-feira.

 

ESTRANHEZA

Inclusive, causou estranheza no mundo político portuense a vinda do governador Wanderlei Barbosa à Porto Nacional, pelas comemorações dos 35 anos de emancipação política do Tocantins e a ausência dos cinco deputados estaduais portuenses da base de apoio ao governo, na solenidade.

 

Além deles, os deputados federais Ricardo Ayres e Vicentinho Jr. Também não estiveram presentes, sem fala do ex-prefeito por três mandatos, Otoniel Andrade, terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de prefeito em 2024.

 

Será que não foram convidados ou, simplesmente, resolveram não aparecer?

 

Coisas de Porto Nacional...

 

PORTO NACIONAL III

Nesta semana, circulou em Porto Nacional o resultado de uma pesquisa de intenção de voto para consumo interno que trouxe em seu resultado o empate técnico entre o atual prefeito, Ronivon Maciel e o deputado federal Toinho Andrade, seguidos por Otoniel Andrade, que seria o “fiel da balança” e outros dois candidatos: Joaquim Maia e Álvaro da A7 que, como sabemos, será candidato pelo PSB.

 

A política corre nas veias dos portuenses e, mesmo sendo uma competição para ver quem irá ter o poder de administrar a cidade por quatro anos, o jogo político na cidade é pautado pela boa convivência, sem violência verbal nem inimizades.

 

Logo, pode-se perceber que, mesmo com a largada já dada, ainda há muito a se percorrer até a linha de chegada, e muito a se observar dos competidores que podem, inclusive, se fundir entre si para chegarem juntos à linha final.

 

PALMAS

Já em Palmas, o assunto do momento é a filiação de Eduardo Siqueira Campos ao Podemos, em solenidade ocorrida no Salão Verde do Congresso Nacional, abonado pela própria presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu (SP) e pelo presidente estadual do Tocantins, Tiago Dimas, filho de Ronaldo Dimas, o famoso professor de Deus, ambos derrotados nas últimas eleições estaduais, além do deputado federal Felipinho, que cumprimentou o filho do eterno governador Siqueira Campos.

 

Nenhum dos demais deputados federais ou senadores tocantinenses prestigiou a solenidade.

 

Eduardo Siqueira Campos, afora, tem a missão de formar um grupo político com candidatos a vereador competitivos e buscar apoio de outros partidos para levar sua mensagem aos quatro cantos de Palmas, cidade idealizada e construída por seu pai, José Wilson Siqueira Campos, da qual já foi prefeito e cuja gestão obteve grande popularidade.

 

Além disso, caberá à Eduardo a reconstrução de muitas pontes de diálogo que ele mesmo “incendiou” quando seu pai, José Wilson Siqueira Campos era governador. E não podemos esquecer que o deputado estadual Júnior Geo, catapultado do Podemos por conta da filiação e pré-candidatura de Eduardo Siqueira Campos, tem grande aceitação entre a juventude palmense, bastante propensa a segui-lo, seja para qual partido for. Ou seja, Eduardo precisará aprimorar e alinhavar um diálogo com a juventude palmense, onde se concentram muitos votos.

 

ARAGUAÍNA

Já em Araguaína, o deputado federal Alexandre Guimarães deu um verdadeiro rabo de arraia no Palácio Araguaia.

 

O grupo político palaciano já tem o seu candidato à prefeito na Capital do Boi Gordo., o deputado estadual Jorge Frederico, um político de alta plumagem, com ótimo conceito na cidade e na região Norte do Estado, filiado ao Republicanos, partido presidido por Wanderlei Barbosa no Tocantins.

 

A questão é que, Alexandre Guimarães jamais apoiou a candidatura de Jorge Frederico, apesar de serem do mesmo partido e da base de apoio ao governo do Estado.

 

Desta forma, Guimarães conseguiu tomar o controle do Republicanos em Araguaína e deve lançar uma outra candidatura a prefeito, criando um imbróglio sem precedentes tanto para o governo quanto para os políticos envolvidos.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 ainda não conseguiu descobrir qual o caminho a ser tomado por Alexandre Guimarães acerca da sucessão municipal de Araguaína, se ele mesmo disputará a prefeitura ou se lançará um candidato ou, até mesmo, se irá compor com o atual prefeito, Wagner Rodrigues, em busca da reeleição.

 

É certo que Jorge Frederico tem liderança pessoal e um grupo político formado, aguardando apenas pequenos ajustes e, agora, um partido que lhe garanta a legenda para concorrer às eleições de 2024.

 

O movimento de Alexandre Guimarães, até agora, tem o único objetivo de desestabilizar e impedir a candidatura de Jorge Frederico à prefeitura e esse rabo de arraia pode acabar tendo reflexos negativos, uma vez que o eleitorado cativo de Jorge Frederico (foto) pode firmar o pé e apoiá-lo seja em qual partido for.

 

Ao que tudo indica, o movimento de Alexandre Guimarães foi muito antecipado, e dá à Jorge Frederico e ao Palácio Araguaia, praticamente, um ano para tentar reverter os estragos, articular e fortalecer a candidatura de Jorge Frederico, uma vez que Wanderlei Barbosa tem grandes chances de transferência de votos para seus candidatos a prefeito nos 139 municípios, principalmente em Araguaína e se vier com sua base de apoio unida.

 

Outras pedras ainda estão por aparecer nos tabuleiros sucessórios dos principais municípios tocantinenses, mas, como falamos no título deste artigo, por enquanto, há muita zoeira e pouca ação aos olhos da população, enquanto os bastidores fervem em articulações e acomodações de forças.

 

É aguardar para ver quais “coelhos” ainda vão sair desta cartola!

 

 

Posted On Sexta, 06 Outubro 2023 04:09 Escrito por O Paralelo 13
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