A execução dos trabalhos passa por avaliação constante da Ageto e do Banco Mundial, de acordo com indicadores de desempenho estabelecidos contratualmente

 

Por Luzinete Bispo

 

O Governo do Tocantins, por meio da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), irá reconstruir o trecho da TO-080, entre Palmas e Paraíso. O Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema), do Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), já iniciou os serviços de manutenção na rodovia e a empresa vencedora da licitação já se prepara para iniciar os trabalhos de reabilitação do pavimento.

 

Os serviços de tapa-buracos serão finalizados antes do carnaval, mas a empresa manterá a trafegabilidade do trecho com os serviços de drenagem, manutenção do pavimento e outros que conseguirem executar durante o período chuvoso.

 

As obras de restauração (reconstrução do asfalto) terão início em meados de abril, após o fim do período de maior incidência das chuvas. Os 53,08 km de Palmas ao Entroncamento da BR-153 receberão a reciclagem do asfalto velho, que será incorporado à base do novo pavimento. Estão inclusos os serviços de fresagem, recomposição do pavimento com reperfilagem e implantação de capa asfáltica. Também haverá renovação da drenagem e da sinalização.

 

A rodovia receberá um asfalto totalmente novo, com investimento de R$ 40,3 milhões. Recurso proveniente de financiamento do Banco Mundial. A execução dos trabalhos passa por avaliação constante da Ageto e do Banco Mundial, de acordo com indicadores de desempenho estabelecidos contratualmente.

 

A secretária da Infraestrutura e presidente da Ageto, Juliana Passarin, ressalta que o asfalto novo será reforçado para atender as necessidades de carga pesada. “Essa adaptação do pavimento ao tráfego intenso, se faz necessário para atender ao maior número de veículos de carga na rodovia em direção ao Pátio multimodal da Ferrovia Norte-Sul, bem como a Distribuidora da Petrobrás, em Luzimangues”, destaca.

 

Ainda segundo Juliana Passarin, “o trecho deve permanecer com boas condições de trafegabilidade durante a vigência do contrato que é de dois anos para restaurar e até três anos de manutenção. É uma garantia dada pelo Crema, que realiza periodicamente no segmento atividades que vão de roçadas até reparos na pista”, afirma.

 

O trabalho é de responsabilidade do Consórcio Crema Paraíso, que reúne três empresas construtoras. A restauração da TO-080 faz parte da segunda etapa do Contrato CREMA II. Do qual já foram restaurados, pelo Consórcio, os trechos: Porto Nacional/Brejinho de Nazaré com 35 km, da TO-070 e Porto Nacional/Monte do Carmo com 28,83 km da TO-255.

 

O Governo do Tocantins prioriza as demandas da sociedade com intuito de construir uma gestão mais eficiente na aplicação de recursos, mais ágil e menos burocrático, que, de forma transparente, dialogue com a população e entregue serviços de qualidade.

 

Posted On Sexta, 14 Fevereiro 2020 09:17 Escrito por

Risco de perda

 

O governo do presidente Bolsonaro pode perde a agenda. O Palácio do Planalto está apreensivo com reações do Congresso à indicação de mais um militar na esplanada. Braga Netto na Casa Civil, o general de Exército Walter Souza Braga Netto, comandou em 2018 a intervenção federal do governo Michel Temer na segurança pública do Rio de Janeiro. Anunciado como novo ministro chefe da Casa Civil, no lugar de Onyx Lorenzoni. A ida de mais um militar no cerne do governo reforça a ala mais ideológica ds como pensam como o presidente.

 

Meio litro de bom senso 

Quem anda perdendo a oportunidade de ficar calado é o posto Ipiranga do presidente Bolsonaro, Paulo Guedes. Suas falas vêm corroem sua credibilidade como interlocutor. Ele crítico de gastos com servidores, Guedes recebe R$ 8,2 mil por mês com auxílios para morar e comer, além de diárias. No plano de Guedes, pobres só aparecem como detalhes inconvenientes Insulto a empregadas domésticas reflete visão impiedosa para com a população de baixa renda. Só pra lembrar ele é investigado pelo TCU e MPF, por desvio de 1 Bilhão de fundo de pensões de estatais.

 

Opera Tocantins

 

Em reunião o Conselho Estadual de Saúde prevê a realização de seis mil cirurgias eletivas no Estado este ano. Na 255ª reunião ordinária do Conselho, foi aprovado por unanimidade o Projeto do Opera TO 2020 que contemplará a realização de seis mil cirurgias eletivas no Estado. Em 2019 o Estado fechou o ano com 5.830 cirurgias eletivas realizadas, superando a meta de 5.171 cirurgias estipuladas para o ano passado. O Projeto irá priorizar as especialidades de maior demanda e com maior tempo de espera, sendo elas: ortopedia, cirurgia geral, urologia, ginecologia, cirurgia pediátrica, vascular, oftalmologia e cirurgia torácica.

 

Podemos Reapresenta

 

O partido apresentara (novamente) Alan Barbiero como pré-candidatura a prefeito de Palmas no dia 20 e lançar projeto para ouvir a população. O evento será realizado no auditório da Assembleia Legislativa, no próximo dia 20  e contará com a presença da presidente Nacional do Podemos, Renata Abreu, do líder do partido no Senado, Álvaro Dias, do presidente da sigla no Tocantins, o prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, de lideranças políticas de Palmas e do Estado e da população da Capital.

“Vamos apresentar um projeto para a mais nova Capital do Brasil em que as pessoas sejam as protagonistas. A proposta é construirmos o futuro de Palmas com a participação direta da população. Por isso, a nossa pré-candidatura nasce com um objetivo bem definido que é fazer uma aliança com as pessoas, ouvindo quem mora e vive a cidade no seu dia a dia, elaborando uma proposta para a Capital que tenha a cara da nossa cidade”, afirmou Alan Barbiero.

 

E Nossa OK

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (13) em uma rede social que "a Amazônia é nossa" ao comentar uma mensagem publicada pelo Papa Francisco nesta quarta. O Papa Francisco postou mensagem na qual disse que Amazônia 'também é nossa'. Presidente comentou afirmação nesta quinta-feira durante transmissão ao vivo em rede social.O Papa também escreveu: "Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida.

Nesta quinta, o Papa Francisco recebeu no Vaticano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas Bolsonaro não comentou o encontro.

 

Desenvolvimento regional e cidadania

 

Inserção de 48 municípios do Tocantins no programa Calha Norte, assiando pelo Presidente Bolsonaro, levará a maior presença do Governo Federal no Estado. O senador do Tocantins Eduardo Gomes, um dos articuladores da vinda da Codevasf, disse que a chegada da Companhia é uma boa notícia e casa com a proposta do governador Mauro Carlesse de fortalecer a economia do estado de maneira aberta e democrática.

“Já conhecíamos as ações do programa em outros Estados e os resultados alcançados por suas atividades. Acreditamos que haverá um aumento das ações e serviços federais no Tocantins, o que favorece o desenvolvimento regional e o acesso das pequenas comunidades em importantes projetos de cidadania”, destacou o presidente da ATM e prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, ao agradecer a articulação do senador Eduardo Gomes na inclusão dos municípios tocantinenses no programa. Gomes é líder do Governo Bolsonaro no Congresso Nacional e senador pelo Tocantins.

 

Municípios

 

Em 2019, o senador Eduardo Gomes endereçou ofício ao Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ao qual pediu a inclusão do Tocantins no Programa Calha Norte. O pedido recebeu sinalização positiva da Presidência da República. Com a assinatura dos atos normativos, 48 municípios tocantinenses foram inclusos, além do município de Alcântara, Maranhão.

 Do Tocantins foram inclusos: Aliança do Tocantins, Almas, Aparecida do Rio Negro, Arraias, Aurora do Tocantins, Barrolândia, Brejinho de Nazaré, Chapada da Natividade, Combinado, Conceição do Tocantins, Crixás do Tocantins, Dianópolis, Fátima, Ipueiras, Lagoa do Tocantins, Lajeado, Lavandeira, Lizarda, Mateiros, Miracema do Tocantins, Miranorte, Monte do Carmo, Natividade, Nova Rosalândia, Novo Acordo, Novo Alegre, Novo Jardim, Oliveira de Fátima, Palmas, Paraíso do Tocantins, Paranã, Pindorama do Tocantins, Ponte Alta do Bom Jesus, Ponte Alta do Tocantins, Porto Alegre do Tocantins, Porto Nacional, Pugmil, Rio da Conceição, Rio Sono, Santa Rita do Tocantins, Santa Rosa do Tocantins, Santa Tereza do Tocantins, São Félix do Tocantins, São Valério da Natividade, Silvanópolis, Taguatinga, Taipas do Tocantins e Tocantínia.

 

Encontro do MDB no Tocantins

 

O encontro promete ao menos muitos tapinhas nas costas, apertos de mãos sorrisos falsos e discurso de união. o presidente interino do MDB no Tocantins, deputado estadual Nilton Franco, juntamente com o senador Eduardo Gomes, a deputada federal Dulce Miranda e o deputado estadual Jorge Frederico participaram , em Brasília, da posse do ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho semana passada quando ficou decidido encontro  Para no dia 15 de março com a presença do presidente nacional, o deputado federal Baleia Rossi, e de toda as executivas estadual e municipais.

 

Posted On Sexta, 14 Fevereiro 2020 07:00 Escrito por

Enquanto Jair Bolsonaro (sem partido) trava uma batalha com governadores pela redução de tributos estaduais sobre combustíveis, seis unidades da federação cobram da Petrobras pelo menos R$ 13,8 bilhões. A estatal diz discordar das cobranças.

 

Com Folhapress

 

Governadores criticam a pressão feita pelo presidente e afirmam que não há condições de abrir mão de arrecadação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. Esse tributo representa quase 20% dos ganhos dos estados.

 

Em meio à disputa política, governos locais cobram da Petrobras –que é controlada pela União– débitos com impostos (principalmente o ICMS), além de multas, juros e outros encargos. A petroleira questiona esses débitos.

 

A estatal figura nas primeiras posições dos cadastros da dívida ativa de diversos estados, como Rio, São Paulo, Pará e Bahia. A inclusão de empresas nessas listas ocorre quando os processos administrativos de cobrança são encerrados e as autoridades locais passam a exigir o pagamento do débito.

 

A Petrobras lidera o ranking da dívida ativa do Rio, com R$ 9,4 bilhões inscritos em 168 diferentes processos de cobrança.

 

A petroleira figura ainda em segundo lugar na lista do governo de São Paulo, com débitos de R$ 3,6 bilhões.

 

De acordo com o secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, todos os débitos são referentes a cobranças de ICMS. O valor em disputa é muito superior à arrecadação anual do imposto sobre combustíveis no Rio de Janeiro, que encerrou 2019 em aproximadamente R$ 5,5 bilhões. Segundo ele, muitos desses processos se alongam por anos –o mais antigo tem mais de duas décadas.

 

“Reconhecemos que a legislação é complexa. Nós cobramos aquilo que entendemos ser correto, mas é o Judiciário que dirá quem tem razão”, disse.

 

O Pará também cobra da estatal R$ 678 milhões relacionados ao recolhimento de ICMS. Na Bahia, a empresa figura no topo da lista da dívida ativa, com R$ 122 milhões. Também há registro de débitos em Pernambuco (R$ 9,7 milhões) e em Santa Catarina (R$ 460 mil).

A Petrobras afirmou em nota que os valores cobrados pelos estados não representam uma ausência de pagamento de tributos, mas uma “divergência de interpretação da norma tributária”.

 

A estatal informou “discordar das cobranças promovidas pelos estados” e que defende entendimento diferente daquele adotado pelas autoridades fiscais. “Reconhece, portanto, existir um contencioso tributário [débitos contestados], mas não uma dívida líquida e certa junto aos Estados”, declarou a petroleira.

 

Grandes empresas costumam se envolver em disputas com autoridades federais e estaduais por divergências na cobrança de impostos e outros tributos. A falta de pagamento ou contestações na arrecadação geram processos administrativos que podem levar à inscrição da pessoa jurídica no cadastro da dívida ativa.

 

Nesses processos, os contribuintes têm direito a defesa e a apresentação de recursos para questionar a autuação feita pelos fiscais. Após a conclusão do processo administrativo e a inclusão da cobrança na dívida ativa, a empresa pode recorrer à Justiça ou negociar o pagamento do débito.

 

A Petrobras questiona parte dessas cobranças em processos judiciais. Além disso, em dezembro do ano passado, a empresa anunciou a adesão a um programa de renegociação de dívidas de ICMS no valor de R$ 3,6 bilhões. Esse plano não incluiu os débitos com Rio e São Paulo, por exemplo.

 

“A Petrobras está sempre atenta a oportunidades de conciliação ou anistias fiscais com condições que façam sentido para ambas as partes acordantes”, disse a empresa.

 

O cálculo feito pela reportagem inclui seis estados que divulgam a relação de devedores. Os demais não publicam esses valores. A Petrobras não informou o total de cobranças.

 

A tributação sobre combustíveis provocou uma disputa política entre Jair Bolsonaro e governadores. O presidente acusa os estados de engordarem suas arrecadações ao deixar de repassar ao ICMS as variações dos preços da gasolina observados nas refinarias da Petrobras.

 

"O que eu quero é que o ICMS seja cobrado no combustível lá na refinaria, e não na bomba. Eu baixei três vezes o combustível nos últimos dias, mas na bomba não baixou nada", disse o presidente na última quarta-feira (5).

 

Bolsonaro desafiou os governadores a eliminar a cobrança do imposto sobre os combustíveis, que representa uma entrada de quase R$ 90 bilhões por ano nos cofres dos estados. Em aperto financeiro, muitos gestores regionais reagiram e afirmaram que a proposta é um blefe populista.

 

A pressão feita pelo presidente reabriu discussões sobre o modelo de cobrança do ICMS sobre os combustíveis –mercado dominado pela Petrobras.

 

O presidente afirmou que vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei para que o imposto tenha um valor fixo por litro. Atualmente, na maior parte dos estados, o cálculo do tributo é baseado em um preço médio ponderado ao consumidor final.

 

A Petrobras não quis comentar o debate sobre o modelo de tributação e o embate político entre o presidente e os governadores. “Em relação ao tributo estadual (ICMS), a Petrobras cumpre e cumprirá com as normas legais acerca do tema”, disse a companhia.

 

Parte dos governadores diz estar disposta a discutir o tema, mas espera compensações para evitar o comprometimento dos caixas estaduais.

 

“Todo mundo é favorável à redução do preço do combustível. Mas precisamos encontrar um equilíbrio que possa conciliar o que representa a arrecadação de ICMS para os estados e a composição do preço final do combustível”, afirmou à reportagem Helder Barbalho (MDB), governador do Pará.

 

Nesta terça-feira (11), o ministro Paulo Guedes (Economia) participou de reunião com governadores em Brasília. O pedido do encontro foi feito pelos representantes dos estados em uma tentativa de distensionar o debate.

 

De acordo com relato do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), Guedes afirmou na reunião que avalia não ser possível zerar os tributos sobre combustíveis neste momento e que um debate sobre redução dos impostos deve ser feito a médio e longo prazo.

 

"Tem que haver primeiro um fortalecimento dos estados e municípios, algo que só pode ser resolvido com a aprovação do novo pacto federativo e da reforma tributária", disse. (Bruno Boghossian e Bernardo Caram/FolhaPressSNG)

 

 

Posted On Sexta, 14 Fevereiro 2020 06:55 Escrito por

De acordo com a denúncia do MPF do Rio, contas do advogado no exterior podem estar relacionadas a esquema de corrupção delatado por doleiros

 

Por Agência Pública | Vasconcelo Quadros 

 

O advogado criminalista Antônio Augusto de Figueiredo Basto , conhecido por representar réus que obtiveram a homologação de acordo de colaboração com Sergio Moro, é alvo de uma investigação que pode vir a alcançar integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato . As suspeitas da existência de um esquema de recolhimento de propinas de doleiros por parte do advogado, que seriam destinadas a membros da Lava Jato, constam da denúncia de 59 páginas, assinada pelo chefe da força-tarefa do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Hage e outros dez procuradores. O documento foi entregue no dia 21 de janeiro ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal.

 

Conforme a denúncia, Basto chefiava uma “organização criminosa” acusada de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, operações ilegais contra o sistema financeiro e manutenção de contas bancárias clandestinas na Suíça. Em depoimento ao MPF, citado na denúncia, Basto admitiu uma série de operações financeiras clandestinas, realizadas de 2008 a 2016, através das quais movimentou, junto com um sócio de seu escritório no Paraná, Luís Gustavo Flores, algo em torno de US$ 3,5 milhões, o equivalente a quase R$ 15 milhões de reais. O Ministério Público ainda investiga se o escritório de Basto funcionaria como canal para repassar propinas a investigadores da própria Lava Jato.

 

O caso veio à tona com os acordos de delação firmado pelos doleiros Vinicius Claret Vieira Barreto, conhecido por Juca Bala, e Cláudio Fernando Barboza de Souza, o Tony, dois operadores de peso no sistema internacional de “dólar-cabo” presos no Uruguai em 2017 e extraditados para o Brasil. Os dois trabalhavam para o “doleiro dos doleiros”, Dario Messer, e depuseram à força-tarefa do MPF-RJ depois da prisão. Em fevereiro de 2018, de acordo com as páginas 25 e 26 da denúncia, eles disseram que de 2005 ou 2006 até 2013, véspera da deflagração da Lava Jato, cada doleiro pagava mensalmente uma mesada de US$ 50 mil como taxa de proteção para não serem incomodados por policiais federais e membros do Ministério Público).

 

Com base nas duas delações, o MPF do Rio abriu um procedimento investigatório criminal, que leva o nome de PIC Nº 1.30.001.002152/2018-80. Num segundo depoimento, em 5 de junho de 2018, Tony reafirmou a denúncia, disse que alguns operadores desconfiavam que se tratava de um esquema de extorsão organizado pelo doleiro Enrico Machado, mas que este mencionava Basto para confirmar a atuação junto às autoridades.

 

Tony afirma textualmente nesse novo depoimento que “o advogado Figueiredo Basto chegou a comparecer a algumas reuniões com Dario Messer” com o propósito de confirmar que havia a necessidade de pagamento da propina e que ele mesmo fez entrega de valores supostamente destinado a investigadores através de Flores, o sócio de Basto.

 

Extratos do exterior

Esclarecer se o dinheiro da propina de fato existiu, se foi repassado ou não aos investigadores – e quem seriam eles – é que os procuradores do MPF do Rio investigam agora. Conforme a denúncia, Tony guardou extratos dos valores e datas em que teria feito as entregas a mando de Messer. Um mês depois do depoimento de Tony – “provavelmente receosos da continuidade das investigações”, anotam os procuradores na página 27 da denúncia, o sócio de Basto procurou a força-tarefa carioca da Lava Jato e abriu o jogo.

 

Flores entregou extratos aos procuradores e admitiu em depoimento registrado na denúncia que ele e Basto tinham contas no exterior, operadas através de uma offshore , a Big Pluto Universal S/A, e entregou uma montanha de papéis com extratos sobre as movimentações. O que reforçou a suspeita dos procuradores já que essas informações já constavam dos depoimentos de Tony e Juca Bala, quando estes abriram a caixa-preta da “lavanderia” que fazia parte do esquema do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que também usou os serviços de Messer.

 

Os doleiros criaram um sistema chamado Bankdrop, uma espécie de banco de dados do grupo, que era operado a partir do Uruguai através de mais de 3 mil offshores em 52 países, movimentando cerca de US$ 1,6 bilhão de corrupção em menos de uma década. Deste montante, mais de R$ 400 milhões eram propinas recebidas por Cabral, de onde partiu a investigação que chegou a Dario Messer e ao suposto esquema de propina aos investigadores.

 

Um dos trechos da denúncia contra Basto, Flores, o doleiro Marco Antônio Cursini e Messer, disponível no site do MPF do Rio, afirma: “(…) embora os denunciados tenham afirmado que os valores recebidos em espécie não eram oriundos do recebimento da taxa de proteção paga pela organização criminosa, o montante dos valores e o período de recebimento se aproximam muito do que é narrado pelos colaboradores Juca e Tony”.

 

Segundo os procuradores que assinam a denúncia, os dois doleiros trabalhavam para Messer a partir do Uruguai. Juntos, os três participaram diretamente de pelo menos sete das 35 operações de mão dupla, segundo as quais, Basto remetia para o exterior via dólar-cabo para a conta Big Pluto na Suíça e recebia real em espécie no Brasil.

 

Novo depoimento de Basto

Com toda a documentação juntada na investigação, o MPF do Rio chamou Basto para depor. O advogado, que em depoimento formal no ano passado e também em entrevistas jurou sequer ter conta no exterior, acabou, então, admitindo as irregularidades de acordo com as páginas 27 a 31 da denúncia. Antes, no entanto, comunicou as operações ao Banco Central e recolheu os tributos que devia ao Fisco pelas operações e conta não declaradas.

 

Basto disse aos procuradores que omitiu a existência da conta num primeiro momento, porque havia se preparado apenas para responder o interrogatório sobre a taxa de proteção. Disse que também pretendia conversar com seu sócio para declarar o dinheiro. Pela versão contada, os recursos foram entregues “por fora”, em espécie, por um cliente para o qual atuou entre 2004 e 2018 e que só aceitou pagá-lo pelos honorários no exterior.

 

O advogado diz que em 2016 decidiu trazer de volta toda a dinheirama, algo em torno de US$, 3,4 milhões, que recebeu em reais, cujas notas foram acomodados em caixas de papelão e mochilas. Parte do dinheiro, segundo Basto, foi usada para pagar despesas e parte depositada em conta bancária como honorários. No final do depoimento, encerradas as perguntas, Basto fez questão de acrescentar que “jamais recebeu qualquer valor para taxa de proteção, bem como jamais solicitou favores ou pagou qualquer tipo de valor a qualquer autoridade pública”.

 

O MPF informou na denúncia que o PIC aberto para investigar a existência da suposta taxa de proteção acabou sendo usado para amparar a denúncia contra Basto . O procedimento foi desmembrado e um outro PIC ganhou corpo, destinado a apontar supostos investigadores subornados. Essa investigação está em andamento. Os procuradores miram novas delações no grupo de doleiros, entre os quais, Messer, que teria pago propina e controlava o mercado paralelo de dólar.

 

Uma das pistas mais relevantes está num relatório da Polícia Federal de outubro de 2018, em que o doleiro Dario Messer aponta o procurador Januário Paludo, um dos expoentes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, como suposto beneficiário da propina. Enquanto esteve foragido, Messer foi monitorado por grampos telefônicos autorizados pela justiça. Numa das conversas com a namorada, Myra Athayde, ao falar sobre uma testemunha de acusação que seria ouvida pelos procuradores, entre eles, Januário Paludo, o doleiro teria comentado:

 

“Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”, diz Messer, segundo reportagem do portal Uol, em 30 de novembro do ano passado. Como a suspeita da polícia é que Messer se refere às delações de Tony e Juca Bala sobre a suposta taxa de proteção, o relatório foi anexado à investigação do MPF do Rio, que encaminhou cópia do documento à Procuradoria Geral da República, em Brasília.

 

Paludo disse que ainda não foi chamado por seus colegas do Rio para esclarecer a fala de Messer , mas nega que tenha relação com o doleiro. “O procurador regional da República Januário Paludo reafirma que nunca teve contato pessoal com o referido doleiro e refuta veementemente as falsas imputações”, disse, em nota enviada à Agência Pública pela assessoria de imprensa do MPF de Curitiba.

 

Dentro da PGR as suspeitas levantadas pelo doleiro são tratadas em sigilo por estarem relacionadas a investigação em andamento e com uma boa dose de constrangimento: Paludo não é um procurador qualquer. Trata-se de um dos mais destacados integrantes da força-tarefa de Curitiba, experiente e com um histórico de atuação que remonta às investigações do Banestado, no início dos anos 2000. Ele coordenou e participou de investigações envolvendo dezenas de doleiros de peso no mercado paralelo do dólar, entre eles o próprio Messer, e outro operador famoso, Alberto Youssef, principal lavador e distribuidor do dinheiro desviado da Petrobras.

 

Messer e Youssef também foram clientes de Figueiredo Basto que, até ter sido denunciado no dia 16 de janeiro deste ano, foi responsável pela negociação de mais de 20 delações nos escândalos do Banestado e Lava Jato. No caso de Youssef, Basto fez dois acordos, um em 2003, no Banestado, homologado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, o ex-juiz federal que coordenou a Lava Jato, e a outro em 2014. A denúncia tirou a imunidade que Bastos gozava como advogado. Ele agora está do outro lado do balcão.

 

Procurado pela Pública para comentar a denúncia, o advogado Figueiredo Basto respondeu que não tinha “nada a declarar”.

Posted On Sexta, 14 Fevereiro 2020 06:50 Escrito por

Empresa pretende investir cerca de R$ 12 milhões e gerar mais de 600 empregos

 

Por Jarbas Coutinho

 

Conhecer os incentivos que o Governo do Estado disponibiliza para as empresas interessadas em se instalar no Tocantins. Esse foi o principal objetivo da visita de executivos do grupo União Casings ao governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, na tarde desta quinta-feira, 13, no Palácio Araguaia, acompanhados do secretário da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lira, e da prefeita de Colméia, Elzivam Noronha. A empresa do ramo de frigorífico pretende investir cerca de R$ 12 milhões e gerar mais de 600 empregos.

 

O gerente industrial da empresa, Everton Henrique Barbosa, explicou que a matriz da União Casings fica na cidade de Colina, no interior do estado de São Paulo, e atua no ramo de frigorífico. Segundo ele, o grupo veio ao Tocantins conhecer a estrutura de uma fábrica no município de Colméia para discutir a viabilidade de aquisição e, automaticamente, ampliar a produção da União Casings. “Há interesse da nossa parte em adquirir esse imóvel. Queremos investir R$ 12 milhões para implementar a produção e gerar, inicialmente, cerca de 600 empregos diretos”. Eventon Henrique disse que em um primeiro momento a visita ao Governador foi para, além de conhecer os incentivos, tomar conhecimento da situação da empresa nos âmbitos ambiental e fiscal para viabilizar o negócio.

 

O governador Mauro Carlesse falou das vantagens em investir no Estado em virtude da posição geográfica, da logística de transporte, terras férteis e potencial hídrico, aliados aos incentivos oferecidos pelo Governo. “É o melhor lugar para se investir e estamos sempre à disposição para receber os empreendedores interessados no nosso Estado”.

 

A prefeita de Colmeia, Elzivan Noronha, agradeceu ao governador Mauro Carlesse pelo desprendimento em receber o grupo de empresários e destacou a importância da implantação da indústria em seu município. “Neste momento em que sofremos com a falta de empregos, o apoio do Governo do Estado para a implantação de uma empresa deste porte em nossa cidade é fundamental para geração de emprego e renda. Quero agradecer o apoio de toda a equipe do Governo pela receptividade e agilidade para viabilizar o empreendimento”, comemorou.

 

Também participaram da audiência com o Governador, o presidente do grupo empresarial, Osmar José Routt; o diretor Gustavo Routt; e o gerente de obras Leônicas Rezende de Paula.

 

Posted On Sexta, 14 Fevereiro 2020 06:48 Escrito por O Paralelo 13