A medida é uma resposta à campanha internacional promovida por Salgado na semana passada, que teve enorme repercussão, e que pedia ações do governo Jair Bolsonaro e do Congresso em defesa das etnias indígenas
Por Redação
A Fundação Nacional do Índio (Funai) está leiloando 15 quadros com imagens do fotógrafo Sebastião Salgado como forma de retaliação à ação internacional proposta por ele para auxiliar os povos indígenas durante a pandemia do Coronavírus.
Em seu site, a Funai diz que propôs ao fotógrafo um leilão das suas obras para beneficiar comunidades indígenas. “A ideia é que o valor arrecadado seja utilizado em favor desses povos no contexto da pandemia da covid-19”, diz o texto.
A medida, no entanto, é uma resposta à campanha internacional promovida por Salgado na semana passada, que teve enorme repercussão, e que pedia ações do governo Jair Bolsonaro e do Congresso em defesa das etnias indígenas, especialmente as isoladas, por conta do novo coronavírus.
Segundo informações da Veja, citado integrante da atual gestão da Funai, a avaliação feita, ao decidir pela devolução das obras e sugestão pelo leilão, era a seguinte: “se Salgado reclama que não está indo dinheiro para os índios, propomos que ele faça o dinheiro com esses quadros, compre os donativos e envie aos indígenas”.
O motivo alegado:
“se ele reclama que não está indo dinheiro para os índios, propomos que ele faça dinheiro com esses quadros, compre os donativos e envie aos indígenas”.
Última tramitação processual ocorreu em setembro do ano passado, quando o ministro Edson Fachin concedeu prazo de 15 dias para manifestação da PGR
Com Revista Oeste
Uma investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), em que ele é suspeito de receber pagamentos da ordem R$ 1,5 milhão por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde setembro do ano passado, esperando por uma definição da Procuradoria-Geral da República.
Relatório da Polícia Federal anexado em inquérito que tramita contra o presidente da Câmara, apontou que nos sistemas de comunicação e contabilidade da Odebrecht foram registrados pagamentos para codinomes associados à Rodrigo Maia e ao pai dele, o ex-prefeito do Rio de Janeiro e vereador César Maia (DEM). A investigação foi instaurada em abril de 2017 e apura supostos pagamento de propina ao presidente da Câmara. Conforme o relatório da PF, os sistemas da empreiteira registrados pagamentos da ordem de R$ 608,1 mil para “Botafogo”, R$ 300 mil para “Inca” e R$ 550 mil para “Despota”.
Em 5 de setembro do ano passado, o relator do processo, ministro Edson Fachin, deu prazo de 15 dias para que a PGR se manifestasse sobre o arquivamento ou oferecimento da denúncia contra o presidente da Câmara. Desde então, a PGR ainda não decidiu qual será o próximo passo em relação ao processo contra Rodrigo Maia. O tempo em que o processo está parado no STF é considerado pouco usual, conforme integrantes da própria corte.
MPF-RJ faz operação contra esquema de compra de respiradores
Por Bruna de Pieri
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), cumpre, nesta quinta-feira (7), cinco mandados de prisão preventiva contra investigados de integrar uma organização criminosa estruturada para obter vantagens em contratos emergenciais, com dispensa de licitação, para a aquisição de ventiladores/respiradores pulmonares necessários para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus nos hospitais do Estado.
Também estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, todos os endereços na capital. Um dos presos é o ex-subsecretário de Saúde do Rio, Gabriell Neves, exonerado pelo governador do estado, Wilson Witzel, por suspeitas de irregularidades na pasta.
A ação batizada de Operação Mercadores do Caos conta com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária (GAESF/MPRJ), de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Delegacia (DELFAZ).
O material apreendido servirá para instruir as próximas etapas da investigação que está em andamento. “Há sigilo judicial decretado, razão pela qual não é possível prestar mais informações no momento sobre as medidas ajuizadas e sobre as apurações”, informa o MPF.
A expectativa é de que resultados dos ensaios clínicos sejam disponibilizados no final do mês de junho
Com Agências
Uma vacina fabricada pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a biotecnológica alemã BioNTech começou a ser testada em humanos, segundo anunciaram as empresas. Se os testes forem bem-sucedidos, a imunização pode estar pronta em setembro.
Os ensaios clínicos começaram nos Estados Unidos e incluem 360 voluntários. Outras 200 pessoas receberão a vacina experimental na Alemanha.
A vacina é feita por ARN mensageiro (mRNA), uma cadeia que resulta na cópia da informação genética original e que, neste caso, codifica a produção da proteína que o novo coronavírus tem na superfície para se introduzir nas células.
De acordo com a página da farmacêutica americana, as células devem obedecer ao ARN mensageiro e começar a produzir essa proteína sem causar doença.
Se tudo correr bem, o organismo deve perceber que esse pedaço de informação genética é estranho ao corpo e recruta anticorpos específicos para neutralizar a proteína.
Caso haja efetivamente uma invasão pela covid-19 no futuro, o organismo possuirá as armas necessárias para a atacar mais rapidamente e impedir o desenvolvimento da doença.
Esta estratégia também está sedo utilizada pela farmacêutica Moderna, que já iniciou ensaios clínicos.
Os resultados dos ensaios clínicos da Pfizer e da BioNTech podem ser disponibilizados no final do mês de junho.
Bolsonaro defendeu o relaxamento do isolamento social em prol da retomada econômica
Por Ingrid Soares
Após sair da audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes e de empresários do setor da indústria, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre a situação econômica do país. O chefe do Executivo defendeu a reabertura de comércios e disse que o país se encontra na “UTI”, mas caso a quarentena não seja relaxada, a economia poderá ir para o “cemitério”.
“A economia não pode parar porque a economia também é vida. Por isso um grupo de empresários aqui, mais uma vez um grupo de empresários aqui. Esse grupo responsável por 45% do PIB nacional, responsável por 30 milhões de empregos. A indústria comercial está na UTI. Não há mais espaço para postergar. O sentimento deles, o posicionamento deles, é que a abertura gradual e responsável tem que começar o mais rápido possível, caso contrário, vai atingir a situação de países que ja conhecemos e fica impossível voltarmos a sermos o que éramos em janeiro”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro disse ainda que o grupo de empresários que também participou da reunião, foram mostrar a Toffoli o que ‘realmente está passando a atividade econômica do Brasil’. “Aquela história de que a economia deixa pra lá, primeiro vidas, não é verdade. Sempre disse que as duas atividades têm que ser tratadas com responsabilidade”.
O chefe do Executivo também apontou que incluiu hoje na lista de serviços essenciais a construção civil e que nos próximos dias, outros serão adicionados ao rol.
“Outros virão nas próximas horas, nos próximos dias. Porque o que não está no decreto ficou decidido, segundo o Supremo Tribunal Federal, estados e municípios diriam se poderia ou não funcionar essas categorias, então alguns estados e municípios, alguns -- não estou brigando com ninguém pelo amor de Deus -- no entendimento de muita gente, dos empresários, exageraram. É comum acontecer, faz parte da razão do ser humano. Então nós vamos começar a colocar mais categorias essenciais para nós podemos abrir com responsabilidade e observando as normas do Ministério da Saúde, de modo que nós possamos, cada vez mais rápido voltar a atividade normal. Caso contrário, depois da UTI é o cemitério e não queremos isso para o nosso Brasil”, concluiu.