Quantia que será recebida pelo ex-presidente não foi revelada pela cúpula do partido

 

Com O Globo

O ex-presidente Lula vai receber uma salário como dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) neste ano. Segundo matéria do jornal O Globo, as remunerações do cargo na legenda, para quem não possui mandato parlamentar, somaram cerca de R$ 20 mil em 2019.

 

A quantia que será recebida por Lula não foi revelada pela cúpula do partido. Presidente de honra do PT, Lula também recebe aposentadoria de pouco mais de R$ 6 mil, como anistiado politico, por conta da perseguição durante a ditadura militar.

 

Com os bens bloqueados, o ex-presidente viu sua renda ser prejudicada e agora conta com o cargo no partido, que destina salário mensal para afiliados sem mandato com cargo na executiva.

O ex-presidente foi claro quanto sua situação financeira em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na Grande São Paulo, no último dia 9 de novembro, ” Se me virarem com a bunda pra baixo não vai cair uma moeda do meu bolso”, disse o petista.

 

Antes de assumir a presidência do Brasil, em 2002, Lula já havia recebido salário do partido, com carteira de trabalho assinada.

 

 

Posted On Quarta, 05 Fevereiro 2020 18:34 Escrito por

O prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, há anos é considerado um dos quatro melhores prefeitos do Tocantins.  Administrando uma cidade com quase 85 mil moradores, o prefeito traz na satisfação demonstrada no rosto dos habitantes da Capital da Amizade, o maior exemplo dos seus mais de 80% de aprovação popular.

 

Por Edson Rodrigues

 

Sua administração vem sendo feita com planejamento e equilíbrio financeiro. No próximo dia 31 de dezembro, Laurez completará oito anos de governo co absolutamente todas as contas aprovadas e uma vasta lista de obras entregues, incluindo creches, escolas, postos de saúde, praticamente todos os bairros asfaltados, quadras poliesportivas, ginásios e estádios, estradas vicinais conservadas, folha de pagamento em dia, obrigações sociais cumpridas, fornecedores e prestadores de serviço devidamente quitados.  Sem dúvida nenhuma, uma administração a se reconhecida, admirada e copiada.

 

É exatamente nesses dados positivos acima da média que aparecem os primeiros problemas para que Laurez Moreira consiga fazer o seu sucessor em Gurupi. Pelo grande trabalho realizado, haverá uma multiplicidade de obras a serem concluídas, mas, mesmo com recursos em caixa, oriundos, principalmente, do apoio do senador Eduardo Gomes, que conseguiu, no ano passado, vários milhões de reais para o município, principalmente para a área da saúde, será que o sucessor escolhido por Laurez terá o mesmo apoio e, principalmente, a mesma tenacidade, vontade e capacidade que Laurez para realizá-las?

 

MAURO CARLESSE NO “TABULEIRO”

O governador Mauro Carlesse tem seu domicílio eleitoral na cidade de Gurupi, onde residiu por vários anos, até se mudar para Palmas para cumprir seu mandato de governador, mas sempre manteve Gurupi como “a menina dos seus olhos”.

 

Carlesse e Laurez Moreira são adversários políticos, mas sempre conseguiram manter uma convivência harmônica e respeitosa, mas, este ano, a coisa muda de figura, pois, os dois, cada um com seu poder e cada um com seu candidato e, não tenham dúvida, cada um vai se empenhar ao máximo para o sucesso de suas apostas políticas.

 

O governador Mauro Carlesse (DEM), recebeu na tarde dessa terça-feira, 4, em seu gabinete no Palácio Araguaia, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.

 

Carlesse teve o revés de ver o seu candidato á prefeitura de Gurupi e líder na Assembleia Legislativa, perder o segundo posto, com a volta repentina do deputado Eduardo Siqueira Campos à Casa de Leis, desalojando, justamente Gleydson Nato, que assumiu durante o afastamento de 180 dias para tratamento de Saúde de Eduardo Siqueira.

 

Gleydson foi nomeado líder do governo de Carlesse assim que assumiu a vaga aberta por Eduardo e, com sua saída, Carlesse deve nomear um novo líder o mais rápido possível, assim como, pelos anos de amizade e ligação política, anunciar em Gurupi que Gleydson é o candidato do Palácio Araguaia à prefeitura da cidade. Mesmo assim, Nato precisa melhorar seu desempenho junto ao eleitorado do município e precisará contar com um ótimo desempenho de Carlesse em todo o Estado, principalmente em Gurupi, e montar um grupo político que reúna as principais lideranças da cidade.

 

Enquanto isso, todos em Gurupi já sabem que o candidato de Laurez Moreira à sua sucessão é o secretário da Saúde, Gutierres Torquato, mas, ao mesmo tempo, todos sabem, por meio de pesquisas de consumo interno, que Torquato tem um considerável índice de rejeição junto à população gurupiense e que, dificilmente Laurez conseguirá transferir a ele os votos necessários para sua eleição, uma vez que nem aos seus próprios auxiliares e correligionários têm uma boa aceitação ao nome escolhido pelo prefeito para sua sucessão.

 

TERCEIRA VIA

Diante dos resultados apontados pelas pesquisas às quais O Paralelo 13 teve acesso, referentes à sucessão Municipal em Gurupi, tanto Gleydson quanto Gutierres estão no mesmo patamar e, a aparição de um nome alternativo, uma terceira via, surgiria, já, como altamente viável, concorrendo em pé de igualdade com os dois pré-candidatos já conhecidos, e com a vantagem de vir sem rejeição e com a possibilidade de formar um grupo político com dissidentes dos demais pleiteantes, com musculatura suficiente para fazer frente às candidaturas concorrentes.

Apesar de as pesquisas de transferência de votos ainda serem muito prematuras nos seis principais colégios eleitorais do Tocantins, a questão da transfer~encia de votos pode ser crucial nos 139 municípios do Estado.

 

Por enquanto, todo mundo ainda é pré-candidato e a campanha ainda não está oficialmente nas ruas.  As candidaturas precisam ser  confirmadas – e registradas – para que possamos ter uma leitura mais apurada do que apontam as pesquisas.

 

Por enquanto, tudo é especulação, mas todos os dados coletados, no fim, terão seu papel na definição das estratégias de campanha.

 

Como sempre dissemos, tudo depende do tempo.  Só ele dirá quem saberá usá-lo em benefício próprio. Ou não.

 

Posted On Quarta, 05 Fevereiro 2020 14:08 Escrito por

Na última terça-feira, O Paralelo 13 veiculou uma matéria em que analisava o atual cenário político tocantinense, em especial dentro do Democratas após a divulgação de que houveram mais de 40 filiações no Partido por meio deputado federal Carlos Gaguim e do governador Mauro Carlesse. Na ocasião citamos ainda a ausência da presidente da Sigla, a deputada federal Dorinha Seabra, responsável por validar estas fichas de filiação

 

Por Edson Rodrigues 

 

Da forma que o encontro com os prefeitos foi conduzido, sem a participação da presidente da Sigla demonstrou que inicia no DEM uma intervenção branca. Em suas redes sociais, o parlamentar publicou a foto do encontro e disse que este seria um grande marco para o partido no Estado.

 

Este foi só o primeiro episódio da confusão que veio seguida de outros acontecimentos demonstrando claramente uma queda de braço no Democratas. Professora Dorinha resolveu se manifestar. Emitiu uma nota, em que de forma elegante desmente a informação do colega de bancada e de partido.

 

“Desde o último ano, o DEMOCRATAS tem cerca de 40 prefeitos filiados, graças a credibilidade conferida, tradicionalmente, a sigla e ao trabalho da presidência estadual, que é de total respeito às lideranças políticas e aos cidadãos que acreditam na proposta de transformação social apresentada pelo DEM”, pontua.

 

Contestou a probabilidade de estas filiações ocorrerem em um dia, invalidando o posicionamento do deputado Carlos Gaguim. “É impossível que o total de prefeitos filiados - percentual estabelecido desde o último ano- tenha sido constituído em único dia, ou ainda durante uma única ocasião.”

 

E lembrou aos líderes políticos interessados em filiar-se ao partido, que eles precisam do seu amém, afinal ela é a presidente do Partido, responsável por validar as filiações. Por enquanto está com a caneta na mão. “É necessário que todo prefeito ou líder político interessado em ingressar no partido saiba que, como presidente estadual, Dorinha é a única com prerrogativa para realizar filiações”.

 

Ao final da nota, a parlamentar coloca panos quentes e diz que os membros do partido seguem unidos e em paz. “É importante também esclarecer que os rumores sobre desavenças e conflitos movidos a vaidades e interesses escusos nada mais são que intrigas plantadas e em nada fomentadas pela presidência”.

 

Após a veiculação da nota pela imprensa, o deputado federal Carlos Gaguim, vice-presidente da Comissão Provisória Estadual, resolveu mais uma vez se pronunciar e emitiu uma nota curta, porém uma réplica acalorada. Diz que o número de prefeitos filiados a sigla é resultado do seu trabalho em parceria com o governador do Estado. “a mesma trafega na contra mão da verdade, pois o número de prefeitos que se filiaram ao partido é devido ao trabalho deste deputado em consonância com o Governador Carlesse, sendo um fato inédito”.

 

Descredibiliza a deputada ao mencionar que ela seria responsável pela filiação de apenas um prefeito e garante que as filiações serão homologadas pela nacional, passando por cima da hierarquia. “A mesma em sua gestão à frente do partido só aproximou um prefeito, [...] todos os prefeitos recém-filiados ao DEM terão suas candidaturas homologadas pela Executiva nacional do Democratas”.

 

Mesmo que a presidente não assuma é notória a disputa de poder dentro da cúpula estadual do DEM, o que descredibiliza o grupo diante do eleitor e faz com que os interessados não ingressem na base dos três principais líderes, o governador Mauro Carlesse, a presidente deputada Professora Dorinha e o vice-presidente o deputado Carlos Gaguim. Foi veiculado ainda a possibilidade de o vice-governador Wanderlei Barbosa filiar-se ao DEM para disputar as eleições na Capital. Gostaria o vice-governador de ter o seu nome associado a uma legenda com tamanha instabilidade e falta de união?

 

O episódio, ocorrido nesta terça, provoca um desgaste ao Partido e pode gerar insegurança jurídica e política, por medo de não conseguir o registro de candidatura aos pré-candidatos e aos prefeitos e vereadores que buscam uma reeleição. Na atual conjuntura, já que estamos em um ano eleitoral, o melhor a se fazer é buscar por um entendimento entre os três para evitar que as bases não tenham prejuízos ou se sintam ameaçadas. Vamos aguardar o desenrolar desta história que foi a mais comentada nos bastidores da política tocantinense.

Posted On Quarta, 05 Fevereiro 2020 09:02 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O deputado federal Carlos Gaguim, acompanhado do governador Mauro Carlesse, anunciou a filiação de 44 prefeitos no Democratas (DEM), numa clara demonstração de força política.  O anúncio é o primeiro resultado do encontro com o presidente nacional do Democratas, o prefeito de Salvador ACM Neto, que teve como presentes  o governador Mauro Carlesse e o vice-governador Wanderlei Barbosa, ocorrido no mês passado , na Bahia.

 

 Wanderlei Barbosa e a prefeita Cínthia Ribeiro

 

Nos bastidores, isso já está sendo considerada uma “intervenção branca”, pois, de fato e de direito, a presidente estadual do DEM é a deputada federal Dorinha Seabra que, além de não estar presente à reunião com o presidente nacional, na Bahia, faz oposição o governo de Mauro Carlesse, apóia a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, à reeleição e não gostou nada de saber que o vice-governador, Wanderlei Barbosa, na reunião com ACM Neto, foi convidado a se filiar ao partido e ser o candidato da legenda à prefeitura de Palmas.

 

A “ARMA” DE DORINHA

 

A filiação dos novos 44 prefeitos no DEM, contudo, precisa ser homologada e ter as fichas assinadas e enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral pelo Diretório Estadual, mais exatamente, pela deputada federal Dorinha Seabra.  Vários desses novos filiados são prefeitos em busca da reeleição e o reconhecimento de suas filiações ao DEM precisa ser feito até o fim do mês de abril, para que possam concorrer pelo novo partido.

 

 

Logo, se Dorinha Seabra não tiver muita pressa para assinar essas fichas, pode complicar a vida desse pessoal.  Dentre essas fichas, estará a de Wanderlei Barbosa, justamente sem o consentimento de  Dorinha, que aposta na candidatura contra Cinthia Ribeiro.

 

PRESSÃO

 

Mas, não será tão simples, assim, para Dorinha Seabra.  Segundo uma fonte ligada ao Palácio Araguaia, tanto Carlesse quanto Wanderlei devem anunciar suas filiações no DEM em breve, em evento com a presença, em Palmas, do presidente nacional do partido, ACM Neto.

 

A presidente da Comissão Estadual Provisória do DEM, professora Dorinha, ainda não se manifestou, mas é certo, nos bastidores, que “a mandioca está sendo rala e espremida no tapiti para ser torrada no forno e ser feita a farofa”.

 

Como esse ritual de filiação ainda tem várias etapas, pelo visto, a professora Dorinha pode acabar ficando fora da lista dos convidados para o evento de filiação, mesmo sendo relatora do FUNDEB na Câmara Federal, membro da Mesa Diretora como representante da Bancada Feminina e filiada ao DEM há mais de 25 anos, sem nunca ter trocado de legenda, a deputada pode ser “triturada” pelos interesses maiores do DEM no Brasil e no Tocantins.

 

“A mandioca, por enquanto, está sendo lavada”!

 

GAGUIM VIRA “HOMEM-CHAVE”

 

Caso o governo do Estado confirme a liberação dos recursos dos empréstimos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, e tendo Carlos Gaguim alçado á posição de articulador político, o Palácio Araguaia estará com seu principal “tripé” de sustentação formado para o embate sucessório de outubro próximo: Gaguim atuará no Palácio, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Toinho Andrade, no Legislativo e o senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, atuando em Brasília.

 

Se levarmos em conta que Carlesse, sem essa estrutura toda, venceu as oposições juntas por trés vezes consecutivas, se a oposição continuar dividida como está, será transformada em pó, com o time montado pelo governador, nas eleições municipais deste ano.

 

Por enquanto, é isso!

Posted On Terça, 04 Fevereiro 2020 12:19 Escrito por

Porto Nacional, aos quatro dias do mês de fevereiro de 2020

 

Por Edson Rodrigues

 

Durante visita à São Paulo nesta segunda-feira (03), o presidente da República Jair Bolsonaro deu entrevista ao Grupo Bandeirantes, ocasião em que afirmou que poderá tentar uma reeleição, mas garantiu que espera que haja clima para que isso ocorra.

 

“Chegamos à presidência da República de forma democrática. Pretendemos continuar? Se for possível e tivermos clima para isso, fazendo uma campanha nas mesmas formas, sim. Caso contrário, peço a Deus que quem assuma no meu lugar, o que não é difícil, venha a dar tudo de si para tirar o Brasil do lugar em que se encontrar”, afirmou Bolsonaro.

 

O presidente não falou claramente em candidatura à reeleição pois sabe que perdeu muito terreno ao se desfiliar do PSL, partido pelo qual se elegeu. Contrariado com a falta de caráter e pela falsidade dos quadros da legenda que omitiram suas situações adversas com a Justiça, Bolsonaro começou uma “fritura geral” na legenda, numa tentativa de separar o joio do trigo.  O problema é que tinha muito mais joio que trigo e o presidente achou melhor fundar um novo partido, o “Aliança Pelo Brasil” para separar sua imagem da imagem manchada do PSL.

 

Bolsonaro só esqueceu que muita gente foi para o PSL e se elegeu pela legenda, justamente por sua causa e, se saírem do partido como o presidente da República o fez, perderão seus cargos.

A nove meses das eleições municipais e cada vez mais convicto de que a Aliança pelo Brasil não sairá do papel a tempo de entrar na disputa, o presidente Jair Bolsonaro tem indicado uma guinada na estratégia que adotará na corrida deste ano.

 

Em conversas reservadas na semana passada, Bolsonaro teria admitido em tom mais enfático que são remotas as chances de conseguir viabilizar a legenda a tempo de participar da disputa deste ano.  Para que a Aliança obtenha seu registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e possa entrar na corrida, é preciso reunir 492 mil assinaturas até o início de abril.

 

REFORMAS

 

O presidente Jair Bolsonaro quer agilizar as reformas que devem ser votadas no Congresso Nacional esse ano antes do início da corrida eleitoral, o que deve ocorrer no segundo semestre. Entre as prioridades do governo, está a reforma tributária. Nesta segunda-feira, 3, o Congresso voltou aos trabalhos após período de recesso.

 

“O que vier na frente é bem-vindo, mas acho que a [reforma] tributária é a mais importante. O congresso quer aprová-la”, disse Bolsonaro.

 

O presidente citou a existência de uma proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, e uma do próprio Governo Federal. “Queremos apoiar aquela que possa ser aprovada”, pontuou.

 

O presidente comentou as dificuldades de uma medida como essa. “Eu fiquei 30 anos no parlamento e nunca chegamos a uma conclusão. Quando se discute isso, aparecem questões sobre Estados e municípios; isso gera um impasse e a matéria não avança”.

 

Dessa vez, de acordo com Bolsonaro, a ideia é reformar os impostos federais primeiro para depois, se possível, fazer o mesmo com impostos estaduais e municipais. “Isso será um benefício não só para quem produz, mas para todos.

 

Ter uma carga tributária tão alta prejudica nossos negócios no Brasil e fora do Brasil”, acrescentou.

 

Outra reforma em vista é a administrativa, que deve alterar o regime de contratação de novos funcionários públicos. Bolsonaro se diz esperançoso para aprovar ambas as reformas ainda no primeiro semestre de 2020. “Temos que fazer um grande trabalho agora, porque o segundo semestre será difícil. Quase 200 parlamentares vão disputar diretamente [as eleições], e a outra parte estará envolvida nisso. É a regra do jogo, sempre foi assim, não estou criticando. Mas pelo o que Rodrigo Maia (presidente da Câmara) e Davi Alcolumbre (presidente do Senado) me disseram, no primeiro semestre conseguimos resolver a questão da reforma administrativa e tributária”, concluiu.

 

ISENÇÃO DE TRIBUTOS

 

Em resposta às críticas de Jair Bolsonaro, que responsabilizou os estados pela manutenção do preço da gasolina em níveis elevados governadores pediram nesta segunda-feira (3) ao presidente que reduza os tributos federais sobre combustíveis e reveja a política de preços da Petrobras.

 

“Consideramos que o governo federal pode e deve imediatamente abrir mão das receitas de PIS, COFINS e CIDE, advindas de operações com combustíveis”, diz o documento assinado por 22 dos 27 governadores, incluindo todos os estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Ficaram de fora da lista Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Acre e Tocantins.

 

“O governo federal controla os preços nas refinarias e obtém dividendos com sua participação indireta no mercado de petróleo –motivo pelo qual se faz necessário que o governo federal explique e reveja a política de preços praticada pela Petrobras”, afirmam os signatários.

 

O presidente culpou os chefes dos executivos estaduais pelo fato de os valores não baixarem nas bombas, apesar de reduções anunciadas pela Petrobras nas refinarias.

 

“Pela terceira vez consecutiva, baixamos os preços da gasolina e diesel nas refinarias, mas os preços não diminuem nos postos por quê ?”, questionou Bolsonaro.

 

“Porque os governadores cobram, em média, 30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, respondeu em seguida.

 

Os governadores afirmam que o ICMS sobre combustíveis responde por, em média, 20% do total da arrecadação deste imposto nas unidades da Federação e que 25% do tributo é repassado aos municípios.

 

Afirmam também que o impacto é de cerca de 15% no preço final do combustível ao consumidor e que, segundo o pacto federativo constante da Constituição Federal, não cabe à esfera federal estabelecer tributação sobre consumo.

 

“Nos últimos anos, a União vem ampliando sua participação frente aos Estados no total da arrecadação nacional de impostos e impondo novas despesas, comprimindo qualquer margem fiscal nos entes federativos”, dizem os governadores.

 

ENTENDA

 “Os Estados defendem a realização de uma reforma tributária que beneficie a sociedade e respeite o pacto federativo. No âmbito da reforma tributária, o ICMS pode e deve ser debatido, a exemplo dos demais tributos.”

 

Como foi noticiado em dezembro, segundo especialistas, os governos estaduais vêm garantindo arrecadação extra ao não repassar ao ICMS as variações dos preços da gasolina .

 

Segundo dados da ANP (agência nacional do petróleo) para o mês de novembro, o imposto estadual representa 28% do preço da gasolina na bomba, e os tributos federais, 16%. O preço gasolina para o produtor responde por 30% do preço ao consumidor. O etanol que é misturado no combustível, mais 13%. Margens e custo de transportes respondem pelos outros 13%.

 

VOLTA DO STF

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli afirmou nesta segunda-feira, 3, em seu discurso na sessão solene de abertura do ano, que cabe ao Poder Judiciário “pacificar os conflitos que surgem no seio da sociedade, fazendo valer a vontade soberana do povo brasileiro, cristalizada nas leis e na Constituição”.

 

O ministro também disse que os integrantes do Judiciário permanecerão “empenhados e destemidos em garantir os direitos fundamentais, as liberdades públicas, como forma de promover a segurança jurídica necessária à retomada do desenvolvimento”.

 

Antes de encerrar seu discurso, Toffoli destacou que o plenário do STF vai enfrentar “uma série de temas de relevância nacional”, como casos de natureza tributária, royalties do petróleo e reforma trabalhista.

 

O aceno de Toffoli à preocupação com a segurança jurídica ocorre no momento em que há divergências internas na Corte sobre a figura do juiz de garantias, inserido pelos parlamentares no pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que foi aprovado pelo Congresso no fim do ano passado.

 

Em janeiro deste ano, o ministro Luiz Fux revogou uma decisão de Toffoli que prorrogava por seis meses a implantação do juiz de garantias, e suspendeu o mecanismo por tempo indeterminado. Caberá a Fux levar o tema para o plenário.

 

Na sexta-feira 31, porém, a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido de suspensão da liminar de Fux, direcionado a Toffoli. Com isso, surge a possibilidade de o presidente do STF reverter a decisão do colega, e provocar um desgaste interno.

Posted On Terça, 04 Fevereiro 2020 05:50 Escrito por
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