O resultado da sucessão municipal deste ano em Araguaína representa, politicamente, um “cartão de crédito positivo” para o futuro político do atual prefeito, Ronaldo Dimas, presidente estadual do Podemos e pré-candidato declarado ao governo do Estado nas eleições de 2022
Por Edson Rodrigues
Dimas vem semeando “grãos” políticos nos principais colégios eleitorais do Tocantins para, no fim do processo sucessório municipal deste ano, colher os resultados que pretende para usar como “base política” e de marketing eleitoral. Mas, apenas depois desses resultados é que poderá ser feita uma avaliação das perdas e ganhos do seu grupo político.
Dentro dessa avaliação, sair vitorioso, eleger seu sucessor em Araguaína representará o “céu de brigadeiro” em sua campanha. Caso não consiga fazer seu sucessor, lhe restará “o inferno de Dante”, pois, como nas disputas eleitorais não há empate, ou é céu ou inferno, sem possibilidade de “purgatório”
MARCUS MARCELO
Apesar de toda essa importância, a forma da escolha do candidato a prefeito do grupo de Ronaldo Dimas acabou se mostrado um grande equívoco de estratégia política, pois foram alimentadas várias candidaturas, quando, na verdade, já havia o nome de Wagner Rodrigues definido, internamente, há tempos, deixando pessoas que acreditaram na possibilidade de ter o apoio de Dimas, como o vereador Marcus Marcelo, “abandonados na campina”, mesmo após ele ter feito gastos, empreendido esforços junto aos seus correligionários e realizar encontros políticos.
ADMINISTRAÇÃO
Quanto à administração de Ronaldo Dimas, não há o que se discutir. É de conhecimento popular a excelência da gestão tocada por Dimas à frente da prefeitura do segundo maior colégio eleitoral do Tocantins, sendo considerado uma dos quatro melhores prefeitos do Estado.
Porém, toda essa eficiência de gestão, passa pela atuação também dos deputados federais tocantinenses, como César Halum e Lázaro Botelho, hoje secretário da Agricultura, mas que deve retomar sua atuação na Câmara Federal, que durante quatro anos trouxeram milhões de reais para os cofres públicos de Araguaína, juntando-se aos deputados estaduais Jorge Frederico, Valderez Castelo Branco e Olyntho Neto, à senadora Kátia Abreu e, desde 2019, o senador Eduardo Gomes. Todos os citados com suas ações em prol de Araguaína amplamente divulgadas pela imprensa.
Claro que Dimas demonstrou capacidade de administrar e planeja, propiciando o equilíbrio financeiro que foi preponderante à sua boa gestão, mas tem que ficar claro, também, que ele só pode fazer tanto porque os parlamentares proporcionaram as condições ideais.
TRANSFERÊNCIA DE VOTO
Transferência de votos, hoje, comprovadamente, é coisa do passado. Vivemos um momento em que o eleitor se encontra liberto de ser dominado e influenciado pelos “coronéis” que, quando conseguiam se impor, transferiam de 37% a 40% dos “votos de cabresto”, mas, hoje, o índice de transferência de votos não passa da casa dos 21% nos municípios com até 9 mil eleitores.
Já nos principais colégios eleitorais, o índice de transferência de votos é ainda menor, com a ressalva de que, quando os candidatos oposicionistas são muito ruins, a tendência é o candidato que conta com apoio do prefeito ser muito bem votado.
PREJUÍZO ELEITORAL
No caso específico de Araguaína, um racha dentro do núcleo do prefeito Ronaldo Dimas significa um grande prejuízo eleitoral, principalmente da forma com que aconteceu. Bater em Marcus Marcelo por meio de boatos, divulgação de áudios, tentar desqualificá-lo, é o mesmo que admitir que fez uma má escolha ao tê-lo em sua base de apoio, pois Marcus Marcelo também foi importante para o sucesso da administração de Dimas.
Perpetrar essa fritura em praça pública, com toda a cidade sabendo que é apenas para demonstrar que tem outro candidato, é uma ação desnecessária e deselegante por parte do grupo político de Ronaldo Dimas.
Em um momento em que a classe política está tão desgastada junto ao eleitorado, é necessária muita cautela nesse tipo de movimento, para que se evitem desgastes desnecessários, lembrando que ninguém é imbatível, muito menos, insubstituível.
OPOSIÇÕES UNIDAS
Ex-deputado César Halum
Da forma com que a definição do nome do candidato “ungido” por Dimas foi conduzida, prometendo possibilidades a outros, criando expectativas para, depois, execrar os não escolhidos, os ânimos foram acirrados, egos feridos e amizades colocadas à prova.
Esse sentimento comum, pode levar os excluídos a se alinhar com a oposição à Dimas e criar um grupo formado por Jorge Frederico, Lázaro Botelho, Olyntho Neto, César Halum e o próprio Marcus Marcelo.
Deputado estadual Jorge Frederico
Tanta gente com credibilidade junto ao eleitorado, apoiando uma mesma candidatura à prefeitura, por exemplo, a do deputado estadual Jorge Frederico, do MDB. Caso esse “exército” de líderes venha a se formar, a disputa pela prefeitura de Araguaína se transmutará de um simples plebiscito para uma eleição voto a voto, sem favoritos.
AVALIAÇÃO
Como tudo ainda não passa de hipótese, somente após as convenções partidárias é que será possível “revelar a foto” do momento político vivido em Araguaína. Uma foto, digamos, ainda desfocada, mas sujeita às variações das chuvas e trovoadas que prometem acirrar os ânimos políticos ainda nas vésperas das convenções.
PALÁCIO ARAGUAIA PARTICIPA
Enquanto isso, O GOVERNADOR Mauro Carlesse, sua equipe de marketing político e seus principais auxiliares da área política devem estar monitorando atentamente todos os movimentos do grupo político de Ronaldo Dimas, para decidir qual caminho tomar em Araguaína, seja com uma candidatura própria, seja apoiando uma postulação que esteja demonstrando força suficiente para fazer páreo ao grupo do prefeito local. Essa candidatura pode muito bem ser a do deputado estadual Jorge Frederico e é muito importante esse monitoramento, uma vez que Araguaína, além de ser o segundo maior colégio eleitoral do Estado, ainda tem influência política direta em mais de 17 municípios da região do Bico do Papagaio.
Deputada estadual Valderez Castelo Branco
Podemos afirmar que, com toda certeza, todos os que pretendem disputar cargos majoritários nas eleições de 2022, gostariam de ter entre os seus apoiadores, o prefeito de Araguaína, segundo maior colégio eleitoral do Tocantins. Dentre esse postulantes estão, é claro, o governador Mauro Carlesse, candidatíssimo à única vaga em disputa para o Senado, a ex-ministra da Agricultura e senadora, Kátia Abreu, além, é claro, do próprio Ronaldo Dimas, pré-candidato declarado ao governo do Estado, este último, com a maior consciência sobre a eleição de um sucessor em Araguaína este ano.
Dentre os citados, a única que deve apoiar as decisões de Ronaldo Dimas é a senadora Kátia Abreu, que tem um ótimo relacionamento com o prefeito de Araguaína há anos, e deve manifestar seu posicionamento, seguindo a linha de distanciamento do Palácio Araguaia.
TUDO OU NADA
Há outro político muito interessado no pleito municipal de outubro próximo, que é o ex-prefeito de Palmas, que em sua campanha para governador foi o mais bem votado na cidade de Araguaína, Carlos Amastha, que vem se encontrando e viajando com freqüência com o deputado federal Vicentinho Jr., presidente estadual do PL, partido pelo qual irá concorrer à prefeitura de Araguaína o vereador Marcus Marcelo, “fritado” pelo grupo político de Ronaldo Dimas, para que o chefe de gabinete de Dimas, Wagner Rodrigues, pudesse ser aclamado como o candidato oficial.
Deputado estadual Olynto Neto
Marcus Marcelo pode vir a ser confirmado como o candidato do PL à prefeitura de Araguaína, com o apoio e coligado ao PSB de Amastha. Embora seja cedo para se falar em perda de votos por parte do grupo político de Dimas com a provável saída de Marcus Marcelo, uma análise mais minuciosa pode ser feita entre os meses de junho e julho.
Diante do quadro acima exposto, podemos ter uma visão privilegiada sobre o quadro sucessório em Araguaína, que ganha contornos dramáticos a cada movimento feito no tabuleiro.
A única coisa que se pode assegurar hoje é que, definitivamente, não há nenhum candidato imbatível e há “muita água para passar por baixo da ponte”. Com isso, caso Dimas não consiga fazer seu sucessor, sua candidatura ao governo do Estado em 2022 precisará de muito mais aliados que o planejado, incluindo nessa conta os candidatos a prefeito de Palmas, Porto Nacional, Gurupi e outras tantas cidades apoiados por ele, que, se não obtiverem os resultados esperados, podem, cada uma delas, significar uma pá de cal nas pretensões de Dimas ao Palácio Araguaia. Em Porto Nacional seu candidato é o empresário Agamenon do Mega. Em Palmas, o ex-reitor da UFT, Allan Barbiero. O desempenho dessas duas últimas candidaturas será fundamental para que Dimas passe de “liderança política regional” para “liderança estadual”, aumentando em muito seu crédito junto à população e ao eleitorado visando às eleições de 2022.
Ou seja, ou tudo, ou nada.
É hora de pagar para ver. Quem aposta?
O presidente da comissão, Marcelo Ramos, fez diversas tentativas para acalmar os ânimos, mas acabou por suspender a audiência pública
Por Luiz Calcagno
A audiência pública da comissão especial sobre a PEC 199/2019, proposta de emenda à Constituição que regulamenta a prisão após condenação em segunda instância, teve de ser suspensa devido a um bate-boca que envolveu o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os parlamentares Glauber Braga (PSol-RJ) e Delegado Éder Mauro (PSD-PA).
O presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), tentou apaziguar os ânimos, mas acabou suspendendo os trabalhos após a discussão virar gritos e Mauro, que é governista, chegar a partir para cima de Braga, da oposição (veja vídeo abaixo).
"Capanga" x "desqualificado"
O debate em torno da PEC começou às 10h e já durava quatro horas. A oposição aproveitou o tempo para inquirir Moro sobre outros temas. O ministro se mostrou solícito na maior parte das vezes, mas, por mais de uma vez, se recusou a responder alguns questionamentos.
Um dos últimos inscritos para falar, Glauber Braga tomou a palavra e disparou contra Moro. "É lobo em pele de cordeiro. O senhor Sergio foi muito bem treinado. Nas relações com o Projeto Ponte, nas vistas aos Estados unidos. Nas visitas que fez ao Departamento de Estado (norte-americano). Mas o senhor é um capanga da milícia, do Bolsonaro", disse.
Nesse momento, alguns parlamentares protestaram. O presidente da comissão disse, então, que não se opôs aos elogios feitos ao ministro, mesmo quando fugiam ao tema principal da discussão, e que, portanto, não censuraria as críticas. Ainda assim, pediu a Braga que tomasse mais cuidado e evitasse os "adjetivos". "Todas as críticas têm sido aceitas. Mas peço que evitemos um acirramentos ao fim da audiência. Não reprovo suas críticas. Mas peço que não use adjetivos como 'capanga'", disse o presidente.
Os ânimos não se acalmaram quando Braga retomou a palavra. “O senhor Sérgio se apresenta de maneira polida, mas mente descaradamente. Toda vez que questionado sobre o caso do Flávio (Bolsonaro), ele diz que é responsabilidade da polícia, da Justiça, do Ministério Público do Rio de Janeiro. Mas saiu um relatório da PF isentando Flávio de crimes no Rio. Me desculpe se não posso usar de polidez. Ele diz que a PF não tem nada a ver com o que ocorre no Rio, mas a primeira coisa que fez foi mandar a polícia para pressionar o porteiro em seu depoimento no condomínio do presidente da República. Essa atuação, de quem finge ser uma coisa, mas é outra, é atuação de lobo em pele de cordeiro. Está no exercício do MJ, blindando corruptos", voltou a atacar.
Após ouvir, Moro respondeu: "O senhor não tem fatos, argumentos. É um desqualificado", disse. Governistas aplaudiram, e Ramos pediu que ele também evitasse termos ofensivos. Moro pediu desculpas e continuou. "Peço desculpas. Sigo sua orientação. Vim para esta Casa falar sobre a PEC. Sempre tratei a todos com extremo respeito e gentileza, mesmo quando fui ofendido", disse.
Ânimos exaltados
Nesse momento, porém, os próprios governistas já não permitiam mais a continuidade da sessão ou a fala do ministro. Ramos voltou a intervir, dessa vez, chamando a atenção dos colegas. Moro continuou, mas Braga passou a chamá-lo de "mentiroso".
Foi nessa hora que Delegado Éder Mauro passou a se manifestar e os dois parlamentares trocaram ofensas cada vez mais exaltados, até que Mauro partiu para cima de Braga. Os dois foram separados por colegas e Ramos suspendeu a sessão, enquanto Moro observava a cena. O ministro saiu sem falar com a imprensa.
Por Edson Rodrigues
Os principais municípios tocantinenses começam a formar os embriões das pré-candidaturas tanto à prefeitura quanto à Câmara Municipal. É bom lembrar que quem não estiver com uma ótima equipe de marketing político, provavelmente não passará dessa fase embrionária da candidatura. Não ganhará corpo nem força suficiente para levar ao público suas propostas.
A veiculação de matérias publicitárias nos canais formais de imprensa regionais e estaduais é de suma importância para que o povo possa tomar conhecimento e fortalecer as pretensões de cada um dos pré-candidatos. Serão tantos pretendentes, que a divulgação publicitária será decisiva na hora da elaboração do voto pelo eleitor.
Apostar na sorte, no voto amigo ou no boca a boca, será considerado sinal de falta de planejamento e de despreparo do candidato que optar por essa forma de campanha, principalmente para os candidatos à reeleição, que não têm quase nada a mostrar.
Já os prefeitos que estiverem respondendo a processos por fraude, corrupção, abuso de poder econômico ou improbidade administrativa, podem considerar “caixão e vela preta” para suas pretensões. Outros que responderem por atos menores, como falta de transparência, contratação de funcionários sem concurso e outras pequenas irregularidades, não denominadas nem associadas a “crimes”, que não causam grandes desgastes públicos, terão a obrigação de investir em um marketing mais agressivo e contundente para convencer os cidadãos.
ARAGUAÍNA
Em Araguaína, a possível expulsão do vereador Marcus Marcelo (foto) do grupo político do prefeito Ronaldo Dimas pode provocar um abalo, uma divisão no núcleo político do Podemos e enfraquecer o favoritismo do candidato escolhido por Dimas para ser seu sucessor.
Caso Marcus Marcelo seja, realmente, alijado sumariamente do processo democrático de escolha do sucessor, a derrocada das pretensões do atual prefeito de Araguaína em fazer seu sucessor pode acontecer rapidamente, com um “empurrãozinho” da oposição ligada ao Palácio Araguaia, que está unindo grandes líderes políticos, religiosos e dirigentes partidários em torno dessa causa, que é derrotar o melhor prefeito da história de Araguaína desde a sua emancipação política.
Dimas sairá de sua zona de conforto para encarar uma nova realidade sucessória, possivelmente com duas candidaturas no mesmo páreo que a de seu “ungido”, criando um novo panorama, uma nova configuração de disputa, transformando o favoritismo do seu grupo político em apenas mais uma candidatura.
E o caldo pode engrossar ainda mais em Araguaína com a possível candidatura de um militar muito querido pela população, de muita credibilidade e respeito e representa uma proposta nova, sem nenhum desgaste político. Estamos falando do Coronel Caveira, que pode vir a se tornar uma brande surpresa positiva na sucessão municipal.
UNIÃO DE OPOSIÇÕES
A união de forças oposicionistas contra as pré-candidaturas consideradas favoritas nos principais colégios eleitorais do Tocantins pode abalar muitos favoritismos “incontestes”.
Dentre os prefeitos dos principais colégios eleitorais do Estado, apenas Moisés Avelino continua voando em “céu de brigadeiro” com seu vice, o popular Celsinho, praticamente sem adversários.
É bom que fique claro que obras não ganham eleições muito menos para os “ungidos” dos atuais prefeitos. Nos últimos dias os quadros sucessórios em Araguaína, Porto Nacional e Palmas têm surgido novas pedras no tabuleiro sucessório, todas fruto da união de lideranças partidárias até então alijadas do processo sucessório, mas que, unidas, conseguiram cooptar nomes que podem fazer frente aos pré-candidatos já declarados.
PORTO NACIONAL
A “Capital da Cultura” tocantinense também começa a formar embriões de pré-candidaturas que podem se transformar em candidaturas fortes e musculosas politicamente. Todas trazem nomes aptos a assumir o cargo de prefeito e vêm empunhando bandeiras de diversos grupos políticos para a viabilização de suas candidaturas. Desde o atual prefeito, Joaquim Maia, candidato á reeleição, do ex-prefeito Otoniel Andrade, dos empresários Álvaro da A7, João Paulo e Agamenon e do médico Dr. Breno, todos os nomes são bem conhecidos pela população, gabaritados por suas atuações profissionais e passado político e muitos ainda precisam decidir por qual partido irão se filiar até o próximo dia 4 de abril.
Muitas dessas pré-candidaturas podem se fundir em uma e a nossa previsão é de que haverá, no máximo, quatro candidaturas com reais chances de vitória.
Neste momento, seria uma grande imaturidade tentar fazer qualquer pré-julgamento sobre quem é mais forte que alguém, uma vez que não há nenhum trabalho publicitário junto à sociedade de nenhum dos pré-candidatos, da mesma forma, alguns dos pré-pretendentes podem simplesmente desistir de suas postulações, assim como falta o PT, que já administrou a cidade por meio de Paulo Sardinha Mourão – uma das melhores administrações que Porto já presenciou – definir se terá candidato ou apoiará algum outro, pois Paulo Mourão é cotado para concorrer à prefeitura de Palmas.
Até agora não existe nenhuma amostragem de nenhuma pesquisa séria, feita por uma empresa idônea, que nos permita fazer prognósticos e comentários coerentes sobre as pré-candidaturas. Já tivemos acesso a várias “pesquisas” e a vários “resultados”, porém, realizados por empresas sem nenhuma credibilidade junto ao público eleitor.
Por isso, e para não nos alongarmos, vamos aguardar um levantamento sério e colher mais informações sobre outros municípios e guardar para o nosso próximo “panorama político”.
Até breve!
Proposta amplia em R$ 5 bi créditos de financiamento para agronegócio
Por Heloisa Cristaldo
O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira (11), por 329 favoráveis e 58 contrários, o texto-base da Medida Provisória 897/19, conhecida como MP do Agro. A proposta pode ampliar em R$ 5 bilhões os créditos de financiamento para o agronegócio no Brasil.
Com a aprovação, os deputados devem analisar os destaques para concluir a votação na quarta-feira (12), após sessão do Congresso Nacional. Ao todo, foram propostas 340 emendas ao texto enviado pelo Poder Executivo. Em seguida, caberá ao Senado discutir a MP.
Segundo o governo, além de dar condições para a redução de juros, por meio da ampliação e da melhoria das garantias para operações de crédito rural, a MP ampliará financiamentos e aumentará a competição no crédito rural.
Editada em outubro do ano passado, a medida vai permitir que outros agentes financeiros, além dos bancos, também possam financiar a produção agrícola. Ao instituir o Fundo de Aval Fraterno (FAF), a MP pretende dar aos produtores “garantias solidárias” para a renegociação de dívidas e para a construção de estruturas para a armazenagem de cereais.
Crédito
Pelo projeto de lei de conversão do deputado Pedro Lupion (DEM-PR), não haverá limite para a participação de produtores rurais em um fundo, que contará ainda com cotas dos credores. O texto prevê vários fundos, chamados de Fundos Garantidores Solidários (FGS), sendo que cada um deles deve ter um mínimo de dois devedores, contribuindo com 4% dos saldos devedores. Igual percentual incidirá para os credores. Caso exista um garantidor da dívida, sua contribuição será de 2% do saldo devedor.
Segundo Lupion, medida vai “desburocratizar o setor e facilitar o acesso ao crédito”. “É um avanço para todo agronegócio, toda produção agrícola”, argumentou.
Contrários à proposta, parlamentares de partidos da oposição tentaram retirar a medida da pauta de votação do plenário. Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), a medida pode enfraquecer os bancos públicos. Segundo o congressista, não está claro se os subsídios voltados ao agricultor familiar serão ampliados para os grandes produtores.
A medida permite que o produtor rural desmembre sua propriedade para dar como garantia em operações de crédito. Atualmente, o produtor precisa oferecer todo o imóvel como garantia, que, por vezes, vale mais que o valor do financiamento. O chamado patrimônio de afetação dará maior segurança ao sistema financeiro na concessão de crédito aos produtores rurais, ampliando o acesso aos recursos financeiros e permitindo melhor negociação do financiamento. São preservados os direitos de terceiros, a pequena propriedade rural, as áreas inferiores ao módulo rural e os bens de família.
O fundo poderá ser criado com a participação de dois a dez produtores. Também podem participar credores e até instituições financeiras. A ideia é que o fundo sirva de garantia subsidiária para o pagamento de dívida, ou seja, depois que as garantias reais ou pessoais do devedor sejam acionadas.
A MP trata também do patrimônio de afetação de propriedades rurais; da Cédula Imobiliária Rural (CIR); de títulos de crédito do agronegócio; e de subvenção econômica para empresas cerealistas em operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, equaliza taxas de juros para instituições financeiras privadas.
Garantia
A MP permitirá ao produtor rural desmembrar sua propriedade como forma de dar, como garantia para as operações de crédito, apenas um pedaço de sua propriedade. A partir do desdobramento do patrimônio de afetação, a MP institui a chamada Cédula Imobiliária Rural, que será emitida por proprietários de imóveis rurais e que poderá ser negociada no mercado de títulos e valores mobiliários. A CIR será registrada em entidade autorizada pelo Banco Central.
A medida também permite a utilização de diversos títulos agrícolas para expandir o financiamento do agronegócio. A proposta é buscar o dinheiro no mercado de capitais, usando, entre outros títulos, a Cédula de Produto Rural (CPR).
A MP prevê ainda a subvenção econômica (uma forma de ajuda) para que empresas que produzem cereais possam financiar obras, adquirir máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns e a expandir a capacidade de armazenagem de grãos.
O MDB de Palmas tem um histórico nada recomendado: seja quem for o próximo candidato do partido em Palmas tem que ter muito cuida do para não ser a próxima vitima
Aos II dias de fevereiro de 2020
Por Edson Rodrigues
O MDB de Palmas já deixou, por duas oportunidades, de ter um prefeito eleito na Capital do Tocantins. O primeiro líder político a ser triturado foi o ex-presidente da Codetins, empresário portuense Marco Antônio Costa, que liderava todas as pesquisas de intenção de votos e acabou sendo abandonado em sua postulação de ser candidato pelas alas que se formaram na própria legenda para dividir os cargos que poderiam vir com a eleição.
A outra candidatura que contava com prestígio popular, a do pastor Eli Borges, uma pessoa íntegra e ficha limpa, e acabou naufragando pelos interesses pessoais de “companheiros” nas duas vezes em que pleiteou o cargo.
O então deputado federal Freire Jr., com um histórico de vitórias para o Legislativo, presidente do Clube da Câmara Federal em Brasília, foi candidato a prefeito em Palmas, pelo MDB e acabou abandonado em uma campanha que mostrava reais chances de vitória.
HISTÓRICO
Empresário portuense Marco Antônio Costa; pastor Eli Borges; vereador Evandro Gomes; o ex-deputado estadual, vereador e presidente da Câmara Municipal por dois mandatos, Carlos Braga; o ex-senador Leomar Quintanilha; deputada federal e estadual Josi Nunes; vereadora Cirlene Pugliese, e Marcelo Léis com populares
Agora, se formos contar outras lideranças políticas que o MDB de Palmas simplesmente aniquilou, não especificamente em campanhas a prefeito de Palmas, mas igualmente pessoas com nomes de credibilidade, fichas limpas e empatia popular, com vastas folhas de serviços prestados à Capital, podemos elencar o ex-vereador Evandro Gomes, o ex-deputado estadual,vereador e presidente da Câmara Municipal por dois mandatos, Carlos Braga, o ex-senador Leomar Quintanilha, a senadora Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura, a ex-deputada federal e estadual Josi Nunes, que tinha uma reeleição garantida e foi obrigada a sair do partido para não atrapalhar a eleição de outra candidata, a vereadora Cirlene Pugliese, também com reeleição garantida, quando foi indicada para ser a vice de Marcelo Lelis – e aceitou – viu as principais lideranças do MDB palmense lavar as mãos de deixá-la sozinha na batalha.
REFLEXÃO PROFUNDA
O próximo candidato à prefeitura de Palmas pelo MDB precisa, antes de aceitar a empreita, fazer uma profunda reflexão durante esses 93 dias que faltam para a convenção que irá consagrar seu nome pelo MDB. Serão 2.232 horas para avaliar os prós e os contras, pensar em suas famílias e em suas carreiras, as “trovoadas e tempestades” que podem se interpor em seu caminho e, principalmente, nos perigos que representam uma candidatura pelo MDB e sua máquina de triturar nomes.
SILÊNCIO ENSURDECEDOR
Enquanto isso, a maior liderança política dos quadros atuais do MDB tocantinense, o senador Eduardo Gomes, o mais bem votado no Estado, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, relator setorial do Orçamento do Ministério do Desenvolvimento e segundo-secretário da Mesa Diretora do Senado, que, incrivelmente (mas normalmente no MDB tocantinense) vem sendo confrontado e sofrendo resistências internas, mesmo com todo seu empenho, depois de eleito, em pacificar, dialogar e unificar o partido, mantém um silêncio significativo para alguns, mas ensurdecedor para outros, que têm ciência do poder de articulação de Eduardo Gomes, mas não fazem idéia das soluções que estão sendo maquinadas por sua mente.
O que sabe, de certo, até o momento, é que os que estão sendo cotados para ser o candidato do partido, devem refletir como nunca fizeram em suas carreiras políticas. A outra coisa, é que algo de muito desagradável pode acontecer à legenda nos próximos 14 dias.
Vamos aguardar...