Nesses tempos de incertezas, todos brigam e ninguém tem razão. Os bolsonarista falam em complô, para criar o clima para derrubar Bolsonaro está ganhando adeptos em várias frentes. O colunista de O Globo e membro da Academia Brasileira de Letras diz Merval Pereira escreveu hoje em sua coluna:
“Ninguém sabe como isso vai terminar, mas torna-se assunto inevitável a possibilidade de Jair Bolsonaro vir a ter interrompido de alguma maneira seu mandato presidencial por absoluta incapacidade, não apenas de gestão, mas psicológica”, “Pode ser por uma licença de saúde, uma renúncia, ou um impedimento político”.
Por Antonio Coelho de Carvalho
O sujo falando do mal lavado
"Maia me chamou de irresponsável, fez um ataque frontal. Nunca tratei ele dessa maneira. É um jogo. Desgastar, desgastar, desgastar. Tem gente que está em campanha até hoje para 2022, dando pancada em mim o tempo todo.”
Foi como o presidente da República, Jair Bolsonaro, reagiu enfaticamente, na segunda-feira (16), às críticas feitas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Maia classificou a participação de Bolsonaro em ato pró-governo no domingo (15) como um “atentado à saúde pública“.
Durante entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro lembrou que Maia participou de festa de inauguração da CNN Brasil, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com a presença de 1,3 mil pessoas:
“Maia me chamou de irresponsável, fez um ataque frontal. Nunca tratei ele dessa maneira. É um jogo. Desgastar, desgastar, desgastar. Tem gente que está em campanha até hoje para 2022, dando pancada em mim o tempo todo.”
Bolsonaro vai fazer novo teste
Bolsonaro diz que está sentindo "absolutamente nada, tudo normal". Pessoas contaminadas por coronavírus podem não demonstrar sintomas. Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais. Na sexta-feira passada, foi divulgado o resultado do primeiro exame que deu negativo. Na terça-feira, completam sete dias do retorno da comitiva dos EUA. O número de pessoas da comitiva que fez o exame e recebeu o resultado positivo já soma treze. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 234 casos confirmados.
Vírus persistente
No Japão e da China pessoas consideradas curadas voltaram a testar positivo para coronavírus após vencerem a infecção. Um cidadão do Japão, que aparentava ter se recuperado da Covid-19, testou positivo mais uma vez para a nova variante de coronavírus. O novo exame positivo para o vírus aconteceu menos de três semanas após o japonês deixar o hospital onde foi tratado. O homem tem mais de 70 anos e era passageiro do navio de cruzeiro Diamond Princess. O primeiro exame positivo foi realizado em 14 de fevereiro. Ao voltar para casa após ficar em quarentena na embarcação, o paciente começou a exibir sintomas de novo e teve febre de 39 ºC.
Governo suspende tributo, amplia Bolsa Família e inclui idosos
Plano anunciado pelo governo federal prevê injeção, nos próximos três meses, de R$ 147 bilhões contra impacto do coronavírus na economia. Guedes indica que mais medidas serão anunciadas. As medidas emergenciais para socorrer setores da economia e cidadãos mais vulneráveis. Do valor anunciado, R$ 83,4 bilhões devem ser destinados à população mais pobre e idosa. Outros R$ 59,4 bilhões serão aplicados na manutenção de empregos. Empresas terão tributos temporariamente suspensos. A ideia é que os valores sejam liberados nos próximos três meses. Entre as ações estão a antecipação para maio da segunda parcela do 13.º de aposentados e pensionistas do INSS. Na semana passada, o governo já havia anunciado a antecipação da primeira parcela para abril. A parcela do abono salarial que seria paga entre julho e dezembro será antecipada. O governo vai liberar cerca de R$ 3,1 bilhões para o Bolsa Família, com inclusão de 1,2 milhão de famílias, e transferir R$ 21,5 bilhões parados no Fundo PIS/Pasep para promover saques do FGTS. Incluindo-se um repasse extra para tentar pôr fim à fila do programa Bolsa Família.
Corruptos na prisão
Arábia Saudita anuncia prisão de 298 funcionários do governo por suspeita de corrupção, os detidos incluem militares e integrantes de forças de segurança, acusados de suborno e abuso de poder; no começo do mês, três membros da família real foram detidos. O anúncio foi feito pela Comissão de Controle Anticorrupção na noite deste domingo — o valor envolvido nos supostos crimes chega a 379 milhões de riais, equivalente a meio bilhão de reais, pela cotação atual. Entre os detidos estão oito altos funcionarios do Ministério da Defesa e dois juízes. Apenas seus cargos foram revelados, com os nomes dos acusados mantidos em sigilo pelas autoridades.
Vídeo-medicina contra o Coronavírus
Startup oferece consulta em vídeo por R$30 para sintomas de coronavírus, empresa criada pelo ex-diretor do Einstein, Vitor Moura, planeja o lançamento do serviço para o começo da noite deste sábado. “com o que está acontecendo, percebemos que os hospitais não teriam condições de atender todo mundo” , disse ele. Para tentar auxiliar o sistema de saúde e acalmar a população, a startup brasileira VidaClass lança um serviço específico: uma consulta médica virtual. Por 30 reais, é possível se consultar com um médico ou enfermeiro de plantão para ter uma primeira avaliação de sintomas.
Frota protocolará impeachment de Bolsonaro: ‘Alguém precisa gritar’
Desafeto do presidente desde a sua expulsão do PSL, o deputado federal afirma que o Congresso precisa reagir a um 'governo ameaçador'. Alexandre Frota (PSDB-SP) prometeu apresentar, nesta terça-feira, 17, o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Expulso do PSL, mesmo partido que abrigava o presidente, por críticas à gestão de Bolsonaro, o parlamentar foi um aliado de primeira hora do então candidato à Presidência nas eleições de 2018 e chegou a aconselhá-lo, por exemplo, sobre a montagem da equipe da Secretaria de Cultura. Frota é ator, de filmes pornográficos.
Para maiores
O programa Encontro, exibido pela TV Globo com Fátima Bernardes perde classificação livre por “apresentar violência e conteúdo sexual” e por exibir música de Ludmilla, que faria apologia às drogas. A retirada foi uma ação da coordenadora de Política de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça. A partir de agora, o programa recebe a classificação de “não recomendado para menores de 10 anos”, por “apresentar violência e conteúdo sexual.
Ao justificar a medida, o despacho do Ministério da Justiça faz destaca à veiculação do programa dia 23 de dezembro de 2019, quando a cantora Ludmilla cantou a música “Verdinha”.
Senador acusou governador de São Paulo de convocar policiais para fazer selfie e promete repetir protestos. Briga aconteceu nesta segunda-feira (16)
Com Agência O Globo
O governador João Doria enfrentou um tumulto na inauguração da sede do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), em São Paulo, na manhã desta segunda-feira. Ao chegar ao evento, o governador foi recebido com protesto encabeçado pelo senador Major Olímpio e pelo deputado federal Coronel Tadeu, ambos do PSL.
Nas redes sociais, o senador disse que o governador João Doria escalou policiais para participarem do evento e "ficarem horas aguardando para que ele fizesse uma foto". Segundo Major Olímpio, Doria queria fazer selfies com os policiais e convocou mais de uma centena deles para o evento.
"Chamou os policiais para um evento fechado, ainda mais nesse momento de coronavírus . Eu não fui convidado e fiquei na calçada com minha caixa de som. Eu queria que ele parasse, mas ele não parou", disse o senador.
O parlamentar disse que Doria passou "pisando duro". Contou que Doria o acusou de não ter compostura e afirmou que aquela não era uma atitude de senador.
Major Olímpio, por sua vez, aos gritos, chamou o governador de vagabundo e o acusou de agir como moleque. Na confusão, foi contido e empurrado por seguranças, depois expulso do local.
Sobre os empurrões, disse que isso não o aborrece:
"A mim não aborrece. Não posso me queixar. Mas ele não perde por esperar. Não vai ter evento de segurança que eu não esteja lá para protestar. Fiz isso com o Geraldo Alckmin durante quatro anos e ele terminou a eleição com 4% dos votos. O Doria vai terminar com menos do que isso", prometeu Major Olímpio .
O senador disse que não é comum policiais irem a eventos deste tipo, pois trabalham com escalas diferentes. Segundo ele, os policiais foram para atender ao chamado do governador.
A assessoria de João Doria ainda não se pronunciou.
Maia chama de ‘atentado à saúde pública’ ida de Bolsonaro a atos
Com Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou um “atentando à saúde pública” a atitude de Jair Bolsonaro de ter participado da manifestação pró-governo na área externa do Palácio do Planalto, interagindo com manifestantes. “Por aqui, o presidente da República ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do ministério, fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas. Isso é um atentado à saúde pública que contraria as orientações do seu próprio governo. A economia mundial desacelera rapidamente; a economia brasileira sofrerá as consequências diretas”, disse Maia.
O deputado lembrou ainda crise econômica. “O mundo está passando por uma crise sem precedentes. O Banco Central americano e o da Nova Zelândia acabam de baixar os juros; na Alemanha e na Espanha, os governos decretam o fechamento das fronteiras”, disse. “Há um esforço global para conter o vírus e a crise”.
“O Presidente da República deveria estar no Palácio coordenando um gabinete de crise para dar respostas e soluções para o País. Mas, pelo visto, ele está mais preocupado em assistir as manifestações que atentam contra as instituições e a saúde da população”, disse ainda. Para Maia, a situação é preocupante. “Somos maduros o suficiente para agir com o bom senso que o momento pede”, afirmou.
Partidários do presidente Jair Bolsonaro participam de protesto em Brasília
Com Agência Brasil
Os incondicionais partidários do presidente Jair Bolsonaro ignoraram as advertências sobre o novo coronavírus e fizeram manifestações nas principais capitais do país. Os protestos criticam o Congresso e os tribunais por atrapalharem as ações do atual presidente, com alguns deles abertamente pedindo por um golpe de estado.
Centenas de simpatizantes se reuniram em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo, muitos usando máscaras com mensagens como “Canalhas – Vírus – Congresso Nacional”.
Os críticos do presidente defendem que as manifestações são antidemocráticas, em um país ainda atormentado pela memória de uma ditadura militar, cujo legado é abertamente admirado por Bolsonaro, um ex-capitão do exército.
Mas nem isso ou as advertências das autoridades para evitar grandes aglomerações em meio à pandemia de coronavírus impediram os partidários de saírem às ruas.
“A manifestação é contra o Congresso, porque eles não deixam Bolsonaro governar. Vetam tudo”, disse Rogério Galhardo, um empresário de 60 anos que carregava uma bandeira brasileira.
“Eles só querem roubar”, ressaltou a sua esposa, a professora Patricia Monteiro, de 45 anos.
Bolsonaro está em disputa com o Congresso pelo controle do orçamento para este ano, estimado em R$ 30 bilhões.O atual presidente, que não está afiliado a nenhum partido político e continua em discussão sobre o assunto com o Congresso, defende que o poder Executivo deveria conservar o poder de controlar a execução do orçamento.
Pedido foi feito por Bolsonaro após a perspectiva de que o número de pessoas contaminadas por coronavírus cresça nas próximas semanas em todo o Brasil
Por iG
Em uma live transmitida pelo Facebook nesta quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usava máscara branca por suspeita de coronavírus e pedia que os movimentos de rua suspendam a manifestação do próximo domingo, dia 15 de março.
O pedido de Bolsonaro foi feito após a perspectiva de que o número de contaminados por coronavírus cresça nas próximas semanas no Brasil. No último final de semana, o presidente havia incentivado os atos no país.
“O que nós devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão para atender todo mundo. Se o governo não tomar nenhuma providência, sobe, depois não dá mais e o sistema não suporta”, disse o presidente, que estava acompanhado do ministro da Saúde, Henrique Mandetta , que também estava usando uma máscara.
A ideia sugerida pelo presidente é suspender temporariamente a data da manifestação. "Depois de um mês, dois meses, faz", disse Bolsonaro , alegando que o movimento não é dele. Na visão do presidente, mesmo sem os protestos, o "recado" foi dado ao Congresso .
Assista parte do pronunciamento, transmitido nas redes sociais.
Presidente @jairbolsonaro e Ministro da Saúde @lhmandetta falam sobre coronavírus e manifestações de 15/MAR. pic.twitter.com/K0VEtCDTbf
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) March 12, 2020