A pesquisa foi realizada por telefone com pessoas de 16 anos ou mais nos 26 Estados e no Distrito Federal. Ela foi aplicada entre os dias 10 a 12 de setembro de 2020
Por Raquel Lopes
Um levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta 6ª feira (18.set.2020) mostra que 64,8% da população gostaria que a Justiça não permitisse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja candidato à presidência nas eleições de 2022.
A pesquisa aponta ainda que 31,6% da população gostaria que a Justiça permitisse a candidatura do ex-presidente e 3,6% não souberam ou não quiseram opinar.
A maior porcentagem das pessoas que gostariam de uma intervenção da Justiça na possível candidatura de Lula são do sexo masculino, tem ensino superior completo, idade entre 45 a 59 anos e moram na região Sudeste.
O levantamento mostra mais outras duas perguntas. Para 65,8% dos entrevistados Lula não será o principal adversário do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Já 30,6% acredita que ele será o principal oponente, 3,6% não souberam ou não opinaram.
A maioria dos entrevistados (70,6%) também responderam que Lula não deve ser candidato a presidente nas próximas eleições. Já 26,2% acreditam que ela deveria ser candidato e 3,1% não sabem ou não souberam opinar.
Lula diz que não quer ser candidato
Lula já declarou que não pretende se candidatar em 2022. Além disso, só a intenção não seria suficiente, já que o ex-presidente está inelegível pois foi condenado em 2ª Instância em 2 processos: o do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, ambos derivado da Lava Jato.
A presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná Gleisi Hoffmann declarou, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, que é “possível” o partido fazer uma composição com outra sigla de esquerda e abrir mão da cabeça de chapa na eleição presidencial em 2022. Ela acrescenta, no entanto, que é preciso “ter voto” para assumir essa posição.
Pesquisa PoderData, publicada nesta 5ª feira (17.set.2020) indica que o presidente Jair Bolsonaro em eventual disputa empataria no 2º turno na eleição presidencial de 2022 com o ex-presidente Lula e com o ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal Sergio Moro (sem partido).
No entanto, o atual presidente venceria os ex-ministros Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Esse é o momento de me unir a Wagner para seguir construindo nessa gestão transformadora”, reafirma o candidato a vice-prefeito de Araguaína
Com Assessoria
Na noite desta quarta-feira, 16, o candidato a vice-prefeito de Araguaína Marcus Marcelo, presidente municipal do PL, reforçou a união do grupo que tem como candidato a prefeito Wagner Rodrigues (Solidariedade). Durante a convenção do partido, realizada na Câmara Municipal, Marcus chamou os correligionários a se unirem em prol da cidade e apoiarem a coligação do grupo formado por dez partidos: Solidariedade, Podemos, Cidadania, PROS, DEM, PSD, Patriotas, PL, PV, PSDB.
“Na vida da gente, tudo tem o momento e esse é o momento de me unir a Wagner para seguir construindo nessa gestão transformadora. E peço aos companheiros para se unir em prol da cidade de Araguaína. Que essa união seja de muitos frutos para Araguaína. Eu me sinto honrado de selar essa união na chapa que leva Wagner Rodrigues para prefeito”, afirmou o candidato a vice.
Marcus Marcelo é confirmado candidato a vice-prefeito de Araguaína na chapa encabeçada por Wagner Rodrigues ai na foto
Marcus Marcelo ainda enfatizou a importância de debates de alto nível à Prefeitura de Araguaína. “Nós vamos fazer a diferença nesta gestão, com um debate de alto nível, levando propostas para a população, para que saiba que caminho irá tomar”. E essa continuidade tem que ser seguida. A nossa responsabilidade e quero estar junto contigo e espero que você diga, chama o Marcus assim como Dimas dizia, chama o Wagner”.
Em seu discurso, Wagner confirmou a importância da união do grupo e agradeceu a decisão de Marcus. “Um projeto vitorioso, sem vaidade pessoal e aqui estão as pessoas que têm compromisso com o futuro de Araguaína. Obrigado ao Marcus por contribuir nos oitos anos com o grupo do Ronaldo Dimas. Desde quando eu conheci o Ronaldo, ele estava pensando nos menos favorecidos. Caminhamos sempre com o mesmo propósito, fazer bem feito e levar melhorias para a população. Hoje temos um grupo unido e fortalecido para que a população continue se orgulhando da nossa cidade”, destacou o candidato.
O prefeito de Araguaína e presidente estadual do Podemos, Ronaldo Dimas, lembrou da parceria realizada com Marcus Marcelo na Câmara para que as obras fossem realizadas. “Nós temos muito a mostrar e obras que beneficiaram toda a população: mais de 7 mil casas e mais de 600 km de asfalto. Marcus sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, foi meu líder e a Câmara foi fundamental para as transformações, porque tudo começa com leis”, explicou o prefeito.
Dimas também destacou a coligação como transformadora de sonhos em realidade. “Evoluímos muito, porque se não realizar não adianta, tudo começa sonhando, e transformar os sonhos em realidade não é fácil, e no final não tem o que prestar contas para a população. E fico muito feliz por tudo ter dado certo. Essa turma transforma sonhos em realidade e esses dois vão comandar os nossos destinos”, frisou o prefeito, ao projetar que a eleição de Wagner e Marcus Marcelo é a certeza da continuidade dessas melhorias e transformações.
O prefeito de Muricilândia e vice-presidente estadual do PL, Alessandro Borges, falou que o partido sempre foi aliado da gestão Dimas na cidade. “Vamos dar continuidade à história de prosperidade de Araguaína. Braço forte e mão amiga com a cidade, quem sairá vitoriosa é Araguaína com a vitória de Wagner e Marcus Marcelo”, frisou.
Para o deputado federal Tiago Dimas (Solidariedade), a convenção realizada no último prazo dado pela Justiça Eleitoral marca o início da consolidação do projeto para que Araguaína continue nos trilhos do desenvolvimento. “Mostraremos para Araguaína que esse é o melhor projeto, e seremos vitoriosos. Podemos fazer juntos muito mais. Marcus é um grande aliado desse grupo, buscou seu espaço. Vamos juntos!”, salientou.
Quadro
O que foi: Convenção do PL de Araguaína
Objetivo: Confirmar aliança com o grupo de Ronaldo Dimas e respaldar a candidatura de Wagner Rodrigues
Deliberações: Referendou a candidatura de Marcus Marcelo a vice-prefeito de Araguaína
Diversos políticos foram enquadrados por esse tipo de crime no âmbito da operação Lava-Jato
Com Agência Estadão
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criou uma comissão de juristas para sugerir mudanças na lei de lavagem de dinheiro, em vigor desde 1998. A discussão ocorre após a Operação Lava-Jato enquadrar diversos políticos por esse crime, tendo como base repasses de empresas durante campanhas eleitorais.
Enquanto o crime de lavagem tem pena que varia de três a 10 anos de prisão, o caixa 2 costuma ser tipificado como falsidade ideológica pela Justiça Eleitoral, que prevê punição menor, de um a cinco anos de reclusão. Em julho, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) foi alvo de uma operação sob suspeita de ter recebido R$ 1,7 milhão em caixa 2 nas eleições de 2010 e de 2012. Além do crime eleitoral, a Polícia Federal também apura se houve lavagem de dinheiro.
O objetivo da comissão da Câmara é delimitar o crime de lavagem, estabelecendo parâmetros para definir se a tipificação penal inclui o caixa 2 das campanhas e abordar novas soluções tecnológicas (como o uso de criptomoedas para ocultar bens), além de tratar do pagamento de honorários advocatícios. Na prática, os ajustes podem levar a um "afrouxamento" na atual aplicação da lei.
Ao criar a comissão, em despacho assinado no último dia 8, Maia apontou "a problemática concernente ao crime de lavagem de dinheiro e ao denominado caixa 2 eleitoral, o qual produz decisões judiciais conflitantes e traz insegurança ao processo eleitoral". A última vez em que a lei da lavagem de dinheiro sofreu mudanças foi em 2012.
— Decisões judiciais têm promovido um alargamento do tipo objetivo do crime de lavagem, contrário à lei e em afronta ao princípio da subsidiariedade do direito penal, promovendo condenações em casos que extrapolam a previsão legislativa — disse Maia.
A lavagem de dinheiro é uma prática utilizada para encobrir a origem de recursos ilegais. Consiste em um esquema para fazer parecer que quantias obtidas por meio de atividades ilegais vieram de atividades lícitas. O grupo que vai discutir a revisão na lei é formado por 19 integrantes, entre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), advogados e uma parlamentar aliada de Maia — a deputada Margarete Coelho (PP-PI).
A previsão inicial é a de que a comissão conclua os trabalhos em 90 dias, prazo que poderá ser prorrogado a pedido do presidente do grupo, o ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca.
— O leito normal para discussão da necessidade de alterações é o Parlamento, não é o Judiciário. É preciso lembrar que a lavagem de dinheiro, no Brasil, por ano, alcança cerca de R$ 6 bilhões. É um crime com um perfil mais recente dentro dos ordenamentos jurídicos — argumentou Fonseca.
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu, em ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que são constitucionais as previsões dos regimentos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que permitem a reeleição às presidências em legislaturas diferentes
Por Natália Portinari
A ação, movida pelo PTB, visa impedir a recondução de Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), atuais presidentes. A AGU irá se manifestar "sem entrar em nenhum caso concreto", defendendo que "o que cabe é decisão 'interna corporis' das Casas parlamentares", segundo o ministro José Levi Mello do Amaral Júnior.
A Constituição veda a reeleição para as presidências da Câmara e do Senado, determinando que "cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente".
O Supremo, porém, abriu uma brecha em 1999, permitindo a reeleição do presidente das Casas de uma legislatura para outra. Com base nisso, foram alterados os regimentos da Câmara e do Senado. O ministro da AGU defende que essas normas, questionadas pelo PTB, são constitucionais.
Ao questionar os regimentos, a ação do PTB quer acabar com a brecha que permite a recondução. No caso de Davi e Maia, inclusive, seriam reeleições dentro de uma mesma legislatura, hipótese ainda não prevista pelos regimentos internos. Se a regra atual for considerada inconstitucional, qualquer recondução seria barrada.
"Em sua manifestação na ADI 6524, cumprindo o papel constitucional de curador da presunção da constitucionalidade das leis (art. 103, par. 3o., da Constituição), o Advogado-Geral da União defende a constitucionalidade das normas regimentais do Senado e da Câmara impugnadas", diz o ministro, em nota.
A AGU "destaca que, segundo o próprio STF, a Constituição não esgota as possibilidades de recondução", já que, na interpretação das leis, "a literalidade é um ponto de vista apenas provisório, uma mirada modesta, que não esgota o conteúdo das disposições jurídicas, permitindo certa margem construtiva na interpretação".
Na manifestação, o ministro não chega a sustentar se a Constituição permite a reeleição em todos os casos ou apenas em legislaturas diferentes. Ele afirma apenas que "há espaço para interpretação" e que cabe ao Congresso Nacional definir o que fazer, considerando que o pedido do PTB é improcedente.
Em entrevista ao G1 no domingo (13), secretário da Economia disse que aposentadorias poderiam ser congeladas para financiar o programa. Presidente chamou hipótese de 'devaneio'.
Com Agência ANSA
O presidente Jair Bolsonaro desautorizou, mais uma vez, sua equipe econômica e afirmou que o governo não vai mais implantar o programa Renda Brasil enquanto estiver cumprindo seu mandato. O projeto era apontado como a grande solução do governo para este ano nas questões sociais.
"Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", disse Bolsonaro em um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (15).
A ideia do projeto era aproveitar a experiência obtida com a implementação do auxílio emergencial, que vem sendo usado durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), e substituir o Bolsa Família - implementado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
Porém, após o ministro Paulo Guedes e sua equipe irem revelando detalhes do Renda Brasil, o clima de otimismo sobre o novo programa sumiu.
No fim de agosto, Bolsonaro falou publicamente, durante uma viagem presidencial, que a proposta estava suspensa porque ele não poderia aprovar algo que "tira do pobre para dar para o paupérrimo". Na época, o problema era que o Ministério queria mexer nas questões do abono salarial.
Dessa vez, no entanto, o ponto de conflito foi a sugestão de congelar os reajustes dos aposentados - incluindo os que ganham um salário mínimo - e a retirada de benefícios das pensões para idosos e pessoas com deficiência.
"Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade", escreveu ainda o presidente ao destacar o vídeo no Twitter.
Bolsonaro falou ainda em "dar cartão vermelho" para quem propôs a medida e reforçou a sua frase de 26 de agosto de que não tiraria dos pobres "para dar para paupérrimos". (ANSA).