Presidente voltou a se manifestar sobre situação do país em conversa com apoiadores. Declaração desta terça (5) foi criticada por economistas, que cobram reformas
Por Emilly Behnke
Um dia depois de dizer que o Brasil estava "quebrado", o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 6, que o País está uma "maravilha" e responsabilizou a imprensa por uma "onda terrível" de sua fala na terça-feira, 5. Em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo minimizou a declaração anterior sobre a situação do Brasil, que repercutiu negativamente no meio político e no mercado financeiro.
"Confusão ontem, viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para imprensa bom estava Lula, Dilma, que gastava R$ 3 bilhões por ano para eles", afirmou para um grupo de pessoas na saída do Palácio da Alvorada.
Na terça, Bolsonaro disse também a apoiadores que não conseguiu "fazer nada" e atribuiu à pandemia da covid-19 o motivo para não conseguir ampliar a isenção da tabela do Imposto de Renda, uma de suas promessas de campanha.
O presidente Jair Bolsonaro na saída do Ministério da Saúde, na terça-feira. © Dida Sampaio/Estadão - 5/1/2020 O presidente Jair Bolsonaro na saída do Ministério da Saúde, na terça-feira.
A fala sobre a situação do País vai na direção oposta da mensagem que a equipe do ministro Paulo Guedes busca passar sobre a recuperação da economia. Economistas ouvidos pelo Estadão foram unânimes no contraponto de que o País não está quebrado, mas é preciso que o governo faça escolhas.
Nesta quarta, na conversa com apoiadores, Bolsonaro, ainda em reforço às críticas à imprensa, negou ter conversado por telefone com o ex-presidente Michel Temer, como noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. "De vez em quando eu falo com ele, mas tem mais de 30 dias que eu não falo com o Temer", disse.
Segundo o presidente, a notícia foi "inventada" e seria uma forma de influenciar nas eleições para as mesas do Congresso. O mandatário chegou a dizer que a imprensa brasileira "não é nem lixo né, lixo é reciclável" e que "não serve para nada, só fofoca e mentira o tempo todo".
Desemprego
Ele voltou a falar sobre a situação de desemprego no País, que atingiu 14,2% em novembro de 2020, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), que é mensal e realizada desde maio. Na terça, o presidente afirmou que "uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada", em referência à formação dos brasileiros. Nesta quarta, Bolsonaro minimizou sua fala e reforçou críticas ao educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira.
"Ontem falei que parte dos brasileiros não estão preparados para o mercado de trabalho. Pronto, a imprensa falou que eu ofendi todos os empregados do Brasil. Agora, nós importamos serviços porque não tem gente habilitada aqui dentro. Porque há 30 anos é destruída a educação no Brasil, a geração Paulo Freire, né", declarou.
Após a conversa com apoiadores na saída da residência oficial, Bolsonaro se encontrou com ministros no Palácio do Planalto para uma reunião que não constava nas agendas oficiais no início do dia. O ministro Paulo Guedes, que ainda está em período de férias, foi um dos 17 ministros que participaram da reunião.
O deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato a presidente da Câmara, começou nesta semana uma série de viagens a estados do Norte. Entre os deputados que o acompanham estão Elmar Nascimento (DEM-BA) e Celso Sabino (PSDB-PA), de partidos que estão no bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), o principal concorrente de Lira
Por Lauriberto Pompeu
Aliados do líder do PP acreditam que ele tem metade do apoio nos dois partidos do bloco de Baleia. O PSDB tem uma bancada de 31 deputados e o DEM de 28. O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), descartou punições partidárias a Elmar. "O Aguinaldo do PP apoia o Baleia... São posições pessoais", disse ao Congresso em Foco.
A comitiva de deputados que apoia Lira foi nesta terça-feira (5) a Macapá (AP), onde se reuniram com o governador Waldez Goes (PDT) e a bancada do estado na Câmara. O grupo seguiu para Belém (PA), onde vai se reunir com o governador Helder Barbalho (MDB) e os deputados paraenses. Os dois governadores são de partidos que apoiam Baleia Rossi - MDB e PDT.
Elmar foi protagonista de um atrito entre os grupos de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Lira no final de 2020. Maia queria emplacar Elmar na presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e Lira queria a deputada Flávia Arruda (PL-DF). No final, nenhum dos dois conseguiu o cargo e a CMO não foi instalada.
O deputado do DEM da Bahia também queria ser o candidato de Maia a presidente da Câmara. Após Baleia ter sido escolhido, o ex-líder do DEM resolveu apoiar Lira.
Sabino também protagonizou um embate entre Maia e Lira. O deputado do PSDB foi indicado por 13 partidos para ser líder da maioria na Casa e remover Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) da função, que é aliado de Maia. A escolha de Sabino não foi oficializada porque dois partidos desistiram das assinaturas.
O grupo de partidos que apoia Baleia soma 268 deputados (MDB, PSDB, DEM, PT, PSL, PDT, PDB, PCdoB, Rede, PV e Cidadania) e ultrapassa em 11 o número mínimo de deputados para eleger em primeiro turno o presidente da Câmara.
Já o bloco de Arthur Lira pode chegar a 205 votos. PP, Solidariedade, PL, PSD, Patriota, PSC e Avante declararam apoio a Lira. Também está sendo negociado o apoio do PTB e Pros. No entanto, o voto é secreto e o cenário pode se inverter caso haja traições ao grupo de Baleia.
Participam da comitiva de Lira na viagem aos estados do Norte os seguintes deputados:
1. Arthur Lira - PP-AL
2. Marcelo Ramos - PL-AM
3. Margarete Coelho - PP-PI
4. Luiz Tibe - Avante-MG
5. André Fufuca - PP-MA
6. Elmar Nascimento - DEM-BA
7. Celso Sabino - PSDB-PA
8. Hugo Leal - PSD-RJ
9. Luisinho - PP-RJ
10. Cajado - PP-BA
11. Hiran Goncalves - PP-RR
A bancada do PT, a maior da Câmara, decidiu na tarde desta 2ª feira (4.jan.2021) apoiar o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) na eleição para presidência da Casa. O pleito será realizado em 1º de fevereiro
Por Caio Spechoto
A decisão, porém, passou longe de ser unanimidade. Dos 52 deputados do partido, 27 foram favoráveis a Baleia. Outros 23 queriam lançar uma candidatura própria da sigla.
Alguns deputados petistas queriam adiar o encaminhamento e decidir sobre apoiar Baleia ou lançar uma candidatura em uma data mais próxima da eleição. Essa tese, porém, não prosperou.
Trata-se de mau resultado tanto para Baleia quanto para Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Casa e principal articulador da candidatura do emedebista. A estratégia do grupo só funcionará se tiver apoio sólido dos deputados de esquerda.
Como a votação é secreta, partidos não têm como garantir que seus deputados votem conforme sua orientação. É impossível identificar uma traição e punir o político por isso.
Baleia Rossi usou sua conta no Twitter para comemorar a decisão dos deputados petistas:
O PT já faz parte do bloco no qual está Baleia, mas cogitava lançar candidato próprio –não há regra que impeça haver mais de uma candidatura no mesmo bloco. A principal função desses grupos é fazer número para conseguir cargos importantes na Casa, que são divididos proporcionalmente à quantidade de deputados eleitos do bloco.
Baleia foi anunciado como candidato de Rodrigo Maia em 23 de dezembro. Até aquele momento, também era cogitado o nome de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para disputar o cargo.
O atual presidente da Câmara está à frente da Casa desde 2016. Foi proibido de se candidatar novamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Maia nega que tivesse a intenção de concorrer outra vez.
Setores do PT resistiram a Baleia Rossi por sua proximidade com Michel Temer (MDB). Petistas julgam que Temer deu um golpe de Estado para derrubar Dilma Rousseff (PT) e assumir a Presidência da República em 2016. O deputado, além de líder do MDB, é presidente nacional do partido.
Por outro lado, o PT era pressionado porque a outra candidatura posta é a de Arthur Lira (PP-AL). O deputado se aproximou de Jair Bolsonaro ao longo de 2020 e é o favorito do Palácio do Planalto.
Arthur Lira está em campanha há meses e é oficialmente candidato desde a 1ª quinzena de dezembro. Já fez viagens para conversar com alguns governadores e, nesta semana, fará uma blitz sobre os deputados da região Norte.
No entorno de Lira estima-se que, hoje, ele tenha de 270 a 280 votos, o que seria suficiente para se eleger no 1º turno. Os partidos de seu bloco não contam com tantos deputados assim, mas o grupo do candidato aposta que haverá traições no grupo de Rodrigo Maia.
A decisão do PT era aguardada desde dezembro pelas demais siglas de oposição. PSB, PDT e PC do B já embarcaram na candidatura de Baleia. Há focos de infidelidade partidária, porém. No PSB, por exemplo, cerca de 18 deputados demonstraram simpatia a Arthur Lira em reunião.
Depois da decisão, PT, PSB, PDT, PC do B e mais a Rede divulgaram carta na qual afirmam que Baleia Rossi assumiu compromissos como“apreciar projetos de decreto legislativo que visem a impedir que o Poder Executivo exorbite ou desvie de seu poder regulamentar para driblar, esvaziar ou burlar leis” e “instalar Comissões Parlamentares de Inquérito”.
Ainda citam a discussão de um programa de renda emergencial ou ampliação do Bolsa Família. Leia a íntegra (53 Kb) do documento divulgado pela oposição. O Psol, que também se opõe ao governo de Jair Bolsonaro, não assina a carta. A sigla ainda discute lançar candidato próprio.
PCdoB, PSB, PDT e Rede aguardavam definição do PT, maior bancada da Câmara, para anunciar o apoio conjunto ao candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Por Sarah Teófilo
PT, PCdoB, PSB, PDT e Rede oficializaram, nesta segunda-feira (4/1), apoio ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência da Câmara, contra o líder do Centrão e preferido do presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), como publicado anteriormente pelo Correio. Maior partido da Casa, com 52 parlamentares, o PT se reuniu um pouco antes do anúncio e decidiu pelo apoio a Rossi, numa votação que terminou em 27 a 23. O PSOL ficou de fora e deve tomar decisão no próximo dia 15.
O apoio do PT era de extrema importância a Baleia Rossi, que aguardava a definição para lançar sua candidatura, o que deve ocorrer na próxima quarta-feira (6), ao lado das legendas do bloco que foi capitaneado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Agora, o grupo, que prega a independência da Casa em relação ao Executivo, conta com 11 partidos, que somam 261 deputados.
Lira, por sua vez, já tem o apoio do PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, PROS, Patriota, PSC e Avante, somando 195 deputados. O PTB também deve apoiar Lira, quando há algumas semanas o presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, prometeu ao parlamentar o apoio, o que soma mais 11 deputados.
Em uma carta, após confirmarem o apoio, as legendas de esquerda frisaram que o apoio é em torno de uma Câmara independente. No documento, assinado pelos líderes dos cinco partidos além dos líderes da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, Carlos Zarattini (PT-SP), eles pontuam que o governo federal é “irresponsável diante da pandemia” e que o país é “chefiado por um presidente da República que ao longo de sua trajetória sempre se colocou contra a democracia”.
“Nós, dos partidos de oposição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, de desmonte do Estado e da economia brasileira”,ressaltaram.
E foi essa responsabilidade, segundo eles, que os uniu aos demais partidos do bloco de Maia, além da intenção de derrotar o presidente “e sua pretensão de controlar o Congresso”. Os partidos informaram, então, que a intenção é construir uma série de compromissos com o objetivo de “defender a Constituição”, “proteger a democracia” e as instituições, “assegurar a soberania nacional", “garantir a independência do Poder Legislativo” e “lutar pelos direitos do povo brasileiro”.
Os partidos pedem que questões como convocação de ministros para prestar contas na Casa e instalação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) não sejam engavetadas, além de frisar o respeito ao processo legislativo constitucional e regimental, assegurar que a oposição poderá “exercer seu dever de contrapor-se ao governo tal qual garantem a Constituição e o regimento” e garantir que haja proporcionalidade na indicação de relatorias das matérias que tramitam.
PT
Apesar de o bloco de Maia já ter sido formado lá atrás, os partidos ainda precisavam confirmar o apoio a Baleia Rossi, nome escolhido pelo atual presidente após intensas articulações. Havia uma particular resistência dentro do PT, com alguns integrantes favoráveis a uma candidatura própria, e as conversas foram individuais, com cada deputado.
A informação é de no momento da reunião da bancada, às 15h, já se sabia que a maioria já estava formada e, por isso, a reunião envolvendo outras legendas da esquerda já havia sido marcada para duas horas depois com previsão da presença do PT. A intenção era oficializar o apoio de forma conjunta, o que foi feito.
A deputada Maria do Rosário (RS) era uma das integrantes do PT que não queria que houvesse de antemão este apoio a Baleia. Antes da reunião, ela disse ao Correio que havia uma convicção geral de que é correto estar no bloco de Maia, contra o presidente Bolsonaro, mas que acreditava que o melhor caminho seria ter uma candidatura do PT e, ao final de janeiro, unificar em torno de um nome.
Há resistência em outras legendas também, como o PSB, e há um intenso trabalho dos líderes de convencimento dos parlamentares, visto que a votação é secreta - ou seja, nada impede que um deputado não vote no candidato orientado por sua legenda. E é com isso que conta o deputado Arthur Lira para conseguir a sua vitória.
Líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ) disse acreditar que isso não deve ocorrer no âmbito da legenda. "Acho que o diálogo que temos tido é muito positivo. A receptividade tem sido muito boa, os colegas têm entendido que é importante o partido caminhar unido na defesa da independência da câmara e da democracia brasileira. Seria grave que deputados do PSB descumprissem e colaborassem para entregar o comando da Câmara ao candidato do Bolsonaro", afirmou.
Ex-ministro e ex-governador faz série de entrevistas com principais nomes do campo político do País e cita aliança de partidos portugueses
Por Ricardo Galhardo
Um dos primeiros líderes políticos a defender a criação de uma frente de esquerda no Brasil, ainda em 2016, o ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) vai buscar pontos de convergência entre nomes como Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Flávio Dino (PCdoB) e Marina Silva (Rede), entre outros, com vistas a construir a unidade do campo progressista nas eleições presidenciais de 2022.
A ideia, segundo Tarso, é seguir a metodologia usada pela esquerda portuguesa para construir a Geringonça, nome dado à inusitada aliança entre o Partido Socialista, Partido Comunista e Bloco de Esquerda, que há décadas disputavam a hegemonia do campo e se uniram para vencer as eleições de 2015 e governar o país ibérico.
Na série de entrevistas República e Democracia: o futuro não espera, que começa com Ciro, no dia 18, Tarso vai buscar os pontos de afinidade entre as principais lideranças da esquerda brasileira. Além dos nomes citados acima, aceitaram participar do debate Luiza Erundina (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB), José Dirceu (PT), Aloizio Mercadante (PT) e Roberto Requião (MDB).
Na pauta das entrevistas, o ex-ministro vai explorar temas como economia, democracia e principalmente medidas para combater a pandemia do novo coronavírus, diante da política negacionista do governo Jair Bolsonaro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontado como possível candidato em 2022 - embora esteja barrado pela Lei da Ficha Limpa, não vai participar dos diálogos, ao menos no primeiro momento. Tarso quer tirar a questão da sucessão da pauta para não contaminar as conversas. "Vamos usar uma metodologia semelhante à da Geringonça. O objetivo é buscar afinidades em vez das divergências, retirando da pauta a sucessão de 2022", disse ele.
O ex-ministro tem defendido a necessidade de união desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, quando criou o 'think tank' Instituto Novos Paradigmas (IDP), do qual fazem parte nomes importantes da esquerda brasileira e estrangeira, como o sociólogo português Boaventura de Souza Santos e o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón.
Tarso não tem ilusões em relação às grandes diferenças que separam, por exemplo, Ciro do PT. Ele avalia que a "unidade não supõe uma candidatura só", mas trabalha para a construção de um espaço de diálogo que possa manter os diferentes projetos unidos em um possível segundo turno contra o bolsonarismo.
"A construção de uma frente única de esquerda é algo que não pode ser avaliado antes do final deste ano. Pode ser que até lá amadureça. Hoje, temos duas ou três opções de enfrentamento ao bolsonarismo que devem se apresentar em separado, mas tem que ter desde o começo uma identidade em comum. A ideia é construirmos essa identidade e dar insumos para a discussão interna nos partidos", disse ele.
Segundo o ex-ministro, os entrevistados foram avisados de que o objetivo é buscar convergências, não divergências. Nenhum tema, fora a sucessão de Bolsonaro, foi excluído da pauta, mas a abordagem das perguntas será no sentido de direcionar a unidade.
De acordo com Tarso, a série de entrevistas não deslegitima nem disputa espaço com outras iniciativas semelhantes como o fórum Direitos Já - que também inclui nomes da centro-direita - nem impede a ampliação do diálogo com outros campos da oposição a Bolsonaro.
"Esta é uma discussão interior do campo da esquerda. A ampliação é um passo paralelo e o debate entre grandes lideranças como ex-presidentes (como Lula e Fernando Henrique Cardoso) vai ficar para outro momento", disse o ex-ministro.