“Um voto é como um rifle, sua utilidade depende do caráter do beneficiado.”
TEDDY ROOSEVELT
Por Edson Rodrigues
Em 2022, se as regras das coligações proporcionais não mudarem – devem permanecer as mesas, pelo histórico do TSE – será um Deus nos acuda, principalmente para os partidos que já têm parlamentares com mandatos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, pois os resultados das eleições municipais acenderam uma luz amarela de alerta nos partidos políticos e na mente dos que pretendem concorrer à reeleição.
O Paralelo 13 vem cantando uma pedra em suas últimas análises políticas, que dificilmente um partido conseguiria fazer três vereadores nos três principais colégios eleitorais, e que os partidos pequenos teriam representatividade, principalmente em Palmas. E foi exatamente isso que aconteceu.
Esse foi o resultado do método “Lucas da Lince” de fazer política com os partidos pequenos. Como presidente do Cidadania, ele lançou 26 candidatos – entre homens e mulheres – com o mesmo peso político e não aceitou nenhum candidato com mandato. Dessa forma, Lucas elegeu mais dois vereadores e já se prepara para ter uma chapa competitiva em 2022, pronta para eleger mais dois deputados estaduais e um deputado federal.
OS “PAPA MANDATOS” VÊM AÍ
Enquanto isso, alguns nomes ganham força para as vagas nos parlamentos estadual e federal. São os chamados “papa mandatos”, pois, tradicionalmente, nunca ficam de fora dessas disputas e, em sau maioria, acabam tendo êxito em suas pretensões e que devem se somar aos candidatos do Lucas da Lince. São eles Aílton, de Santa Rosa, Laurez Moreira, Vicentinho Alves, Gleydson Neto, Claudinei Quaresmim, Carlos Braga, Otoniel Andrade, Oswaldo Stival, Paulo Sardinha Mourão, Jailtinho de Dianópolis, César Halum, Homero Barreto, Kátia Abreu, Roberto Pires e Baylon Pedreira, entre tantos outros bons nomes que, apesar de não terem confirmado suas candidaturas, sempre têm seus nomes lembrados pelos eleitores e acabam, quando preciso, convencidos pelos seus correligionários e apoiadores.
Lucas da Lince
Desses nomes, destacam-se os dos prefeitos que conseguiram eleger seus sucessores e vão sair de suas administrações com aprovações de mais de 80%, como Aíltom Araújo, Laurez Moreira e, principalmente, Ronaldo Dimas, que já é candidato declarado ao governo do Estado, mesmo com esses nomes não tendo confirmado nada, ainda para 2022. Mas, como na política nada é exato, nada os impede de disputar um cargo na eleição proporcional, concorrendo, voto a voto, com os atuais mandatários que desejam a reeleição.
A classe empresarial também deverá apresentar seus candidatos para representar os seus interesses junto ao governo do Estado e do governo federal, lembrando que não basta falar bem, ter boa aparência, bons padrinhos, grandes empresas de marketing e presença nas redes sociais. Isso ajuda, mas não decide.
Traduzindo em miúdos, não basta apenas estar bem no mandato. Tem que ter participação efetiva em todas as províncias, bom relacionamento com a sociedade, principalmente com a “base da pirâmide social”, que representa mais de 83% do eleitorado, que sobrevive com menos de um salário mínimo.
“PEDRA CANTADA”
Outra “premonição” de O Paralelo foi a de que dificilmente um partido conseguiria fazer mais de três vereadores dos principais colégios eleitorais e que os partidos pequenos teriam representatividade nos parlamentos municipais nessas cidades, entre elas, Palmas. E foi exatamente o que aconteceu.
Agora, o jogo e as regras são as mesmas, a não ser que o Congresso mude essa “cartilha” para salvar as peles de muitos dos que hoje estão na Câmara Federal – o que é pouco provável e aceitável.
Congresso Nacional
Ou seja, o que era para ser uma “surpresa” foi previsto nestas mesmas linhas que o nobre leitor percorre, e isso deixou muitos congressistas tocantinenses com “a pulga atrás da orelha”, pois a próxima, pode ser o “olho da rua”.
TOCANTINS:
Pelo Tocantins circula uma escuridão e um vulto na mente de muitos deputados estaduais e federais, que só vem perigo pela frente, sabendo que o ano de 2022 marcará a época de muitos sepultamentos políticos, assim como O Paralelo 13 também previu, inclusive acertando em 100% dos prognósticos para Palmas.
Nossos avisos continuam os mesmos: ou os “donos” de partido abrem as portas de suas legendas para as filiações de novas lideranças, ou correm o risco de ficar sem assentos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.
E, para quem ainda não está convencido, lembramos que afirmamos, aqui, em O Paralelo 13 que o vereador Folha e o presidente do Patriota, Rogério Ramos formariam chapas com um único objetivo e, para isso, bancariam todos os candidatos a vereador. O objetivo foi conquistado e Folha foi reeleito.
A POLÍCIA FEDERAL VEM ÁI
Aos corruptos e corruptores do Tocantins, estamos refazendo o aviso de que a Polícia Federal tem uma nova superintendente no Tocantins, que trouxe uma equipe extremamente capaz, junto com ela, para dar as respostas que a sociedade tocantinense tanto anseia, a respeito das operações realizadas nos últimos dois anos em combate à corrupção e à malversação do erário público, que colocaram o nosso estado num vergonhoso primeiro lugar em número de operações da PF.
Segundo nossas fontes em Brasília, 2021 será um ano de “pescaria de peixes grandes”, quando os mentores de vários esquemas prestarão contas com a Justiça, tendo seus bens confiscados e bloqueados e muitos passarão a ver o “sol nascer quadrado”.
Nos bastidores, é certo que alguns irão conhecer as celas do quartel da Polícia Militar e outros as da sede da Polícia Federal, por terem, ainda, foro privilegiado. Por estes e outros motivos, muitos dos pré-candidatos estão sob tensão dupla, pois sabem o que fizeram e entendem que só com a eleição poderão passar momentos menos piores que os criminosos comuns.
QUOCIENTE ELEITORAL
Para que todos possam ter possibilidade ou de eleição ou de escapar das garras da justiça, é preciso que os partidos formem chapas gabaritadas para elevar o número de votos recebidos para deputados estaduais, federais e senador.
Estarão eleitos, primeiro, os que atingirem o quociente eleitoral, depois os mais votados dos partidos e, depois, vem a “sobra” de votos que pode “puxar” mais candidatos. Por isso, é tão importante que os partidos tenham chapas compostas por nomes fortes e bons de voto – em suma, competitivos – para que ocupem o máximo de cadeiras possível. Neste caso, a qualidade dos candidatos é bem mais importante que a quantidade.
A média, hoje, está em torno de 70 mil votos por cadeira de deputado federal e 40 mil votos para deputado estadual, cálculo válido em um cenário em que todos os eleitores votem, efetivamente, em 2022.
É óbvio que haverá abstenção, mas, calcula-se, que ele não seja tão grande quanto foi nos cinco maiores colégios eleitorais no último dia 15 de novembro. Mesmo assim, segundo as estimativas, a renovação para deputados estaduais e federais poderá chegar a 50%, o que deixa aos parlamentares e a seus partidos pouco mais de um ano e meio para demarcar seu território e tentar assegurar vitórias em 2022
MAPEAMENTO
O Tocantins tem, pelo menos 62% da sua população recebendo algum benefício financeiro dos programas sociais do governo federal e tem cerca de 120 mil analfabetos. Esses são dados que terão um grande peso nas eleições de 2022, principalmente em um período de pós pandemia. A sucessão presidencial já teve a sua largada dada após as eleições de 15 de novembro, mas até o fim de 2021, se dará em nível nacional. Em janeiro de 2022, ela chegará aos estados e municípios e as peças do tabuleiro sucessório começarão a ser distribuídas de acordo com seu peso e importância, de forma automática.
Esta será a hora de lembrar que tudo o que se faz nesta vida será “cobrado“ e “julgado”, principalmente na vida política, em termos de apoio à saúde, educação, ação social e geração de emprego e renda.
Ou seja, não bastará ter um fundo eleitoral milionário e um grande tempo de horário gratuito de propaganda eleitoral se não tiver o que mostrar, o que contar o e que prestar contas à população.
Será necessária uma conexão com a população de baixa renda e de menor nível de ensino, uma forma de comunicação direta e uma convivência na população dos municípios e, para isso, será preciso uma interação muito grande entre a chapa, do candidato a presidente ao candidato a deputado estadual em cada unidade da federação.
Será a hora dos senhores deputados fazerem o papel de vereadores e dos eleitores assumirem o papel de protagonistas, sabendo separar o joio do trigo, o oportunista do progressista e o visionário do falso profeta.
Por enquanto, é só.
Josiel teve 29,56% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 15,91%
Por Agência Brasil
Os candidatos Josiel (DEM) e Dr. Furlan (Cidadania) vão disputar o segundo turno das eleições em Macapá, capital do Amapá. Josiel teve 29,56% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 15,91% dos votos válidos.
Adiamento
O TRE-AP informou que algumas seções eleitorais foram remanejadas em razão da necessidade de uniformizar a quantidade de eleitores nas seções eleitorais.
O processo eleitoral em Macapá foi adiado devido ao apagão energético no dia de 3 novembro, que afetou o estado, após um incêndio ter destruído três transformadores e uma subestação de energia na capital do Amapá. Por mais de três semanas, o apagão e a instabilidade no fornecimento de energia provocaram desabastecimento de luz, água e perdas de alimentos.
Diante da situação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou pedido do tribunal regional (TRE-AP) e, no dia 12 de novembro, anunciou que o pleito na capital do estado seria adiado. O TRE-AP informou que as eleições transcorreram normalmente nos demais municípios amapaenses.
Lula nunca tinha ouvido nada assim. Menos de 48 horas depois de as urnas revelarem a fragorosa derrota do PT para siglas de direita, centro-direita, centro-esquerda e esquerda também, expoentes do partido vieram a público dizer em alto e bom som o que há tempos já sussurravam nas coxias
Por Thaís Oyama, colunista do UOL
"O Lula já deu muito para o partido. É hora de abrir espaço", disse Alberto Cantalice, do diretório nacional do PT.
O senador Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, foi mais claro: "A gente não pode ficar refém. Eu sou amigo irmão do Lula, mas vou ficar refém dele a vida inteira? Não faz sentido".
Há 40 anos, o PT não dá um passo sem a bênção de seu caudilho. Nenhuma aliança vinga sem a aprovação do ex-presidente. Toda estratégia emana da sua voz.
Nas eleições municipais, partiu de Lula o comando para a sigla lançar o maior número de candidatos no país, em vez de apoiar outras legendas em cidades estratégicas onde as chances da esquerda eram boas. A presidente do PT, para quem Lula é destituído da característica da falibilidade, apenas executou o plano — que nada tinha de novo.
Entre vencer o adversário do campo oponente —mas no papel de coadjuvante— e correr o risco de perder — mas no figurino de líder da oposição—, o PT sempre preferiu o segundo caminho.
Age assim à imagem e semelhança de seu presidente eterno.
Entre abrir espaço para o crescimento de novos nomes, e fortalecer o partido e a esquerda, e manter o seu como única opção, mesmo com prejuízo do partido e da esquerda, Lula sempre escolheu ficar ao lado dele mesmo.
Foi assim quando "queimou" Eduardo Suplicy em 2002, depois que o então senador ousou disputar prévias internas com ele. Foi com Jaques Wagner, por ele preterido para as eleições de 2018, e foi assim com Fernando Haddad, cuja oficialização da candidatura naquele ano Lula só liberou a 20 dias das eleições — muito tempo depois de até as paredes da cela que o abrigavam na Polícia Federal estarem conformadas com a impossibilidade legal de ele disputar o pleito.
Agora, diante da pior surra eleitoral da sua história, o PT planeja oferecer a cabeça de sua presidente num ritual de sacrifício destinado a preservar, ao menos simbolicamente, a do artífice da derrota.
Correntes minoritárias do partido já se articulam para abreviar o mandato de Gleisi Hoffman, que vai até 2023. Lideram o movimento a Articulação Esquerda e a Novos Rumos. A corrente majoritária no PT é a Construindo um Novo Brasil.
A cabeça de Gleisi não vale uma missa.
Mas talvez seja tarde demais para cortar a de Lula.
Há 40 anos, o PT é refém do ex-presidente.
Agora, como disse Wagner, quer se libertar dessa prisão.
A questão é o que sobrará do partido se conseguir
Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski votaram, no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), pela autorização para que os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sejam autorizados a tentar mais uma vez a reeleição para o comando das Casas.
Com Agências
Relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo PTB, Gilmar Mendes considerou que só poderá haver uma reeleição para o comando das duas Casas, mas a regra deve começar a contar a partir da próxima legislatura.
De acordo com o ministro, os membros do Congresso Nacional têm a prerrogativa de deliberar sobre o processo, desde que se observe o limite de uma única reeleição sucessiva ao mesmo cargo mas, ressalva, a regra deve orientar a formação das Mesas da Câmara e do Senado "a partir da próxima legislatura, resguardando-se, para aquela que se encontra em curso, a possibilidade de reeleição ou recondução, inclusive para o mesmo cargo."
TENDÊNCIA PELA APROVAÇÃO
Em seu voto, de 64 páginas, Gilmar Mendes fez questão de pontuar que o STF foi instado a decidir pela ação impetrada pelo PTB, mas que não isso não significa uma influência da Corte na eleição no Congresso.
"Decidiremos, entretanto, acerca da constitucionalidade de dispositivos regimentais que tratam sobre a composição da Mesa das Casas do Congresso Nacional. Não decidiremos acerca de quem vai compor a próxima Mesa: para tanto é preciso de votos no Parlamento, e não no Plenário deste Supremo Tribunal Federal.", diz voto do ministro.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, apesar de ainda serem necessários os votos dos demais ministros da Corte, a tendência da Corte é permitir a eventual recondução dos dois parlamentares.
IMPACTOS
A ação foi movida pelo PTB, aliado ao presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de barrar uma eventual reeleição de Maia e Alcolumbre na eleição marcada para o início de fevereiro de 2021. A legenda argumenta que a Constituição é taxativa ao proibir, em seu artigo 57, "a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente".
Esse processo --que definirá o responsável por ditar o ritmo da pauta das duas Casas Legislativas-- poderá ter repercussão na correlação de forças que o governo terá com o Congresso Nacional nos dois últimos anos da gestão Bolsonaro, com impactos inclusive numa eventual tentativa de reeleição dele.
Mesmo após o fim das eleições municipais, a agenda de votações do governo e do Congresso têm sido contaminada pelo xadrez da sucessão da presidência das Casas.
CENTRÃO É CONTRA
Líderes do Centrão lançaram nesta terça, 1º, uma ofensiva para barrar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir caminho para a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e Davi Alcolumbre (DEM-AP) ao comando do Senado.
A despeito do texto constitucional ser claro em relação à vedação de recondução, uma das fontes do STF disse que a maioria dos ministros vai votar no sentido de que o assunto é de responsabilidade do próprio Congresso resolver.
Um documento preparado pela cúpula do Progressistas, partido de um dos pré-candidatos à eleição da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem o aval de dez partidos. A carta chama qualquer iniciativa nesse sentido de "coronelismo parlamentar". Principal adversário do grupo comandado por Maia, Lira tem apoio do presidente Jair Bolsonaro para a sucessão na Câmara.
"O sistema democrático e representativo brasileiro não comporta a ditadura ou o coronelismo parlamentar", diz um trecho da carta, assinada por Progressistas, PL, PSD, Avante, Patriota, Solidariedade, PSC, PSB, Rede e Cidadania.
Maia foi eleito três vezes presidente da Câmara e nega ser candidato, mas acredita ter o direito de concorrer, caso queira.
No Senado, Alcolumbre trabalha abertamente por um novo mandato à frente da Casa, com respaldo do Palácio do Planalto.
MAGUITO DEVE DEIXAR UTI
Internado em São Paulo há mais de um mês para tratar da covid-19, o prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela recebeu resultado negativo nos dois últimos testes que realizou para detectar o vírus. A informação é do boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde Maguito segue internado em ventilação mecânica.
"Os dois últimos testes de PCR não detectaram mais a presença do SARS-Cov-2", diz o boletim desta quarta, que é assinado pelos pneumologistas Carmen Barbas e Marcelo Rabahi, e também pelo Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do Einstein Miguel Cendoroglo.
De acordo com o texto, Maguito "encontra-se traqueostomizado e em ventilação mecânica protetora com bom controle da oxigenação". A nota diz ainda que ele "segue o suporte da ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea)" e que sua situação é "estável hemodinamicamente".
O boletim não apresenta previsão de alta. Procurado para detalhar o caso, o hospital afirmou por meio de sua assessoria que "nenhuma outra informação, que não esteja no boletim, é divulgada".
ELEIÇÃO NO AMAPÁ
Adiadas devido aos problemas de fornecimento de energia, as eleições municipais que definirão prefeito, vice-prefeito e os 23 vereadores que vão compor a Câmara Municipal de Macapá, capital do Amapá, ocorrerão neste domingo, dia 6 de dezembro.
De acordo com a Justiça Eleitoral, 292.718 pessoas estão aptas a votar no primeiro turno. Se houver necessidade de segundo turno, será no dia 20 de dezembro.
O processo eleitoral em Macapá foi adiado devido ao apagão energético que, a partir do dia 3 de novembro, afetou o estado, após um incêndio que ter destruído três transformadores e uma subestação de energia na capital do estado.
O TRE-AP informou que algumas seções eleitorais foram remanejadas em razão da necessidade de uniformizar a quantidade de eleitores nas seções eleitorais. Para saber onde será sua seção eleitoral, o eleitor precisa acessar o site do TRE ou baixar o aplicativo e-Título.
Diante da situação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou pedido do tribunal regional (TRE-AP) e, no dia 12 de novembro, anunciou que o pleito na capital do estado seria adiado. O TRE-AP informou que as eleições transcorreram normalmente nos demais municípios amapaenses.
VOLUNTÁRIOS CONTRA HIV
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) está buscando voluntários no Brasil para testar uma vacina contra o HIV. O estudo, chamado Mosaico, iniciado há cinco anos, está sendo desenvolvido em cooperação por instituições de diversos países.
Até o momento, as pessoas que receberam a vacina conseguiram produzir satisfatoriamente anticorpos e imunidade contra a infecção. A pesquisa já foi aprovada pela fase pré-clínica, animal, e fases 1 e 2 em humanos.
No Brasil, os voluntários devem ser homens gays ou bissexuais cisgêneros e homens ou mulheres transexuais entre 18 e 60 anos. Os interessados podem entrar em contato com o Programa de Educação Comunitária da USP pelo Instagram ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A tecnologia empregada na vacina em desenvolvimento é a de vetor, em que são injetadas informações genéticas de proteínas do HIV dentro de um outro vírus, inofensivo a seres humanos.
Quando o indivíduo é vacinado, o vírus inserido no organismo se multiplica, fazendo com que o corpo receba as proteínas que foram injetadas em seu material genético. Assim, o vacinado produz resposta imune contra proteínas do vírus inofensivo e também contra as do HIV.
Por Guilherme Amado - revista Época
1. Fortaleza reuniu uma aliança de todas as forças políticas contra o candidato de Bolsonaro, o Capitão Wagner (PROS), que terminou derrotado pelo pedetista Sarto. Esse movimento mimetiza o que poderia ser uma frente ampla contra Bolsonaro em 2022?
É possível, mas não é provável. A característica de Fortaleza é muito peculiar, é uma cidade extremamente politizada, uma cidade rebelde. O PT aqui, apesar de o governador Camilo (Santana) ser nosso aliado, lançou candidato. E não participou do segundo turno. Só o PSDB, o DEM e o PSOL já estavam com a gente no primeiro turno.
2. No campo nacional, seria então mais viável uma aliança com o PSDB do que com o PT?
Sim, eu acho. O PSDB vai passar por um processo interno, que já está acontecendo, é muito silencioso, mas é uma disputa de hegemonia interna. Nas últimas declarações do Fernando Henrique, você percebe que ele está nesse projeto do Luciano Huck. O Tasso Jereissati não tem nenhum entusiasmo pelo Doria, o governador do Rio Grande do Sul (Eduardo Leite) também não, o (senador Antonio) Anastasia saiu do PSDB por causa disso e está no PSD.
3. Como juntar centro-esquerda e centro-direita no mesmo barco em 2022?
Este é o ponto. Não há coesão. Sob o ponto de vista de costumes, que é uma caracterização de direita e esquerda, é avassalador o voto conservador. Não tenho dúvidas de que o voto conservador, em matéria de costumes, prevaleceu sobre a agenda identitária dessa esquerda moderna, esquerda americanófila etc. Porém, sob o ponto de vista econômico, temos contradições tremendas, que hoje permitem que você veja uma fissura. Por exemplo, ao expor o agronegócio, que tende a ser um voto conservador, ao risco em mercados tão centrais, como a política ruinosa do Bolsonaro faz em relação ao nosso principal mercado, que é a China, você abre um flanco para esse voto. Quando você começa a ter restrições de importações dos produtos brasileiros em função do manejo trágico da função ambiental, você tem uma fração do agronegócio que está percebendo a necessidade de o Brasil ter outra conduta, mais moderna. Isso é o que nós vamos fazer. Eu estou vendo isso nesse grupo mais jovem do DEM, que é o Rodrigo Maia, o ACM Neto, com quem tenho conversado concretamente. A grande questão é saber se conseguimos afastar esse mundo produtivo de seu alinhamento instantâneo, automático e pouco crítico com o setor financeiro. Veremos se temos êxito ou não.
4. Há chance de uma candidatura se eleger em 2022 sem o apoio da centro-direita?
É difícil. Mas eu fico mesmo pensando se, em meu caso, eu quero, entendeu? Porque eu não tenho a menor vocação para demagogia, para populismos. Enfim, não tenho a menor. Portanto, eu vou, inclusive, como já fiz, fazer as promessas claras antes. Porque quero que minha eleição seja um plebiscito sobre as propostas que tenho para pôr em prática. Senão, posso me eleger por essas deficiências do presidencialismo, chegar lá e ser emparedado e não conseguir fazer nada num país falido. Isso eu não quero.
5. O senhor já disse que não precisaria, necessariamente, ser o nome dessa aliança. Mas tampouco tem o perfil de topar ser vice dos outros nomes em jogo.
Depende do projeto. Eu não preciso ser nada. Dependendo do projeto, eu carrego a pasta, vou distribuir panfleto... Mas quero um projeto. O lulapetismo não me responde, e esse bolsonarismo boçal e as tentativas de reciclar esse bolsonarismo boçal de forma mais, vamos dizer, Faria Lima de ser, isso também não me interessa.
6. O primeiro passo para uma aliança com a centro-direita é a disputa pela presidência da Câmara, em 2021?
Hoje, nós (oposição) somos 130 em 513 deputados. Então o máximo que podemos extrair de nossa presença, e isso exige coesão entre nós, antes de mais nada, é que a presidência da Câmara continue como o Rodrigo Maia tem feito exemplarmente, obrigando o Bolsonaro a jogar dentro dos limites da funcionalidade democrática e com o compromisso de nos ajudar a conter danos, nessa agenda antinacional, antipovo e antiprodução que o Bolsonaro representa. Qualquer candidato que seja indicado pelo Bolsonaro, nós vamos ficar contra.
7. O senhor é a favor da reeleição do Rodrigo Maia?
Acho que essa decisão esperta do Supremo, que tudo indica que vai acontecer, não lesiona a democracia. A ideia é que a Câmara decida, regimentalmente, se pode ou não pode fazer. Gosto muito do Rodrigo e digo a ele: “Rodrigo, você precisa abrir a cabeça para outros conselheiros econômicos. Vamos fazer uma conversa, eu e o Arminio Fraga, que você fica ouvindo o tempo todo, o Marcos Lisboa, esse povo aí que não está vendo nada da realidade”. O Arminio é até um pouco melhor, mas o Marcos Lisboa não enxerga um dedo na frente do nariz.
8. Em relação ao grupo de economistas, o senhor tem se reunido com os mesmos de sua campanha?
Eu falo com todo mundo. Estou até tentando achar uma hora para fazer uma discussão pública com o André Lara Resende, que desse mundo mais conservador, para mim, é o mais brilhante disparado. A minha tropa tem grandes luminares e pessoas a quem eu ouço. Dos mais antigos, o Bresser-Pereira e o Delfim Netto, o pessoal da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, o professor Nelson Marconi, que coordena uma equipe gigante. O Belluzzo, o Mauro Benevides Filho. O Mauro, além de ser intelectual, é um operador, conhece tudo de sistema tributário, foi secretário de Fazenda do Ceará há muitos anos, foi presidente do Confaz, enfim, é um cara que conhece tudo.
9. O senhor vê chance de haver aliança com outros partidos de esquerda no primeiro turno de 2022, além de PSB, PV e Rede, já citados como seus aliados?
Dentro do PT, hoje, há um problema grave que é a absoluta censura a qualquer discussão que não passe pela ideia do Lula ser o eterno presidente da República. O PT está definhando, isso não é bom para o país. Mas isso é um problema deles. O que não dá é para esperar mais que ele não faça sequer uma discussão. Não há discussão nem interna e muito menos com os outros parceiros.
10. Chegou a falar isso para o Lula no encontro com ele?
Falei com todos os esses e erres. Nós conversamos durante quatro horas. Uma conversa que gostei de ter porque não me agrada nunca interromper o diálogo, mas foi uma conversa absolutamente franca, falei tudo que eu falo em público e mais alguma coisa. Ele me ouviu e também disse o que queria dizer para mim. Percebemos ali que ele ficou muito isolado e estava cercado de puxa-sacos que fraudam a percepção das coisas para ele. Combinamos, inclusive, de nos tratarmos pessoalmente. Mas nosso fosso hoje é intransponível.
11. Em relação às críticas que o senhor tem feito ao PT, ele reconhece alguma necessidade de mudança?
Eu falei para ele tudo que penso, parte das coisas ele compreendeu e concordou, mas não posso devassar isso por um limite ético meu.
12. Como o senhor viu essa declaração do Jaques Wagner colocando-se como um possível nome para a disputa nacional?
Isso é sintomático dessa tensão que está lá dentro. O Jaques Wagner é um belo quadro, isso desde 2018. A questão básica é que a força dominante daquelas eleições, que parece não ter sido removida ainda do Brasil, é um antipetismo, parte justo e parte injusto. Uma força dominante revelada já nas eleições de 2016 quando Haddad tirou 16% dos votos, perdendo para nulo e branco. Em todos os extratos sociais, em todas as urnas eleitorais, perdeu. E inevitavelmente é ele que o Lula traz para ser o candidato do Brasil um ano e pouco depois.
13. Como ficou sua relação com o Flávio Dino depois de o senhor tê-lo atacado no segundo turno?
Eu sou muito amigo dele, mas considero que sua atitude foi muito errada no processo eleitoral. Errada em desfavor dele e de nossa causa. Nessas eleições, havia cinco candidatos no Maranhão. Três da base de sustentação do Flávio Dino, à qual nós pertencemos também, e ele não declarou apoio ou pelo menos não fez campanha para nenhum dos três. Os três ficaram fora do segundo turno. Aí foram para o segundo turno o cara do partido da Igreja Universal e o outro adversário dele, os dois. Aí ele resolve apoiar o cara da Igreja Universal, desse Republicanos? Não dá. Aí, o que acontece? Nós estávamos juntos no Recife. Quando ele declarou apoio ao João Campos, a petezada caiu matando no Dino. Eu saí em sua defesa. Isso na véspera do segundo turno. E aí o Flávio Dino vai votar no segundo turno com a camiseta Lula Livre?
14. Ele sonha em ser o candidato do Lula, não?
Já disse a ele: “Olha, essa enganação aí, já passei por ela quatro vezes”. O Lula chorando na presença de várias pessoas dizendo que devia tudo a mim, que eu tinha sido o cara mais leal do mundo e que naturalmente eu era o candidato. Falei: “Lula, você não tem condição de cumprir essa promessa, não precisa ficar dizendo isso, não. Estou fazendo pelas minhas convicções, pelo Brasil. Mas você não entrega essa promessa porque fora do PT não existe mundo para você”. Mas não é isso. O jogo do Lula é mais cretino, é filiar o Flávio Dino ao PSB para me tirar o PSB.
15. O PT o vê como o principal adversário para 2022?
Sem nenhuma dúvida.
16. Mais do que o próprio Bolsonaro?
Você acha que o Lula, com a experiência, a brilhante vocação política que tem, o extraordinário gênio político que ele é, não sabia que as eleições de 2018 estavam perdidas para o PT? Acha que ele acreditava que o... Bom, eu conheço a opinião dele sobre o Haddad, mas também estou interditado eticamente de dizer. Mas a pergunta é: Por que não deixar Jaques Wagner ser candidato, Tarso Genro ser candidato? Lançar alguém que teve 16% dos votos um ano antes? A grande questão é que o Lula não quer que surja nenhuma grande liderança dentro do PT. E eu não obedeço a isso. Acabou.