As maiores dificuldades enfrentadas por Jair Bolsonaro até hoje no Congresso tiveram duas origens principais: 1) a insistência do presidente em desprezar a política como um todo e 2) a atitude independente de Rodrigo Maia, que segurou inúmeras pautas vindas do Executivo

 

Por Fernando Rodrigues

 

Bolsonaro já entendeu que precisa criar vasos comunicantes com o que chama de “velha política”. Aproximou-se do Centrão.

 

Faltava ao presidente ter um deputado aliado no comando da Câmara para harmonizar suas ideias com o que o Congresso aceita aprovar e pautar.

 

Com a decisão do STF (leia aqui um alentado relato que o Poder360 publicou ontem, sinalizando o que estava por acontecer), Bolsonaro deve conseguir ajudar a eleger alguém do seu grupo para ocupar a cadeira que está há quase 5 anos com Rodrigo Maia. O presidente da República é o maior vencedor com o rumo tomado pelo Supremo.

 

É muita coisa o que está prestes a acontecer. Placas tectônicas da política vão se mover. Uma nova configuração de forças emergirá em Brasília a partir de 2021.

 

Rodrigo Maia e seu time saem fragilizados

Não que o próprio Maia pudesse concorrer e ganhar com facilidade. Talvez até nem disputasse. Mas uma vitória no Supremo emitiria um recado sobre a força que o presidente da Câmara tem no Poder Judiciário e isso teria impacto na disputa da 1ª semana de fevereiro.

 

Agora, com a derrota na Corte, Maia e seu time terão dificuldades para acumular forças e derrotar algum nome proposto pelo bolsonarismo.

 

Obviamente que o Planalto ainda não ganhou nada. Mas ninguém duvida que Bolsonaro, nesta atual encarnação amiga do Centrão, vai hesitar em oferecer cargos (inclusive ministérios) em seu governo para atrair votos na disputa pelo comando da Câmara.

 

Na prática, o que isso significa? Do ponto de vista econômico, fica asfaltada a avenida para o ministro Paulo Guedes retomar sua pauta liberal, possivelmente com a vinda de um imposto digital para fazer uma desoneração ampla da folha de pagamentos das empresas.

 

Na área dos costumes e crenças, haverá uma guinada mais à direita.

 

Pautas que foram rebarbadas por Maia podem voltar com força se um aliado de Bolsonaro comandar a Câmara. Por exemplo, o fim da carteirinha de estudante monopolizada pela UNE, maior flexibilização do porte de armas, ações para proibir politização em sala de aula (Escola Sem Partido) e medidas ainda mais restritivas contra a prática do aborto.

 

A mídia, que teve vida confortável com Rodrigo Maia, também enfrentará mais confronto com a chegada de um governista ao comando da Câmara.

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre

 

Além de sempre vocalizar sua posição em defesa das liberdades de expressão e de imprensa, Rodrigo Maia atuou diretamente para garantir duas ações práticas e favoráveis ao setor de comunicação.

 

Maia deixou caducar a MP de Jair Bolsonaro que acabava com a exigência de empresas de capital aberto terem de publicar anúncios em jornais impressos (sem esse benefício, os jornais perderiam R$ 1,2 bilhão de receita por ano; o Valor, do Grupo Globo, teria uma quebra brutal em seu faturamento).

 

Maia também fez carga para que o Congresso derrubasse o veto de Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos de empresas de 17 setores da economia (1 desses setores era a mídia).

 

Todas essas pautas podem retornar no ano que vem.

 

Parte majoritária da mídia fez grande carga contra o STF por causa da possibilidade de nova reeleição para Rodrigo Maia. O que mais se viu, ouviu e leu sobre isso foi que o Supremo estava “rasgando a Constituição”. De fato, a Constituição é muito clara sobre o tema.

 

Mas justamente alguns ministros que agora foram contra “rasgar a Carta” (apoiados “con gusto” por alguns analistas de poltrona da mídia) foram os mesmos que recentemente consideravam aceitável o início do cumprimento da pena de prisão após a condenação em 2ª Instância, quando o texto constitucional é claro sobre isso ser impossível.

 

Tudo considerado, eis uma avaliação sobre quem ganha e quem perde e os possíveis efeitos neste primeiro momento:

 

Rodrigo Maia – o grande derrotado. Houve um momento que o governo até havia acenado com a possibilidade de um ministério para o presidente da Câmara, que não quis nem conversar. Agora, será mais 1 dos 28 deputados do DEM;

Davi Alcolumbre – alvejado por uma bala perdida (o alvo sempre foi Rodrigo Maia), o jovem político de 43 anos do Amapá volta a ter o tamanho de antes de assumir o comando do Senado. Boa praça e bem articulado, deve ser recompensado pelo governo e/ou ter bom tratamento dentro do Congresso;

DEM – o partido sofreu uma enorme derrota. Tinha tudo com as presidências da Câmara e do Senado. Só um milagre dará de novo essas duas cadeiras ao mesmo tempo para uma sigla que tem apenas 28 deputados (de 513) e 5 senadores (de 81). Na Câmara, o nome demista para suceder a Maia é o do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). Ele sequer conseguiu ser presidente da Comissão de Orçamento. Terá dificuldades para construir uma candidatura viável;

Jair Bolsonaro – é o maior vencedor. Mandou todos os recados possíveis ao STF no estilo “eu não sou Dilma Rousseff”, numa referência às estripulias que os magistrados do Supremo fizeram no período final da petista no Planalto (inclusive impedindo a nomeação de Lula como ministro). Com o voto do seu indicado ao STF, Nunes Marques, o presidente deu um sinal contra Maia e a favor de Alcolumbre. Se continuar a jogar dessa forma, Bolsonaro entrará em 2021 com um Congresso muito mais favorável à sua agenda de reformas –econômicas e na área de costumes;
Centrão – outro grupo vitorioso, pois tem vários nomes agora para apresentar na disputa da presidência da Câmara;

MDB – depois de perder o Senado para Davi Alcolumbre em fevereiro de 2019, a sigla de Renan Calheiros deve voltar em grande estilo. Os nomes na linha de frente são Eduardo Gomes (MDB-TO) e Eduardo Braga (MDB-AM). Correm por fora Simone Tebet (MDB-MS) e Esperidião Amin (PP-SC);

O MDB tem maior bancada no Senado 

PSDB – aliados de Maia, os tucanos saem chamuscados. Ontem (domingo) já anunciaram que devem lançar o cearense Tasso Jereissati para presidir o Senado. É sempre uma possibilidade, mas a impressão que se tem em Brasília é que as pessoas no entorno de Tasso desejam essa candidatura mais do que o próprio indicado;

Arthur Lira – o deputado do PP e escolhido pelo seu partido para disputar a Presidência da Câmara andou muitas casas no tabuleiro. É também o predileto do Planalto na disputa. O maior inimigo de Arthur Lira é ele próprio, pois terá de ter frieza para suportar o bombardeio de ataques que passará a sofrer dos adversários;

PT e esquerdas – tiveram uma vida mansa com Rodrigo Maia no comando da Câmara. Para aflição de Paulo Guedes, o demista barrava pautas que os petistas não gostavam. Quando Maia mais precisou das esquerdas, elas fraquejaram. Deputados oposicionistas em peso assinaram uma carta e enviaram ao Supremo se dizendo contra a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado;

Congresso em 2020 – depois dessa decisão do STF, o paradeiro pode ser total. Nada mais deve ser votado. Fica tudo para 2021, o que já era uma tendência mesmo antes da decisão o Supremo.
No somatório geral, o principal é que o STF deu uma grande vitória a Bolsonaro e o Palácio do Planalto terá, finalmente, um Congresso mais alinhado à sua agenda em 2021.

 

Posted On Segunda, 07 Dezembro 2020 06:26 Escrito por

“Um voto é como um rifle, sua utilidade depende do caráter do beneficiado.”

 

TEDDY ROOSEVELT

 

Por Edson Rodrigues

 

Em 2022, se as regras das coligações proporcionais não mudarem – devem permanecer as mesas, pelo histórico do TSE – será um Deus nos acuda, principalmente para os partidos que já têm parlamentares com mandatos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, pois os resultados das eleições municipais acenderam uma luz amarela de alerta nos partidos políticos e na mente dos que pretendem concorrer à reeleição.

 

O Paralelo 13 vem cantando uma pedra em suas últimas análises políticas, que dificilmente um partido conseguiria fazer três vereadores nos três principais colégios eleitorais, e que os partidos pequenos teriam representatividade, principalmente em Palmas.  E foi exatamente isso que aconteceu.

 

Esse foi o resultado do método “Lucas da Lince” de fazer política com os partidos pequenos.  Como presidente do Cidadania, ele lançou 26 candidatos – entre homens e mulheres – com o mesmo peso político e não aceitou nenhum candidato com mandato. Dessa forma, Lucas elegeu mais dois vereadores e já se prepara para ter uma chapa competitiva em 2022, pronta para eleger mais dois deputados estaduais e um deputado federal.

 

OS “PAPA MANDATOS” VÊM AÍ

Enquanto isso, alguns nomes ganham força para as vagas nos parlamentos estadual e federal.  São os chamados “papa mandatos”, pois, tradicionalmente, nunca ficam de fora dessas disputas e, em sau maioria, acabam tendo êxito em suas pretensões e que devem se somar aos candidatos do Lucas da Lince. São eles Aílton, de Santa Rosa, Laurez Moreira, Vicentinho Alves, Gleydson Neto, Claudinei Quaresmim, Carlos Braga, Otoniel Andrade, Oswaldo Stival, Paulo Sardinha Mourão, Jailtinho de Dianópolis, César Halum, Homero Barreto, Kátia Abreu, Roberto Pires e Baylon Pedreira, entre tantos outros bons nomes que, apesar de não terem confirmado suas candidaturas, sempre têm seus nomes lembrados pelos eleitores e acabam, quando preciso, convencidos pelos seus correligionários e apoiadores.

Lucas da Lince

Desses nomes, destacam-se os dos prefeitos que conseguiram eleger seus sucessores e vão sair de suas administrações com aprovações de mais de 80%, como Aíltom Araújo, Laurez Moreira e, principalmente, Ronaldo Dimas, que já é candidato declarado ao governo do Estado, mesmo com esses nomes não tendo confirmado nada, ainda para 2022.  Mas, como na política nada é exato, nada os impede de disputar um cargo na eleição proporcional, concorrendo, voto a voto, com os atuais mandatários que desejam a reeleição.

 

A classe empresarial também deverá apresentar seus candidatos para representar os seus interesses junto ao governo do Estado e do governo federal, lembrando que não basta falar bem, ter boa aparência, bons padrinhos, grandes empresas de marketing e presença nas redes sociais. Isso ajuda, mas não decide.

 

Traduzindo em miúdos, não basta apenas estar bem no mandato.  Tem que ter participação efetiva em todas as províncias, bom relacionamento com a sociedade, principalmente com a “base da pirâmide social”, que representa mais de 83% do eleitorado, que sobrevive com menos de um salário mínimo.

 

“PEDRA CANTADA”

Outra “premonição” de O Paralelo foi a de que dificilmente um partido conseguiria fazer mais de três vereadores dos principais colégios eleitorais e que os partidos pequenos teriam representatividade nos parlamentos municipais nessas cidades, entre elas, Palmas. E foi exatamente o que aconteceu.

 

Agora, o jogo e as regras são as mesmas, a não ser que o Congresso mude essa “cartilha” para salvar as peles de muitos dos que hoje estão na Câmara Federal – o que é pouco provável e aceitável.

Congresso Nacional

Ou seja, o que era para ser uma “surpresa” foi previsto nestas mesmas linhas que o nobre leitor percorre, e isso deixou muitos congressistas tocantinenses com “a pulga atrás da orelha”, pois a próxima, pode ser o “olho da rua”.

 

TOCANTINS:

Pelo Tocantins circula uma escuridão e um vulto na mente de muitos deputados estaduais e federais, que só vem perigo pela frente, sabendo que o ano de 2022 marcará a época de muitos sepultamentos políticos, assim como O Paralelo 13 também previu, inclusive acertando em 100% dos prognósticos para Palmas.

 

Nossos avisos continuam os mesmos: ou os “donos” de partido abrem as portas de suas legendas para as filiações de novas lideranças, ou correm o risco de ficar sem assentos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

 

E, para quem ainda não está convencido, lembramos que afirmamos, aqui, em O Paralelo 13 que o vereador Folha e o presidente do Patriota, Rogério Ramos formariam chapas com um único objetivo e, para isso, bancariam todos os candidatos a vereador.  O objetivo foi conquistado e Folha foi reeleito.

 

A POLÍCIA FEDERAL VEM ÁI

Aos corruptos e corruptores do Tocantins, estamos refazendo o aviso de que a Polícia Federal tem uma nova superintendente no Tocantins, que trouxe uma equipe extremamente capaz, junto com ela, para dar as respostas que a sociedade tocantinense tanto anseia, a respeito das operações realizadas nos últimos dois anos em combate à corrupção e à malversação do erário público, que colocaram o nosso estado num vergonhoso primeiro lugar em número de operações da PF.

Segundo nossas fontes em Brasília, 2021 será um ano de “pescaria de peixes grandes”, quando os mentores de vários esquemas prestarão contas com a Justiça, tendo seus bens confiscados e bloqueados e muitos passarão a ver o “sol nascer quadrado”.

 

Nos bastidores, é certo que alguns irão conhecer as celas do quartel da Polícia Militar e outros as da sede da Polícia Federal, por terem, ainda, foro privilegiado.  Por estes e outros motivos, muitos dos pré-candidatos estão sob tensão dupla, pois sabem o que fizeram e entendem que só com a eleição poderão passar momentos menos piores que os criminosos comuns.

 

QUOCIENTE ELEITORAL

Para que todos possam ter possibilidade ou de eleição ou de escapar das garras da justiça, é preciso que os partidos formem chapas gabaritadas para elevar o número de votos recebidos para deputados estaduais, federais e senador.

 

Estarão eleitos, primeiro, os que atingirem o quociente eleitoral, depois os mais votados dos partidos e, depois, vem a “sobra” de votos que pode “puxar” mais candidatos.  Por isso, é tão importante que os partidos tenham chapas compostas por nomes fortes e bons de voto – em suma, competitivos – para que ocupem o máximo de cadeiras possível.  Neste caso, a qualidade dos candidatos é bem mais importante que a quantidade.

A média, hoje, está em torno de 70 mil votos por cadeira de deputado federal e 40 mil votos para deputado estadual, cálculo válido em um cenário em que todos os eleitores votem, efetivamente, em 2022.

 

É óbvio que haverá abstenção, mas, calcula-se, que ele não seja tão grande quanto foi nos cinco maiores colégios eleitorais no último dia 15 de novembro.  Mesmo assim, segundo as estimativas, a renovação para deputados estaduais e federais poderá chegar a 50%, o que deixa aos parlamentares e a seus partidos pouco mais de um ano e meio para demarcar seu território e tentar assegurar vitórias em 2022

 

MAPEAMENTO

O Tocantins tem, pelo menos 62% da sua população recebendo algum benefício financeiro dos programas sociais do governo federal e tem cerca de 120 mil analfabetos.  Esses são dados que terão um grande peso nas eleições de 2022, principalmente em um período de pós pandemia. A sucessão presidencial já teve a sua largada dada após as eleições de 15 de novembro, mas até o fim de 2021, se dará em nível nacional.  Em janeiro de 2022, ela chegará aos estados e municípios e as peças do tabuleiro sucessório começarão a ser distribuídas de acordo com seu peso e importância, de forma automática.

 

Esta será a hora de lembrar que tudo o que se faz nesta vida será “cobrado“ e “julgado”, principalmente na vida política, em termos de apoio à saúde, educação, ação social e geração de emprego e renda.

 

Ou seja, não bastará ter um fundo eleitoral milionário e um grande tempo de horário gratuito de propaganda eleitoral se não tiver o que mostrar, o que contar o e que prestar contas à população.

 

Será necessária uma conexão com a população de baixa renda e de menor nível de ensino, uma forma de comunicação direta e uma convivência na população dos municípios e, para isso, será preciso uma interação muito grande entre a chapa, do candidato a presidente ao candidato a deputado estadual em cada unidade da federação.

 

Será a hora dos senhores deputados fazerem o papel de vereadores e dos eleitores assumirem o papel de protagonistas, sabendo separar o joio do trigo, o oportunista do progressista e o visionário do falso profeta.

 

Por enquanto, é só.

Posted On Segunda, 07 Dezembro 2020 04:27 Escrito por

Josiel teve 29,56% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 15,91%

Por Agência Brasil

 

Os candidatos Josiel (DEM) e Dr. Furlan (Cidadania) vão disputar o segundo turno das eleições em Macapá, capital do Amapá. Josiel teve 29,56% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 15,91% dos votos válidos.

 

Adiamento

O TRE-AP informou que algumas seções eleitorais foram remanejadas em razão da necessidade de uniformizar a quantidade de eleitores nas seções eleitorais.

 

O processo eleitoral em Macapá foi adiado devido ao apagão energético no dia de 3 novembro, que afetou o estado, após um incêndio ter destruído três transformadores e uma subestação de energia na capital do Amapá. Por mais de três semanas, o apagão e a instabilidade no fornecimento de energia provocaram desabastecimento de luz, água e perdas de alimentos.

 

Diante da situação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou pedido do tribunal regional (TRE-AP) e, no dia 12 de novembro, anunciou que o pleito na capital do estado seria adiado. O TRE-AP informou que as eleições transcorreram normalmente nos demais municípios amapaenses.

Posted On Segunda, 07 Dezembro 2020 04:15 Escrito por

Lula nunca tinha ouvido nada assim. Menos de 48 horas depois de as urnas revelarem a fragorosa derrota do PT para siglas de direita, centro-direita, centro-esquerda e esquerda também, expoentes do partido vieram a público dizer em alto e bom som o que há tempos já sussurravam nas coxias

 

Por Thaís Oyama, colunista do UOL

 

"O Lula já deu muito para o partido. É hora de abrir espaço", disse Alberto Cantalice, do diretório nacional do PT.

 

O senador Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, foi mais claro: "A gente não pode ficar refém. Eu sou amigo irmão do Lula, mas vou ficar refém dele a vida inteira? Não faz sentido".

 

Há 40 anos, o PT não dá um passo sem a bênção de seu caudilho. Nenhuma aliança vinga sem a aprovação do ex-presidente. Toda estratégia emana da sua voz.

Nas eleições municipais, partiu de Lula o comando para a sigla lançar o maior número de candidatos no país, em vez de apoiar outras legendas em cidades estratégicas onde as chances da esquerda eram boas. A presidente do PT, para quem Lula é destituído da característica da falibilidade, apenas executou o plano — que nada tinha de novo.

 

Entre vencer o adversário do campo oponente —mas no papel de coadjuvante— e correr o risco de perder — mas no figurino de líder da oposição—, o PT sempre preferiu o segundo caminho.

 

Age assim à imagem e semelhança de seu presidente eterno.

 

Entre abrir espaço para o crescimento de novos nomes, e fortalecer o partido e a esquerda, e manter o seu como única opção, mesmo com prejuízo do partido e da esquerda, Lula sempre escolheu ficar ao lado dele mesmo.

 

Foi assim quando "queimou" Eduardo Suplicy em 2002, depois que o então senador ousou disputar prévias internas com ele. Foi com Jaques Wagner, por ele preterido para as eleições de 2018, e foi assim com Fernando Haddad, cuja oficialização da candidatura naquele ano Lula só liberou a 20 dias das eleições — muito tempo depois de até as paredes da cela que o abrigavam na Polícia Federal estarem conformadas com a impossibilidade legal de ele disputar o pleito.

 

Agora, diante da pior surra eleitoral da sua história, o PT planeja oferecer a cabeça de sua presidente num ritual de sacrifício destinado a preservar, ao menos simbolicamente, a do artífice da derrota.

 

Correntes minoritárias do partido já se articulam para abreviar o mandato de Gleisi Hoffman, que vai até 2023. Lideram o movimento a Articulação Esquerda e a Novos Rumos. A corrente majoritária no PT é a Construindo um Novo Brasil.

 

A cabeça de Gleisi não vale uma missa.

 

Mas talvez seja tarde demais para cortar a de Lula.

 

 Há 40 anos, o PT é refém do ex-presidente.

 

Agora, como disse Wagner, quer se libertar dessa prisão.

 

A questão é o que sobrará do partido se conseguir

 

 

Posted On Sexta, 04 Dezembro 2020 16:20 Escrito por

Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski votaram, no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), pela autorização para que os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sejam autorizados a tentar mais uma vez a reeleição para o comando das Casas.

 

Com Agências 

 

Relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo PTB, Gilmar Mendes considerou que só poderá haver uma reeleição para o comando das duas Casas, mas a regra deve começar a contar a partir da próxima legislatura.

De acordo com o ministro, os membros do Congresso Nacional têm a prerrogativa de deliberar sobre o processo, desde que se observe o limite de uma única reeleição sucessiva ao mesmo cargo mas, ressalva, a regra deve orientar a formação das Mesas da Câmara e do Senado "a partir da próxima legislatura, resguardando-se, para aquela que se encontra em curso, a possibilidade de reeleição ou recondução, inclusive para o mesmo cargo."

 

 

TENDÊNCIA PELA APROVAÇÃO

Em seu voto, de 64 páginas, Gilmar Mendes fez questão de pontuar que o STF foi instado a decidir pela ação impetrada pelo PTB, mas que não isso não significa uma influência da Corte na eleição no Congresso.

"Decidiremos, entretanto, acerca da constitucionalidade de dispositivos regimentais que tratam sobre a composição da Mesa das Casas do Congresso Nacional. Não decidiremos acerca de quem vai compor a próxima Mesa: para tanto é preciso de votos no Parlamento, e não no Plenário deste Supremo Tribunal Federal.", diz voto do ministro.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, apesar de ainda serem necessários os votos dos demais ministros da Corte, a tendência da Corte é permitir a eventual recondução dos dois parlamentares.

 

 

IMPACTOS

 

A ação foi movida pelo PTB, aliado ao presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de barrar uma eventual reeleição de Maia e Alcolumbre na eleição marcada para o início de fevereiro de 2021. A legenda argumenta que a Constituição é taxativa ao proibir, em seu artigo 57, "a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente".

Esse processo --que definirá o responsável por ditar o ritmo da pauta das duas Casas Legislativas-- poderá ter repercussão na correlação de forças que o governo terá com o Congresso Nacional nos dois últimos anos da gestão Bolsonaro, com impactos inclusive numa eventual tentativa de reeleição dele.

Mesmo após o fim das eleições municipais, a agenda de votações do governo e do Congresso têm sido contaminada pelo xadrez da sucessão da presidência das Casas.

 

 

CENTRÃO É CONTRA

Líderes do Centrão lançaram nesta terça, 1º, uma ofensiva para barrar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir caminho para a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e Davi Alcolumbre (DEM-AP) ao comando do Senado.

A despeito do texto constitucional ser claro em relação à vedação de recondução, uma das fontes do STF disse que a maioria dos ministros vai votar no sentido de que o assunto é de responsabilidade do próprio Congresso resolver.

Um documento preparado pela cúpula do Progressistas, partido de um dos pré-candidatos à eleição da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem o aval de dez partidos. A carta chama qualquer iniciativa nesse sentido de "coronelismo parlamentar". Principal adversário do grupo comandado por Maia, Lira tem apoio do presidente Jair Bolsonaro para a sucessão na Câmara.

"O sistema democrático e representativo brasileiro não comporta a ditadura ou o coronelismo parlamentar", diz um trecho da carta, assinada por Progressistas, PL, PSD, Avante, Patriota, Solidariedade, PSC, PSB, Rede e Cidadania.

Maia foi eleito três vezes presidente da Câmara e nega ser candidato, mas acredita ter o direito de concorrer, caso queira.

No Senado, Alcolumbre trabalha abertamente por um novo mandato à frente da Casa, com respaldo do Palácio do Planalto.

 

 

MAGUITO DEVE DEIXAR UTI

Internado em São Paulo há mais de um mês para tratar da covid-19, o prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela recebeu resultado negativo nos dois últimos testes que realizou para detectar o vírus. A informação é do boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde Maguito segue internado em ventilação mecânica.

"Os dois últimos testes de PCR não detectaram mais a presença do SARS-Cov-2", diz o boletim desta quarta, que é assinado pelos pneumologistas Carmen Barbas e Marcelo Rabahi, e também pelo Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do Einstein Miguel Cendoroglo.

De acordo com o texto, Maguito "encontra-se traqueostomizado e em ventilação mecânica protetora com bom controle da oxigenação". A nota diz ainda que ele "segue o suporte da ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea)" e que sua situação é "estável hemodinamicamente".

O boletim não apresenta previsão de alta. Procurado para detalhar o caso, o hospital afirmou por meio de sua assessoria que "nenhuma outra informação, que não esteja no boletim, é divulgada".

 

 

ELEIÇÃO NO AMAPÁ

Adiadas devido aos problemas de fornecimento de energia, as eleições municipais que definirão prefeito, vice-prefeito e os 23 vereadores que vão compor a Câmara Municipal de Macapá, capital do Amapá, ocorrerão neste domingo, dia 6 de dezembro.

 

De acordo com a Justiça Eleitoral, 292.718 pessoas estão aptas a votar no primeiro turno. Se houver necessidade de segundo turno, será no dia 20 de dezembro.

O processo eleitoral em Macapá foi adiado devido ao apagão energético que, a partir do dia 3 de novembro, afetou o estado, após um incêndio que ter destruído três transformadores e uma subestação de energia na capital do estado.

O TRE-AP informou que algumas seções eleitorais foram remanejadas em razão da necessidade de uniformizar a quantidade de eleitores nas seções eleitorais. Para saber onde será sua seção eleitoral, o eleitor precisa acessar o site do TRE ou baixar o aplicativo e-Título.

Diante da situação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou pedido do tribunal regional (TRE-AP) e, no dia 12 de novembro, anunciou que o pleito na capital do estado seria adiado. O TRE-AP informou que as eleições transcorreram normalmente nos demais municípios amapaenses.

 

VOLUNTÁRIOS CONTRA HIV

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) está buscando  voluntários no Brasil para testar uma vacina contra o HIV. O estudo, chamado Mosaico, iniciado há cinco anos, está sendo desenvolvido em cooperação por instituições de diversos países.

Até o momento, as pessoas que receberam a vacina conseguiram produzir satisfatoriamente anticorpos e imunidade contra a infecção. A pesquisa já foi aprovada pela fase pré-clínica, animal, e fases 1 e 2 em humanos.

No Brasil, os voluntários devem ser homens gays ou bissexuais cisgêneros e homens ou mulheres transexuais entre 18 e 60 anos. Os interessados podem entrar em contato com o Programa de Educação Comunitária da USP pelo Instagram ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A tecnologia empregada na vacina em desenvolvimento é a de vetor, em que são injetadas informações genéticas de proteínas do HIV dentro de um outro vírus, inofensivo a seres humanos.

Quando o indivíduo é vacinado, o vírus inserido no organismo se multiplica, fazendo com que o corpo receba as proteínas que foram injetadas em seu material genético. Assim, o vacinado produz resposta imune contra proteínas do vírus inofensivo e também contra as do HIV.

 

 

Posted On Sexta, 04 Dezembro 2020 16:11 Escrito por
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