Presidente tem sido aconselhado a se imunizar para se prevenir contra variantes mais agressivas do novo coronavírus que circulam no DF
Por Augusto Fernandes
O presidente Jair Bolsonaro informou ao Ministério da Saúde que pretende se vacinar contra a covid-19 neste sábado (3/4), data em que a rede pública de saúde do Distrito Federal iniciará a imunização para pessoas com 66 anos, que é a faixa etária do mandatário.
De acordo com fontes consultadas pelo Correio junto à pasta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tem alertado o presidente sobre os riscos de ele ser reinfectado com uma das novas cepas do vírus que circulam pelo país. Bolsonaro foi diagnosticado com covid-19 em julho do ano passado e pode não ter mais os anticorpos contra o novo coronavírus.
De todo modo, um estudo liderado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), assim como outras instituições brasileiras, aponta casos confirmados de reinfecção pela covid-19 mesmo em pessoas que têm imunidade contra o vírus.
O receio da equipe do presidente é de que ele seja exposto a variantes da covid-19 que estão em circulação no Distrito Federal — pelo menos quatro cepas mais agressivas do novo coronavírus já foram identificadas pela Secretaria de Saúde do DF, dentre elas a que surgiu em Manaus.
Como Bolsonaro é do grupo de risco da covid-19, a recomendação de integrantes do governo é de que ele se vacine o quanto antes para evitar futuras complicações de saúde mais sérias caso venha a contrair a covid-19 uma segunda vez.
Vacina seria aplicada por ministro
A reportagem apurou que Bolsonaro seria vacinado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que é médico cardiologista. Provavelmente, o imunizante a ser aplicado no mandatário será o desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz.
O endereço onde Bolsonaro será vacinado ainda não foi definido e a decisão está a cargo do GSI. O certo é que a pasta não quer que o presidente receba o imunizante em um local de grande exposição ou que comprometa a segurança do mandatário.
Pagamento será feito em quatro parcelas; benefício será de R$ 250 por família, com valores diferenciados para aquelas comandadas por mulheres que criam filhos sozinhas. Pessoas sozinhas vão receber R$ 150.
Com Agências
O trabalhador informal e beneficiários do Bolsa Família poderão consultar a partir desta 6ª feira (2.abr.2021) se têm direito a receber o auxílio emergencial, também conhecido como coronavoucher.
A checagem pode ser feita pelo sistema do Ministério da Cidadania ou no site da Caixa dedicado ao auxílio emergencial. Para fazer a consulta, a pessoa precisa preencher o CPF, nome completo, nome da mãe e a data de nascimento. A Caixa recomenda não ir presencialmente às agências para evitar aglomerações. Haverá também um canal para contestações.
Mais de 40 milhões de brasileiros tiveram resultado positivo para a elegibilidade do benefício nessa 1ª etapa. Só ganharão o coronavoucher em 2021 aqueles que tinham direito reconhecido ao auxílio em dezembro de 2020. Ou seja, nesta 2ª fase do pagamento, não será possível requerer o benefício ou fazer novo cadastro. Só quem já se registrou nos auxílios de 2020 poderá receber neste ano.
O trabalhador demitido depois de dezembro de 2021 não poderá ter acesso ao auxílio emergencial, só ao seguro-desemprego.
O auxílio emergencial vai beneficiar o público do Bolsa Família e trabalhadores informais que foram prejudicados pelas medidas de isolamento social por causa da pandemia de covid-19. O Ministério da Cidadania vai excluir as pessoas que receberam o coronavoucher em 2020, mas que não estão em conformidade com o público-alvo.
PAGAMENTO NA PRÁTICA
O beneficiário pode verificar aqui (856 KB) o calendário completo de pagamentos, que começam na próxima 3ª feira (6.abr.2021).
Pelo novo desenho, o governo vai pagar 4 parcelas –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas. A maior parte dos beneficiários deve receber a menor cota. Eis a divisão:
R$ 150 – quem mora sozinho;
R$ 250 – famílias com mais de um integrante;
R$ 375 – mulheres que são as únicas provedoras de suas famílias.
O cronograma do pagamento para quem tem conta na Caixa ou pelo saque em dinheiro é organizado de acordo com a data de nascimento do beneficiário. O calendário para a transferência via Poupança social digital é mais rápido: quem nasceu em janeiro e fevereiro poderá receber na próxima semana, em 6 e 9 de abril, respectivamente. Em dinheiro, só estará disponível em 4 e 6 de maio, respectivamente.
Possíveis candidatos à Presidência da República em 2022 assinam carta conjunta em dia que marca 57 anos do golpe militar no Brasil
Do R7
Em data que marca os 57 anos do golpe militar no Brasil, os govenadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o ex-deputado Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o fundador do partido Novo João Amoêdo e o apresentador Luciano Huck assinaram juntos um "manifesto pela consciência democrática".
Os seis que assinam o texto são nomes cotados para concorrer à presidência em 2022, e nomes que se colocam como oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
O manifesto relembra o movimento Diretas Já, que "uniu diferentes forças políticas no mesmo palanque, possibilitou a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, a volta das eleições diretas para o Executivo e o Legislativo e promulgação da Constituição Cidadã de 1988".
O texto dos políticos afirma que a democracia brasileira está está ameaçada, 36 anos após o fim do regime militar no país. "A conquista do Brasil sonhado por cada um de nós não pode prescindir da democracia. Ela é nosso legado, nosso chão, nosso farol. Cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores", diz.
O manifesto chama ainda aos "homens e mulheres desse país que apreciam a liberdade, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem" para se unir em defesa do Brasil e da "consciência democrática".
Dados oficiais não batem com número de vacinas distribuídas
Com Agências
Os estados que ainda não aplicaram as doses de vacinas contra a covid-19 recebidas do governo federal precisam explicar o que está acontecendo para ajudar na coordenação dos esforços de imunização da população, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
"Temos que prestar atenção num dado. Por que Brasil distribuiu 34 milhões de doses e só temos 18 milhões de doses aplicadas? Eu não acredito, não acho que seja possível que nenhum governador prefeito não estejam vacinando. Mas tem déficit de quase 14 milhões de vacinas nos gráficos oficiais", afirmou, durante um pronunciamento.
"Nossa solicitação é que o Ministério da Saúde forme urgentemente um grupo ainda mais rígido de controle destes dados. Cito exemplo de estado que recebeu 3 milhões de doses e vacinou 1,5 milhão. O Ministério pode entender que tem estoque de 1,5 milhão e que vacina pode ser transferida, ou deve entender que há atraso na informação de vacinação?"
"Não acredito em hipótese alguma que tenha algum tipo de má vontade ou ma fé nisso. É o atabalhoamento desta crise, desta pandemia, ou da burocracia da informação. É um controle importante sanitariamente", disse ele.
O número de brasileiros vacinados com as duas doses das vacinas contra a covid-19 que estão à disposição no país - e que, portanto, completaram o ciclo de imunização - chegou a 4,1 milhões, ou o equivalente a 1,9% da população, ontem, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os que tomaram apenas uma dose somam 14,1 milhões, ou 6,6% da população.
O ritmo de vacinação com a primeira dose encolheu 51,3% ontem em relação ao dia anterior, para 152.489. No caso da segunda dose, houve queda de 55,7%, para 20.356.
No momento, podem ser vacinadas pessoas dos chamados grupos prioritários - pessoas com 60 anos ou mais, com deficiência, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Nestes grupos, há um total de 77,3 milhões de pessoas - o que significa que 5,3% deles completaram o ciclo de imunização até o momento.
Até agora, foram distribuídas 35 milhões de doses para a vacinação em todo o Brasil, e foram usadas 18,3 milhões, ou 52,2% da quantidade disponível.
O Brasil está vacinando a população apenas com as vacinas da Sinovac - envasadas pelo Instituto Butantan - e da AstraZeneca - envasadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ambas exigem a aplicação de duas doses para atingirem o máximo de eficácia na prevenção da covid-19.
Rejeição ao trabalho do presidente está no maior nível (53%) desde o início da pandemia
Por Gabriela Oliva - Poder 360
Pesquisa nacional PoderData realizada, de 2ª a 4ª feira (29-31.mar.2021), com 3.500 pessoas indica que o momento ruim ainda não passou para Jair Bolsonaro. As taxas de desaprovação ao governo e ao trabalho do presidente seguem em alta. Mas a proporção dos que seguem fiéis ao titular do Palácio do Planalto se mantém estável, na faixa de 1/3 do eleitorado.
O governo Bolsonaro é hoje rejeitado por um recorde de 59% dos eleitores. Essa é a taxa mais alta registrada desde o início da pandemia e quando o PoderData passou a fazer levantamentos regulares, nacionais, a cada 15 dias –o único levantamento dessa natureza no Brasil com essa regularidade.
Há duas semanas, a taxa era de 54%. Como a margem de erro do estudo é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos, houve realmente uma piora na aprovação do governo federal.
Os que aprovam o governo Bolsonaro eram 32% há duas semanas e agora são 33%, o que indica estabilidade.
Houve redução expressiva dos que dizem não saber responder, que são 8% hoje e eram 14% há 15 dias. Isso é mais um sinal da intensa polarização de opiniões sobre a administração de Jair Bolsonaro: ou as pessoas aprovam (33%) ou desaprovam (59%).
A pesquisa foi feita pela divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Foram 3.500 entrevistas em 541 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 3.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
DESAPROVAÇÃO AO TRABALHO DE BOLSONARO
A avaliação negativa do trabalho de Jair Bolsonaro manteve-se estável. A proporção dos que consideram a atual gestão “ruim ou péssima” passou de 52% para 53% (oscilação dentro da margem de erro) em 15 dias. Os que consideram o trabalho do chefe do Executivo “bom ou ótimo” somam 26% (eram 24% no levantamento anterior).
No período em que foi realizada a pesquisa, o Brasil bateu sucessivos recordes de casos e de mortes por covid. A média móvel de vítimas em 7 dias atingiu 2.710 na 3ª feira (29.mar) –maior número desde o início da pandemia. Outro fator que pode ter impactado a avaliação do presidente foram as trocas de 6 ministros, feitas nesta semana.
O governo anunciou nesta 4ª feira que começará a pagar a nova rodada do auxílio emergencial em 6 de abril.
O valor do benefício irá de R$ 150 a R$ 375. A próxima pesquisa do PoderData (12-14.abr) deve captar o efeito da liberação do dinheiro na aprovação do presidente e do governo.
A pesquisa realizada de 29 a 31 de março mostra os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo.
Quem mais aprova:
os homens (41%);
quem tem de 25 a 44 anos (38%)
os que cursaram até o ensino fundamental (50%);
moradores da região Sul e Norte (38%);
quem ganha até 2 salários mínimos (42%).
Quem mais desaprova:
mulheres (64%);
quem tem de 16 a 24 anos (65%);
os moradores da região Centro-Oeste (65%);
quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (72%).
os que cursaram até o ensino superior (66%).
O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação ao trabalho de Bolsonaro.
Quem mais aprova o trabalho do presidente:
quem tem de 25 a 44 anos (31%)
moradores do Norte (39%);
quem estudou até o ensino médio (29%);
quem ganha até 2 salários mínimos (31%).
Quem mais reprova o trabalho do presidente:
mulheres (58%);
quem tem de 16 a 24 anos (66%);
moradores do Centro-Oeste (63%);
quem tem ensino superior (63%);
quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (74%).
No Brasil, pergunta-se aos eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.
Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo. Os dados mostram que a proporção daqueles que enxergam o trabalho de Bolsonaro como “regular” e hoje aprovam seu governo é de 34%. Já foram 66% em agosto.
PESQUISAS MAIS FREQUENTES
O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.
Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.