Em relação ao vídeo de autoria do deputado federal Vicentinho Júnior, veiculado em redes sociais nesta quinta-feira, 25 de março de 2021, o governador Mauro Carlesse vem a público esclarecer que:
- O deputado falta com a verdade quando atribui ao governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, afirmações nunca ditas pelo Chefe do Poder Executivo Estadual, no que diz respeito falta de recursos para o pagamento dos salários de servidores; para abertura de leitos de UTI; para aquisição de EPIs; para aquisição de vacinas contra a Covid e para testes para aferir contaminação do Coronavírus. Toda a população tocantinense é ciente que foi na gestão Mauro Carlesse que o Estado do Tocantins voltou a ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, graças a um rigoroso controle nos gastos públicos, justamente para que o Governo do Estado pudesse recuperar a capacidade de investimentos e implantar mais de 400 leitos para o tratamento da Covid em todo o Estado; fazer a aquisição sempre com antecedência de EPIs e demais insumos. Também é público, que foi na gestão Carlesse que os servidores públicos estaduais voltaram a receber os salários no primeiro dia útil do mês, ou até mesmo adiantado. O referido parlamentar não encontrará nem na imprensa ou em qualquer pronunciamento do governador Mauro Carlesse, afirmações como as ditas pelo parlamentar e atribuídas ao Governador, tratando-se, portanto, de novas afirmações inverídicas do deputado Vicentinho Júnior;
- Em relação à renovação do contrato com a empresa de fornecimento de alimentação para reeducandos e socioeducandos, cabe esclarecer que, diferente do deputado Vicentinho Júnior, a população tem conhecimento do quanto os preços dos itens que compõem a alimentação básica de todos os brasileiros tiveram aumento no último ano, bem acima da inflação. E essa é mais uma informação pública, que só o deputado Vicentinho Júnior desconhece. Os aditivos a esses contratos foram confeccionados obedecendo todas as normas legais e estão à disposição dos órgãos de controle para a devida fiscalização;
- Tanto a população tocantinense, quanto o governador Mauro Carlesse, entendem que a atuação do deputado Vicentinho Júnior em Brasília, seria muito mais produtiva se o mesmo destinasse recursos para a Saúde do Estado investir na melhoria da qualidade do atendimento para a população, ao invés de atuar somente em redes sociais, disseminando informações falsas e se promovendo em cima da fragilidade das pessoas por conta da pandemia.
Assessoria de Imprensa do governador Mauro Carlesse
Governo do Tocantins
Texto segue para sanção presidencial
Por Marcelo Brandão
O Senado referendou a votação ocorrida na Câmara, durante a sessão do Congresso Nacional realizada nesta quinta-feira (25), e aprovou o projeto de lei do Orçamento da União para 2021. A Lei Orçamentária Anual (LOA) indica a estimativa da receita e a fixação de quanto pode ser gasto, apresentando a política econômica e financeira e o programa de trabalho do governo.
No Senado, o Projeto de Lei do Orçamento teve 60 votos a favor, 12 votos contra e uma abstenção. Agora, o texto segue para sanção presidencial. Pela Constituição, o projeto deveria ter sido aprovado em dezembro, mas um impasse político na instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a pandemia de covid-19 afetaram os trabalhos.
Meta fiscal
O Orçamento aprovado pelo Congresso tem como meta fiscal um déficit de R$ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência). A estimativa das receitas ficaram em R$ 4,324 trilhões, o que representa um acréscimo de R$ 32,2 bilhões em relação ao original apresentado do Executivo. As despesas foram fixadas em mais de R$ 2,576 trilhões, fora o refinanciamento da dívida e as empresas estatais.
O teto dos gastos é de R$ 1,486 trilhão, conforme a Emenda Constitucional 95. Porém, esse valor ficará na prática em R$ 1,480 trilhão, porque há dispêndios de 2020 a serem quitados agora, e outros previstos para 2021 que ficarão para 2022.
São incluídos no teto de gastos benefícios da Previdência Social e da Assistência Social (BPC), seguro-desemprego e abono salarial. O texto aprovado também considera um salário minimo de R$ 1.067 . O valor do salário minimo desde janeiro é de R$ 1.100.
Além disso, o projeto de lei prevê orçamento de R$ 10,2 bilhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional e R$ 8,3 bilhões para o Fundo Nacional de Saúde. Os orçamentos dessas duas áreas foram incluídas no plenário da Câmara. Durante as sessões de votação nas duas Casas, parlamentares criticaram o reajuste de R$ 7,1 bilhões para militares previsto no Orçamento de 2021, mas o reajuste foi mantido.
Ainda na Câmara, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), costurou um acordo com líderes de vários partidos e recompôs o orçamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A correção do censo é fundamental para a vida dos municípios”, disse o líder do governo. As informações do censo são umas das consideradas na definição de políticas de direcionamento recursos de emendas parlamentares.
O relator-geral da proposta orçamentária para 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), incorporou quase R$ 19,8 bilhões oriundos de 7.133 emendas parlamentares à despesa. A maior parte das sugestões (86%) são emendas impositivas, de execução obrigatória pelo Executivo.
Cortes
Por outro lado, foram canceladas dotações referentes à quitação de benefícios previdenciários urbanos e rurais (R$ 13,5 bilhões), abono salarial (R$ 7,4 bilhões) e seguro-desemprego (R$ 2,6 bilhões). Também foram cortados, em comparação com o orçamento anterior, recursos da área da saúde e das universidades federais.
Esses cortes foram alvo de críticas de vários deputados e senadores. De acordo com o relator do Orçamento, foi “árdua” a tarefa de traçar o Orçamento considerando a pandemia e a retração econômica. “Tive que tomar decisões difíceis, mas necessárias”. Segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), o governo vai autorizar o uso de R$ 22 bilhões dos caixas de estados e municípios para combate à pandemia.
Ministérios
Bittar destacou os ajustes e recomposições que fez para alguns ministérios. Dentre eles, R$ 300 milhões para o Ministério da Justiça, R$ 200 milhões para o Ministério da Cidadania e mais R$ 200 milhões para o desenvolvimento da vacina brasileira contra a covid-19.
O relator do Orçamento também destacou recursos para evitar que obras sejam paralisadas. “Fizemos contas e mais contas e arrumamos mais de R$ 1 bilhão para a Infraestrutura”. Ele apontou que a paralisação dessas obras pelo país, além de prejudicar a população local, provocaria desemprego e prejudicaria milhares de famílias. Antes do encerramento da votação no Senado, ele disse acreditar que apresentou o melhor relatório possível.
“Corremos para aprovar o Orçamento com três meses de atraso. Fiz o melhor que pude para tentar ajudar. Acho que o relatório está saindo melhor do que entrou. Peço desculpas, todos que me procuraram eu procurei atender. Essa soma faz desse Orçamento, nesse momento do Brasil, a melhor peça possível na realidade que vivemos”.
O presidente da Câmara alertou que a Casa não deve se dedicar a temas que não estejam relacionados ao combate à pandemia
Por Maria Carolina Marcello
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acendeu nesta quarta-feira um "sinal amarelo" e alertou que a Casa não deve se dedicar a temas que não estejam relacionados ao combate à pandemia, aproveitando pronunciamento em plenário para mandar recados ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
"Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a ser praticados", disse Lira.
"Mas alerto que, dentre todas as mazelas brasileiras, nenhuma é mais importante do que a pandemia. Esta não é a casa da privatização, não é a casa das reformas, não é nem mesmo a casa das leis. É a casa do povo brasileiro. E quando o povo brasileiro está sob risco nenhum outro tema ou pauta é mais prioritário", avaliou.
O presidente da Câmara disse que é hora de buscar união e ponderou não ser justo "descarregar toda a culpa de tudo no governo federal ou no presidente", mas alertou que a disposição de ouvir precisa ter como contrapartida a "flexibilidade de ceder".
"Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política", afirmou.
O presidente da Câmara participou de reunião na manhã desta quarta-feira entre os presidentes dos Poderes, ministros e governadores para a criação de um comitê que irá definir ações do combate à Covid-19.
Lira argumentou que o remédio menos danoso ao país seria fazer um "freio de arrumação até que todas as medidas necessárias e todas as posturas inadiáveis fossem imediatamente adotadas, até que qualquer outra pauta pudesse ser novamente colocada em tramitação".
Parlamentares receberam com cautela o anúncio do comitê, que pode servir apenas de plataforma para o discurso do presidente Jair Bolsonaro se não houver uma mudança de rumo na política de combate à pandemia e uma coordenação centralizada. Alguns deles apostam na participação do Legislativo e de outros atores como um elemento que pode ajudar o comitê a surtir efeitos positivos. O Congresso já vinha insatisfeito, mesmo dentro da base aliada, com a gestão da saúde e a velocidade na vacinação.
Lira avaliou, ainda que o momento não comporta "tensionamentos" e defendeu que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou medidas que impliquem em danos políticos devem ser evitados.
Grupo se reunirá semanalmente para decidir rumos do combate ao novo coronavírus; presidente defende vacinação em massa, mas insiste no tratamento precoce
Por Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (24) a criação de um comitê que ser reunirá semanalmente para decidir e direcionar os rumos do combate à pandemia do novo coronavirus.
"A vida em primeiro lugar. Resolvemos entre outras coisas, de que será criado uma coordenação junto aos governadores com o sr. presidente do senado federal", disse o presidente, em pronunciamento em frente ao Palácio da Alvorada.
"Da nossa parte, um comitê se reunirá toda semana pra decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus. É unanimidade a intenção de nós, cada vez mais, nos dedicaarmos à vacinação em massa no Brasil", completou.
Bolsonaro voltou a defender, porém, a possibilidade de tratamento precoce – apesar de ainda não haver medicamentos com comprovação de eficácia contra a Covid-19.
"Tratamos também da possibilidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico de tratar infectados 'off label'", disse o presidente, se referindo ao uso de remédios fora das diretrizes indicadas em bula.
"Ainda não temos remédio, mas nossa união, nosso esforço entre os três poderes da República, ao nos direcionarmos para aquilo que realmente interessa, sem que haja qualquer conflito, qualquer politização da solução do problema, creio que seja, realmente, o caminho para o Brasil sair dessa situação bastante complicada que se encontra", concluiu o presidente.
Fortalecimento do SUS
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a união entre os poderes terá como resultado o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), "articulado nos três níveis, para prover à população brasileira com agilidade uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus".
Ele disse ainda que também serão fortalecidos em municípios, estados e união a assistência aos doentes, com a criação de protocolos "capazes de mudar a história natural da doença".
Presidente da Câmara Artur Lira
"O sistema de saúde do Brasil dará as respostas que a população brasileira quer. Sobretudo depois de uma reunião como essa, em que toda a Nação se une, através dos chefes dos poderes, para que cumpramos nosso dever como poder público."
Ações práticas
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a reunião desta quarta-feira (24) foi sintetizada com a criação de um "pacto nacional" liderado pelo presidente Bolsonaro.
"Em termos práticos, desta reunião ouvindo governadores, fica decidido a constituição imediata de um comitê, ou como queira se chamar, de um grupo permanente e pessoal de trabalho, sem delegação, por parte do presidente da República, do presidente da Câmara, do presidente do Senado, e dos demais membros que devam participar, inclusive o sr. ministro da Saúde, para definirmos políticas nacionais uniformes, num ambiente de identificação das convergências que existem", afirmou.
Ele explicou que será sua responsabilidade o contato constante com os governadores para ouvir as demandas dos estados e levar as questões para as reuniões do comitê.
Pacheco disse ainda que as primeiras questões que devem ser tratadas pelo organismo, com participação da iniciativa privada, são a ampliação dos leitos de UTI, a solução dos problems com fornecimento de oxigêncio e insumos de medicação.
"E, fundamentalmente, a política do Ministério da Saúde para a vacinação do povo brasileiro, que exige mais do que nunca colaboração de todos poderes, instituições da sociedade e da imprensa", afirmou.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que expectativa após o encontro dos líderes e conseguir despolitizar a pandemia e comunicar melhor as ações tomada pelo governo.
"Temos que desarmar os espíritos e tratar o problema como de todos nós, nacional, que nos compete enquanto representantes da população (...) falarmos uma linguagem só, com acompanhamento diário, com responsabilidade de informação e com a comunicação adequada de todos os dados para que nossa população tenha toda assistência", disse Lira.
O objetivo, segundo o presidente da Câmara, é ter um rumo coordenado para o combate à pandemia, coordenado pelo presidente Bolsonaro, e um "discurso único" de orientação nacional, conduzido pelo Ministério da Saúde.
"Saio dessa reunião para um encontro com todos os líderes da Câmara e poderemos votar, hoje ainda, a oferta de novos leitos em parceria com a iniciativa privada, que não se nega a participar dessa luta."
STF tentará evitar judicializações
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, (foto) ressaltou que a Corte não pode participar diretamente do comitê, mas disse que serão verificadas estratégias "capazes de evitar a judicialização, que é um fator de demora na tomada das decisões".
"Dessa reunião, ficou claro um binômio muito importante: exemplo e esperança", concluiu.
Ações diplomáticas por mais vacinas
Falando em nome dos governadores que participaram do encontro, Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que foi construído um "ponto de concórdia" no encontro: que serão toamdas ações diplomáticas para buscar parcerias com países que têm, hoje, mais vacinas do que necessitam.
"[Para] que haja compartilhamento conosco, buscando sensibilizar os laboratórios que hoje tem a tecnologia da vacina que também entendam a necessidade de ser compartilhada para que outros laboratórios possam produzir já que temos uma demanda de 8 bilhões de pessoas no planeta", disse o governador.
Dinheiro, com uso especifico para financiar ações culturais, está parado nas contas de prefeituras e estados após fim do prazo de aplicação
Com Assessoria
Para resolver o problema da não utilização de parte dos recursos da Lei Aldir Blanc (Lei nº 14.017/2020) e permitir a continuidade do financiamento de ações culturais, o deputado federal Tiago Dimas (Solidariedade-TO) apresentou projeto que, se aprovado, estende o uso do dinheiro até o final de 2021.
A proposta, de número 1013/2021, permite que os recursos que não tenham sido gastos ou empenhados com projetos em andamentos possam financiar novas iniciativas. Como na Lei Aldir Blanc o prazo para municípios registrarem projetos era de apenas 60 dias - e para estados de 120 dias -, muitas prefeituras e governos estaduais não conseguiram empenhar todos os recursos recebidos.
“Ocorre que Estados e Municípios detêm recursos em conta, mas não utilizados, em decorrência da vedação legal a que se visa alterar neste projeto. Explica-se: os recursos já repassados, mas não utilizados, não mais podem ser entregues aos profissionais da cultura por ocasião de detalhes legais. A boa lei é aquela que se aperfeiçoa ao longo do tempo”, explica Tiago Dimas, em sua justificativa do projeto.
O deputado argumenta, ainda, que há relatos generalizados que parte da classe artística teve dificuldades em cumprir as exigências legais no prazo estipulados na lei. “Gestores estaduais e municipais têm relatado, inclusive, a dificuldade de artistas e profissionais da cultura de baixa renda em adequar-se às exigências documentais dos editais. O prazo exíguo tem obstado, por evidente, a efetivação de tão importante medida de amparo a estes profissionais”, frisa Tiago Dimas em sua justificativa no projeto.
Histórico
Para o Tocantins, a lei Aldir Blanc garantiu o repasse de pouco mais de R$ 32 milhões, sendo R$ 18,67 milhões para o governo estadual e R$ 12,61 milhões divididos entre os 139 municípios.
A lei foi aprovada como uma forma de socorrer artistas e produtores culturais, que sofrem com os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Com as restrições impostas por estados e prefeituras para tentar conter a disseminação do contágio da Covid-19, shows, peças teatrais, apresentações foram canceladas e deixaram uma imensa gama de artistas sem a possibilidade de gerar o seu sustento.
No país, a lei distribuiu cerca de R$ 3 bilhões.
Confira o projeto de Tiago Dimas na íntegra neste link: file:///C:/Users/Daniel/Downloads/Projeto%20de%20Lei%201013%20de%202021%20-%20Prorroga%20o%20prazo%20de%20execu%C3%A7%C3%A3o%20dos%20recursos%20da%20Lei%20Aldir%20Blanc.pdf