Carta aberta assinada por 100 servidores afirma que o clima organizacional do instituto está ‘deteriorado’ sob a gestão de Márcio Pochmann
Por Rebeca Borgesda e Jornal de Brasília
A tensão entre Márcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e servidores da autarquia ganhou novos contornos nesta segunda-feira (20), após a circulação de uma carta elaborada por diretores do instituto com críticas ao presidente. O documento conta com a assinatura de 100 servidores.
Entenda em 5 pontos a crise no IBGE marcada pela entrega de cargos de diretores
A nota divulgada pelo IBGE não cita os motivos das trocas, mas a saída de Elizabeth e João partiu de decisão dos próprios técnicos. Os dois não se manifestaram publicamente sobre o assunto
A crise interna que atinge o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ganhou novos desdobramentos no início deste ano com a entrega de cargos de dois diretores da DPE (Diretoria de Pesquisas). Fontes que acompanham a rotina da instituição esperam novas mudanças em breve.
A seguir, entenda em cinco pontos a turbulência no principal órgão de estatísticas do país, presidido desde agosto de 2023 pelo economista Marcio Pochmann, uma escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
1. ENTREGA DE CARGOS
No dia 6 de janeiro, a presidência do IBGE anunciou em nota que Elizabeth Hypolito deixará o cargo de diretora na DPE. Ela será substituída pelo técnico Gustavo Junger da Silva, que também trabalha no instituto.
No mesmo comunicado, a presidência confirmou que João Hallak Neto deixará o cargo de diretor-adjunto na DPE. Ele será substituído pelo servidor Vladimir Gonçalves Miranda.
A nota divulgada pelo IBGE não cita os motivos das trocas, mas a saída de Elizabeth e João partiu de decisão dos próprios técnicos. Os dois não se manifestaram publicamente sobre o assunto.
Segundo a Assibge, entidade sindical que representa os servidores do instituto, o “desgaste” com “decisões unilaterais” da gestão Pochmann foi o principal fator apontado para a entrega dos cargos.
A afirmação consta em uma nota publicada pelo núcleo da Assibge da avenida República do Chile, no centro do Rio de Janeiro, onde atuam pesquisadores da DPE.
2. EXPECTATIVA DE NOVAS MUDANÇAS
Quem acompanha o dia a dia do instituto também prevê mudanças em breve na DGC (Diretoria de Geociências). Esse setor tem Ivone Lopes Batista como diretora e Patrícia Costa como diretora-adjunta.
Elas também já teriam pedido exoneração, mas as saídas não teriam sido confirmadas até o momento por indefinição sobre os nomes substitutos, conforme fontes a par do assunto. A DGC e a DPE são vistas como as duas principais diretorias do IBGE.
À Folha a assessoria de comunicação do instituto afirmou que a presidência vai emitir uma nova nota sobre a troca de diretores. O órgão não deu detalhes sobre o prazo para o comunicado.
Em setembro do ano passado, quando houve a explosão da crise no IBGE, a gestão Pochmann disse “refutar com firmeza as infundadas acusações de comportamento autoritário”.
3. CRIAÇÃO DE FUNDAÇÃO
Uma questão central de discordância entre a presidência e o corpo técnico é a criação de uma fundação pública de direito privado, a IBGE+.
O estatuto do novo órgão abre possibilidade para a realização de trabalhos para organizações públicas ou privadas. A IBGE+ chegou a ser apelidada por críticos de “IBGE paralelo”.
A Assibge diz que a fundação foi desenhada de forma sigilosa, sem consulta aos servidores. Assim, a medida pegou o corpo técnico de surpresa, de acordo com a entidade.
“A criação de uma fundação de direito privado para gerir a ‘inovação tecnológica’ dentro do órgão, feita sem consulta aos quadros técnicos, à comunidade científica e à sociedade, abre um flanco perigoso e sem precedentes para a interferência de interesses privados no sistema geoestatístico nacional”, afirmou a Assibge em carta divulgada na segunda (13).
Procurada pela reportagem, a presidência do IBGE não comentou o texto do sindicato. Em entrevista em novembro, Pochmann disse que as críticas eram “naturais” porque a nova fundação seria um “instrumento inovador”.
“Toda inovação tem, certamente, questões a serem melhor identificadas”, afirmou o economista à época.
4. MUDANÇAS NO LOCAL DE TRABALHO
Outra medida que causou atrito foi o plano de mudança dos servidores que atuam no prédio alugado pelo IBGE na avenida República do Chile, no centro do Rio, para um imóvel do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) no Horto, na zona sul.
O novo endereço é considerado de difícil acesso via transporte público. O prédio do centro abriga a DPE, a DGC e a Diretoria de Tecnologia da Informação.
Pochmann afirmou em novembro que a ida para o Serpro seria temporária. A ideia, segundo ele, era economizar com aluguel e, mais tarde, levar os funcionários para um endereço próprio do IBGE, a ser reformado também no Rio.
Em setembro, a presidência do instituto citou gastos anuais superiores a R$ 15 milhões nas instalações da avenida República do Chile.
“Não é razoável, frente a um contexto de necessidade de economia e melhor uso de recursos públicos, despender milhões de reais anualmente no aluguel de apenas um edifício, localizado na Av. Chile, com andares inteiros vazios ou subutilizados, tendo em vista que este abriga basicamente três diretorias cujos servidores se encontram em grande parte em trabalho remoto integral”, disse à época.
A presidência do IBGE também passou a defender o fim do teletrabalho integral.
5. PROTESTOS
Os atritos com a gestão Pochmann levaram o sindicato dos trabalhadores do instituto a organizar protestos na reta final do ano passado.
Os atos, realizados em frente a instalações do órgão, ficaram marcados por discursos contrários a medidas como a criação da IBGE+.
A declaração do presidente Lula foi dada durante abertura da reunião ministerial, na Granja do Torto
POR MARIANNA HOLANDA E VICTORIA AZEVEDO
O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (20) em reunião ministerial que a campanha eleitoral de 2026 já começou e que não quer entregar o país "de volta ao neonazismo", em referência à gestão do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
"Dois mil e vinte e seis já começou. Se não por nós, porque temos que trabalhar, capinar, temos que tirar todos os carrapichos, mas pelos adversários, a eleição do ano que vem já começou. Só ver o que vocês assistem na internet para ver que já estão em campanha. A antecipação de campanha para nós é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar o que o povo precisa", disse.
"Precisamos dizer em alto e bom som, queremos eleger governo para continuar processo democrático do pais, não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, neonazismo, autoritarismo. Queremos entregar com muita educação", afirmou ainda, sob aplausos dos presentes.
A declaração foi dada durante abertura da reunião ministerial, na Granja do Torto. Este é o primeiro encontro do ano com o primeiro escalão.
A reunião começou pela manhã e deve durar o dia todo. Além de ministros, há também líderes do governo no Congresso.
A expectativa da reunião é para reforçar a cobrança e a pressa por entregas dos ministérios nesta segunda metade do governo. O encontro também ocorre sob a perspectiva de uma reforma no primeiro escalão do governo.
O presidente quer passar a mensagem nesta reunião de que o governo chegou na sua reta final, será preciso acelerar as medidas e, sobretudo, dar visibilidade de forma alinhada com a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência). A mais recente crise do Pix reforçou no Planalto a ideia de que é preciso um discurso mais unificado na Esplanada.
O governo recuou da norma da Receita Federal que ampliaria a fiscalização sobre transações de pessoas físicas por meio desse tipo de transferência que somassem ao menos R$ 5.000 por mês, após ataques da oposição e uma onda de desinformações sobre a medida.
Está prevista entre as falas de abertura do encontro a do novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, primeira vez para todo o primeiro escalão do governo. Ele tomou posse na terça-feira passada e já enfrentou a crise do Pix.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, um dos seus primeiros atos à frente da pasta foi encomendar uma campanha com foco em autônomos e empreendedores, após diagnosticar grande desgaste com esse público. Na avaliação de aliados do presidente, o diálogo com o segmento já era difícil e piorou ainda mais com a disseminação de fake news sobre a taxação do Pix.
“Taxação do Pix” já era mote de desinformação desde 2023
Um dos principais desafios de Sidônio, segundo integrantes do governo, será justamente de alinhar o discurso da Esplanada. Há no Palácio do Planalto um entendimento de que muitos ministros ao proporem uma medida ou tomarem uma decisão nem sempre estão alinhados com o núcleo de governo, ou seja, com o que o presidente quer.
Além de Lula e Sidônio, todos os ministros vão apresentar, brevemente, um balanço de suas pastas e uma projeção para 2025.
Sob frio intenso, programação em Washington D.C. inclui cerimônia de juramento e três bailes
Com Agências
O 47º presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, toma posse nesta segunda–feira (20), em Washington D.C. A cerimônia de juramento ocorrerá dentro do Capitólio, devido à previsão de mau tempo. A Record News faz uma cobertura especial do evento, a partir das 9h de Brasília.
“O fator do vento pode levar a recordes de frio intenso”, postou Trump em sua rede social. “Não quero ver ninguém ferido nem prejudicado de forma alguma.”
Outsider que deu certo
Empresário bilionário e ex-apresentador de televisão, o republicano entrou para a política em 2016 sem experiência prévia. Na época, prometeu “tornar a América grande novamente” e bateu Hillary Clinton, em uma vitória que contrariou pesquisas e projeções.
No primeiro mandato, adotou políticas nacionalistas e protecionistas, incluindo a imposição de tarifas comerciais, reformas tributárias voltadas a empresas e indivíduos de alta renda e restrições à imigração.
O estilo de liderança polarizador marcou o cenário político dos Estados Unidos e atraiu tanto apoio fervoroso quanto críticas intensas.
Derrotado nas eleições de 2020 para o atual presidente, Joe Biden, Trump volta à Casa Branca depois de uma revanche acirrada contra os democratas. Agora, ele promete uma agenda ambiciosa para o segundo mandato. Já até falou sobre a chance de tomar controle do Canadá, da Groenlândia e do Canal do Panamá. Plano que foi prontamente rechaçado por líderes internacionais.
Hoje, Donald Trump se torna o homem mais velho a se tornar presidente dos EUA. Aos 78 anos e sete meses, tem mais idade do que Biden, que chegou ao poder aos 78 anos e dois meses, em janeiro de 2021.
Como será a cerimônia
Segundo o comunicado divulgado pelo comitê inaugural, Trump inicia a agenda de posse com uma missa na Igreja de São João, em frente à Casa Branca. Em seguida, o republicano toma chá na sede do Executivo com Joe Biden, que desocupa a presidência de maneira oficial no mesmo dia.
Embora seja um ato tradicional, Trump não convidou Biden para um chá na posse do atual presidente, em 2021. Ele e a mulher, Melania Trump, deixaram a cidade antes da cerimônia daquele ano.
O evento central da agenda começa ao meio-dia do horário de Washington (14h em Brasília). Trump deve fazer o juramento de posse no interior do Capitólio, de onde também vai discursar. Tradicionalmente, o juramento é feito nas escadarias. Antes disso, o hino norte-americano será cantado pela cantora country Carrie Underwood.
Segundo o jornal The New York Times, a última vez em que uma posse presidencial foi realizada dentro do Capitólio foi em 1985, durante o segundo mandato de Ronald Reagan (1981-1989), também devido ao frio intenso.
Caso não haja outras alterações no cerimonial, o republicano assina no Congresso as primeiras ordens do governo. Depois, participa de um almoço no Capitólio e, mais tarde, realiza o desfile presidencial pela avenida Pensilvânia até a Casa Branca, onde assina mais atos, no Salão Oval.
Mais tarde, o presidente eleito comparece a três bailes de posse, o “Baile do Comandante em Chefe”, o “Baile Inaugural da Liberdade” e o “Baile da Luz das Estrelas”. Ele deverá discursar nos três.
Doações milionárias
O comitê inaugural de Trump arrecadou mais de US$ 170 milhões (cerca de R$ 1,20 bilhão) para os eventos da cerimônia de posse, um valor recorde — muito impulsionado por doações de big techs, como Google e Microsoft, também segundo o New York Times.
As duas empresas confirmaram à emissora norte-americana CNBC que doaram US$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões) cada uma para oi evento. As gigantes Amazon e Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, também deram US$ 1 milhão cada uma para o fundo de posse, de acordo com agência de notícias Associated Press.
As doações privadas são normalmente usadas para ajudar a pagar eventos em torno da posse, como custos relacionados à cerimônia de juramento, ao desfile e aos bailes inaugurais. O dinheiro que sobrar deve ser usado para uma futura biblioteca presidencial de Trump, ainda segundo a AP.
O Brasil estará presente?
Nunca um presidente brasileiro foi enviado para uma posse presidencial dos EUA. Isso porque os norte-americanos costumam convidar para a cerimônia os embaixadores em Washington, e não os chefes de Estado.
Desta vez, não será diferente. Em vez de Lula, é a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, que vai representar o governo brasileiro na posse de Trump. O convite foi feito a ela na segunda-feira (13).
Líderes de direita
A tradição é que chefes de Estado não sejam convidados para a cerimônia de posse, mas Trump decidiu romper o protocolo e chamou vários líderes alinhados a ele, como Javier Milei, presidente da Argentina, Xi Jinping, da China, e Nayib Bukele, de El Salvador.
Os premiês Benjamin Netanyahu, de Israel, Giorgia Meloni, da Itália, e Viktor Órban, da Hungria, também foram convidados.
Dono de voz marcante, ele enfrentava um câncer no pâncreas
POR BRUNO DE FREITAS MOURA
O jornalista, locutor e apresentador de televisão Léo Batista morreu neste domingo (19), aos 92 anos. A confirmação foi feita pela TV Globo, emissora onde trabalhou por 55 anos.
Conhecido pela voz marcante ligada a transmissões esportivas, Batista estava internado desde o último dia 6 no hospital Rios D'Or, na Freguesia, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele enfrentava um câncer no pâncreas.
Carreira
Nascido em 22 de julho de 1932 em Cordeirópolis, interior de São Paulo, foi batizado como João Baptista Belinaso Neto. Começou a carreira de jornalista, locutor e apresentador em 1947. Ao longo da trajetória profissional, considerou ser conveniente mudar o nome para Léo Batista.
Trabalhou nas rádios de Birigui, de Campinas (SP), e na Difusora de Piracicaba (SP) antes de se mudar para o Rio de Janeiro, em janeiro de 1952, para atuar da rádio Globo como locutor e redator de notícias.
Apesar de ser muito associado ao jornalismo esportivo, uma das mais marcantes notícias lidas por Léo Batista faz parte da história política do Brasil. Em 24 de agosto de 1954, noticiou o suicídio do presidente Getulio Vargas.
Em novembro de 1963, noticiou também o assassinato do presidente americano John F. Kennedy.
Após a passagem pela rádio Globo, trabalhou na hoje extinta TV Rio, onde esteve à frente do Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Teve ainda uma rápida passagem pela antiga TV Excelsior, antes de chegar à TV Globo em 1969.
No canal carioca, participou dos principais telejornais e programas esportivos da casa, como locutor e apresentador. Criou quadros e virou uma das faces e vozes mais conhecidas da emissora.
A última aparição de Léo Batista na televisão foi no dia 26 de dezembro, no programa esportivo vespertino. "Léo Batista trabalhou com o que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida", disse a TV Globo em nota.
Repercussão
“A maior referência para todos os jornalistas esportivos do Brasil. Cada gol com sua narração era mais emocionante. Uma voz que ecoava com sutileza em nossos ouvidos”, disse à Agência Brasil o locutor e comentarista Rodrigo Campos, da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“A gente se acostumou a ouvir a voz do Léo Batista”, comenta o radialista Waldir Luiz, da Rádio Nacional, emissora da EBC.
“Léo Batista, sem dúvida alguma, foi um ícone do jornalismo esportivo. Uma pessoa que teve 70 anos de profissão tem que ser respeitada, reverenciada, aplaudida e amada por todos nós que participamos da crônica esportiva”, disse.
O Botafogo de Futebol e Regatas, time por quem Léo Batista torcia, publicou nas redes sociais uma homenagem ao locutor, que chamou de dono de uma voz marcante e atemporal, além de “um marco na história do jornalismo, do esporte e do Botafogo”.
“Torcedor declarado e sócio desde 1992, Léo sempre exaltou o nome do Clube e ganhou um espaço a mais nos corações alvinegros. Em nossa casa, o [estádio] Nilton Santos, viu a cabine de TV ser batizada com o seu nome e foi ovacionado por milhares de botafoguenses em lindas homenagens. Uma relação de amor, reconhecimento e lealdade”, escreve a publicação.
Ex-presidente do país é investigado pelo estupro de uma menor de idade em 2016; ele nega as acusações
Com Agências
A Justiça da Bolívia emitiu nesta sexta-feira (17) um mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, de 65 anos, após ele não comparecer a uma audiência judicial em um caso que o acusa de abuso sexual contra uma menor de idade, segundo a agência de notícias AP.
De acordo com a denúncia, Morales teria tido um filho com uma adolescente em 2016. A relação, segundo a legislação boliviana, configuraria estupro de vulnerável. “Houve um mandado de busca e prisão contra ele”, afirmou o juiz Nelson Rocabado, após a audiência realizada na região de Tarija, onde vive a suposta vítima.
O ex-presidente negou as acusações e alegou ser alvo de uma “guerra legal” promovida por seu ex-aliado e atual presidente, Luis Arce, com quem rompeu politicamente. Morales também se recusou a comparecer à audiência.
Em dezembro de 2024, o Ministério Público boliviano já havia emitido uma ordem de detenção contra ele, mas a decisão mais recente intensifica a pressão para a captura do ex-presidente.
Atualmente, Morales vive em Chapare, região central da Bolívia, onde está refugiado na sede dos sindicatos de produtores de coca. Ele é protegido por um esquema de segurança que inclui até três cordões de isolamento para impedir sua prisão, de acordo com a AP.
Nesta sexta, manifestantes que se identificaram como mães protestaram do lado de fora do tribunal em Tarija, exibindo faixas com frases como: “Evo Morales, abusador. Meninas não devem ser tocadas”.
Sandra Gutiérrez, promotora responsável pelo caso, declarou que as autoridades agora investigarão se Morales cometeu outro crime ao descumprir a ordem de comparecer ao tribunal, informou a agência de notícias.
Evo Morales foi o primeiro presidente indígena da Bolívia. Ele governou de 22 de janeiro de 2006 a 10 de novembro de 2019. Renunciou ao cargo após pressões políticas, protestos e acusações de irregularidades nas eleições presidenciais daquele ano.