De acordo com o relatório do Caged, o setor que mais empregou no mês de janeiro foi o de serviços, com saldo de 713 novas vagas.
Por Lourranny Parente
O novo levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostrou que o Tocantins foi o estado da região Norte que mais gerou novas vagas de emprego em janeiro deste ano. O saldo de 817 novas vagas representa um crescimento de 0,41% em relação ao mês anterior.
Com 8.946 admissões e 8.129 desligamentos, o Tocantins foi o estado com o maior saldo na região Norte do país, com 817 novas vagas. Em segundo lugar está o Acre com 741 novas vagas, em terceiro lugar o Amazonas com 625. O relatório apontou também, que o setor que mais empregou no mês de janeiro foi o de serviços, com saldo de 713 novas vagas.
Os dados mostram ainda que os jovens com idade entre 18 a 24 anos foram os que mais ingressaram no mercado de trabalho. Os trabalhadores com idade entre 25 a 29 anos ficaram em segundo lugar no índice de admissões.
De acordo com o Secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, criar estratégias para o desenvolvimento econômico do Estado, geração de emprego e a melhoria da qualidade de vida da população é uma das principais determinações do governador em exercício, Wanderlei Barbosa. A Sics tem trabalhado ativamente em projetos de fortalecimento da economia e de crescimento da atividade empresarial para a criação de novos postos de trabalho no estado.
“Estamos conseguindo realizar um bom trabalho junto ao empresariado tocantinense e as entidades representativas, a nossa intenção é levantar ainda mais os números e promover o desenvolvimento econômico de forma descentralizada em todo o Tocantins. Aqui na Sics contamos com uma excelente equipe técnica dando suporte no crescimento das empresas e buscando novos investidores para o estado. Dessa forma é que vamos conseguir ampliar cada vez mais o mercado de trabalho, gerar novos postos de trabalho e fonte de renda para a nossa população”, pontuou o gestor.
Deputados aprovam continuidade do processo de impeachment em primeiro turno
Por Glauber Barros
Por unanimidade, os deputados aprovaram no fim da tarde desta quinta-feira, 10, o parecer do deputado Júnior Geo (PROS), favorável à abertura de processo contra o governador Mauro Carlesse (sem partido), afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
(Pronunciamento do relator)
Autor da denúncia, o advogado Evandro Araújo de Melo Júnior lembrou os crimes atribuídos a Carlesse. Evandro também defendeu-se da suspeita levantada pela defesa do governador afastado sobre sua proximidade com o Wanderlei Barbosa (sem partido).
O advogado alegou que embora tenha sido procurador da Câmara Municipal de Palmas na gestão de Marilon Barbosa (DEM), irmão de Wanderlei, não tem qualquer parentesco com a família do governador interino.
Para o advogado de Carlesse, Juvenal Klayber, faltam provas que liguem o governador afastado aos crimes alegados. Klayber disse que os deputados julgam Carlesse enquanto o caso está em apuração no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O advogado reclamou que a defesa não teve acesso aos autos do processo e que, de acordo com o relator da Comissão Especial de Impeachment, deputado Júnior Geo, foram encontrados apenas indícios contra Carlesse.
Klayber enfatizou que o patrimônio do governador afastado nunca foi escondido e está declarado à Justiça Eleitora e Receita Federal.
O relator respondeu as alegações da defesa. Conforme Júnior Geo, a decisão desta quinta-feira não condena ninguém, mas apenas decide se será dado prosseguimento ou não ao processo. “Quem condena é o Tribunal Misto que ainda nem está formado”, esclareceu Geo. Ademais, disse o relator, “o STJ não afastou Carlesse por conjecturas”.
Preço médio de venda da gasolina passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, uma alta de 18,8%; valor do diesel sobe de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, aumento de 24,9%.
Com Agências
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que vai elevar o preço da gasolina e do diesel, após 57 dias sem reajustes. Para a gasolina, a alta será de 18% e, para o diesel, de quase 25%. Os novos valores começam a ser praticados nesta sexta-feira (11).
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse a empresa em nota.
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, diz.
Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, disse a companhia por meio de nota.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes calcula que, com o aumento anunciado nesta quinta-feira, o litro da gasolina nos postos deve subir para média de R$ 7,02 no país, contra a média atual de R$ 6,57 por litro.
O preço do petróleo no mercado internacional já vinha em alta e a situação se gravou de maneira dramática nos últimos 15 dias, em decorrência do conflito entre Ucrânia e Rússia, que é um importante produtor de petróleo e gás natural. O preço do petróleo Brent — referência nacional, tem sido negociado acima dos US$ 105 e a expectativa é que continue subindo no curto prazo.
Nesta semana, a situação se agravou ainda mais com a decisão dos Estados Unidos de proibir a importação da commodity. O movimento influencia os preços no Brasil, já que a Petrobras segue a paridade internacional.
GLP também é reajustado
O valor do GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de cozinha, também sobe nesta sexta-feira. O preço médio de venda do insumo passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
O último ajuste de preços do GLP foi feito há 152 dias. “Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia”, diz a nota da Petrobras.
Vale ressaltar que, na véspera, Receita Federal publicou uma instrução normativa zerando alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre o botijão de gás de cozinha de 13 quilos (kg) de uso doméstico. A medida incide sobre a importação e a receita de comercialização do produto.
Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) que será, posteriormente à operação, envasado em recipientes de até 13 kg e destinado ao uso doméstico, diz a norma.
Defasagem se mantém
Mesmo com o aumento, a defasagem estimada do preço da gasolina se mantém. De acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, essa defasagem fica em 20% ante 31,6% anteriormente.
Já no diesel, fica em torno de 19% ante 34,1%.
Presidente costuma afirmar que não interfere na estatal, cujas ações são negociadas em bolsas de valores. Declarações anteriores já provocaram queda no preço dos títulos da empresa.
Com Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o reajuste dos combustíveis anunciado mais cedo pela Petrobras e disse que a estatal poderia ter deixado a medida para semana que vem - ou seja, para depois da votação no Congresso do chamado pacote dos combustíveis. Os textos já foram aprovados no Senado e estão sob análise dos deputados.
Nas contas do presidente, citadas antes pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, os projetos em tramitação no Parlamento têm o potencial de reduzir em R$ 0,60 o imposto por litro de diesel, sendo R$ 0,33 da União e R$ 0,27 dos Estados. O reajuste anunciado pela Petrobras, por sua vez, aumentaria o litro do diesel em R$ 0,90.
"Como o diesel sobe a partir de amanhã R$ 0,90 por litro, o que é um absurdo, se cobra mais R$ 0,30. É bastante, mas diminui impacto", disse o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Crítico da política de preços da Petrobras, que atrela os reajustes no País ao barril do petróleo no exterior, Bolsonaro também afirmou ter ciência de que muitos caminhoneiros vão realizar paralisações. "Sei disso e lamento", declarou. O petróleo está em franca escalada no mercado internacional em consequência da guerra na Ucrânia e das sanções econômicas adotadas contra a Rússia.
Após 57 dias de preços congelados, a Petrobras aumentou hoje o preço do diesel em 24,9% e o da gasolina, em 18,7%. O anúncio levou o governo a ampliar a pressão para aprovar o pacote dos combustíveis no Congresso, como mostrou a reportagem. Os projetos alteram a cobrança do ICMS incidente sobre os combustíveis, criam um fundo de estabilização e um vale-gasolina.
"Como seria bom se a Petrobras reajustasse na segunda ou terça-feira, né? Mas não posso interferir", disse o presidente na transmissão, após lamentar, mais uma vez, ser impedido de interferir na empresa mesmo sendo acionista majoritário.
De acordo com Bolsonaro, se o anúncio da Petrobras fosse na semana que vem, "tudo estaria resolvido". "Se a Câmara aprovar hoje, não importa a hora, assino a sanção", garantiu o presidente. "O projeto dá uma disciplinada nisso tudo", acrescentou, sobre as mudanças no ICMS.
A defesa do projeto pelo chefe do Executivo vem depois de meses de críticas reiteradas à cobrança percentual do ICMS pelos governadores e a inação do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar uma ação apresentada pelo governo que obrigaria o Congresso votar as mudanças no imposto.
Bolsonaro também alertou que, sem aumento de preços dos combustíveis, poderia haver desabastecimento no País. "É pior. Alguns querem que eu vá à Petrobras e dê murro na mesa, não é assim", declarou, sinalizando que sofre pressão por intervenção na estatal.
O presidente ainda disse que o Brasil "não precisaria estar sofrendo" porque é autossuficiente em petróleo.
Proposta estabelece alíquota fixa por volume comercializado
Com Estadão Conteúdo
O relator do projeto que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis na Câmara, Dr. Jaziel (PL-CE), apresentou um novo parecer dando aval ao texto do Senado, mas rejeitando o dispositivo que aciona um gatilho para correção do imposto cobrado pelos governadores. A versão anterior do relatório sugeria a aprovação de toda a proposta do Senado.
A medida rejeitada pelo relator permitiria que Estados ajustassem o ICMS, para baixo ou para cima, conforme a oscilação dos preços, desidratando o modelo instituído pelo projeto. "Esses dispositivos, se aprovados, permitirão que ocorra justamente umas das distorções que a proposta pretende evitar, que é o repasse de grandes variações no preço do petróleo, a maioria das vezes temporárias e excepcionais, aos preços praticados aos contribuintes", escreveu o deputado.
Na Câmara, a oposição se mobiliza para barrar a votação do projeto e entrou em obstrução, em alinhamento com governadores, que são contrários ao texto e não querem abrir mão de arrecadação em ano eleitoral.
Deputados oposicionistas resistem a dar aval a um projeto criticado por governadores e que ao mesmo tempo isenta a cobrança de impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha, medida defendida pelo governo federal.
Nos bastidores, o discurso é contrário a turbinar a versão do presidente Jair Bolsonaro de que o vilão das altas é o imposto cobrado pelos Estados. A base do governo, no entanto, insiste em aprovar o texto.