Programa Jovem Trabalhador vem recebendo inscrições desde o dia 1° de maio com os objetivos de selecionar, capacitar, qualificar, contratar e inserir 3 mil jovens, de 16 a 21 anos, no mercado
Por Kaio Costa
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, lançou oficialmente o programa Jovem Trabalhador, fomentado pela Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e tido como o maior programa de aprendizagem para esse público na história do Estado, em evento realizado na ala norte do Palácio Araguaia, em Palmas, nesta terça-feira, 23. O programa foi iniciado, previamente, no dia 1° de maio em alusão ao Dia do Trabalhador. Desde então, 2.097 jovens já se inscreveram e, a partir de hoje, com a autorização do governador, já poderão ser convocados e contratados. Serão ofertadas vagas nos 139 municípios tocantinenses.
Wanderlei Barbosa reconheceu a necessidade desse tipo de programa por oferecer ao jovem tocantinense uma possibilidade de inserção no mercado, mesmo sem experiência prévia. “Com o Jovem Trabalhador, nós, do Governo, vamos além do fato de absorver a mão de obra do primeiro emprego. Nós promovemos oportunidades para que a iniciativa privada também oferte vagas para esse público”, afirmou o governador, que compartilhou seu desejo com a instituição do programa: “Queremos que a qualificação dos nossos jovens seja para a vida, não só para o mercado de trabalho. Que este programa seja o suporte e o alicerce de uma carreira brilhante para cada um desses 3 mil jovens que iremos atender”.
Secretário da Setas, Jonis Calaça, ressaltou que o programa oferece capacitação e qualificação profissional, contribuindo assim para o desenvolvimento do Estado (Frederick Borges/Governo do Tocantins)
O objetivo do programa é selecionar, capacitar, qualificar, contratar e inserir 3 mil jovens, de 16 a 21 anos e em situação de vulnerabilidade social, no mercado de trabalho, garantindo todos os seus direitos. Os beneficiários do programa assinarão um contrato de trabalho formal, que pode ter duração de até 24 meses e, além do salário mínimo de hora trabalhada, receberão uniforme, crachá, vale-transporte (quando houver necessidade), 13° salário, seguro de vida, férias remuneradas e atendimento psicossocial e psicopedagógico.
O secretário da Setas, Jonis Calaça, ressaltou que o programa oferece capacitação e qualificação profissional, contribuindo assim para o desenvolvimento do Estado e a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “Essa iniciativa é um compromisso do governador Wanderlei Barbosa em promover políticas públicas que ajudem a combater o desemprego e a exclusão social. Vai priorizar os jovens de famílias beneficiárias de ações sociais, em condições de vulnerabilidade social, dando a eles a oportunidade de aprender um ofício e ingressar no mercado de trabalho. Esse é o tipo de ação que promove mudança de vida real”, expressou.
Maria Carolina Guedes, de 18 anos, é beneficiária de programa já desenvolvido pela Demà by Renapsi e está há quatro meses
As vagas serão distribuídas em órgãos públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário Estadual, além do Ministério Público Estadual (MPTO), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e dos municípios. O programa Jovem Trabalhador é financiado com recurso do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep-TO).
Sobre o Programa
O programa Jovem Trabalhador é executado pela empresa Demà by Renapsi (Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração), contratada pelo Governo do Tocantins e referência internacional em aprendizagem. Para participar, o interessado deve ter entre 16 e 21 anos e 11 meses e estar cursando o ensino fundamental ou médio (ou já ter concluído o ensino médio) na rede pública ou ser bolsista 100% na rede particular. A renda familiar do candidato deve ser de até dois salários mínimos nacional ou meio salário mínimo per capita, e a família deve estar preferencialmente inscrita em Programas Sociais do Governo.
Maria Carolina Guedes, de 18 anos, é beneficiária de programa já desenvolvido pela Demà by Renapsi. Estudante de Direito pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e, há quatro meses está trabalhando, Maria Carolina mora com a mãe no bairro Irmã Dulce, em Palmas. Ela conta que ficou sabendo da oportunidade por meio de amigos e que o processo entre inscrição, convocação, entrevista e contratação durou apenas quatro dias. "É um processo muito rápido de inserção no mercado de trabalho, tendo em vista ser meu primeiro emprego", informou a estudante, ao demonstrar satisfação de trabalhar no CRM. "Lá, eu tenho uma visão ampla profissionalmente, então tem sido muito importante para mim, eu estar inserida em um local que, até então, eu nem imaginava que poderia estar".
A universitária disse, ainda, que com a renda recebida, consegue ajudar a mãe com as contas e compras de casa, além de garantir para ela uma certa independência financeira e convoca os demais. “Se inscrevam, porque é uma oportunidade única de você se profissionalizar. Além do trabalho, tem curso semanalmente na sede da empresa”, pontuou Maria Carolina.
O público-alvo do programa Jovem Trabalhador engloba jovens em situação de risco social ou pessoal por situação de trabalho infantil, medida socioeducativa, acolhimento institucional e/ou deficiência. Considerando as particularidades do Tocantins, serão priorizados jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos e da zona rural. Interessados deverão se inscrever pelo site: www.jovemtrabalhadorto.org.br. As inscrições seguem em aberto.
A Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) identificou Palmas e Araguaína como os municípios de Grande Porte, logo terão 199 vagas cada; já Gurupi foi identificado como município de Médio Porte, e ofertará 90 vagas. Araguatins, Colinas, Guaraí, Miracema, Paraíso, Porto Nacional e Tocantinópolis foram enquadrados como municípios de Pequeno Porte II e ofertará 64 vagas cada. Os demais 129 municípios são todos municípios de Pequeno Porte I e terão 16 jovens contratados cada.
Ele havia sido condenado a oito anos e nove meses de prisão, mas recebeu indulto de Bolsonaro; o STF derrubou o benefício
Por Gabriela Coelho
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início do cumprimento da pena de prisão, em regime fechado, do ex-deputado Daniel Silveira. O ex-parlamentar também está com os direitos políticos suspensos. Em 10 de maio, o plenário do Supremo decidiu-se pela inconstitucionalidade do indulto individual concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Silveira. O R7 entrou em contato com a defesa do ex-deputado, mas não obteve retorno. Após a derrubada do indulto, a defesa dele disse em nota que a Consituição havia sido enterrada: "Aguarda-se, tão somente, o convite para a missa de sétimo dia".
Silveira foi condenado pelo STF em abril de 2022 por estímulo a atos extremistas e ataques a autoridades e instituições. A pena foi de oito anos e nove meses de prisão. Um dia após o julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu um indulto individual que perdoou o ex-deputado.
A relatora do caso, a ministra Rosa Weber, considerou que o então presidente da República agiu com desvio de finalidade ao editar o decreto e votou pela anulação do indulto. Segundo ela, o ato foi editado sem que fosse observado o interesse público, com o único objetivo de beneficiar um aliado político do ex-chefe do Executivo federal.
O ministro André Mendonça teve um entendimento diferente, ao concluir pela validade do decreto presidencial. O voto dele foi seguido pelo do ministro Nunes Marques.
Na prática, Silveira volta a ser condenado a oito anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de ameaça ao Estado democrático de Direito e coação. Entretanto, Silveira já está preso desde 2 de fevereiro, por ter descumprido as medidas cautelares impostas pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do Rio de Janeiro, exceto para viajar a Brasília com a finalidade de exercer o mandato, decisão não alcançada pelo indulto de Bolsonaro.
Com a decisão do STF de 10 de maio que anulou o perdão concedido pelo ex-presidente, o ministro Alexandre de Moraes transformou a prisão de Silveira em preventiva. Agora, ele começa de fato a cumprir a pena de oito anos e nove meses de prisão.
Expectativa é que durante eventos, a Capital se transforme no centro do debate de temáticas imprescindíveis à mitigação dos efeitos da Mudança do Clima
Por: Georgethe Pinheiro
No período de 6 a 8 de junho Palmas será o centro das discussões sobre transição energética, sustentabilidade e meio ambiente. Nestes dias, a Capital vai sediar o 2º Encontro Nacional do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e o XXVIII Encontro Nacional do Fórum dos Secretários e Secretárias de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras (CB27). Para o evento são aguardados representantes do poder público de diversos estados e municípios brasileiros, representantes de governos da América do Sul e da sociedade civil, engajados com a questão da emergência climática.
A prefeita Cinthia Ribeira destacou que a Prefeitura de Palmas desenvolve importantes projetos ambientais e lembrou que essa foi uma das razões de a Capital ter sido escolhida para sediar o evento. “Alguns desses projetos já foram premiados internacionalmente. Estamos alinhados aos temas de sustentabilidade e preservação ambiental e sediar este evento nacional nos permite fomentar o conhecimento e as boas práticas para o desenvolvimento urbano sustentável. Para nós, é um prazer dialogar sobre uma questão tão importante", afirmou Cinthia Ribeiro.
Desde 2022, o ICLEI deu início a uma série de encontros visitando todas as regiões do Brasil. “Convidamos autoridades de todos os níveis de governo, iniciativa privada e organizações da sociedade civil a construir um diálogo constante e ampliado pela sustentabilidade”, disse Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul, entidade organizadora do Encontro em parceria com a Prefeitura de Palmas.
Perpétuo acrescentou que em junho próximo, este ciclo de Encontros terá a sua edição em âmbito nacional, em Palmas, escolhida para ser a anfitriã em função do histórico da cidade junto ao ICLEI para a criação e implantação de políticas públicas voltadas à preservação do meio ambiente. “Programas como o Palmas Solar e a participação da Prefeita Cinthia Ribeiro na Cop27, no Egito, em representação às autoridades locais da panamazonia inspiram os demais associados do ICLEI a participar”, afirmou o secretário executivo do ICLEI América do Sul.
Ele disse que a expectativa é que durante o Encontro, Palmas se transforme no centro do debate de temáticas imprescindíveis à mitigação dos efeitos da Mudança do Clima: Financiamento Verde, Soluções Baseadas na Natureza, Prevenção e Gestão de Riscos, Transição Energética, por exemplo. “Estão previstas jornadas temáticas, trabalhos técnicos, oficinas de capacitação e uma série de painéis para amplificar as discussões e propostas de ações para que Prefeituras se preparem para conter os efeitos da emergência climática", adiantou.
O ICLEI reúne mais de 2.400 governos locais e regionais ao redor do mundo e trabalha alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê o alinhamento entre desenvolvimento social e econômico e sustentabilidade. No encontro em Palmas, a pauta principal será a transição de matrizes energéticas. Neste sentido, vale destacar que a Prefeitura da Capital, possui políticas de incentivo ao uso de energia limpa, inclusive já recebeu reconhecimento por seu programa de energia solar.
Segundo estudos da Climate Watch Data, realizados no ano de 2019, 73% das emissões globais de gases de efeito estufa são provenientes do setor de energia, o que torna urgente a necessidade de substituir o consumo de combustíveis fósseis por fontes de energias renováveis, a exemplo da fotovoltaica, solar e eólica. A expectativa é que esses dois eventos possam deixar sua contribuição para a transição energética no Brasil e América Latina.
O major da Polícia Militar, Flávio Silvestre Alencar, foi preso nesta terça-feira (23)
Por iG Último Segundo
O major da Polícia Militar , Flávio Silvestre de Alencar , foi preso nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal, na deflagração da 12ª fase da Operação Lesa Pátria . Alencar enviou uma mensagem em um grupo com militares sugerindo que "na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso". A mensagem teria sido enviada no dia 20 de dezembro, semanas antes do ataque golpista ocorrido no dia 8 de janeiro , na Praça dos Três Poderes.
As mensagens foram encontradas no celular do tenente Rafael Pereira Martins, que havia sido preso em fevereiro durante a 5ª etapa da Lesa Pátria . O major também foi preso nesta etapa, mas logo foi solto pelos investigadores do caso.
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Alencar e Martins participavam de um grupo chamado "Oficiais PMDF". Durante o diálogo, eles levantam a hipótese de uma possível manifestação no Distrito Federal, o que gera o comentário do major .
No dia dos atos golpistas, o major foi flagrado por uma câmera de segurança. No vídeo, o oficial está em um carro escoltado por outros veículos, e que são levados para longe da grade de proteção que impedia a entrada dos depredadores de avançar para o prédio do Supremo Tribunal Federal.
Alencar era o responsável pelo comando do Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, que tinham como objetivo manter a segurança da Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios .
Nas imagens conseguidas pela Polícia Judicial, é possível ver o major descer do carro, se dirigir até as Tropas de Choque, e pedir para que os policiais deixassem o local, o que é prontamente obedecido pelos militares. Após dez minutos da saída dos agentes, os golpistas invadem o STF sem que haja resistência.
A Operação Lesa Pátria tem como objetivo identificar os responsáveis e os financiadores envolvidos nas invasões de 8 de janeiro . Os crimes investigados são dano qualificado, associação criminosa, golpe de estado, incitação ao crime, destruição e deterioração.
23ª edição da feira movimentou R$ 2,95 bilhões em cinco dias de funcionamento no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Medanha
Por Nayara Borges
Chegou ao fim mais uma edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2023) e, desta vez, batendo mais um recorde em volume de negócios. Foram R$ 2,95 bilhões em movimentação financeira, enquanto no ano passado, que já havia batido a maior marca de vendas, quando as negociações movimentaram R$ 2,5 bilhões. Durante a feira, que recebeu o tema Compliance no Agro, o governador Wanderlei Barbosa realizou assinaturas de títulos de escrituras de terras, lançou frente parlamentar em defesa do agronegócio e destinou R$ 10 milhões em verba para programas que vão fomentar a agricultura familiar.
Ao todo, 890 expositores de diversos segmentos apresentaram seus produtos ou serviços, ao passo que, em 2022, foram cerca de 800. A expectativa de visitantes também foi superada, 196 mil pessoas passaram nos cinco dias de feira. A organização esperava por um público de 150 mil visitantes.
“Esse volume de negócios nos deixa realizados e mostra a importância da Agrotins para o Tocantins. O que vimos foi o resultado de muito trabalho, um conjunto de ações que foi realizado em parceria com as nossas secretarias, institutos de ensino e pesquisa, e com os produtores e empresários do agronegócio. Não podemos deixar de mencionar que o Governo do Tocantins se dedicou também a oferecer um sistema tributário justo, contemplando todas as cadeias produtivas. Portanto, o resultado não seria diferente: a Feira bateu todos os recordes e se tornou a maior edição de todos os tempos”, expressou o governador Wanderlei Barbosa.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Jaime Café, ressaltou a satisfação com os resultados obtidos na edição e a participação relevante dos produtores que não hesitaram em realizar negócios. “A Agrotins 2023 superou todas as expectativas que nós tínhamos. Foram 890 expositores colocando seus serviços, equipamentos e produtos, um crescimento de mais de 15% em negociações, comparado à edição do ano passado. Foi um ano de mercado com preços desfavoráveis, mesmo assim, os expositores investiram, assim como o produtor que não deixou de comprar equipamentos para fazer o plantio, sementes e insumos. Foi uma edição extremamente produtiva com um compromisso muito grande para quem organiza o evento, assim como para quem participa”, destacou.
O empresário e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Tocantins (Faciet), Fabiano do Vale, mais conhecido como Fabiano Parafusos, disse estar surpreso com a proporção da feira deste ano e parabenizou o Governo do Tocantins, assim como os organizadores da Agrotins, pelo trabalho incrível realizado. “Foi uma das melhores Agrotins que eu participei em todos os tempos, bem prestigiada com muitos expositores, com muitas empresas. Uma Agrotins que o empresariado veio para fazer negócio, preparado para poder vender e atender. Acredito que a maioria deles, assim como eu, se surpreendeu, chegando a bons valores de vendas, devido à quantidade de pessoas que visitaram a feira este ano. Só tenho a parabenizar o Governo do Tocantins e os demais organizadores por fazer um trabalho magnífico que é a Agrotins”, conferiu.
Compliance no Agro
Secretário de Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, também ressaltou a satisfação com os resultados obtidos na edição deste ano 850 (Foto: Esequias Araujo/Governo do Tocantins)
A feira teve início no dia 16 de maio e seguiu até o dia 20 com o tema Compliance no Agro. A Agrotins é o maior evento agrotecnológico do Norte do Brasil e tem como objetivo promover o desenvolvimento do campo, destacando suas potencialidades, assim como visa apoiar e divulgar as ações de pesquisa, adaptação, validação, divulgação e transferência de tecnologias ao setor produtivo. O espaço da feira foi pensado para abranger auditórios, restaurantes, área de exposições de máquinas, serviços, animais, dentre outros.
A 23ª edição foi uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) e da Tocantins Parcerias, em conjunto com empresas do agro, instituições e órgãos públicos, de pesquisas e educacionais.