Bloqueio de verbas do MEC a universidades é "inconstitucional", diz MPF

Bolsonaro ataca manifestações contra cortes na educação: "Idiotas úteis"

 

Com iG São Paulo

 

É inconstitucional o bloqueio de 30% das verbas de custeio das universidades e institutos federais de ensino superior, pois a medida fere o princípio da separação de Poderes e a autonomia universitária. O posicionamento é da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão que integra o Ministério Público Federal, e foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República nesta quarta-feira (15) – dia em que manifestações de estudantes tomam diversas cidades em todo o País . O órgão, por sua vez, deve enviar o documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa ações que contestam a medida do MEC.

 

No documento, a PFDC destaca que o chamado “bloqueio” ou “corte” de recursos realizado pelo MEC é uma medida "trágica" e que "atinge de forma acentuada" as instituições de educação que se encontram principalmente nas regiões Norte e Nordeste. "A opção vai na contramão de inúmeras pesquisas que demonstram que a estratégia de descentralização das instituições federais de ensino foi fundamental para ampliar o acesso à educação superior e gerar mais inclusão e igualdade”, ressalta a procuradoria.

 

O Ministério Público argumenta também que a orientação do orçamento compete ao Poder Legislativo, não cabendo ao Executivo "subvertê-la mediante expedientes diversos".

 

“Considerando que o Legislativo já definiu as alocações dos recursos, a manutenção dessas escolhas depende exatamente de que o percentual de limitação de empenho seja o mesmo no âmbito de todo o Ministério da Educação. Do contrário, o Executivo estará alterando as definições legislativas no que se refere à distribuição da receita então prevista”, alerta a PFDC.

 

No Supremo, o relator de ações apresentadas por partidos da oposição ao governo é o ministro Celso de Mello, que deu, na semana passada, prazo de cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) apresentar esclarecimentos sobre o corte de verbas.

A polêmica medida fez também com que a Câmara dos Deputados convocasse o ministro da Educação , Abraham Weintraub, a ir ao plenário nesta quarta-feira se explicar.

 

O corte de verbas foi anunciado pelo MEC no fim do mês passado e, inicialmente, pretendia atingir apenas três instituições: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O anúncio foi feito por Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo , sob a justificativa de que essas instituições promovem "balbúrdias" e "eventos ridículos". " Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas", disse o ministro. "A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo", complementou.

 

A medida, no entanto, foi alvo de críticas de entidades da sociedade civil, opositores do governo e especialistas, que alegaram que a decisão fere os princípios constitucionais da autonomia universitária e da impessoalidade. Assim o MEC decidiu estender o corte de verbas para todas as universidades federais.

 

Na semana passada, Weintraub esteve no Senado e negou que a medida se trate de um "corte", mas sim de um "contingenciamento" nas verbas do MEC . Dois dias depois, o ministro da Educação usou as redes sociais para explicar o conceito e acusar a imprensa de tentar confundir a opinião pública.

 

Bolsonaro ataca manifestações contra cortes na educação: "Idiotas úteis"

 

Presidente desembarcou em Dallas no final da manhã desta quarta-feira (15)

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira (15) no aeroporto internacional Forth Worth, em Dallas, no Texas, para uma visita oficial de dois dias. Logo após a chegada ao hotel, o presidente aproveitou para criticar os manifestantes que convocaram protestos contra os cortes na educação.

Posted On Quarta, 15 Mai 2019 14:09 Escrito por
Posted On Quarta, 15 Mai 2019 13:42 Escrito por

Após finalização de laudo técnico, Governo vai reabrir o tráfego na ponte de Porto Nacional para veículos leves, motos, bicicletas e pedestres

 

Por Jesuino Santana Jr.

 

Construída há cerca de 40 anos (março de 1979), ainda pelo Governo de Goiás, a ponte de Porto Nacional, na Rodovia TO-255, tem sido motivo de muitas discussões. Quando assumiu o Governo, uma das principais ações do governador Mauro Carlesse foi buscar recursos para que uma nova ponte pudesse ser construída, garantindo assim segurança e acesso logístico para Porto Nacional e os municípios circunvizinhos.

 

Antes do Governo determinar a interdição da ponte de Porto Nacional para todos os veículos automotivos, no último dia 7 de fevereiro, ela já estava, desde 2011, parcialmente interditada para veículos de carga pesada, como caminhões. Na época, diversas imagens de uma rachadura da ponte circulavam pela internet questionando quanto tempo o Governo levaria para solucionar aquele problema. Para muitos, a queda da ponte era tragédia anunciada.

 

Diante dos fatos e, após pedidos do Ministério Público Estadual (MPE) para que o Estado providenciasse análises técnicas avaliando a necessidade de maiores restrições ao tráfego de veículos sobre a estrutura, o Governo do Tocantins optou pela prudência e contratou uma empresa especializada em engenharia para realizar um estudo técnico detalhado sobre a ponte. Somente com as informações em mãos, o Governo teria condições de tomar uma decisão assertiva sobre o assunto.

 

Solução Emergencial

Para minimizar ao máximo os efeitos e transtornos pela interdição, o Governo liberou a passagem de motos, bicicletas e de pedestres pela ponte. Duas balsas foram deslocadas neste período de interdição para fazer a travessia do Rio Tocantins durante as 24 horas do dia. Além disso, o Governo isentou o pagamento da travessia para carros de passeio, caminhonetes, motos, ciclistas e pedestres.

 

Liberação da Ponte

Após a finalização do estudo sobre a ponte de Porto Nacional, o Governo do Estado decidiu que vai liberar o tráfego de veículos a partir do mês de junho. Para isso, a Secretaria de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf) está realizando obras de manutenção no local.

 

Os trabalhos de reforma da ponte, que devem custar cerca de R$ 2 milhões, começaram no último dia 6 de maio. Além dos reparos na faixa de rolamento, também está prevista a impermeabilização do pavimento; a substituição das juntas de dilatação; a recuperação das passarelas de pedestres com reposição das placas de fechamento; e a revitalização da iluminação e da sinalização da ponte; a construção de pórticos restritivos nos acessos da ponte e instalação de equipamentos de monitoramento de velocidade.

 

Paralelo a reforma da ponte, o Governo do Tocantins trabalha na revitalização das rodovias do entorno da cidade de Porto Nacional. Atualmente, as equipes atuam em melhorias na TO-050, entre Porto Nacional e Silvanópolis, e a próxima rodovia a ser beneficiada é a TO-255, que liga a cidade a Monte do Carmo.

 

O Governo também já deu a ordem de serviço para a reconstrução do trecho da TO-070, entre Porto Nacional e Brejinho de Nazaré.

 

Nova Ponte

O Estado prepara uma nova licitação para escolher a empresa que será responsável pela construção da nova ponte de Porto Nacional, já que a licitação anterior, feita na gestão passada, foi contestada pelo Ministério Público Federal (MPF).

 

Os recursos para a construção da nova ponte estarão disponibilizados no contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, que está em fase final de liberação. No entanto, caso haja atraso na liberação desse empréstimo, o governador Mauro Carlesse afirmou que o Estado já se prepara para iniciar as obras com recursos próprios, após o fim da licitação.

 

De acordo com o governador Carlesse, o modelo da nova ponte será discutido com a população de Porto Nacional. “A população vai nos ajudar a escolher o modelo da nova ponte, que além de uma grande obra, vai ser o novo cartão postal da cidade”, afirma.

 

O governador Mauro Carlesse também destaca que a antiga ponte não será destruída. “Devido Porto Nacional ser histórica, nossa intenção é fazer da antiga ponte um ponto turístico. Vai ser um local de passeio, atividade física e lazer para as famílias e uma opção de travessia para pedestres e ciclistas”, conclui.

Posted On Quarta, 15 Mai 2019 13:37 Escrito por

Agenda do Governador Mauro Carlesse vai contemplar os municípios de Taguatinga, Natividade e Dianópolis

 

Por Jesuino Santana Jr.

 

O Governador Mauro Carlesse cumpre agenda nesta quarta-feira, 15, em Taguatinga, e, na sexta-feira, 17, em Natividade e Dianópolis, onde irá vistoriar obras e participar da Consulta Pública do Plano Plurianual Anual (PPA) 2020-2023 “O Tocantins que desejamos”.

Em Taguatinga, o evento está previsto para iniciar às 10 horas, no Colégio Estadual Professor Aureliano. Antes disso, o Governador Carlesse se reunirá com prefeitos das cidades circunvizinhas para debater as demandas locais.

 

Natividade e Dianópolis

Já na sexta-feira, 17, o Governador seguirá para os municípios de Natividade e Dianópolis, região sudeste do Tocantins, onde vai vistoriar obras e participar da Consulta Pública do PPA 2020-2023.

 

O Governador deverá chegar em Natividade por volta das 9 horas, onde participará de reunião com prefeitos da região e, posteriormente, as 10 horas, fará a abertura da Consulta Pública do PPA 2020-2023, na Escola Estadual Dr. Quintiliano da Silva.

 

Depois de finalizada as atividades em Natividade, o Governador seguirá para Dianópolis. No município, Governador Carlesse fará vistoria às obras de reconstrução da Rodovia TO–110 e, em seguida, as obras que acontecem na Rodovia TO–040. Ao final, visitará o Projeto de Irrigação Manuel Alves.

 

Consulta Pública do PPA 2020-2023

O PPA é o documento que define as prioridades do Governo para o período de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. Nele consta o planejamento de como serão executadas as políticas públicas para alcançar os resultados esperados ao bem-estar da população nas diversas áreas. O documento a ser elaborado com o resultado das Consultas Públicas será para execução no período de 2020 a 2023.

 

As consultas públicas vão acontecer nas regionais Sul/Gurupi, Sudeste/Taguatinga e Natividade, Bico do Papagaio/Augustinópolis, Norte/Araguaína, Noroeste/Colinas, Nordeste/Pedro Afonso, Oeste/Paraíso, Jalapão e Central/Palmas.

 

Região Sudeste I

 Em Taguatinga, o Governo vai ouvir representantes dos municípios de Arraias, Aurora do Tocantins, Combinado, Lavandeira, Novo Alegre, Novo Jardim , Ponte Alta do Bom Jesus e Taguatinga.

 

Região Sudeste II

Já em Natividade a consulta pública será para os municípios de Almas, Chapada da Natividade, Conceição do Tocantins, Dianópolis, Natividade, Paranã, Porto Alegre do Tocantins, Rio da Conceição, São Valério da Natividade, Taipas do Tocantins.

 

Obras

O Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema), 2ª etapa, vai recuperar as condições de trafegabilidade em 214,60 km da rodovia TO-110 e mais 70,20 km da TO-040.

 

A ordem de serviços das referidas rodovias foi emitida no último dia 1º de abril. Serão reconstruídos 284,80 km em 11 trechos somente na região sudeste do Tocantins. A recuperação das rodovias TO-110 e TO-040 é um anseio antigo dos motoristas que transitam constantemente por aqueles trechos.

 

As obras foram orçadas em R$ 80.077.745,36 milhões e têm prazo de 1.440 dias para serem entregues. O contrato nº 02/2019, prevê que a empresa ganhadora da licitação faça de imediato uma manutenção preliminar logo nos primeiros seis meses de contrato, tendo como objetivo devolver as condições normais de trafegabilidade e segurança da rodovia e é realizada anteriormente à restauração.

 

Os serviços são para os trechos de Dianópolis a Novo Jardim; Novo Jardim à divisa TO/GO; Divisa TO/GO (Garganta) ao Entroncamento da TO-040 (Dianópolis); Entroncamento TO-040 a Ponte Alta do Bom Jesus; Ponte Alta do Bom Jesus ao Entroncamento da BR-242 (Taguatinga); Taguatinga a Aurora; Aurora a Lavandeira; Lavandeira a Combinado; Combinado a Novo Alegre; Novo Alegre à divisa TO/GO. Além do entroncamento da TO-110 que dá acesso ao balneário turístico dos Azuis, em Aurora do Tocantins.

Posted On Quarta, 15 Mai 2019 04:28 Escrito por

Ministro pede que Congresso aprove crédito para cumprir regra de ouro

Da Agência Brasil Brasília

 

A equipe econômica já está trabalhando com uma previsão de crescimento de 1,5% neste ano, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), ele disse que a reformulação de expectativas diante da demora na aprovação da reforma da Previdência justificou a revisão das estimativas.

 

“As hipóteses já foram superadas desfavoravelmente. Quando o cenário foi feito em abril, havia expectativa de que a reforma [da Previdência] tivesse rapidez e haveria mais rapidez na recuperação econômica, com 2,7% de crescimento”, disse o ministro. “Temos uma economia que pode se recuperar com certa rapidez se fizer reformas que estão encomendadas. [As estimativas] de crescimento já caiu para 1,5%”.

 

O ministro reiterou que o país está, há décadas, prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento, com a renda per capita crescendo abaixo de 1% ao ano nos últimos 30 anos. Segundo ele, somente a aprovação da reforma da Previdência e de outras reformas estruturais na economia brasileira permitirá a reversão desse quadro.

 

“Se o Congresso encaminhar primeiro a reforma da Previdência, depois a PEC [proposta de emenda à Constituição] do pacto federativo, que limita o Poder Executivo e descentraliza atribuições para estados e municípios. Depois a reforma tributária, a abertura da economia e principalmente o que chamamos de crowding in, o que desentope a linha de investimentos”, disse Guedes.

 

Segundo o ministro, quando os investidores perceberem que há futuro fiscal assegurado, que as reformas garantirão equilíbrio fiscal pelos próximos cinco, 10 e 15 anos, os investimentos privados retornarão à economia. Esse processo não ocorrerá apenas em projetos de infraestrutura, disse Guedes, mas também em áreas sociais, como educação, saúde e saneamento.

 

Contingenciamento
Segundo Guedes, a desaceleração do crescimento econômico reduz as receitas do governo e torna necessário o contingenciamento (bloqueio) de verbas do Orçamento. Ele esclareceu que o contingenciamento é temporário e não representa cortes definitivos e se disse confiante de que a aprovação das reformas melhorará o quadro fiscal.

 

“O crescimento [do Produto Interno Bruto, PIB] caiu para 1,5%, as receitas estão menores ainda. Aí começam os planejamentos de contingenciamento de verbas para frente. Não são cortes, são contingenciamentos. São preparatórios. Tenho recebido colaboração na interlocução com o Congresso, nos fóruns de governadores, de prefeitos. Estou confiante que o Congresso vai implementar reformas e que as reformas vão beneficiar a todos”, disse.

 

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, que falou logo após Guedes, confirmou que o próximo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que apresenta estimativas para a execução do Orçamento, trará novos contingenciamentos.

 

Regra de ouro
O ministro ressaltou a importância de o Congresso aprovar o crédito extraordinário de R$ 248 bilhões para que o governo cumpra a regra de ouro, que exige que o Executivo peça autorização ao parlamento para usar recursos de títulos públicos para cobrir despesas correntes. Desse total, R$ 200 bilhões dizem respeito às aposentadorias da Previdência Social; R$ 30 bilhões do Benefício de Prestação Continuada (BPC), benefício assistencial pago a idosos de baixa renda; cerca de R$ 10 bilhões do Plano Safra e R$ 6 bilhões do Bolsa Família.

 

Segundo Guedes, o crédito suplementar reforça a necessidade de reformas que reduzam os gastos obrigatórios do governo, como a da Previdência. Isso porque o governo está pedindo autorização para se endividar para cobrir gastos correntes.

 

“Estamos à beira de um abismo fiscal, precisamos de um crédito suplementar para pagar despesas correntes. Vamos nos endividar para pagar Bolsa Família, para pagar BPC, o plano Safra e as aposentadorias do regime geral, do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. Estamos nos endividando para pagar despesas correntes. Deveríamos ter recursos para pagar essas despesas correntes, que é o que a regra de ouro prescreve”, disse.

 

Desde o fim de março, o projeto que pede o crédito suplementar tramita na CMO. Sem a aprovação do texto, o governo ficará sem dinheiro para pagar aposentadorias, benefícios do BPC, do Bolsa Família e do Plano Safra a partir do segundo semestre. O projeto abre uma exceção da regra de ouro, que determina que o governo só pode se endividar para financiar investimentos.

Posted On Quarta, 15 Mai 2019 04:20 Escrito por O Paralelo 13