Nova frota será utilizada no combate à sonegação e serão distribuídos conforme as necessidades das Delegacias Regionais da Receita
Por Cláudio Paixão
Dentro do Projeto de Modernização Fiscal do Estado do Tocantins (Profisco), o governador Marcelo Miranda entregou, no fim da tarde deste 19 de abril, 51 novos veículos para a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). A nova frota será utilizada nas atividades do Fisco, no combate à sonegação e serão distribuídos conforme as necessidades das Delegacias Regionais da Receita.
“Todos nós sabemos que as atividades relacionadas ao Fisco constituem o maior instrumento de arrecadação fiscal da instituição Estado. Diante dessa responsabilidade, a entrega desses veículos para Secretaria da Fazenda adquire uma dimensão imensurável. Este é um ato que vai ao encontro da missão da Sefaz: de arrecadar e gerir recursos públicos com qualidade e eficiência, promovendo o equilíbrio fiscal e prestando serviços de excelência para os tocantinenses”, destacou o governador Marcelo Miranda.
Com investimento R$ 2 milhões em recursos oriundos do Profisco, os veículos serão destinado as Delegacias Regionais da Receita, situadas em Alvorada (4); Araguaína (10); Araguatins (1); Gurupi (5); Miracema (2); Palmas (6); Paraíso (7); Porto Nacional (2); Taguatinga (4); Tocantinópolis (1); Pedro Afonso (3); e Sefaz/sede (6).
Na solenidade de entrega, o governador destacou a importância do trabalho dos fiscais da arrecadação. “Além desses veículos precisaremos do empenho dobrado dos fiscais da arrecadação. A esses profissionais, externo meus sinceros agradecimentos pelo trabalho que vêm fazendo”, agradeceu.
O secretário da Fazenda, Paulo Antenor, destacou o processo de modernização da pasta. "Hoje nós estamos vendo a entrega de veículos, mas essa modernização vai além: está nos serviços prestados, nos programas que executamos e na reformulação do processo administrativo. Nosso trabalho não é apenas arrecadar, mas garantir o funcionamento da saúde, da segurança da educação e todas as áreas que o Estado precisa está presente", destacou.
O delegado da Delegacia Regional Tributária de Araguaína, Eldilmar Marques Araújo Carvalho, falando em nome dos demais delegados, destacou a importância do benefício. "Todo o investimento feito na Secretaria da Fazenda tem retorno certo. Estamos fazendo o nosso papel e tenho certeza que a partir de agora iremos fazer muito mais", ressaltou.
Profisco
O Projeto de Modernização Fiscal do Estado do Tocantins visa estimular o aumento da arrecadação tributária, por meio da modernização de todos os setores da Secretaria da Fazenda. O projeto é o principal instrumento e origem de recursos para modernização da Secretaria da Fazenda e está permitindo uma ampla reestruturação da pasta, com a redefinição do conceito da Sefaz ideal – missão, visão, valores, organograma, unidades necessárias, perfis de servidores, funções e aquisição de equipamentos tecnológicos de ponta, entre outros.
Arrecadação
No período de janeiro a fevereiro de 2017, a arrecadação de receitas ordinárias cresceu 9,59% (nominal) comparando com o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 896,92 milhões em 2016 para R$ 982,95 milhões em 2017.
Fotos: Washington Luis/Governo do Tocantins
Polícia Federal Recebe Inquéritos De Fachin Renan, Jucá E Aécio
Segundo matéria veiculada no Diário do Poder, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, determinou o envio dos inquéritos envolvendo os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) para a Polícia Federal (PF). A decisão dá início ao processo de investigação na PF, que poderá solicitar quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados.
As investigações envolvendo outros parlamentares também deverá seguir o mesmo procedimento nos próximos dias. Os inquéritos foram abertos pelo ministro, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar citações aos nomes dos parlamentares nos depoimentos de delação de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.
Aécio Neves e Romero Jucá são os que acumulam o maior número de pedidos de investigações na Lava Jato, cinco ao todo. Renan Calheiros foi citado em quatro inquéritos envolvendo a Odebrecht e passou a responder a 12 investigações na operação.
Cármen Lúcia e Fachin decidem reforçar equipe no STF para acelerar Lava Jato
Segundo o G1, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o relator da Operação Lava Jato na Corte, Edson Fachin, acertaram nesta segunda-feira (17) criar um “grupo de assessoria especializada” para reforçar a equipe de funcionários que analisa as investigações do caso.
O objetivo é dar prioridade e celeridade às dezenas de inquéritos e ações penais ligadas ao escândalo da Petrobras e agora avolumadas com as novas investigações abertas a partir da delação da Odebrecht.
Ainda não estão definidos quantos e quais novos servidores serão alocados no gabinete de Fachin, que hoje conta com apenas três juízes auxiliares para cuidar de todo o estoque de processos do gabinete.
Moro exige presença de Lula em todas as audiências para ouvir 87 testemunhas de defesa
O juiz federal Sérgio Moro decidiu ouvir as 87 testemunhas de defesa arroladas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ação Penal da Lava Jato, mesmo considerando o número “bastante exagerado”. No entanto, o magistrado afirmou que a presença de Lula será exigida em todos os depoimentos.
“Será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria Defesa, a fim prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem prejuízo, por provas emprestadas”, diz o despacho.
A decisão de Moro, que é responsável pelas ações da lava Jato na 1ª instância, foi publicada no sistema da Justiça Federal do Paraná no fim da tarde desta segunda-feira (17). A justificativa da decisão é “evitar alegações de cerceamento de defesa”.
Temer afirma que Lava Jato não pode influenciar nas decisões do País
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira que "uma delação qualquer" não pode paralisar o Brasil. A declaração foi dada pelo presidente em entrevista ao SBT c
cinco dias após o fim do sigilo sobre as delações da Odebrecht, que citam centenas de políticos, inclusive o próprio Temer – que tem imunidade temporária e, por isso, não pode ser investigado.
"Minha preocupação é trabalhar pelo Brasil", afirmou Temer ao ser questionado se não temia ser investigado depois de deixar a presidência, em 2018. "Não vamos deixar que uma delação qualquer paralise o Brasil”.
O presidente disse que Judiciário e as investigações estão cumprindo seu papel – e o Executivo e Legislativo têm de fazer o mesmo – e citou as reformas da Previdência e trabalhista como medidas importantes que precisam ser aprovadas pelo governo.
César Halum explicou sobre o trabalho que vem desempenhando em Brasília em prol da sociedade brasileira. “Atualmente o nosso trabalho se reflete de forma muito positiva, principalmente este ano porque anteriormente a bancada tocantinense estava tendo um comportamento muito ligado as políticas locais, em que cada deputado e senador estavam trabalhando individualmente. Diante desta postura tínhamos ações isoladas nos Ministérios”.
Da Redação Segundo o deputado, para resolver este impasse, e o senador Vicentinho Alves (PR) tem esse crédito, por ter se tornado o coordenador da bancada, os deputados, independente de sigla política uniram-se para defender os interesses sociais. As questões partidárias, conforme Halum serão cuidadas apenas em dela em 2018, quando será definido quem são os candidatos e quais eles apoiarão, mas o objetivo atual é resolver os graves problemas do Estado e desta forma a bancada tem se comportado.
Já para a segurança pública, será destinado R$ 84 milhões que serão tripartidos para as polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros. O dinheiro será gasto com compra de veículos, armamentos, munições, inclusão de vídeos monitoramentos nas três principais cidades, e manutenção da frota. “Hoje o assaltante está livre e confiante. Possui um carro bom, conhece das ferramentas tecnológicas. Portanto precisamos fortalecer a segurança do Estado. O monitoramento nos principais pontos e nas entradas e saídas das cidades inibirão diversas ações, uma vez que o ladrão será identificado com agilidade. Esse é um trabalho que só estamos conseguindo porque são ações conjuntas e assim que temos que continuar, pois precisamos prestar contas à sociedade. E o povo quando nos elegeu não quis saber de que lado estávamos, mas se tínhamos condições de auxiliá-los e contribuir com o desenvolvimento”, concluiu.
O Paralelo 13 - Estamos no terceiro ano de mandato do governador Marcelo Miranda (PMDB), como o senhor tem avaliado essa gestão?
César Halum - Acredito que o governador está começando a reagir. Marcelo Perdeu uma grande oportunidade quando assumiu em 2015, que foi de fazer reformas urgentes e necessárias para o momento. O Tocantins de dez anos para cá vive uma situação de populismo, e isso é ruim, pois parte dos recursos que deveriam ser para investimentos acabam sendo destinados a folha de pagamento. “Chegamos ao ponto que temos funcionários públicos no Tocantins que ganham R$ 30 mil por mês, e a grande massa de servidores ganham R$1 mil por mês. A distância entre o piso e o teto é muito grande, e a máquina administrativa não suporta isso, já que é um Estado novo, com arrecadação pequena. Estamos diante de uma herança maldita no qual Marcelo deveria ter se imposto assim que assumiu, mas eu o conheço e sei que tem um coração muito bom, que evita desagradar às pessoas, que acredita que desamparar um pai de família é um problema social. E é, mas nós precisamos de condições para investir, porque investimento gera obras, e empregos. A população não precisa trabalhar simplesmente no setor público, existem diversas alternativas”, relatou o deputado federal.
César Halum frisou ainda que como tem acompanhado, o governo conseguiu estabilizar as contas e começou a investir no setor de obras. Estamos vendo estradas sendo recapeadas. Marcelo conseguiu concluir as ações do Programa Água Para Todos, que segundo ele, foi considerado um desastre do governo passado e que as instalações de cisternas e a construção de represas combateu a seca, principalmente no Sudeste. “Mais dinheiro esta chegando de investidores internacionais para continuar obras estruturantes no Estado. Diante desta perspectiva e de acompanharmos a situação sabemos que o Tocantins está se reerguendo e conseguindo investir. Eu torço sinceramente para que Marcelo Miranda tome decisões acertadas, pois o Estado depende disto”. Acredito ainda que a humanidade de Marcelo tem seu lado positivo, precisamos de bem mais que um arrecadador, um gestor que tenha bom coração. Mas devemos pensar como um todo, e mais que empregos precisamos oferecer assistência social, médica, educação e diversos outros benefícios que são de responsabilidade pública. Precisamos criar mecanismos para atrair investidores. O País passa por uma crise, todos conhecem a atual realidade econômica e ainda assim o que se vê no Estado são servidores ameaçando iniciar greves.
“O Estado não pode ficar preso em folha. Sei que é difícil, já fiquei desempregado, mas hoje é comum ver-se protestos enquanto as pessoas estão de barriga cheia, precisamos olhar para aqueles que de fato não tem. O Tocantins está andando, e hoje nós da bancada federal temos contribuído neste processo que será positivo para todos”, reforçou o deputado. O Paralelo 13 - O que o senhor achou da atitude do deputado estadual Mauro Carlesse sobre a reabertura do processo de impeachment de Marcelo Miranda?
César Halum - Primeiro é importante salientar que o processo já havia sido arquivado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso (PSC), por não haver provas consistentes para dar prosseguimento à ação. A atitude do presidente Mauro Carlesse (PHS), eu vi como uma infelicidade e inexperiência. “Conheço o Carlesse, é meu amigo, está no seu primeiro mandato como deputado estadual e já teve a oportunidade de chegar a presidência da Casa. Ele precisa se aconselhar melhor, e uma atitude de pressionar o governo é com projetos, conteúdos, argumentos, e não como uma forma que se assemelhou a uma chantagem ou algo do tipo. Mas sei que ele é uma pessoa boa, depois vai refletir e perceber que este ato em nada ajuda os tocantinenses. Foi como disse, falta de bons conselhos, de uma assessoria que lhe pudesse dar uma sustentação e argumentação melhor”. O Paralelo 13 - Atualmente o senhor preside o PRB Estadual. O que tem feito para fortalecer o partido e que ele seja mais que uma sigla no Tocantins?
César Halum - O Partido Republicano Brasileiro passa por um processo de transformação, de estágio. Antes era um partido pequeno, e hoje trata-se de um partido em crescimento, e para que esse crescimento ocorra de forma natural e consolidada, por meio de projetos de trabalhos ideológicos e não simplesmente fisiológicos, porque hoje a política tocantinense tomou este rumo do troca troca que enfraquece as lideranças e fez com que os políticos perdesse credibilidade com a população no decorrer dos anos.
As equipes do PRB buscaram revelar novos talentos com a política, e foi isso que fizemos nas eleições municipais, no qual sete prefeitos foram eleitos pela sigla, e destes apenas um reeleito, que é o Ivan de Aguiarnópolis, mas são expressões novas como o Júlio Oliveira que pela primeira vez se lançou em Augustinópolis, o Adriano Rabelo em Colinas, o seu Nelsinho em Lagoa da Confusão, o Kinca Nunes em Araguaçu, o Paulo Hernandes em Bom Jesus do Tocantins, então conseguimos grandes revelações de Norte a Sul do Estado. Temos ainda o caso do Cléo em Monte Santo que já havia sido eleito no passado, mas desta vez conquistou quase 80% dos votos válidos no município.
“Então o PRB mostra uma filosofia nova e assim vamos tentar trabalhar para conseguir mudar este Estado. O resultado positivo é reflexo do trabalho de fortalecimento do partido. O PRB é feito por pessoas de coragem que se propuseram a concorrer e a enfrentar famílias e grupos já instalados no poder. Essa coragem é o que mostra que somos pessoas de valor”, destaca. O Paralelo 13 - Em Brasília, a bancada tem acompanhado de perto o processo de Julgamento do processo do presidente Michel Temer pelo TSE. Sobre essa questão qual a postura do deputado tocantinense?
César Halum - Vejo que o presidente Temer (PMDB) está fazendo um grande trabalho, o problema é que a crise política no Brasil atualmente dificulta todas as ações de governo, o governo precisa dar aos investidores, aos nossos credores, e a população confiança de que vai fazer com que a economia se estabilize. Mas como processo de impeachment o grupo que esteve durante todos estes anos no poder não ficou tão contente, e agora o trabalho deles é atrapalhar quem está tentando arrumar a casa. “Michel Temer as vezes está fazendo um ajuste fiscal aqui que a Dilma queria fazer, e que não teve credibilidade, mas isso é o correto a se fazer pois o governo não pode gastar mais do que arrecada, mas agora porque eles na estão no governo são contra todas as medidas adotadas.Manipulam a população com informações mentirosas, colocam o povo contra os parlamentares, dificultam as ações, e ainda assim a taxa de inflação começou a cair, os juros foram reduzidos, isso significa que a recuperação da economia não é um anseio distante. A exemplo disto são os combustíveis que tiveram várias quedas no valor, e isso a população é quem é beneficiada. Mas precisamos ainda lembrar que atualmente contamos com 12 bilhões de desempregados e a população precisa trabalhar para aumentar o poder de compra e o ritmo de crescimento. Não podemos defender a teoria do quanto pior, melhor”, frisou.
Esse julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a meu ver é inconsistente. Ainda não definiram se julgam a chapa Dilma (PT) e Temer (PMDB) ou se separam-nas. “Cometeram o crime, devem ser punidos, não discuto isso, mas a Justiça tem que punir na hora da eleição, deixam passar muito tempo e faltando um ano para terminar o governo estamos com outro processo. Espero que o TSE tome uma decisão que seja melhor para o Brasil, que pensem no país um pouquinho, pois não podemos aceitar a troca de presidente a cada seis meses”.
César Halum salientou que ele acredita que o Temer está no caminho certo da administração. “Esta enfrentando muitas dificuldades em decorrência da crise política, e sem forças para auditar a dívida e fazer reformas. Hoje o maior problema do País concentra-se na dividia pública. Em 2015 foram gastos 43% da arrecadação para pagar dívidas, e enquanto isso investido 4% na saúde e 3,9% na educação. Com segurança pública o montante foi irrisório e não ultrapassou os 0,5%. Estamos pagando o que nós não devemos. E o governo precisa estar fortalecido para adotar as medidas necessárias. Essa travessia é longa, mas hoje somos um dos maiores países do mundo, temos diversas riquezas e com planejamento será possível atravessarmos a crise e voltar para os trilhos”.
Desavença pública
Questionado sobre uma possível desavença com a senadora Kátia Abreu, no qual ela trouxe a conhecimento público de que o atual deputado não tem moral para criticá-la pois responde a processos, Halum respondeu que sobre o fato já teve a oportunidade de gravar um vídeo explicando quais são os processos, e que ele nada tem contra isso.
“O processo que está no Tribunal de Contas do Estado (TCE) é um processo originado de quando eu era presidente da Assembleia e assinei um convênio com o Banco do Brasil para que as contas fossem organizadas pelo banco. Esse convênio, na mesma data foi assinado pelo TCE, Tribunal de Justiça (TJ) e Governo do Estado. Este processo passou pelo Tribunal de Contas, os outros três já foram julgados e considerados legais e a Assembléia ficou com essa pendência. Depois de percebermos que o processo está parado nós constituímos um advogado para que ele solicite a isonomia das decisões, isto é um tratamento igualitário.Confio no tratamento isonômico do TCE de que agi correto, junto com outros poderes”, reforçou o deputado federal.
César Halum frisou ainda que em 2011 foi realizada uma denúncia contra ele, provavelmente por resquícios de processo eleitoral em 2010, que está sendo investigado, portanto como até agora não tornou-se processo, é uma investigação, no qual no momento correto irão chamá-lo para fazer a defesa e será feito. “Agora quem tem que se preocupar é quem tem condenação então as vezes quem está acusando tem condenação e o meu, nem processo virou ainda”, disse.
Sobre a forma política e as divergências ideológicas entre Kátia Abreu e Halum o deputado frisou que cada um tem um estilo de fazer política, e que o dela não coincide com o dele. Eu tenho dificuldade de acompanhar, isso é natural, tem pessoas que gostam e não gostam. Assim como há pessoas que gostam do Halum, outras não. Estou fazendo meu trabalho de forma responsável, correta, mas evidente que a política é dinâmica e não estática, logo se me acusarem de algo eu sou obrigado a responder e explicar para a população. “Eu estou na vida pública há muitos anos, comecei como vereador em Araguaína, nunca tive padrinhos para me eleger, sempre fui eleito pelo povo. Tenho família pequena, nunca tive um governador para me ajudar, um parente, um pai para me dá mandato, sempre o que eu consegui até aqui foi resultado do meu trabalho e respaldo popular”, concluiu.
Não há como escrever a história do Estado do Tocantins sem nela destacar a trajetória marcante da Assembleia Legislativa, que desde a sua instalação vem se consolidando como um dos principais piares de sustentação da democracia, o que tem permitido iniciativas e condições para a construção de uma sociedade no exercício pleno de suas vontades. Nestas quase três décadas de existência, expressivas figuras públicas engrandeceram legislaturas, enriqueceram o real papel de um parlamentar, e principalmente fundamentaram suas ações na ética, na moral e acima de todo no respeito à coisa pública. É em defesa a esta caminhada que a atual legislatura, com deputados enrolados com a Justiça, sendo conduzidos coercitivamente pela Policia Federal, além das explosivas denuncias pontuadas abaixo, que esta Casa de Leis tem que passar por uma ampla faxina, ao mesmo tempo em que, será imprescindível que se corte na própria carne.
Por Edson Rodrigues
Não muito diferente do restante do Brasil, corre célere no Tocantins uma apuração que pode manchar a longa lista de serviços prestados por esta histórica Casa de Leis. Após denúncia apresentada pela senadora Kátia Abreu, foi aberto um processo investigativo que tem como envolvidos o ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador biônico, Sandoval Cardoso, além do ex-diretor financeiro da instituição, Joaquim Jr., que já prestaram depoimento à Justiça.
Mas, o depoimento que mais chamou a atenção foi de um também ex-diretor da ALT, na gestão de Sandoval Cardoso que, segundo uma fonte de alta credibilidade, “abriu o bico”, e afirmou que não foi apenas então mandatário desta Casa de Leis quem usou de expedientes espúrios. Ele citou, nominalmente, pelo menos mais quatro deputados estaduais, dando detalhes do que cada um deles fez, desviando recursos do povo, que com juros e correção monetária, pode ultrapassar os dois milhões de reais que, se tudo correr como manda as normas vigentes no País, terão que ser devolvidos aos cofres da Assembleia Legislativa, com multas e outras ações pecuniárias, o que poderá chegar na casa dos cinco milhões de reais.
Sabemos de tudo
O Jornal O Paralelo 13 teve acesso aos detalhes desse depoimento e aos nomes dos citados, mas, para não atrapalhar as investigações, nos reservamos ao direito de não divulgá-los, por enquanto, pois queremos acompanhar com que desfaçatez e cara de pau eles vão continuar conduzindo suas vidas públicas até o dia que “a casa cair”. E não adianta mecanizar a esperteza, nem tão pouco institucionalizar a malandragem, pois as provas são contundentes. Estes quatro parlamentares envolvidos neste escândalo, sabem que sabemos o que fizeram naquela oportunidade. Além disso, nós também temos conhecimento de que, aqueles blocos de notas fiscais, de empresas fantasmas, que serviram para armar o deslavado esquema de desvio de recursos públicos, foram apreendidos na residência de um executivo e agora estão de posse da Policia Federal. Podem contratar ótimos advogados, pois as comportas que represa o lamaçal da corrupção vão se abertas, o mais rápido que se imagina!!!.
]É por tudo isso que alertamos que é chegada a hora da mesa-diretora da Assembleia Legislativa mostrar que respeita a história dessa Casa de Leis e comece a cortar na própria carne, não aliviando para esses parlamentares denunciados. Faz-se necessário a criação de uma comissão ou acionar o Conselho de Ética para acompanhar de perto o andamento desse processo no Poder Judiciário, isso de forma oficial, já que estão envolvidos recursos do próprio Poder Legislativo Estadual.
Em respeito a nossa história
Em respeito a estes 30 anos de história e principalmente atendendo as vontades dos nossos leitores que aprovam esta determinada e ousada linha editorial, será um prazer para o Jornal O Paralelo 13, repercutir o nome e os crimes praticados por todo e qualquer político que tenha enganado o povo tocantinense, seja de qual partido for, por meio de esquemas fraudulentos, criminosos, ofensivos e injustos para com uma sociedade que paga uma das cargas tributárias mais caras do País. Caso as denúncias sejam comprovadas, não restará aos membros da mesa-diretora da Assembleia Legislativa outro caminho senão cortar na própria carne e justificar a confiança que o povo tocantinense depositou neles, extirpando todo e qualquer corrupto que esteja sujando o nome desta histórica Casa de Leis.
Estamos de olho!
A senadora Kátia Abreu vem, nos últimos tempos, se readequando aos moldes dos seus interesses pessoais, redesenhando, conforme suas conveniências, uma postura beligerante diante de adversários, companheiros partidários, jornalistas e desafetos, e principalmente se refazendo inteira, ela mesma, Kátia Abreu, como sempre foi, é e será. Apegada umbilicalmente às artimanhas políticas, ela usa da verborragia para apequenar os feitos daqueles que não atendem, como vassalos, seus desejos, quase sempre particularizados. Foi este o “crime” cometido pelo governador Marcelo Miranda, e aí então, focada no pleito de 2018, ela abriu seu “caixão de maldades” e apontou a já conhecida metralhadora giratória para o chefe do executivo tocantinense, seu aliado em várias eleições. Abraçada, até então, à “lei da impunidade”, se sentia intocável, “blindada” por um universo próprio, moradia dos que vivem apartados do povo, isso até que a Operação Lava Jato registrou seu “santo” nome no “Clube dos Malfeitores”.
Por Edivaldo Rodrigues
Esta senhora, que se comportava como “amiga do mundo” e “mãe dos políticos tocantinenses”, agindo impunimente como feitora de histórias equivocadas e de esperanças represadas, por anos pousou de “paladina da moral e da ética”, e que, por suas ações, atos e feitos, como representante do agronegócio brasileiro, recebeu dos ambientalistas brasileiros e internacionais a alcunha de “miss desmatamento” e de “rainha da motossera”, e agora, por força de sua postura, à margem da lei, foi rebatizada por seus financiadores em atos condenáveis como “Machado”, o que nos parece um sinal de decadência, dada as identificações anteriores, mesmo que rasteiras. A congressista tocantinense, a única da Bancada Federal do Estado na lista do Procurador Geral da Republica, Rodrigo Janot, e confirmada nos procedimentos avassaladores expostos pelo ministro Edson Fachin, do STF – Supremo Tribunal Federal, nos revela por meio de farta documentação, que ela era usuária do “Departamento de Propinas” da construtora Odebrecht, de onde, segundo a PGR e STF, recebeu incontáveis recursos ilícitos na tentativa de se eternizar no poder.
Conforme organizadas planilhas, além de outras importantes provas documentais apresentadas pelos delatores da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, que foi Diretor Superintendente da empreiteira no Tocantins, a congressista recebeu recursos ilícitos da empresa, via “Departamento de Propinas”. Estes depoimentos embasaram pedido de inquérito da PGR – Procuradoria-Geral da República, autorizado pelo ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, para investigar a até então “paladina da moral e da ética”, já em campanha antecipada para o Governo do Tocantins..
Os delatores, amparados por registros de controle do “Departamento de Propina” da Odebrecht revelaram que, foram feitos pagamentos de vantagens indevidas e não contabilizadas para a campanha eleitoral de Kátia Abreu ao Senado Federal no ano de 2014. Eles adiantaram ainda que o representante da senadora nestas articulações ilegais era seu então assessor Moisés Pinto Gomes, hoje seu marido. O ministro do STF, Edson Fachin validou estes depoimentos e convicto, apontou no processo que o pagamento de R$ 500 mil, dividido em duas parcelas de R$ 250 mil, foi repassado ao único integrante da Bancada Federal do Tocantins envolvido na maracutaia do “petrólão”. Conforme farta documentação, ela recebeu a propina nos meses de setembro e outubro de 2014, em ocultos e camuflados encontros, na calada da noite, no Hotel Meliá, no Jardim Europa, em São Paulo.
Protegida por sua visão tosca, retrógada e equivocada, arma de quem entende poder tudo na “Republica do Primeiro o Meu Pirão”, a senadora Kátia Abreu se sentia intocável e temida, e assim todos os defeitos e incompetências revelavam-se carimbadas nos que ela sempre elegeu como descarte. Foi esta postura que a congressista recentemente usou para desmerecer o governador Marcelo Miranda. A reação a este destempero da senadora foi à altura. Na Câmara dos Deputados, a deputada federal Josi Nunes se portou contundente ao dissecar a trajetória política da senadora e da tribuna daquela Casa de Leis destacou que Kátia Abreu faz uso da mesma cartilha de sempre, passando por vários partidos, apoiando vários candidatos a governo e, logo em seguida, abandona-os, por não conseguir ver os seus interesses individuais e familiares atendidos, e em seguida reaparece soltando a sua fúria peculiar contra o governo que ela defendeu e ajudou a eleger pela terceira vez. A parlamentar disse ainda que a tática dela é a mesma: hoje assume uma posição, amanhã assume outra totalmente contrária, consolidando uma postura demagógica e populista de quem está com os olhos voltados para 2018.
Foi nesta mesma linha que seguiu o também deputado federal Cesar Halum, que da tribuna do parlamento federal, disse de alto e bom som, que a Kátia Abreu é oportunista, pois foi eleita duas vezes às custas do governador Marcelo Miranda, porque sozinha não ganharia a eleição, e mesmo com muito esforço dos peemedebistas, só consegui com 0,7% de diferença. Ele disse ainda que, a senadora aproveita a imprensa para ganhar visibilidade, com pretensões eleitoreiras, apesar da falta de apoio. Segundo o mesmo, é por esta dura realidade que ela está articulando a candidatura ex-presidente Dilma Rousseff, que comporia a sua chapa, disputando uma vaga de senadora pelo Tocantins. Na oportunidade o deputado garantiu que este desespero é porque Kátia Abreu não encontra um líder tocantinense que queira fazer parte de seu projeto politico.
Uma trajetória inconveniente
A trajetória da senadora Kátia Abreu se confunde com noticiários de rodapé de impressos de periferias, basta observar que no cenário nacional a congressista só ganhou notoriedade devido o enfrentamento com o Governo Lula, momento em que contribui significativamente para enterrar a CPMF, fato que foi esquecido pelos petistas quando ela, novamente, por pura conveniência politica, virou “amiguinha de infância” da presidente Dilma Rousseff que, sensibilizada pelos atos solidários da parlamentar, a presenteou com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ali, também por conveniência, abandonou a pauta do agronegócio, que muito bem defendia como presidente da CNA – Confederação Nacional da Agricultura, onde hoje os atuais dirigentes não aceitam seu regresso, e como recado determinaram que, sua foto oficial como indesejada mandatária da instituição, fosse alojada na gaveta do arquivo morto.
Como dilmista para todas as horas, Kátia Abreu, abraçada novamente às conveniência politicas, não engoliu, não engole e não engolirá o presidente Michel Temer, estrela principal do seu partido, o PMDB. Buscando forças para desestabilizar o a atual ocupante do Palácio do Planalto, a senadora aliou-se a uma das figuras públicas mais contestadas do Brasil, Renan Calheiros. Juntos, inauguraram em Brasília, uma “parceria de interesses particularizados”, iniciativa vigiada de perto pela Força Tarefa da Lava Jato. Com a desfaçatez de uma união com viés voltado para ações à margem da legalidade, a dupla então armou, na residência da senadora, um jantar com o único proposito de consolidar a voz caolha e desmerecida dos dois senadores. Ela, por conveniência, crente no silêncio conivente das autoridades fiscalizadoras, certa da morosidade da Justiça e amparada por milhões de eleitores, todos hipnotizados e contaminados pelos recursos oriundos dos cofres do “Departamento de Propina” da Odebrecht, sassaricava luminosa pelas redações da grande imprensa, se vendendo diferente. A casa caiu!!!
Aliança sem povo
Esta recém inaugurada aliança entre Kátia Abreu e Renan Calheiros, certamente não foca a defesa dos interesses públicos. Por um lado, a congressista tocantinense investia na visibilidade conveniente para disputar o Palácio Araguaia em 2018, a seu modo, acreditando que sua luminosidade de “paladia da moral e da ética” nuca seria apagada pela Operação Lava jato. Por sua vez, o senador alagoano está muitíssimo preocupado com sua situação, complicadíssima, pois ele 13 investigações na Lava Jato. O líder do PMDB também reage à perda de força política. Além disso, ele tenta reverter o sentimento popular em seu Estado, que não lhe é favorável. O mais recente levantamento do Paraná Pesquisa indica que, se a eleição fosse hoje, Renan Calheiros seria 3º ou 4º mais votado para senador. O Resultado aponta Ronaldo Lessa (PDT) e Teo Vilela (PSDB) favoritos ao Senado, enquanto ele está empatado com Benedito de Lira (PP).
Recentemente, em ato de consolidação dos interesses destes dois malfeitores, o senador Renan Calheiro reclamou para Kátia Abreu, que tem menos espaço no Governo de Michel Temer do que tinha na gestão de Dilma Rousseff. Afirmamos aqui, pelos que já lemos e pesquisamos, que esta queixa é verdadeira. No Governo do PT, ele controlava a bilionária Transpetro, e dali canalizou ilicitamente milhões de reais para suas campanhas politicas e de seus apaniguados. Este currículo do senador alagoano, em forma de ficha policial, deve ter cimentado novas perspectivas políticas na alma de sua nova aliada, que novamente com os olhos voltados para o Tocantins, anunciou uma iniciativa que beira a irresponsabilidade. Em apoio à criação de uma associação de ex-prefeitos, ela quer que defensores públicos, pagos com recursos do Tesouro Estadual, atuem nas defensas destes ex-gestores que, enquanto administravam seus municípios, praticaram os mais variados atos de corrupção, e agora, tendo a senadora Kátia Abreu como aliada, conhecedora dos caminhos opostos à legalidade que é, querem fugir de suas responsabilidades, burlando as normas na tentativa de escapar das garras da justiça.
Adjetivos ofensivos
Esta senadora, que durante anos rabiscou invencionices coloridas na mente do povo tocantinense, fazendo crença de sua respeitabilidade para com a coisa pública, se mostra agora desnuda de moral e ética, e assim é retratada nos mais importantes veículos de comunicação do Brasil. Ela agora está despida da áurea da seriedade, pois a delação do executivo Cláudio Melo Filho, a destacou como um exemplo da arrogância e truculência para receber a propina da Odebrecht. Segundo o delator em questão, por força do oficio, foi obrigado a atender uma ligação telefônica, e do outro lado se identificou a parlamentar tocantinense, dizendo que já tinha acertado com o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, que queria ajudá-la e por isso ela estava ligando para receber os recursos ilícitos, imediatamente. Ele garante que não acreditou nela e então foi destratado com inúmeros adjetivos ofensivos, o que para o povo tocantinense é próprio da congressista em questão. Esta é a Kátia Abreu que temos. Alguns desavisados querem outra, mas é essa a única disponível, e provavelmente, por suas conveniências políticas, será descartada pela maioria dos eleitores, em qualquer eleição.