Governistas já prepararam discurso para minimizar a menção ao líder do governo na Câmara feita pelo presidente em conversa com Luis Miranda

 

Por Igor Gadelha

 

Ministros e auxiliares de Jair Bolsonaro já admitem, nos bastidores, que o presidente pode ter mencionado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), na conversa com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), no Palácio da Alvorada, em 20 de março.

 

À CPI da Covid, no Senado, Miranda contou que, na reunião, teria denunciado a Bolsonaro supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin e que o presidente teria dito que “isso é coisa de fulano”. O fulano, segundo o deputado do DEM, seria o líder do governo na Câmara.

 

Auxiliares do núcleo político do governo ouvidos pela coluna reconhecem que Bolsonaro pode ter se referido a Barros, mas já ensaiam discurso para minimizar o fato. O argumento será o de que a fala seria uma expressão de “desconfiança”, e não de “conhecimento de um fato”.

 

Até agora, Bolsonaro ainda não confirmou nem desmentiu publicamente a fala de Miranda. Em entrevistas após seu depoimento à CPI, o deputado do DEM sugeriu que seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que participou do encontro no Alvorada, pode ter gravado a conversa.

 

Posted On Quinta, 01 Julho 2021 16:52 Escrito por

De acordo com os dados do CAGED, o Estado tem um saldo positivo de 8.451 novas vagas, o que corresponde a uma variação positiva de 4,57%, no acumulado de janeiro a maio de 2021

 

Por Nayna Peres

 

Segundo os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do mercado formal, referentes ao período de janeiro a maio de 2021, o Tocantins manteve os bons números dos últimos meses e segue como um dos estados que mais abriu postos de trabalho, figurando na primeira colocação entre os estados do Norte do país, com um crescimento de 4,57%. Em seguida, estão os estados do Acre, Pará, Roraima e Rondônia.

 

No citado período, foram contratadas 35.608 pessoas e desligadas 27.157, o que gerou um saldo positivo de 8.451 novas vagas de emprego. Em números percentuais, isso representa um crescimento de 4,57%.

 

No Brasil, o Tocantins ocupa a quinta colocação entre os cinco que mais geraram empregos na variação relativa de criação de postos de trabalho formais. No acumulado do mês de maio de 2021, segundo dados do CAGED, divulgados na manhã desta quinta-feira, 1, pelo Ministério da Economia.

 

Em primeiro lugar está Santa Catarina, que registrou um crescimento de 5,15%, seguido pelo Mato Grosso, com 5,12%, seguido pelo estado de Goiás, com 5,03%, e na quarta colocação, Mato Grosso do Sul, com 4,58%.

 

Diante do cenário atual, é possível afirmar que as ações desenvolvidas pelo Governo do Tocantins, determinadas pelo governador Mauro Carlesse, na busca por novos investidores e incentivos às empresas que já se encontram em atividade no Tocantins, têm contribuindo para os resultados positivos, o que reflete a crescente geração de emprego e renda.

 

Construção civil e Indústria destacam-se na criação de novos postos de trabalho

 

Os setores econômicos com os melhores desempenhos em maio, relativamente, foram a construção civil, que contratou 1.392 pessoas e desligou 944, gerando um saldo de 448 vagas de empregos - o que representa um crescimento de 3,56%. No setor de indústria, foram contratados 896 novos trabalhadores e 538 desligamentos, o que trouxe um saldo positivo de 358 novos postos de trabalho, uma melhora de 1,70%.

 

Vale ressaltar que o setor de comércio também segue com números promissores: foram admitidas 2.174 pessoas, ao passo que houveram 1.745 desligamentos, gerando um saldo de 429 novas vagas e uma variação positiva de 0,79%.

 

Para o secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra, os bons números vêm acompanhados das medidas adotadas pelo Governador Mauro Carlesse, no intuito de fortalecer os setores produtivos do Estado.

 

Em atenção às diretrizes do governador Carlesse, muito tem sido feito pela Indústria e Comércio para atrair novas empresas e manter os empreendimentos que aqui já estão instalados. Entre elas está a aprovação e concessão de benefícios fiscais, através do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Tocantins (CDE-TO).

 

“O Tocantins possui os melhores programas de incentivos fiscais do País, e muito tem sido feito para que o maior número de empresas cheguem ao Estado e se estabeleçam. Só nos primeiros meses deste ano, 20 empresas (locais e de outros Estados), foram beneficiadas por essas iniciativas de atração e implementação de investimentos, o que garantiu a criação de tantos novos postos de trabalho”, concluiu.

 

 

Posted On Quinta, 01 Julho 2021 15:15 Escrito por

A lista de profissionais aptos foi encaminhada por ofício à Semus

 

 Com Assessoria

 

Dando continuidade a vacinação dos profissionais de limpeza urbana, nesta quinta-feira, 1º, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, acompanhou a imunização dos servidores da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp).

 

“Estou muito feliz de ver os nossos guerreiros, servidores da limpeza, vacinando. Eles nunca pararam, sempre dedicados em manter nossa cidade limpa e organizada. Agora, eles seguem trabalhando com mais segurança,” destacou a prefeita.

 

Orni Lourenço Souza é servidor do aterro sanitário e trabalha no local há mais de 07 anos. Depois de tomar a dose única da vacina, não conseguiu esconder a felicidade. “A gente trabalha com todo o lixo da cidade, em um local de risco. Estou muito feliz de estar imunizado. Vou trabalhar mais feliz e seguro”.

 

Cerca de 640 servidores têm direito à vacinação. Podem receber a vacina os trabalhadores lotados na Seisp, que atuem nas áreas da limpeza urbana, manutenção predial, jardinagem, coleta de resíduos sólidos, controle de pragas, destino final do lixo, varrição de ruas, poda de árvores, poda de grama, capina, limpeza de córregos, pintura de postes, meio fio, operacional e administrativo, dentre outros. A lista de profissionais aptos foi encaminhada por ofício à Semus.

 

Agendamento

 

Posteriormente, caso o trabalhador não tenha, por algum motivo, comparecido à ação, a vacinação estará disponível nas Unidades de Saúde da Família (USF) da Capital por meio do agendamento na plataforma de vacinação da Semus, no site. No entanto, será necessário comprovar o vínculo por meio de contracheque.

 

Posted On Quinta, 01 Julho 2021 15:13 Escrito por

QUANDO A EDUCAÇÃO FAZ A DIFERENÇA

Apesar de ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o governador Mauro Carlesse tem um comportamento diametralmente oposto ao do mandatário da Nação no quesito educação e interação interpessoal.

 

Carlesse mantém um diálogo aberto permanente com a imprensa, por meio de seu secretário de Comunicação, Elson Mendes que, junto com uma equipe de profissionais comunicólogos, está sempre com as portas abertas para os veículos de comunicação do Estado.

 

Já Bolsonaro, erroneamente, faz o contrário, destratando os profissionais da comunicação, a quem trata como verdadeiros inimigos.

Secretário de Comunicação, Élson Mendes

 

É por essas e outras que seu governo “sangra” nas manchetes da mídia nacional, que se esmera em mostrar seus desatinos e os resultados do seu negacionismo em relação á pandemia de Covid-19 que já beira as 600 mil mortes.

 

GEFERSON OLIVEIRA ENTREGA CARGO À RONIVON MARCIEL

O secretário de Governo de Porto Nacional, Geferson Oliveira protocolou seu pedido de demissão do cargo de secretário de Governo, que ocupava na gestão de Ronivon Maciel, seguindo viagem para Brasília, logo depois.

 

Segundo fontes, o prefeito Ronivon Maciel não aceitou o pedido de demissão e deve se reunir com o secretário demissionário ainda nesta sexta-feira.

 

Nos bastidores, Geferson é chamado de “primeiro Ministro” da gestão de Ronivon Maciel, e sua demissão teria causado rebuliço nas hostes do seu “padrinho político”, deputado estadual Ricardo Ayres, que indicou Geferson para o cargo, e que estaria extremamente descontente com o tratamento recebido pelo seu pupilo dentro do governo.

 

Já outra fonte afirma que Ricardo Ayres estaria bem mais que descontente, mas, para que não façamos pré-julgamentos nem citemos nomes , vamos aguardar os próximos capítulos em respeito aos envolvidos...

 

DESCONFORTO ENTRE CARLESSE E BANCADA FEDERAL

As críticas e denucismos feitos na imprensa e nas redes sociais tornaram-0se uma constante, envolvendo a gestão de Mauro Carlesse e vários deputados federais e senadores da oposição, depois que, em Gurupi, no último fim de semana, o governador generalizou uma crítica à atuação dos parlamentares.

 

A declaração de Carlesse desagradou alguns, mas, por outros, foi considerada contornável, mas o assunto acabou rendendo notas da bancada federal e do Palácio Araguaia, algumas colocando mais “lenha na fogueira” e outras tentando apaziguar a situação.

 

Críticas, elogios ou reclamações são parte do jogo democrático e cada um dá às declarações o peso que mais lhe convier dentro do campo político.

 

A única certeza é que tanto as críticas quanto as reações já fazem parte da antecipação do processo sucessório do ano que vem...

 

GOMES MANTÉM DISTÂNCIA DE DESAVENÇAS

Sempre calçado nas “sandálias da humildade” e da convivência harmônica com os líderes de todos os partidos políticos, sejam oposição, sejam situação aos governos de Jair Bolsonaro e de Mauro Carlesse, o senador Eduardo Gomes mantém o foco no seu trabalho de representante do povo tocantinense, em primeiro lugar, e de líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.

 

Sem se envolver em desavenças ou “saias justas”, Gomes vem fazendo a sua parte e mostrando um excelente serviço nas frentes para as quais foi destacado, mantendo a serenidade e a diplomacia que sempre marcaram sua carreira política.

 

Trocando em miúdos, uma “águia política” da melhor estirpe.

 

SEM PROFISSIONALISMO FICA DIFÍCIL CONSEGUIR O PÓDIO

 

Já está mais que provado: não basta ter dinheiro, poder, simpatia, ser de oposição ou situação ou ter o Diário Oficial como arma eleitoral.

 

Sem profissionalismo no marketing político, com acompanhamento e análises feitos por especialistas, dificilmente um candidato chegará ao pódio eleitoral em 2022.

 

Os políticos que estão apostando no improviso, principalmente com 14 milhões de desempregados no Brasil e com a monstruosa rejeição da classe política por parte da população, vão jogar dinheiro e popularidade fora, gastando, talvez, a única “bala” que têm na agulha.

 

A fome já faz parte do repertório eleitoral de milhões de brasileiros, desesperançosos do futuro.

 

Sem projetos de Estado e sem profissionais para trabalhar a imagem dos candidatos, ninguém vai parar para ouvir potocas.

 

Valorizar os profissionais de marketing e publicidade será o grande diferencial em tempos de escuridão e escassez, dentro do processo eleitoral de 2022.

 

Fica a dica!

 

“CONTAMINAÇÂO” PREVISTA

Os diversos partidos que formam o centrão têm, em suas hostes, diversos deputados com processos e condenações por atos não republicanos praticados desde os governos de Collor de Mello, FHC, Lula, Dilma e Temer e, em breve, vão aparecer os que também se comprometeram com a Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro.

 

Muitos desses parlamentares foram partes atuantes nos impeachments de Collor e de Dilma e, ao mesmo tempo, ajudaram a “salvar” Michel Temer em troca de participação e de benesses do poder.

 

Será que Bolsonaro será acometido da mesma “contaminação” em seu governo para continuar a ser presidente?

 

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos...

 

SUPERIMPEACHMENT

Partidos políticos, parlamentares, movimentos sociais e entidades da sociedade civil protocolaram nesta quarta-feira (30) na Câmara o chamado "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

 

O "superpedido" tem 46 signatários e consolida argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. Entre esses argumentos, está o mais recente — o que aponta prevaricação do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

 

BOLSONARO VETOU DEMISSÃO DE ACUSADO DE PEDIR PROPINA

Em outubro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro impediu que Roberto Ferreira Dias fosse exonerado.

 

O então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu a demissão do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, em 28 de outubro de 2020, segundo o repórter Cézar Feitoza, da CBN.

 

O despacho foi enviado para a Casa Civil. No entanto, por pressão política, Jair Bolsonaro vetou a demissão. O presidente teria sido influenciado pelo então presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

 

O pedido de demissão se dava por suspeitas de irregularidades em um contrato assinado por Dias para compra de 10 milhões de kits de testes de Covid.

 

O servidor foi exonerado nesta quarta-feira (30), após a revelação de que ele pediu propina à empresa Davati Medical Suply na negociação de vacinas da AstraZeneca.

 

BARROS SERÁ “ENTREGUE ÀS PIRANHAS” PARA SALVAR BOLSONARO

Eleito na onda bolsonarista em 2018 e rompido com o governo desde 2019, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) assinou, ontem, seu décimo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Frota é um dos signatários do chamado superpedido de impeachment. Na avaliação dele, integrantes da tropa de choque do Planalto vão entregar a “cabeça” do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), para preservar o presidente.

 

“Fui o primeiro a dizer que este governo é corrupto. E fui massacrado por isso. Agora entendem que é um governo de bandido, de propineiro”, disse ao Congresso em Foco. “Barros vai ser entregue às piranhas para salvar Bolsonaro”, acrescentou, em alusão ao deputado suspeito de participar de esquema de corrupção no Ministério da Saúde.

 

Frota entregou ao relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), documentos que indicam, segundo ele, que pessoas investigadas na CPI das Fake News estão por trás dos ataques a membros da atual comissão parlamentar de inquérito. Segundo ele, os nomes têm ligação com gabinetes de parlamentares, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

 

“MINISTÉRIO DA SAÚDE É A PATROBRAS DE BOLSONARO”

A sucessão de denúncias de corrupção envolvendo o Ministério da Saúde reforçou o discurso dentro do PSD de afastamento do presidente Jair Bolsonaro. Vice-líder da bancada na Câmara, o deputado Fabio Trad (MS) fez, nesta quarta-feira (30), um apelo ao presidente do partido, Gilberto Kassab, para que a legenda se afaste definitivamente de Bolsonaro.

 

Para Trad, não há comparação entre as acusações feitas contra Bolsonaro e as que resultaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. No caso de Dilma, observou, o questionamento era sobre uma manobra orçamentária. Agora, destacou, as denúncias são de crime, tanto em relação ao comportamento do presidente diante da pandemia quanto à suspeita de que o Bolsonaro prevaricou, ao não determinar investigação de um esquema de corrupção na compra de vacinas.

 

“O Ministério da Saúde é a Petrobras de Bolsonaro”, disse Trad à imprensa, em alusão aos desvios na estatal petrolífera que desencadearam a queda de Dilma.

 

 

Posted On Quinta, 01 Julho 2021 07:37 Escrito por

Dominghetti Pereira, homem que denunciou suposto esquema de corrupção no governo Bolsonaro. Ele é policial militar em Minas Gerais e responde por 37 processos judiciais

 

Por Lauriberto Pompeu e G1

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid decidiu antecipar para esta quinta-feira, 1º, o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti, policial militar de Minas Gerais que diz ter recebido pedido de propina para fechar contrato com o Ministério da Saúde ao oferecer vacina da AstraZeneca. Dominguetti iria depor aos senadores na sexta-feira, 2, mas agora ocupará o tempo reservado à oitiva de Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos.

 

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse ao Estadão que a mudança ocorreu porque a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidiu acatar pedido de Maximiano para permanecer em silêncio.

 

Sob o argumento de que não vão tolerar “um outro Wizard” – uma referência ao empresário Carlos Wizard, que nesta quarta-feira, 30, se recusou a responder a perguntas, amparado em decisão judicial – senadores da CPI vão recorrer da decisão de Rosa Weber, que concedeu habeas corpus a Maximiano.

 

Conhecido como Max, o empresário comanda a Precisa Medicamentos, que negocia no Brasil a aquisição da vacina indiana Covaxin. Segundo a decisão do STF, Max precisa comparecer ao interrogatório, mas poderá se recusar a responder perguntas ‘potencialmente incriminatórias’.

 

O dono da Precisa chegou a pedir ao Supremo para ser alçado ao status de investigado, o que lhe livraria de assinar o termo de compromisso em falar a verdade, mas não conseguiu.

 

Já Luiz Paulo Dominguetti, que vai depor nesta quinta-feira, não apresentou qualquer recurso ao STF. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Dominguetti disse ter aberto negociação com o governo em nome da empresa Davati Medical Supply para vender 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. De acordo com ele, o então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou propina de US$ 1 por dose para que a negociação avançasse, o que acabou não ocorrendo. Ferreira Dias foi demitido.

 

Em depoimento à CPI, na semana passada, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luís Ricardo, servidor do Ministério da Saúde, também citaram Ferreira Dias como sendo um dos gestores que faziam pressão para acelerar o negócio com a Precisa, intermediária da venda da Covaxin, mesmo com suspeitas de irregularidades no contrato. Além disso, o deputado Miranda confirmou ao Estadão que foi oferecida a ele propina para que o irmão destravasse o negócio.

 

Saiba quem é Dominghetti Pereira, homem que denunciou suposto esquema de corrupção no governo Bolsonaro

O homem que se apresentou como representante da Davati Medical Supply - que diz ser intermediária na venda da AstraZeneca - e denunciou um suposto esquema de propina em reportagem do jornal Folha de São Paulo, é o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominghetti Pereira.

 

Segundo a corporação, ele trabalha no município de Alfenas, no Sul do estado.

 

Na reportagem da Folha de São Paulo, Luiz Paulo disse que negociou com representantes do Ministério da Saúde a venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, e só não fechou negócio porque não concordou em pagar propina.

 

O envolvimento do PM neste tipo de negócio é recente, como explicou um homem que trabalhou com ele, tentando vender vacinas às prefeituras mineiras. Ele não quis se identificar.

 

“Eu conheci ele mais ou menos em fevereiro deste ano. Foi na época que o estado do Amazonas estava tendo aquele colapso da Covid”, disse o homem.

 

Segundo o funcionário, nenhum contrato chegou a ser assinado.

 

Responde a 37 processos na Justiça

Luiz Paulo Dominghetti Pereira morou em Belo Horizonte até o fim do ano passado. Segundo os moradores, a família era reservada e praticamente não tinha contato com a vizinhança. O dono do apartamento em que ele morava disse que Dominghetti saiu devendo quatro meses de aluguel, e ainda responde, na Justiça, a um processo de cobrança desta dívida.

 

Em outro processo, o PM é acusado por uma mulher de ter comprado um carro financiado em nome dela. Além de não pagar as parcelas, levou multas que estão em nome da proprietária e sumiu com o veículo, que até hoje não foi localizado. Ao todo, o nome dele aparece em 37 processos na Justiça.

 

A Davati negou que Luiz Paulo seja seu representante no Brasil e admitiu que não tem convênio com a AstraZeneca. O laboratório responsável pela vacina afirmou que não tem empresas privadas como representantes e que só vende imunizantes contra a Covid para governos e organismos multilaterais.

 

A Polícia Militar de Minas Gerais informou que Luiz Paulo Dominguetti Pereira, autor da denúncia de cobrança de propina no Ministério da Saúde, é integrante da força no estado e atualmente está lotado no batalhão da cidade de Alfenas, no Sul de Minas.

 

Depois que a denúncia veio a público, a PM de Minas instaurou relatório de investigação preliminar para apurar se a conduta dele fere o código de ética e disciplina da instituição.

 

Ainda segundo a PM, no ano passado, Dominghetti trabalhou no gabinete militar do governo do estado, mas foi afastado da função por não corresponder ao perfil necessário de atuação no órgão.

 

Posted On Quinta, 01 Julho 2021 06:54 Escrito por