SENADOR EDUARDO GOMES NO TOCANTINS, CUMPRINDO AGENDA DE TRABALHO
O senador Eduardo Gomes cumpre agenda cheia em Brasília, na liderança do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e como relator de diversos projetos de interesse do povo brasileiro e na garimpagem de recursos para o estado e municípios do Tocantins.
No próximo fim de semana, Gomes reservou espaço em sua agenda para vir ao Tocantins com uma extensa lista de encontros com lideranças políticas, das quais colherá sugestões e reivindicações para, sempre munido de sua habitual humildade, retomar a busca incessante por recursos e convênios federais quando voltar à Brasília.
AÍLTON ARAÚJO COM O PÉ NA ESTRADA
O ex-prefeito de Santa Rosa, Aílton Araújo, tem percorrido a Região Sudeste, Sul e Central do Estado, em busca de apoio político para sua candidatura a deputado estadual.
Por enquanto, ele não está preocupado sobre a legenda pela qual disputará o cargo. Sua prioridade é mostrar que conhece as demandas e as necessidades primais do povo sofrido e construir uma plataforma que se mostre capaz de dirimir os problemas e apresentar soluções de curto, médio e longo prazo.
Só depois de ter a sua base e a sua plataforma pronta é que Aílton decidirá o partido e quem vai apoiar para governador, senador e deputado federal.
Um exemplo de firmeza e sabedoria política, artigos raros em tempos atuais.
FALANDO EM REPRESENTATIVIDADE DO SUDESTE
Caso a Região Sudeste queira voltar a ter representatividade na Câmara dos deputados e na Assembleia Legislativa, precisa encontrar candidatos que estejam postulando os cargos parlamentares em benefício do povo e, não, do próprio umbigo.
Candidatos que vivenciem a busca por soluções para o Sudeste 24 horas por dia. E eles existem, assim como os falsos profetas que só pensam em estar sob o ar condicionado em seus gabinetes, enquanto o povo continua a sofres com o calor e a seca.
Estamos de olho!
OS PARAQUEDISTAS NO SUDESTE
Com a aproximação do ano eleitoral, diversos paraquedistas começam a pousar em terras do Sudeste do Tocantins, em busca dos votos que serão usados apenas para seus interesses pessoais, caso sejam eleitos.
Alguns filhos da região, que nunca fizeram nada pelo povo do Sudeste e têm residência em Brasília estão entre esses paraquedistas oportunistas.
É bom a população do Sudeste abrir o olho e ligar seus radares antifalsidade, para não acabar “votando em gato por lebre”.
Todo cuidado é pouco!
OITO ANOS SEM SALOMÃO
Neste último dia 25 de setembro completaram-se oito anos que o meu professor, conselheiros, amigo e irmão, Salomão Wenceslau partiu para os braços do Pai Celestial.
Salomão deixou vivo, dentro de cada um que teve a honra de ser seu amigo, muitos ensinamentos, exemplos de amor ao próximo, dando pão a quem tinha fome a abrigo para quem tinha frio, exemplificando, de forma natural, o que era, realmente, ser amigo.
À minha irmã de coração e guerreira por opção, Joana Castro e ao nosso sobrinho querido, Aurélio, nossos desejos de que Deus continue confortando seus corações, e enchendo seu lar de carinho para diminuir a saudade.
Mais uma vez, obrigado, meu irmão Salomão!
ÚNICA VAGA DE SENADOR: QUEM SERÁ?
Em 2022 estará em disputa uma única vaga de senador pelo Estado do Tocantins.
Até agora, nenhum nome despontou como favorito para vencer essa batalha. Porém, caso o governador Mauro Carlesse decida se candidatar ao Senado, dificilmente será derrotado, independente por qual partido o faça, pois tem um grupo político acima de qualquer sigla partidária e que já se mostrou capaz e tarimbado para realizar um grande trabalho de campanha.
A gestão de Carlesse conquistou um conceito, uma marca dentre todas as gestões que o Tocantins já teve, tornando seu governo capaz de deixar um legado difícil de ser esquecido, assim como se o seu nome estiver nas urnas como postulante ao Senado.
GOVERNO DE CINTHIA RIBEIRO TEM CONCEITO
A prefeita de Palmas e o Governador de São Paulo João Dória
A gestão de Cinthia Ribeiro na Capital, Palmas, também vem se mostrando uma administração de conceito, com ótimos índices de popularidade e reconhecimento popular, que a transformarão em uma valiosa “cabo eleitoral” nas eleições do ano que vem, com alta capacidade de transferência de votos.
Nesta próxima semana a prefeita estará entregando mais 500 unidades populares de habitação para famílias de baixa renda, com previsão de entrega de outras centenas de moradias em 2022.
Para este ano, ainda estão reservadas diversas obras a serem entregues à população palmense.
TERCEIRA VIA AMEDRONTA DIREITA E ESQUERDA
Caso surja uma candidatura capaz de incomodar os polarizados Lula e Bolsonaro para as eleições presidenciais de 2022, será uma grande oportunidade para o povo brasileiro que está insatisfeito com a Direita e com a Esquerda.
Essa possibilidade vem deixando os dois quartéis-generais, de Lula e de Bolsonaro, muito preocupados e tensos, pois sabem que a rejeição aos dois é imensa, pois uma terceira via forte vai significar, efetivamente, que um dos dois ficará de fora no segundo turno.
Porém, subestimar as forças de Lula e de Bolsonaro continua sendo uma “cegueira política”, pois os dois “times” já mapeiam os possíveis nomes que podem se transformar em terceira via para começar a combatê-los desde o nascedouro.
PSOL NÃO TERÁ CANDIDATO A PRESIDENTE
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) reelegeu o historiador e cientista político Juliano Medeiros como presidente nacional do partido. A recondução ocorreu durante o 7º Congresso Nacional da sigla neste fim de semana, e trouxe definições sobre organização partidária e táticas eleitorais para 2022.
Durante o evento, a legenda também decidiu não apresentar uma pré-candidatura à Presidência da República, preferindo focar seus esforços na construção de uma frente eleitoral das esquerdas no plano nacional. Também foi estabelecida como prioridade a luta pelo impeachment imediato de Jair Bolsonaro.
LUIZA TRAJANO NÃO QUER NADA COM POLÍTICA
A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano, que participa neste domingo, 26, de evento do Parlatório, grupo que reúne formadores de opinião de todo Brasil, negou que entrará na vida pública para disputar qualquer cargo eletivo.
"Não sou candidata e não atendi as pessoas que me procuraram”, disse a empresária, uma das líderes do movimento Mulheres do Brasil, que hoje reúne, segundo ela, 95 mil mulheres.
Luiza Trajano é a única a mulher a figurar na lista da revista Forbes, divulgada no dia 18 deste mês, como uma das pessoas mais ricas do mundo na 8ª posição.
BOLSONARO PERTO DO PROGRESSISTAS
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda acredita na filiação do presidente da República Jair Bolsonaro ao seu partido, o Progressistas, para a disputa de 2022. "Hoje o partido mais perto do presidente se filiar eu 'ACHO' que é o Progressistas", escreveu Ciro ao Broadcast Político em mensagem por aplicativo neste fim de semana.
Após uma disputa por controle político e financeiro do partido, o chefe do Executivo saiu do PSL, sigla pela qual se elegeu, em novembro de 2019. Bolsonaro negociou sua filiação com pelo menos nove partidos, mas, até agora, não fechou com ninguém. Sem partido há 22 meses, ele precisa se filiar até abril do ano que vem, seis meses antes da eleição, caso pretenda disputar a reeleição ou qualquer outro cargo.
INSCRIÇÕES PARA CONCURSO DA CAIXA TERMINAM HOJE
Terminam nesta segunda-feira (27), às 23h59, as inscrições para o concurso da Caixa para técnico bancário e técnico bancário na área de tecnologia da informação. Segundo o edital, que foi retificado na última quarta-feira (22), o banco oferece mil vagas de nível médio exclusivamente para pessoas com deficiência (PcD). Outras 100 vagas estão previstas para cadastro reserva.
As inscrições podem ser feitas na página da Fundação Cesgranrio e custam R$ 30. As provas serão realizadas no dia 31 de outubro. A data prevista para divulgação do resultado é 10 de dezembro, e a remuneração inicial é de R$ 3 mil. Com benefícios e auxílios, no entanto, a remuneração pode passar de R$ 4 mil. A Caixa oferece para seus funcionários auxílio refeição, auxílio creche, participação nos lucros e resultados e plano de carreira.
MAIS 2 MILHÕES DE DOSES DA PFIZER
O Ministério da Saúde informou que recebeu mais 2 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19. O carregamento foi entregue no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) ontem, dia 26. Segundo a pasta, das mais de 287 milhões de doses distribuídas aos estados, 75,9 milhões são da Pfizer.
De acordo com o vacinômetro do ministério, 229 milhões de doses foram aplicadas em todo o país, sendo que 143,9 milhões foram destinadas para aplicação da primeira dose e 85,2 milhões são de segunda dose ou única.
Na sexta-feira (24), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), entregou mais de 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 ao Ministério da Saúde, somando o total de 4,5 milhões de doses entregues na semana.
O senador Irajá Abreu e o empresário Edson do Tabocão estiveram mais uma vez no Bico do Papagaio, agora em Tocantinópolis e Augustinópolis, para conversar com lideranças regionais e colher sugestões para ajudar a região com políticas públicas sociais e de geração de empregos.
Por Edson Rodrigues
Pensando no futuro embate eleitoral de outubro de 2022, sem as coligações proporcionais , e a vontade explícita dos eleitores de ver novas peças sobre o tabuleiro sucessório, o senador Irajá Abreu se junto ao empresário de sucesso, Edson Tabocão, detentor de um grande império empresarial, conquistado com seu próprio suor e de seus colaboradores, começando a vida como borracheiro e que, hoje, é proprietário de mais de 20 postos de combustíveis no Tocantins, em Goiás e em Minas Gerais e que expandiu sua atuação para o setor da agropecuária, com a criação de gado de corte.
Edson Tabocão nunca havia se envolvido com política, mas parece ter sido “picado pela mosca azul” e vem, cada vez mais, gostando e se entrosando com as lideranças políticas da Região Norte, onde seus negócios estão concentrados e onde já percorreu 25 municípios do Bico do Papagaio, coversando e ouvindo as demandas de prefeitos, vereadores e lideranças classistas, com foco no futuro do Tocantins e da Região, com a apresentação de propostas e novas oportunidades que possam mudar a realidade da população local.
Senador Irajá Abreu
A aposta é na eleição de novos nomes que ajam como representantes da Região Norte do Tocantins junto à Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no governo do Estado, e a manutenção dos bons representantes que já estão nos cargos, substituindo os que não mostraram bom desempenho.
Mas, a principal proposta é eleger Edson Tabocão para o governo do Estado, já apresentado pelo senador Irajá Abreu como pré-candidato ao Executivo estadual, com a estratégia de estarem todos sentados à mesa de discussões, elaborando a formação de uma chapa de candidatos que representam as mudanças e as ideias do grupo, sem fazer composições com grupos políticos que não tenham os mesmo interesses.
O evento contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças de todo estado
Quem esteve presente no giro de Irajá Abreu e Edson Tabocão pela Região do Bico do Papagaio foi o ex-prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Amastha.
Uma união de forças que deve ser acompanhada de perto.
Não é suposição, muito menos palpite: sem “calçar as sandálias da humildade”, no atual cenário político, com uma única vaga de senador, oito de deputado federal e 14 de deputado estadual em disputa, os atuais tocantinenses detentores de mandatos no Legislativo encontrarão enormes dificuldades para conseguir suas reeleições – com raríssimas exceções – com a manutenção das mesmas regras eleitorais do pleito municipal do ano passado, sem as coligações proporcionais
Por Edson Rodrigues
A situação para os deputados que pretendem a reeleição é um verdadeiro “cada um por si e Deus por todos”. Os chefetes e “donos” de partidos que não se preocuparam em oxigenar suas legendas, fazê-las crescer atraindo novas lideranças, ficaram reféns de si mesmos, principalmente aqueles que já detêm cargos nos parlamentos, pois a previsão é de que, pelo menos, 60% deles dificilmente conseguirão permanecer nos cargos via voto popular, a menos que adotem novas formas de proceder.
A primeira modificação, será “calçar as sandálias da humildade” e se revestir de muita sabedoria, caso queiram ser reeleitos. A previsão dos especialistas e analistas de plantão é de que haverá uma renovação profunda no quadro de representantes, pois, para um partido conseguir eleger um deputado federal ou estadual, será uma tarefa hercúlea para cada posto conquistado.
Os partidos que têm em seus quadros parlamentares no gozo do cargo, dificilmente encontrará quem queira ser candidato em suas chapas, pela desigualdade de forças entre os que buscam a reeleição e os que buscam um primeiro mandato.
NO SENADO NÃO PASSA
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, (Foto) já afirmou que a volta das coligações proporcionais não passará, pois representa, segundo ele, a volta dos partidos de aluguel e dos candidatos eleitos sem a vontade popular, catapultados ao cargo por conta da votação dos “puxadores de votos”. Ou seja, será o fim dos “partidecos” e o fortalecimento dos partidos tradicionais, trazendo mais condições de governabilidade dos estados e do próprio País.
Com partidos fortes, as possibilidades de se sentar à mesa para discutir aas prioridades nacionais e estaduais passa a ser muito mais clara, sem a interferência dos interesses pessoais ou barganhas que só enfraquecem a Democracia.
GRANDES LÍDERES
Com essa decisão já encorpada no Senado, ganham os estados e ganha o Brasil, em seus parlamentos, pois proporciona que a humildade entre os políticos seja uma característica predominante, o que representa a volta de uma linhagem semelhante aos grandes líderes que esta nação já teve, que não agiram com o orgulho e voltaram á vida pública por cargos menores para, simplesmente, continuar servindo ao povo, como o saudoso Nelson Carneiro, deputado federal por três mandatos, senador por outros quatro (32 anos) e morreu candidato a vereador pela cidade do Rio de Janeiro.
Eduardo Suplicy, senador por São Paulo por três mandatos e, atualmente, vereador em segundo mandato na capital paulista, sendo o mais votado na última eleição.
Heloisa Helena, senadora por Alagoas, cujo último cargo eletivo foi o de vereadora em Maceió, exercido por dois mandatos até 2017.
Ibsen Pinheiro, deputado federal por quatro mandatos, presidente da Câmara Federal, condenado, inocentado e que retornou á vida pública como vereador de Porto Alegre, RS e morreu deputado federal pelo seu estado.
Iris Rezende Machado, governador de Goiás por dois mandatos, ministro da Justiça e da Agricultura e que encerrou sua vida pública com três mandatos como prefeito de Goiânia.
Iran S1araiva, deputado estadual, deputado federal, senador por Goiás, Ministro do tribunal de Contas da União e, depois de aposentado, voltou à vida pública com dois mandatos consecutivos de vereador.
Maguito Vilela, vereador de Jataí, deputado estadual, vice-governador de Goiás e senador. Ao fim do mandato, elegeu-se prefeito de Aparecida de Goiânia e falecido como prefeito eleito de Goiânia.
Moisés Avelino, prefeito de Paraíso do Tocantins, governador do Estado, deputado federal, retornou à vida pública como prefeito de Paraíso por dois mandatos.
E, finalmente, Siqueira Campos, vereador em Colinas, deputado federal por cinco mandatos, governador por quatro mandatos e, atualmente suplente de senador.
Ou seja, não basta ser eleito. Precisa ter aptidão e vocação para servir ao povo, seja em que cargo for.
A uma semana do próximo ato nacional que deve levar manifestantes às ruas das principais cidades brasileiras pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, marcado para o dia 2 de outubro, lideranças políticas à esquerda e à direita ainda debatem se é possível coordenar os esforços de antigos rivais na campanha
Por Bruno Ribeiro e Tulio Kruse
O Estadão questionou o comando de 14 legendas dos mais variados espectros políticos que declaram oposição ao atual governo, do PT ao Novo, sobre quais são os entraves que dificultam uma eventual união em torno da bandeira do “Fora Bolsonaro”. Os principais motivos informados pelos partidos vão de falta de consenso interno sobre a abertura de um processo contra o presidente a questões relativas a interesses que têm como norte a eleição presidencial de 2022.
Ato contra Bolsonaro do dia 12 de setembro na Paulista: com diferenças entre lideranças oposicionistas, impeachment não avança © TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Ato contra Bolsonaro do dia 12 de setembro na Paulista: com diferenças entre lideranças oposicionistas, impeachment não avança
Em comum, todos os partidos integram o fórum Direitos Já!, que se tornou um dos polos de oposição que tentam construir uma frente ampla para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) a abrir o processo de impeachment de Bolsonaro. Algumas dessas siglas, no entanto, não têm ainda posição sobre o assunto.
Parte das lideranças argumenta que o ambiente para a formação de uma ampla coalizão se construiu a partir das manifestações do último 7 de Setembro. Na ocasião, ao discursar em Brasília e em São Paulo, Bolsonaro ameaçou descumprir ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – o que em tese configura crime de responsabilidade –, e seus apoiadores pediram uma intervenção militar no País e o fechamento da Corte.
Outros líderes partidários ponderam que seriam necessários gestos no sentido de uma clara suspensão da pré-campanha de 2022 para que todos os partidos e seus pré-candidatos pudessem se concentrar na abertura do processo de deposição do presidente.
Para alguns partidos de centro, no entanto, entrar de vez no bloco do impeachment ainda é uma incerteza. Siglas como o PSD e MDB ensaiaram uma mudança de posição nos dias seguintes aos atos do Dia da Independência, mas, com o recuo na forma de uma carta à Nação divulgada por Bolsonaro nas redes em tom de desculpas a Moraes, os dirigentes partidários agora sinalizam uma acomodação. Uma grande mobilização popular nas ruas das principais cidades brasileiras em oposição a Bolsonaro é citada por todos como uma condição essencial para a mobilização conjunta, sem a qual o cenário não deve mudar.
Para o coordenador do Direitos Já, Fernando Guimarães, é preciso deixar de lado as diferenças e se unir em torno de um objetivo comum. “Quem tiver compromisso com a democracia vai colocá-la acima de tudo”, disse Guimarães, que tem se esforçado para juntar no mesmo palco representantes de correntes divergentes e até rivais políticos. “Este é um momento em que precisamos estar preocupados em mobilizar a sociedade, e somar na rua todos aqueles que tenham a clareza da sua responsabilidade histórica, para deixar de lado as questões eleitorais e os projetos políticos.” PSDB, PDT, Cidadania e PV devem estar no ato do dia 2 pelo impeachment de Bolsonaro com os partidos de esquerda na Avenida Paulista.
O QUE PENSAM OS DIRIGENTES
Antonio Neto, integrante da executiva nacional do PDT
“Houve uma confusão por parte dos companheiros que decidiram não ir (ao ato no dia 12). Eu reputo isso um erro. A história do mundo mostra que nos momentos-chave, decisivos, você tem de tirar da discussão aquelas coisas que são menores. Falta desprendimento, em primeiro lugar, de não levar em consideração o inimigo principal. O que falta é terem essa visão do compromisso com o momento, que é muito grave. A prioridade é efetivamente garantir a democracia para que possamos ter eleições livres, soberanas e, acima de tudo, garantir a posse de quem seja eleito. Não podemos debater agora a eleição.”
José Aníbal, integrante da executiva nacional do PSDB
“É difícil imaginar mais 16 meses com Bolsonaro, com esse padrão de desgoverno que ele tem. É preciso que seja feito um acordo nacional. Sou a favor do ‘Fora Bolsonaro’, mas a questão não pode se resumir ao impeachment. Eu falo em impeachment como sinalização. O País está à deriva. O ‘fora Bolsonaro’ cria muita convergência, mas cada um interpreta de um jeito. Essa conjuntura é muito dinâmica. Essas gavetas de esquerda, direita, centro-esquerda e centro-direita estão travando o debate. É um jogo de palavras. Fui em todas as manifestações contra Bolsonaro. Seria preferível que as manifestações se unissem.”
Eduardo Ribeiro, presidente do Novo
Falta definir se realmente querem o impeachment ou se a pauta será só retórica eleitoral. Não vejo o PT, por exemplo, se esforçando pelo impeachment. A saída de Bolsonaro despolariza e enfraquece o Lula nos eleições. O Novo está num espectro político diferente do restante da oposição, não temos articulação conjunta. Mantemos nossa posição institucional, mas o cenário depois do dia 7 de setembro, com o recuo constrangedor do Bolsonaro, assentou as forças políticas em Brasília de forma que, se nada muito grave acontecer, o impeachment se tornou muito improvável. O Centrão e o PT não querem.
José Guimarães, integrante da executiva nacional do PT
“Em primeiro lugar, esse ato do dia 2 é um momento que percebo que pode selar essa unidade. É preciso ter muita generosidade das forças políticas para agregarem outros atores, para dar musculatura à luta pelo impeachment. Por último, é preciso povo na rua. É o que falta. A pressão sobre o Congresso Nacional é um elemento central nessa campanha. Sem isso, não tem impeachment. Nossa prioridade é unir as forças de oposição em defesa da democracia e pelo impeachment já. Essa é a centralidade.”
Juliano Medeiros, presidente do PSOL
“A oposição está unida em defesa do impeachment. Apresentamos um pedido unitário que reúne partidos, movimentos e parlamentares de diferentes espectros partidários meses atrás. Os protestos de rua caminham para uma unificação. Falar em ‘oposição fragmentada’ não faz mais sentido. Nossa prioridade é o fortalecimento da campanha pelo #ForaBolsonaro. O impeachment depende de um deslocamento de partidos e deputados que hoje dão sustentação ao governo Bolsonaro, que só pode ocorrer a partir da pressão popular nas ruas, num amplo movimento de rejeição ao governo Bolsonaro.”
Junior Bozzella, vice-presidente do PSL
“Fui nas manifestações da esquerda e estive também na manifestação (contra Bolsonaro) da direita. Acho que nós, que defendemos a democracia, temos o dever de fazer um gesto nesse sentido: baixar as bandeiras agora e buscar unidade. A construção dessa frente ampla não pode ser conduzida por partido A ou B, e sim por uma entidade isenta. No PSL não temos uma deliberação sobre apoiar ou não o impeachment. Eu sou signatário do impeachment e tenho liberdade para me posicionar. Esse tema do fechamento de questão nunca foi debatido dentro da nossa Executiva Nacional.”
Isnaldo Bulhões, integrante da executiva nacional do MDB
“Acho que a união da oposição na verdade já existe. Desconheço qualquer dissidência nesse sentido, eles defendem a pauta de admissibilidade do processo de impeachment. Quanto ao MDB: na minha opinião o impeachment é apagar fogo com gasolina. Um processo desses logicamente tem de ir ao encontro de várias vertentes. Acho pouco prudente colocar neste momento como prioridade a admissibilidade do processo de impeachment. O posicionamento do partido, tanto no Senado quanto na Câmara, é manter a independência que tem tido sempre. Discutimos o mérito pauta a pauta.”
Alessandro Molon, integrante da executiva nacional do PSB
“É importante que o ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro não tenha um dono. Considero que a participação dos demais partidos é muito importante e estão havendo tratativas para a adesão, e não tenho a menor dúvida de que ela virá. Espero que a gente consiga já para o dia 2 de outubro mas, se por acaso isso não se viabilizar, tenho plena convicção que até 15 de novembro a gente consegue isso. Não são partidos políticos que estão sendo convidados por serem convidados. Estão sendo convocados para serem também autores da convocação – portanto, coorganizadores.
Gilberto Kassab, presidente do PSD
O PSD acompanha e propõe soluções para as reais necessidades do País, como superação da crise econômica e da pandemia de covid. Participa do debate democrático e cobra que a Constituição Federal seja respeitada por todos os agentes públicos. O partido entende que, a partir da inobservância da Constituição, pode ser levada adiante a proposição de afastamento do presidente da República ou outras sanções.
Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade
O dia 7 de Setembro, com a ameaça à democracia e à nossa Constituição, foi o estopim para começar essa união. Acho que agora começa essa organização, a partir de hoje. O Solidariedade, junto com partidos de oposição, já fizeram um documento para o 'Fora Bolsonaro'. No fórum do Direitos Já!, há partidos que não são declaradamente de oposição ao governo, mas que estão unidos na defesa da democracia. Dentro em breve, acho que deve haver uma ação muito maior. Nossa prioridade é lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores, dos mais necessitados, não deixar que a democracia e a Constituição sejam afetadas. Estamos lutando para que as pessoas possam se alimentar e viver, porque hoje temos preços altíssimos e pessoas sem condições de se manter.
Soninha Francine, integrante da executiva nacional do Cidadania
Unir a oposição fica mais fácil quando você já tem um ponto de partida, um bloco para demonstrar isso. Para demonstrar que é possível. Se estivesse todo mundo sozinho tentando chamar para si, ficaria mais difícil, lógico. Mas é muito bom que a gente já pode demonstrar. É por aí. Não precisa começar do zero, já temos uma construção. Nosso partido tem 90% de alinhamento com o tema. Pelo País, às vezes, e até na Câmara, há integrantes que destoam. Mas eles que destoam: é um posicionamento que é deles. O partido é historicamente a favor de alianças, Partido Comunista, depois o PPS herdando isso. Temos posição.
Heloísa Helena, porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade
Falta pensar menos no calendário eleitoral e mais nos escombros de lágrimas, lutos e sofrimentos pelos quais passa o Brasil. Muitas pessoas acham que devem deixar o Bolsonaro sangrar para, de alguma forma, facilitar a disputa eleitoral. Na verdade, ele não está sangrando. Quem está sangrando pelo desemprego, pelo desespero, por luto e lágrimas, é a grando maioria do povo. É só isso: não ficar refém do oportunismo eleitoral. Estamos articulando com todas as forças sociais para que, conjuntamente, possamos viabilizar a abertura de processo por crime de responsabilidade. Ao mesmo tempo, nós estamos atualizando os 18 eixos estratégicos para um Brasil sustentável, porque a democracia sem justiça social não existe. Estamos atualizando nosso projeto para o País, fazendo todos os debates necessários para, até dezembro, ter um projeto para o Brasil na mão. A vida que possibilita mudanças estruturais profundas não está presente apenas nas cúpulas partidárias, é muito importante temos compreensão para não achar que os partidos são os ungidos com as únicas possibilidades de fazer transformação social.
Luciana Santos, presidente do PCdoB
Falta a percepção de que é preciso deixar essa disputa de 2022 para o momento certo. Na prática, muitas forças acabam colocando essa agenda da eleição na frente. Por mais que não seja algo deliberado, na base social e política há muita incompreensão de como conviver com os contrários, com quem já foi Bolsonaro e agora é a favor do impeachment. A confusão é natural de momentos de crise, mas com paciência vamos conseguir ir fazendo o convencimento político dessa necessidade. Do ponto de vista tático, nossa prioridade é desmascarar, isolar e derrotar Bolsonaro. Programaticamente, é a bandeira da democracia. Na agenda econômica, nós temos muitas diferenças e também na agenda social.
José Luiz Penna, presidente do PV
A reunião (do domingo, dia 12) não foi um fracasso. Bolsonaro pôs tudo (na organização dos atos no dia 7). Temos de ter visão de que essas coisas são cumulativas. Se não foi possível juntar no dia 12 todos os partidos, acho que no dia 2 nós vamos conseguir juntar todos os partidos e movimentos. Tudo isso (a divergência entre partidos) fica pequeno diante da possibilidade de nem termos eleição. Talvez o que se jogue fora é a última oportunidade do Brasil. Estamos falando sem parar. Agora, os processos eleitorais do Brasil são muito excludentes. Mas estamos enfrentando.
Durante as últimas eleições de que participou, em 2018, quando foi eleito senador pelo estado do Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), omitiu na declaração de bens à Justiça Eleitoral ao menos três empresas das quais é sócio.
Trata-se das empresas JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.
Para chegar à informação, o Metrópoles cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde ficam as empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimentos.
Companhias estão ativas há anos, mas mesmo assim não foram declaradas. Iracema Portella também ocultou ser sócia de duas companhias
Por Tácio Lorran
Durante as últimas eleições de que participou, em 2018, quando foi eleito senador pelo estado do Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), omitiu na declaração de bens à Justiça Eleitoral ao menos três empresas das quais é sócio.
Trata-se das empresas JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.
Para chegar à informação, o Metrópoles cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde ficam as empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimentos.
Advogados especialistas em direito eleitoral veem irregularidades na situação. Eles afirmam que o ministro pode ser enquadrado pelos crimes de ocultação de bens e/ou falsidade ideológica.
Ciro Nogueira também deixou de declarar à Justiça Eleitoral 12 filiais da CN Motos, que vende motocicletas e motonetas da Honda, mas advogados divergem se essa questão é ilegal, uma vez que a matriz foi apresentada na declaração.
O jornal Folha de S. Paulo revelou, na segunda-feira (20/9), que Ciro Nogueira usou uma das filiais da CN Motos não declaradas ao TSE para alugar uma mansão do advogado Willer Tomaz de Souza, em Brasília. O advogado afirmou não ver nada de ilícito na negociação e disse, ao Metrópoles, ser algo comum.