Programa “Pioneiros Pátria Amada” pretende atender inicialmente 25 mil jovens

Por Élcio Mendes

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, cumpre agenda oficial em Belém-PA nesta segunda-feira, 2, a convite do Governo Federal e do governador do Pará, Helder Barbalho, para uma nova reunião, agora com cinco ministros de Estado, para discutir o combate aos incêndios, o desmatamento ilegal e também alternativas de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal.

 

Em sua fala, o governador Mauro Carlesse defendeu a educação ambiental para jovens e crianças como a principal alternativa visando à preservação das florestas e do cerrado no futuro. De acordo com o Governador do Tocantins, a falta de conhecimento leva tanto os moradores da zona rural, como também o cidadão urbano, a agir de forma inadequada com o meio em que vive.

 

O Governador tocantinense defendeu a implantação de uma política que eduque as novas gerações, criando uma consciência coletiva voltada à proteção da fauna e flora. “Ou fazemos isso ou seguiremos gastando milhões no combate às queimadas e não vamos atingir um resultado positivo”, afirmou.

 

Como alternativa de conscientização das novas gerações, o governador Mauro Carlesse apresentou aos demais governadores e ministros o programa Pioneiros Pátria Amada. Na proposta do governador Carlesse, inicialmente o programa deve atender cerca de 25 mil crianças nos 139 municípios, visando o complemento da atividade escolar e tendo como principal foco a educação ambiental e o ensinamento de práticas sustentáveis de manejo, visando formar um cidadão consciente e ativo na preservação. “Parte do Fundo da Amazônia pode ser utilizado diretamente para financiar esse programa que poderá ser ampliado para os demais Estados”, propôs o governador Carlesse, que também entregou cópia do projeto aos demais governadores e ministros.

 

Presentes

Cinco ministros estão presentes nesta reunião em Belém: Onyx Lorenzoni (Casa Civil); Ricardo Salles (Meio Ambiente); Fernando Azevedo (Defesa); Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência da República). Além do anfitrião Hélder Barbalho, governador do Pará, e do governador do Tocantins, Mauro Carlesse, também estão presentes o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes; o governador do Amapá, Waldez Góes, que também é presidente do consórcio interestadual da Amazônia Legal; e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.

 

Posted On Segunda, 02 Setembro 2019 15:31 Escrito por

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (Setas) e a Prefeitura de Colinas assinaram na noite dessa quinta-feira, 29, o Plano de Ação da Inclusão Produtiva Urbana e Rural; o evento aconteceu na Praça 7 de Setembro, em Colinas do Tocantins. Já em Porto Nacional, o termo de cooperação técnica será assinado às 17 h, desta sexta-feira, no Centro de Convenções Vicentão. Os projetos da Inclusão Produtiva devem beneficiar, nos dois municípios, mais de 5000 famílias; 2500 em Colinas e 2800 em Porto Nacional

 

Por Alexandre Alves

 

Os projetos articulam ações e programas que favorecem a inserção das pessoas no mundo do trabalho por meio do emprego formal, do empreendedorismo ou de empreendimentos da Economia Solidária. Entre as ações serão oferecidos cursos interativos online, como inglês, espanhol, estética, preparatórios para o Enem e profissionalizantes; com duração entre 60 e 120 horas/aula.

 

Segundo o diretor e presidente do Centro Nacional de Educação Profissional (Cenep), empresa responsável pela metodologia das qualificações, Jethlenio Calisto, a tecnologia usada nas qualificações já está presente em mais de 500 escolas no país e o certificado é válido em todo território nacional.

 

Plano de Ação

O Plano de Ação da Inclusão Produtiva tem como público-alvo agricultores familiares, empreendedores de economia solidária, jovens e adultos, micro e pequenos empresários, famílias atendidas pelos programas de transferência de renda, e organizações da sociedade civil. O conselheiro de economia solidária da Setas, Valter Frota, explica que depois da qualificação profissional os beneficiados pelos programas terão linha crédito facilitado para montar o próprio negócio.

 

Entrega de certificados em Colinas do Tocantins

 

O secretário da Setas, Messias Araújo, falou sobre a importância da assinatura do termo de cooperação. “O que a sociedade precisa é dar oportunidade para essas pessoas de baixa renda e inseri-las no mercado de trabalho”, ressaltou o gestor.

 

O prefeito de Colinas do Tocantins, Adriano Rabelo da Silva, disse como o Plano de Ação vai beneficiar o município. “Esse trabalho social é extremamente importante para a população, já que a profissionalização das pessoas gera oportunidades e transforma vidas”, afirmou o prefeito.

 

Entrega de Certificados

Foram entregues quase 100 certificados do programa de Inclusão Produtiva durante o evento dessa quinta-feira. Para Deuziane Pereira, 17 anos, a entrega do certificado de Design de Sobrancelhas e Maquiagem foi um momento especial em sua vida; mesmo com filho de 1 ano de idade no colo, ela fez as 40 horas do curso. “Vou moldurar esse certificado e colocar na parede”, exalta a dona de casa.

 

Porto Nacional e São Valério

Nesta sexta-feira serão entregues 245 certificados da Inclusão Produtiva em Porto Nacional, às 17h, no Centro de Convenções Vicentão.

Já no sábado, às 8h, mais de 50 certificados serão entregues em São Valério, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade, localizado à Rua Ayrton Senna.

 

Beleza, panificação e artesanatos

Durante a semana foram capacitadas com os cursos na área da beleza, panificação e artesanatos, cerca de 400 tocantinenses nos três municípios. O público alvo são famílias que se encontram em situação de extrema pobreza, inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, com ênfase para os beneficiários do Programa Bolsa Família.

 

Posted On Segunda, 02 Setembro 2019 15:26 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

Quando veio a Porto Nacional para liberar a ponte para a passagem de carros de passeio e prometeu instalar, ainda em agosto, o canteiro de obras para o início da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, o govenador Mauro Carlesse não contava com o imbróglio jurídico que já estava criado há tempos, mas que, infelizmente, “caiu no seu colo”.

 

Explicando em bom português, já existia uma concorrência realizada pelo governo anterior ao primeiro governo Carlesse, da qual a vencedora foi a construtora Rivoli, que, por direito, detém o contrato para a construção da nova ponte.  O problema é que essa construtora vem enfrentando problemas com a Justiça desde 2015, e o Ministério Público Federal, embasado em provas anexadas ao processo, detectou que houve direcionamento e vícios nocivos ao patrimônio público nos contratos anteriores, e acabou embargando a continuidade do contrato para a construção da nova ponte.

 

O Ministério Público Federal deu início ao imbróglio ao oficializar o governo do Estado, via Secretaria de Obras e secretaria de Infraestrutura, o problema com a construtora.  O governo do Estado emitiu um relatório em que afirmou estar ciente das irregularidades, o que, em resumo, significa que outra empresa deve assumir a obra.

 

Para que isso acontece, é necessário que a Justiça anule, até a última instância, o contrato ganho pela Rivoli, para, só então, abrir uma nova concorrência, o que levaria entre 120 e 160 dias. Mas, para que isso aconteça, a Rivoli precisaria desistir da concorrência e não recorrer de nenhuma decisão – o que é muito pouco provável. Caso resolva bater o pé e tentar manter o contrato, o prazo para a resolução do imbróglio pula para, no mínimo 10 meses.

 

ESFORÇOS

O governador Mauro Carlesse vem fazendo o máximo possível para desatar os nós e poder cumprir a promessa feita aos portuenses e aos tocantinenses pela nova ponte.  Neste período, já esteve em Brasília, acompanhado do senador Eduardo Gomes, visitando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a quem pediu para interceder junto à direção da Caixa Econômica Federal para a aprovação de um outro empréstimo, no valor de 130 milhões de reais, justamente para a construção da ponte.

 

Segundo uma fonte palaciana, o governo do Estado tem, até, um montante de recursos separados para dar início às obras da ponte e suportar, por alguns meses, a continuidade das obras, no valor de 64 milhões de reais.

 

Esse cuidado em garantir, pelo menos, o início das obras, mostra que Carlesse está decidido em cumprir a promessa, mas o empenho para o cumprimento de sua palavra para com o povo portuense passa pela aceleração do processo licitatório após um acordo com a Rivoli.

 

Do contrário, Porto Nacional e o Tocantins terão que esperar mais para ver seu sonho da nova ponte realizado.

 

O resto é fake news!

Posted On Segunda, 02 Setembro 2019 08:27 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O Brasil vive um momento de instabilidade política, ética e econômica e, no Tocantins, a situação não é diferente, mas com um agravante: é o estado mais novo da federação e vem sofrendo um processo de dilapidação do erário público desde que foi criado, em todas as esferas dos poderes Executivo, legislativo e Judiciário, com o envolvimento de boa parte dos membros mais importantes dessas engrenagens.

 

Por outro lado, a salvação econômica do Estado tem sido a iniciativa privada, que tem investido em várias frentes, com grande destaque para o agronegócio, que vem superando as médias nacionais em crescimento na produção de grãos – principalmente de soja – e na exportação de carne – para mais de 23 países – mantendo uma evolução que bate recorde após recorde, anualmente,  e que vêm sendo acrescidos nos bons índices por novas produções, como a de adubo, que já é exportada para vários estados.

 

No rastro desse crescimento na produção, vêm as linhas de crédito por parte do BASA, banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outros agentes financeiros, com juros moderados e vantagens como prazos estendidos e longas carências, que vêm atraindo outros tipos de atividades econômicas, como indústrias cervejeiras e hotéis, impulsionando a qualificação da nossa mão de obra.

 

MÁCULA INDELÉVEL

Infelizmente, nada desse crescimento tocado a ferro e fogo pela iniciativa privada alivia a tristeza de ver a falta de zelo com o patrimônio Público.  Ela supera até mesmo a presença de pessoas sérias na condução do governo em todos os níveis e Poderes, pois praticamente todos os órgãos e instituições do Estado estão comprometidos pela corrupção, com investigações em andamento na Polícia Federal, no Ministério Público – Estadual e Federal – nos Tribunais de Contas do Estado e da União, na própria Polícia Civil do Estado, onde há provas incontestáveis, segundo nossas fontes.

 

Ou seja, a mácula, a mancha negra da corrupção, no Tocantins, já é indelével, inapagável.

 

 

OUSADIA OU BURRICE?

 

Mas, o que os pratica

ntes desses atos que tanto envergonham os tocantinenses não estão levando em conta é o empenho e a determinação dos órgãos investigativos federais e estaduais em investigar e descortinar os crimes que vêm sendo cometidos.

Os criminosos ou são muito ousados ou muito burros, pois a os órgãos investigativos são muito competentes e, certamente, polícia está, em breve, batendo á porta de cada um deles.

 

São escutas telefônicas, extratos bancários e outras provas irrefutáveis anexados aos processos que traçam o caminho para, em breve, uma “bomba radioativa” explodir em solo tocantinense, segundo uma das nossas fontes em Brasília, que contaminará muito mais gente que se imagina, no Tocantins.

 

Principalmente os – muitos – agentes públicos espalhados pelos três poderes tocantinenses, que agiram de forma irresponsável, achando que eram os “sabichões”, mas que deixaram rastros facilmente mapeados pelos órgãos investigativos.

 

Segundo essa nossa fonte, se apenas uma autoridade decidisse julgar todas as denúncias já formalizadas contra essas “figuras” tocantinenses e todos fossem condenados à prisão, seria necessário um estádio para abrigar a todos.

 

SILÊNCIO ESTRONDOSO

 

Uma das coisas que mais nos preocupa é o silêncio de algumas autoridades.  É bom lembrar que, mesmo não envolvidas nas investigações, muito de seus comandados estão e, contrariando o velho ditado, o que “vem de baixo” atinge, sim, quem está por cima.

Enquanto essas autoridades se calam, muitas ordens de prisão, bloqueio de contas, confisco de bens – até aqueles em nome de laranjas e “mexericas” – estão em fase de conclusão para serem decretados.

 

Aqueles que sofrem do pecado da gula pelo dinheiro público, que têm a “garganta larga” e a “mão leve”, devem esperar, para breve, a mão pesada da justiça.  Alguns nem tem vínculos familiares no Tocantins, mas aqueles que têm, farão sofrer pais, mães, irmãos, primos, avós, enfim, todos os que, de alguma forma, levam o mesmo sobrenome em seus documentos.

 

A prisão pode ser a maior tortura que um ser humano pode sofrer, principalmente os que têm vida pública e social, pois seus familiares sofrerão junto a humilhação de ver seus nomes envolvidos com falcatruas, com desonestidade e com o descaso com a vida dos menos favorecidos.

 

Infelizmente, como disse o ex-governador do estado do Rio de Janeiro e, hoje, presidiário, condenado a mais de 186 anos de prisão, “a gula é grande, o vício toma conta e quanto você mais tem, mais quer”, lembrando que quem rouba um tostão, já tem a receita para roubar um milhão.

 

Vale ressaltar que, dos que acabam presos, cerca de 30% passam a ter problemas mentais, psicológicos ou psiquiátricos e até 5% desenvolvem demência, loucura, mesmo. E, hoje, no Brasil, de ex-presidente à participante de rinha de galo, passando por ex-senadores, ex-deputados federais, estaduais, ex-prefeitos, ex-vereadores e ex-ordenadores de despesa, ou seja, dos “deuses” à ralé, a prisão está aberta para todos.

 

ESPERANÇA

Minha grande e única expectativa boa em relação a tudo isso que vem acontecendo no Brasil e no Tocantins é que vai servir para botar um fim em, pelo menos, 40% dos casos de corrupção. Esses 40% serão formados por aqueles que vão perceber que o crime não compensa, que não vale a pena estragar a vida e a honra de suas famílias, como fizeram Lula da Silva, Eduardo Cunha, José Dirceu e tantos outros, antes intocáveis, cujos filhos, esposas e familiares hoje fazem questão de omitir os sobrenomes em locais de convívio social.

 

E olha que o Tocantins é apenas um naco do Brasil, onde todos conhecem todos, onde nomes, sobrenomes e apelidos estão na ponta da língua...

 

Será que alguns tostões valem tanta humilhação – para o resto da vida?

 

O certo é que “a casa está prestes a cair” no Tocantins. Temos os nomes dos citados, investigados, envolvidos e acusados, mas nos daremos ao respeito de esperar o fim das investigações, a nominação dos culpados por parte da Justiça, para divulgar esses nomes.

 

Afinal, ética, honra e respeito fazem parte do nosso dia a dia de trabalho no Paralelo 13.

 

Posted On Segunda, 02 Setembro 2019 08:19 Escrito por

ISTOÉ MOSTRA ESTRAGO À IMAGEM DO BRASIL.  VEJA “ACHA” QUEIROZ E ÉPOCA DENUNCIA A “GANGUE DAS QUEIMADAS”

 

ISTOÉ

Bolsonero

Ao adotar políticas que estimulam a devastação da Amazônia e zombar da mulher do presidente da França, Brigitte Macron, Bolsonaro ultrapassa os limites da civilidade e arruína a imagem do País no exterior.

 

Ainda não é possível dimensionar a extensão do dano ambiental que a atual temporada de queimadas na Amazônia provocou. O estrago à imagem do Brasil, no entanto, já é uma realidade – tornou-se gigantesco, sem precedentes na recente história republicana. Em oito meses de gestão, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu um feito às avessas: aniquilou a reputação do País em um dos poucos setores em que brilhávamos soberanos, o da preservação das nossas florestas. Agiu como Nero, o Imperador tirano e autoritário que, para rearmar seu poder, ordenou o incêndio criminoso em Roma no trágico 18 de julho de 64 d.C. Enquanto Roma ardia em chamas, Nero tocava sua harpa.

 

A chamada estação anual do fogo sempre existiu. É fato. Bolsonero sabotou, porém, todas as formas de combatê-la ao anunciar sua oposição às multas do Ibama, proibir que fossem destruídos equipamentos clandestinos na mata, questionar os dados do INPE, demitir seu diretor e romper com o Fundo Amazônia. Especialistas são unânimes em armar que o grau de desmatamento é inversamente proporcional à fiscalização. Quando esta diminui, o outro aumenta. É como se os desmatadores tocassem sua harpa de ouvido. Se o mandatário inclina-se à permissividade, o sinal verde está dado para a valsa fúnebre das queimadas.

 

Leia mais em Istoé

 

VEJA

Achamos

Por volta das 17h50 do último dia 26, o desaparecido mais famoso do Brasil passou, sem chamar atenção de ninguém, pela porta e se encaminhou para a recepção do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ali são oferecidos consultas e serviços como quimioterapia e radioterapia. De boné preto e óculos de grau, o paciente chegou sem seguranças nem familiares o acompanhando — e ficou sozinho por lá. Antes do compromisso agendado, fez hora na lanchonete e tomou café tranquilamente, sem ser importunado por ninguém.

 

Cerca de uma hora depois, Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, sumido desde janeiro, deixou o local. Ao longo dos últimos três meses, Veja seguiu pistas e entrevistou dezenas de pessoas para identificar seu paradeiro.

 

Queiroz hoje reside no Morumbi, o mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde se encontra o Einstein. A proximidade facilita os deslocamentos até o hospital, normalmente feitos de táxi ou Uber. Queiroz, que raramente sai de casa, luta contra o mesmo câncer no intestino que o levou para a mesa de cirurgia no m do ano passado, pouco antes do estouro do escândalo da movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais (600 000 entrando e 600 000 saindo) em sua conta na época em que trabalhava para Flávio Bolsonaro.

 

Sua última aparição pública foi justamente no Einstein. Em 12 de janeiro, ele postou um vídeo na internet em que surgia dançando no hospital durante a recuperação de uma cirurgia.

 

Segundo uma pessoa próxima, a operação não resolveu o problema do tumor. Um possível agravante é o de que Queiroz teria se descuidado por um tempo, para dar prioridade nos últimos meses ao esforço de se manter longe dos holofotes.

 

Leia mais em Veja

 

ÉPOCA

A gangue das queimadas

Localizada na divisa entre os municípios de São Félix do Xingu e Altamira, no Pará, a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu deveria ser rebatizada — de proteção ambiental não tem nada. Na última semana de agosto, os focos de incêndio ali já eram poucos, mas o rastro de destruição deixado pelo fogo estava por toda parte. Às margens das precárias e empoeiradas estradas, contrastando com áreas ainda com vegetação nativa, apenas o solo preto e árvores retorcidas.

 

De todas as regiões da Amazônia que arderam ou ainda estão queimando neste ano, nenhuma se compara em tamanho à área visitada por Época na última semana de agosto. Um único trecho de 3.730 hectares de floresta, equivalentes a 23 parques Ibirapuera, em São Paulo, ou 31 aterros do Flamengo, no Rio de Janeiro, simplesmente desapareceu. Ele ocupa o 1º lugar no vergonhoso ranking das maiores queimadas de 2019. A derrubada no local provocou a emissão de 111 alertas entre 6 de maio e 29 de julho, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizados pela ONG MapBiomas. Não por coincidência, a segunda maior área de desmatamento fica na mesma região, a 160 quilômetros de distância.

 

O caminho para chegar ao ponto mais desmatado da Amazônia começa em São Félix do Xingu, município de menos de 130 mil habitantes. Do centro da cidade, uma balsa leva meia hora para cruzar o Rio Xingu. Na terça-feira 27, fazendeiros e funcionários de propriedades locais aproveitavam o tempo de travessia para comentar o noticiário. A influência do discurso do presidente Jair Bolsonaro se fazia ouvir. “O povo das ONGs está queimando tudo aí para cima”, dizia um homem com correntes de ouro nos braços e sotaque nordestino, propagando a acusação sem provas apresentada pelo presidente na semana anterior. Nenhum dos presentes fez comentário.

 

Leia mais em Época

Posted On Segunda, 02 Setembro 2019 07:20 Escrito por