São 11 ministros de estado que ele e seus auxiliares já dão como certo que deixarão seus cargos e outros dois que também devem seguir o mesmo caminho

 

Por Caio Junqueira, CNN

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já tem em mãos a lista dos ministros que deverão deixar seus cargos no ano que vem para disputar as eleições de 2022 em seus estados.

 

São 11 ministros de estado que ele e seus auxiliares já dão como certo que deixarão seus cargos e outros dois que também devem seguir o mesmo caminho. Como há 23 ministros na Esplanada, metade do ministério de Bolsonaro deverá ir às urnas.

 

Diante disso, o Palácio do Planalto começa a debater sobre o momento ideal em que eles devem deixar seus cargos. Pela legislação eleitoral, o prazo é abril, mas o presidente avalia pedir que os candidatos deixem seus cargos em janeiro de forma que ele possa utilizar os postos para abrigar potenciais aliados para sua campanha à reeleição.

 

Os 11 ministros da lista do presidente e os respectivos estados em que devem se candidatar são:

Damares Silva (dúvida)

Flavia Arruda (DF

Gilson Machado (PE)

Fabio Faria (RN

João Roma (BA)

Marcos Pontes (SP)

Onyx Lorenzoni (RS)

Ricardo Salles (SP)

Rogério Marinho (RN)

Tarcísio Freitas (SP)

Tereza Cristina (MS)

 

Podem também se candidatar Anderson Torres (DF) e Marcelo Queiroga (PB). A maioria deles ainda não definiu a qual cargo irá se candidatar.

 

Os cargos ainda dependem de acertos políticos. Por exemplo, há dois ministros que pretendem se lançar ao governo do Rio Grande do Norte: Fabio Faria e Rogerio Marinho.

 

Damares Silva ainda não decidiu por qual estado deverá sair. Nos bastidores, fala-se em se lançar pelo Tocantins.

 

Tarcísio de Freitas aceita ser candidato a governador, mas isso depende de uma articulação com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, aliado do presidente. Mas alguns casos, como o de Flávia Arruda ao governo do Distrito Federal, é dado como certo no gabinete presidencial.

 

O presidente, porém, começa a ouvir seus auxiliares sobre uma eventual ordem para que deixem seus cargos antes do prazo legal de desincompatibilização. Como será uma eleição acirrada, a saída em janeiro daria chance de o governo organizar a reposição das peças dentro de um cálculo político eleitoral que privilegie partidos e estados que irão apoiá-lo na campanha.

 

Posted On Quinta, 17 Junho 2021 06:17 Escrito por

Proposta do governador de São Paulo para a prévia tucana, que dava maior peso a votos de filiados e mandatários do PSDB, traria vantagem para ele, mas foi rejeitada pela sigla

 

Por Talita de Souza

 

A Executiva Nacional do PSDB definiu, na tarde desta terça-feira (15/6), as regras para a escolha do candidato do partido à Presidência da República nas eleições de 2022. A decisão pelo nome do partido ao posto de chefe do Executivo se dará pelo voto de quatro grupos, com peso unitário de 25% cada.

 

Com a decisão, a proposta feita pelo governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto, João Doria, e o aliado, presidente estadual do partido em São Paulo, Marco Vinholi, foi recusada. Assim, o político sofreu a primeira derrota antes mesmo das prévias, que ocorrem em 21 de novembro. Os dois propuseram, na última reunião da Executiva em 8 de junho, que os votos de filiados e mandatários do PSDB tivessem um peso maior, de 50%, do que os outros grupos votantes.

 

Poderão decidir o candidato do partido filiados (grupo 1), prefeitos e vice-prefeitos (grupo 2), vereadores, deputados estaduais e distritais (grupo 3), e governadores, vice-governadores, deputados federais, senadores, e ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional (grupo 4).

 

Em nota, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que o próximo passo é fazer "um processo transparente, com qualidade e inovação" e que esse é um momento de "grande demonstração de democracia interna".

 

Já o coordenador da Comissão das Prévias, José Aníbal, disse que as novas regras farão com que “os pré-candidatos, em condições igualitárias de disputa, saiam em busca da militância do partido”. Qualquer nome filiado ao partido pode se candidatar à Presidência.

 

De acordo com o colunista de política do Correio, Luiz Azedo, Doria terá problemas em conseguir a maioria dos votos para ganhar as prévias, visto que concorrerá com nomes históricos do partido, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ou o senador Tasso Jereissati (CE). Sem o peso dobrado para filiados de São Paulo, que aprovam a gestão do governador durante a pandemia, a disputa fica mais difícil para Doria.

 

Posted On Quarta, 16 Junho 2021 06:03 Escrito por

Para adversários de Bolsonaro os erros dele são evidentes. Mas muitos eleitores não pensam assim

 

POR PAULO SILVA PINTO

 

Em 84 dias Luiz Inácio Lula da Silva perdeu a preferência do eleitor. O intervalo separa pesquisas do PoderData.

 

Em 17 de março o ex-presidente tinha 34% das intenções de voto no 1º turno. O presidente Jair Bolsonaro tinha 30%. Com margem de erro de 1,8 ponto percentual, Lula estava à frente.

 

Na pesquisa de 9 de junho, Bolsonaro tinha 33% no 1º turno e Lula, 31%. A margem de erro nesse caso é de 2 pontos percentuais, portanto os 2 estão tecnicamente empatados. Nos 2 levantamentos intermediários houve redução da margem favorável a Lula. Isso mostra uma tendência de consistente e progressiva de corrosão de Lula e de crescimento de Bolsonaro na hipótese mais provável por ora: de que os 2 serão candidatos.

 

No 2º turno, o petista estava na frente, com 48%. Bolsonaro tinha 35%. Em 14 de abril, Lula tinha 52% e Bolsonaro, 34%. A diferença caiu 7 pontos percentuais.

Faltam 16 meses para o 1º turno da eleição. Muita coisa mudará até lá. É possível que Lula volte a ter maior vantagem sobre Bolsonaro. Ou o contrário.

 

O desempenho do petista na 1ª pesquisa tem sido atribuída ao impacto da novidade. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin decidiu em 8 de março anular as sentenças contra o ex-presidente na 1ª instância da Justiça Federal de Curitiba. Com isso, Lula tornou-se possível candidato em 2022. Mas nesses quase 3 meses isso se tornou algo dado, como as nuvens do céu.

 

Um nome tão conhecido como Lula tornar-se elegível de um dia para outro é algo que não pode ser desprezado. Tampouco é um fator que pode dar conta de explicar completamente a escolha do eleitor a favor ou contra o petista. Como já se argumentou aqui, algo que conta muito ao se optar por um candidato a presidente é o desempenho da economia.

 

Bolsonaro e Lula poderão mostrar em 2022 o que fizeram para melhorar o emprego e a renda em seus respectivos governos. Mas o que interessa mesmo às pessoas é quem lhes proporcionará maior prosperidade de 2023 a 2026. O passado importa como sinalização do que poderá ser o futuro.

 

FAIXAS DE RENDA

Na pesquisa de 17 de março, Lula tinha vantagem sobre Bolsonaro em 3 faixas de rendimentos. Eram 15 pontos a mais entre as pessoas sem renda fixa, 8 pontos nas que recebem até 2 salários mínimos (R$ 2.200) e 25 pontos nas que recebem de 2 a 5 salários mínimos (R$ 2.200 a R$ 5.500). Bolsonaro estava à frente nas faixas de 5 a 10 salários (R$ 5.500 a R$ 11.000), com 25 pontos, e na acima disso, com 16 pontos.

 

Na pesquisa de 9 de junho, Lula lidera só entre as pessoas que não têm renda fixa, mas com margem bem inferior à de antes: 9 pontos. Na faixa até 2 salários, Bolsonaro passou a liderar com 14 pontos. Na de 2 a 5, tem 5 pontos de vantagem. Na de 5 a 10, tem 8 pontos de vantagem. Na acima de 10, o presidente tem quase o mesmo de antes: 15 pontos.

 

Note-se aqui a corrosão de Bolsonaro em uma faixa: a de 5 a 10 salários mínimos. Ele tinha 25 pontos de vantagem e passou a ter 8. É possível que essas pessoas se sintam mais vulneráveis à alta da inflação e à dificuldade de criação de vagas formais de trabalho, sobretudo com maior remuneração.

 

Mas em outras faixas de menor renda a satisfação com o governo parece estar crescendo. É isso o que sugere a preferência que Bolsonaro passou a ter sobre Lula. Também é consistente com a recuperação em vários itens do mercado de trabalho observada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

As vagas dos que trabalham por conta própria, sem carteira assinada, já superavam em março (dado mais recente disponível) o nível de março de 2020, pré-pandemia. A renda estava ligeiramente superior, em valor corrigido pela inflação. A economia segue crescendo, o que sugere que a avaliação do governo se tornará progressivamente mais favorável.

 

Os itens desfavoráveis ao governo e a Bolsonaro já mencionados acima são a alta da inflação e a demora de recuperação do emprego formal. A isso pode se somar a percepção de alguns eleitores de que o presidente age mal para reduzir o número de casos de covid e os danos que a doença causa na economia. Não são todos que pensam assim. Tendem a ser ainda em menor número os que acham que o comportamento equivocado atual possa comprometer o futuro do país.

 

Os petistas e outros adversários de Bolsonaro parecem contar com o fato de que os erros do presidente e do governo são evidentes. Talvez lhes seja útil avaliar o quadro de forma um pouco mais sofisticada.

 

Mas em outras faixas de menor renda a satisfação com o governo parece estar crescendo. É isso o que sugere a preferência que Bolsonaro passou a ter sobre Lula. Também é consistente com a recuperação em vários itens do mercado de trabalho observada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Posted On Terça, 15 Junho 2021 14:45 Escrito por

Neste fim de semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas intenções de voto para a sucessão presidencial de 2022, esteve reunido com diversas lideranças e dirigentes nacionais dos partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, como PSD, PSOL, PSB e NOVO, entre outros.  As reuniões tiveram lugar no estado do Rio de Janeiro, para onde o líder petista se deslocou.

 

Por Edson Rodrigues

 

As discussões se concentraram em uma proposta única das oposições, buscando um fortalecimento político para enfrentar Bolsonaro nas urnas.

 

Lula desembarcou no Rio de Janeiro na quinta-feira, 10, para cumprir sua agenda de encontros visando a eleição presidencial de 2022. Desde que voltou ao jogo eleitoral, o líder petista tem focado na montagem de palanques eleitorais nos estados.

 

Na agenda de Lula estavam um almoço com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), ambos mantêm relações políticas desde 2008 quando Paes concorreu pela primeira vez a Prefeitura da cidade maravilhosa, uma visita a um estaleiro e uma reunião com deputados da oposição como Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Freixo (PSOL) e Alessandro Molon (PSB), além de um encontro com a classe artística.

 

Lula está aproveitando todos os espaços possíveis para avançar na base política de Bolsonaro, recebendo o aceno positivo de diversos governadores, deputados federais, estaduais, senadores e lideranças de partidos como o MDB, PSD, DEM e PP.

 

Ex-presidente Lula

 

As reuniões deste fim de semana servem de alerta aos dirigentes estaduais desses partidos para que aguardem as orientações de suas cúpulas nacionais antes de fechar questão em apoios regionais.

 

Isso significa que muitas siglas podem fechar, nacionalmente com Lula, não deixando espaço para acordos com candidaturas ligadas a Bolsonaro.

 

BOLSONARO

 

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro, após as boas notícias sobre a recuperação da economia, se recuperou de um baque nas redes sociais sofrido no início do ano e, neste mês de junho, voltou a liderar com folga o IPD (Índice de Popularidade Digital),  além de manter a vantagem em relação a concorrentes para eleição de 2022, segundo dados do jornal Folha de São Paulo.

 

Bolsonaro se descolou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao marcar 73,17 pontos no IPD contra 46,92 de Lula. Bolsonaro e o petista estiveram praticamente empatados uma semana antes, mas o ex-presidente teve uma queda acentuada desde então.

 

No segundo escalão, estão Luciano Huck (sem partido) com 33,44; Ciro Gomes (PDT) com 25,13; João Amoêdo (Novo) com 24,63; Luiz Henrique Mandetta (DEM) com 20,99; e João Doria (PSDB) com 18,53.

 

O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que o resultado aponta (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que o resultado aponta para a força eleitoral de Bolsonaro para 2022 e deveria acender um alerta aos adversários.

 

O presidente Jair Bolsonaro em passeio de moto por Brasília em 9 de maio, momento de ápice da sua popularidade digital nos últimos meses.

 

Presidente Jair Bolsonaro

 

Como o IPD isola —o máximo possível— o efeito do uso de robôs nas redes, a alta na popularidade do presidente é expressa por indivíduos, ou seja, o que é mensurado pela plataforma é o comportamento digital não automatizado.

 

“Bolsonaro continua sendo um candidato muito forte, tendo um ativo que são as redes sociais. Os outros têm que correr atrás e têm oportunidade para isso até as eleições”, diz o analista.

 

TOCANTINS

 

Se o apoio a Lula for “prego batido e ponta virada” nas cúpulas nacionais dos partidos, não haverá espaço para “dois dedos de prosa”, como costumava falar nosso saudoso amigo, irmão e professor, Salomão Wenceslau.

 

Muito menos haverá espaço para os “muristas”, que acendem velas para dois santos.

 

O quadro sucessório no Tocantins se desenha para a polarização entre os detentores de mandatos no Congresso Nacional e os que não gozam dessa prerrogativa.

 

Os senadores Irajá, abreu, presidente estadual do PSD e Kátia Abreu, presidente estadual do PP, assim como Carlos Amastha, presidente estadual do PSB, e Célio Moura e Paulo Mourão, do PT, deverão estar juntos em um mesmo palanque.

 

Ex-prefeito Carlos Amastha e a senadora Kátia Abreu

 

Sobre o posicionamento da deputada federal Dorinha Seabra, de Osires Damaso, Eli Borges e Dulce Miranda, tudo, por enquanto é uma grande incógnita, e dependerá das orientações das cúpulas nacionais dos seus partidos.

 

É um nó difícil de ser desatado na corrida sucessória estadual, pois coloca um grande “se”, na questão, a ser resolvido apenas com o tempo, e a passos de tartaruga.

 

Por enquanto, no Tocantins, ninguém é de ninguém e os interesses políticos das legendas de esquerda e centro-esquerda, estão deixando a classe política do Tocantins em uma “saia justa”, uma vez que a indefinição ainda paira sobre as cúpulas nacionais de algumas legendas importantes.

 

O ex-presidente FHC, líder do PSDB e um dos nomes mais influentes na política nacional, apesar de ter elogiado Lula, recentemente, afirmou que entre o petista e Jair Bolsonaro, optaria por Bolsonaro.

 

Enquanto isso, outras lideranças importantes e influentes do mesmo PSDB, nos estados de Minas Gerais e Goiás, além dos estados do Nordeste, se mostraram inclinadas a apoiar a candidatura de Lula.

 

CINTHIA RIBEIRO

 

Em meio a tanta indefinição, como fica a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, do PSDB?

Prefeita Cinthia Ribeiro em visita ao prefeito de São Paulo João Dória

 

Enquanto a cúpula do seu partido se inclina em direção a Lula, ela está ao lado do governador, Mauro Carlesse, e tem como um dos seus maiores suportes políticos o senador Eduardo Gomes (MDB), que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.

 

Para quem conhece a personalidade forte e independente da prefeita de Palmas, é sabido que esse tipo de decisão será tomada de acordo com o seu entendimento próprio.  Tanto poderá poiar a um ou a outro, como pode, também, se manter neutra.

 

O certo é que Cinthia Ribeiro sabe que as eleições estaduais reservam, ainda, muitas surpresas e novidades políticas, sem contar com um eleitorado raivoso, que se encontra desempregado, endividado, decepcionado com a classe política e enlutados com a perda de entes queridos para a pandemia.

 

Ninguém tem previsão de quando, nem como, o Brasil sairá dessa situação, reassumindo o controle de sua vida e dos seus destinos sem precisar de intervenções urgentes e pontuais.

Dessa forma, qualquer previsão sobre política e sucessão estadual, há um ano e quatro meses das eleições, nada mais é que um nó cego a ser desatado por aqueles que têm seu futuro atrelado à vontade dos eleitores.

 

Só resta dar tempo ao tempo...

 

Posted On Terça, 15 Junho 2021 06:57 Escrito por

Presidente da Câmara conversou com presidente do Senado sobre o tema

 

Por Luciano Nascimento

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou hoje (14), por meio de uma rede social, que os relatores da proposta da reforma tributária serão definidos até o final da semana. Lira disse que conversou sobre a questão com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM- MG), e que os relatores das duas casas legislativas devem ser definidos simultaneamente.

 

Lira disse ainda que vai se reunir nesta semana com líderes partidários e com integrantes da equipe econômica do governo para tratar da reforma, em especial nas questões relacionadas ao imposto de renda.

 

De acordo com o presidente da Casa, o texto da reforma tributária será aquele possível e não deverá ser grande, mas que melhorará o sistema de cobrança e de arrecadação de tributos no país.

 

Em maio, após extinguir a comissão especial que tratava do tema, Lira disse que a reforma iria tramitar de maneira fatiada e contaria com três ou quatro relatores. Com o fatiamento, a expectativa é de que os temas que tratam de impostos sobre a renda e o consumo sejam debatidos pela Câmara, e o passaporte tributário vai para o Senado. A previsão é que os dois temas sejam discutidos em cada Casa por 30 a 60 dias.

 

A comissão especial da reforma tributária foi extinta por Lira sob o argumento de estouro de prazo. Segundo ele, os trabalhos da comissão expiraram há um ano e meio e o encerramento evitaria contestações judiciais no futuro.

 

Mesmo com a extinção dos trabalhos do colegiado, que reuniu deputados e senadores, o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou seu parecer sobre o tema.

 

A decisão de Lira foi tomada em um momento de divergência entre o governo e a comissão mista. A equipe econômica queria uma proposta de reforma tributária fatiada, em que temas específicos fossem votados à medida em que houvesse acordo.

 

O fatiamento da reforma também já era defendido pelo presidente da Câmara, com o argumento de que iria facilitar a tramitação da proposta. Ribeiro, entretanto, apresentou um relatório no qual propôs a unificação de cinco tributos no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), texto considerado amplo pelo governo.

 

 

 

Posted On Terça, 15 Junho 2021 06:32 Escrito por
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