REFLEXÃO DE DOMINGO
O Observatório Político de O Paralelo 13 está há mais de 37 anos registrando os fatos políticos que envolvem o Estado do Tocantins e sua Capital, Palmas, desde a criação de ambos e quer, nesta Reflexão de Domingo, mostrar aos nossos leitores e amigos como a gestão implantada por Eduardo Siqueira Campos na em Palmas está mudando, positivamente, o cenário e até a forma de se fazer política em todo o Estado
Por Edson Rodrigues
Resgatando o “jeito Siqueira Campos de governar e a forma de Dona Aureny de tratar o povo, Eduardo Siqueira Campos reacendeu a “luz no fim do túnel” e pode estar iniciando um movimento político que, talvez, seja a peça que faltava para que o Tocantins “destrave”, e reassuma o espírito de “Estado mais novo do Brasil”, aproveitando – e fazendo valer – as suas potencialidades naturais e realizando, hoje, o que esse futuro precisa, para realmente acontecer.
Mas, antes, vamos a um pequeno resumo político.
O Estado veio primeiro, depois a sua Capital, sonhada, planejada – não só arquitetonicamente, mas politicamente, evitando um grande desgaste que seria causado pela disputa que já se tornava acirrada demais, entre Araguaína, Gurupi, Paraíso e Porto Nacional para ser a capital do Tocantins – e construída por José Wilson Siqueira Campos.
Pois coube ao herdeiro político de Siqueira Campos, Eduardo, fruto da união com Dona Aureny Siqueira Campos, ser o primeiro prefeito eleito da Capital do Tocantins, quando implantou uma gestão focada nas obras estruturantes, na mão de obra dos “orelhas secas” e na formatação do sentimento de ser pioneiro de uma Capital de Estado que pegou pelo coração uma gama de pessoas imbuídas de fazer da cidade que construíram, o local onde criariam suas famílias e tirariam seu sustento por meio do trabalho abnegado e focado.
Vieram outras administrações, algumas muito melhores que as outras, mas que, em comum, apenas deram continuidade ao trabalho iniciado por Eduardo Siqueira Campos, deixando cada uma sua marca.
Eis que em outubro de 2024, exatos um ano e quatro meses após a morte de José Wilson Siqueira Campos, Eduardo Siqueira Campos, seu legítimo herdeiro político protagoniza uma disputa política em que colocou à prova o seu patrimônio político e a história construída por seus pais – Siqueira na gestão e Dona Aureny no cuidado com a população mais necessitada – e, numa verdadeira batalha do tostão contra o milhão, vence uma eleição em que sua principal adversária era apontada como praticamente eleita, da primeira à última pesquisa eleitoral sobre o primeiro turno, feitas por institutos locais e nacionais.
Ao demonstrar uma organização e um trabalho enxuto e perfeito ante às parcas condições de recursos e tempo no Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV, e garantir um inédito segundo turno contra a candidata apontada como favorita, em uma campanha que ele se enche de orgulho em afirmar que teve à frente a sua filha Gabriela Siqueira Campos, médica anestesiologista, que abriu mão da profissão para cuidar da parte de marketing, e sua esposa, Polyanna Siqueira Campos batendo de porta em porta, principalmente na periferia, trazendo à memória como Dona Aureny foi atuante na parte social e, por isso, é tão querida pelo povão, Eduardo Siqueira Campos reacendeu a chama do pioneirismo, da luta separatista e do engajamento político, e trouxe para a sua campanha no segundo turno personagens políticos que ombrearam com seu pai na criação do Estado e na construção de Palmas, e a população palmense que tinha guardado, em algum lugar do coração, boas lembranças da época do “siqueirismo”.
E eis que o improvável acontece. Um candidato que já tinha anunciado que estava de “chuteiras penduradas” na vida pública, retorna à campo para a mais improvável, bonita e memorável virada política da história política do Tocantins, vencendo a grande favorita, deputada estadual Janad Valcari num segundo turno que já era histórico pelo seu ineditismo e que se tornou uma das páginas mais empolgantes dos registros políticos do Estado do Tocantins.
GESTÃO COM FOCO
Depois de vencida a primeira batalha, ao invés de tripudiar, perseguir e tirar proveito de forma negativa da sua vitória, Eduardo Siqueira Campos construiu pontes de diálogo com aqueles que foram seus adversários na campanha por sua volta à prefeitura, e tratou de arregaçar as mangas e foi para as ruas, assim como no seu primeiro mandato, comandar, vistoriar e gerir as obras prioritárias.
Com cem dias a prefeitura já construiu muito do que foi “acertado”’ com o povo durante a campanha, realizando as ações emergenciais para limpar, restaurar, equipar e, até, reconstruir obras estruturais, como pavimentação, Educação e Saúde, para que a população pudesse se tranquilizar e perceber que tinha acertado em sua escolha.
Na política, do alto de toda a experiência adquirida como ex-prefeito, ex-senador e ex-deputado federal e estadual, Eduardo descartou de imediato ser o “comandante” da oposição ao Palácio Araguaia, como chegou a ser ventilado na imprensa, calçou as sandálias da humildade, estendendo as mãos ao Palácio Araguaia, à Assembleia Legislativa e à Bancada Federal tocantinense, mostrando a todos – até para os que nunca entenderam isso – que, na política, sem apoio, ninguém, é capaz de construir nada.
Até sua antecessora que, para sermos justos, apoiou a candidatura de Eduardo no segundo turno para não ver a sua adversária visceral, Janad Valcari, eleita, teve uma CPI evitada pelo prefeito em uma Câmara Municipal aonde vem ganhando cada vez mais admiradores entre os vereadores, pois não ataca e não critica ninguém, apenas “chama pra ajudar”, mas sem deixar de esclarecer para a população da Capital os erros cometidos por Cinthia Ribeiro que, de alguma forma, criam dificuldades para a atual gestão, como uma dívida estrondosa de 300 milhões de reais.
Eduardo também vem mostrando que ações paralelas e nem sempre tão empregadas por administradores municipais, hoje, são muito importantes, como os cuidados com os animais, área que sua filha e “marqueteira” Gabriela assumiu, meritosamente, como secretária Municipal, e que ter uma equipe de auxiliares e secretários que trabalha em uníssono, sem rusgas nem vaidades é o primordial para o sucesso de qualquer gestão.
UM POLÍTICO DIFERENTE E HUMANO
E é dessa forma que os primeiros 100 dias da gestão de Eduardo Siqueira Campos estão sendo avaliados pelo povo e pelos políticos e entrando para a história política da Capital, um prefeito que alia a sua própria experiência política com um tanto de civilidade, humanidade e coração. Um político diferente dos demais e do que ele próprio já foi, trazendo novidades, atitudes e realizações que ninguém, até agora, foi capaz de criticar ou contestar, exatamente por não haver o que seja criticado ou contestado.
Até na frente das câmeras, na sua rotina diária de gravações para as redes sociais, Eduardo Siqueira Campos se sai muito bem, demonstrando segurança e a certeza de não precisar de roteiro, pois ele já está pronto apenas em divulgar e explicar cada ação ressaltada nos vídeo.
Prefeito Eduardo Siqueira Campos visita obra da ponte no distrito de Taquaruçu
E, pode-se dizer, que Eduardo está “fazendo escola”, não para os alunos da rede municipal de ensino, mas para a classe política que está embarcando nesse seu novo jeito de fazer política, resgatando sonhos coletivos, de mãos dados com todos que se engajam em seu projeto.
Parabéns à classe política e parabéns a Eduardo Siqueira Campos.
Família O Paralelo 13.
Por Antonio Coelho de Carvalho
Recentemente o IBGE divulgou dados do Nordeste brasileiro dando conta do melhoramento do grau de instruções da população daquela Região. Historicamente o nordeste sempre foi abandonado e relegado a interesses políticos, não muito republicanos. A Região é marcada por intempéries da natureza com a falta de chuvas que leva desertificação a pobreza não do solo, mas, do homem. A seca é um grave problema socioeconômico e político que se perpetua há séculos nos municípios do Semiárido Brasileiro.
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No passado, como hoje, esse abandono gerou uma serie de crises que afeta a população. Crises econômica, de autoridade, ideológica, cultural e moral foram e ainda o é, uma ferida ainda aberta de difícil cicatrização. Esse descaso e abandono, de certa forma moldaram no que se reflete em grande parte a "cultura" do povo nordestino. Digo cultura no sentido de modo de vida (a religião, as tradições, os valores, as crenças, os rituais, as artes e a produção científica).
Messias
Os movimentos messiânicos (revoltas) como a de Canudos, Contestado, Juazeiro, Caldeirão da Santa Cruz, Colher de Pau, Pedra Bonita entre outros, foram nada mais que uma forma de revolta. Dessa revolta derivou o banditismo (cangaço) que foi um fenômeno social, político e cultural que se popularizou em 1889, no contexto da Proclamação da República. Esse período trouxe mais pobreza, desigualdade, falta de assistência estatal e violência, com isso o surgimento do fanatismo, principalmente o religioso que alimentavam essas revoltas.
Fanatismo
Abandono e descaso que deformou um povo, o monopólio da terra, desde de o Brasil colona e das capitanias, levaram a essa deformidade sócio econômica, social e cultural. Um dos pontos chaves e toda essa crise é o analfabetismo quase que generalizado por centenas de anos. A ignorância era completa, o único conhecimento, que se tinha advinha da natureza, muitas repassadas oralmente. Outra principal fonte era a religião e de seitas nascidas de variações do catolicismo radical. Fermentando ainda mais o fanatismo.
Política
Estou aqui escrever sobre a República Velha, compreende o período entre 1889 e 1930, ou ate mais, quando as elites, bem representada pela classe política (coronéis), assim como os latifundiários, com as plantações de cana. Esses que perderam seus escravos e exploravam a todos de todas as formas possíveis, negando-lhe a educação (conhecimento) e a cidadania política. Já no Sul do país o café trazia prosperidade, mão-de-obra europeia, trabalhadores livre e os imigrantes viram modificar a fisionomia econômica, social e cultural da Região.
Realidade
Mas voltando lá aos números frios do IBGE, infelizmente o nordeste ainda é a região com maior numero de pessoas não alfabetizadas, é a menor Região com pessoas que não têm curso superior. Houve uma melhora acentuada em pessoas alfabetizadas. Os números mostraram que 85,8% dos habitantes do Nordeste com 15 anos ou mais sabiam ler e escrever, enquanto 14,2% não sabem. Esse índice é o dobro da média nacional, de 7%, segundo o IBGE.
Atualidade
Não quero aqui dizer que as pesquisa recentemente divulgadas sobre a queda da popularidade do presidente Luis Inácio Lula da Silva na Região tem haver com o aumento do índice de pessoas alfabetizadas. O quadro é bem mais complexo, Lula, e seu PT (Partido dos Trabalhadores) muitos de seus companheiros não conseguem entregar a população as promessas feitas, isso sem falar nos compromissos.
Ferramenta
As redes sociais hoje querendo ou não é uma ferramenta de fortalecimento do estado democrático de direito, (expressão essa seqüestrada e usada para outras finalidades) hoje o que se falar fica gravado, filmado e distribuído para todo mundo. As redes sociais a internet também podem e devem ser usadas para a transparência de destinação de recursos públicos, da diminuição das distancias entre o eleitor e seus representantes. Isso não faz das redes sociais vilões do descontentamento, alias sou a favor de uma certa regulação.
Conhecimento
Ao ver o conjunto da obra do atual governo, e quando você sabe o que aconteceu no passado, parece estar a ver o mesmo filme. Um exemplo que já é um clássico é o caso dos Correio e seus prejuízos. O caso de Furnas, no ministério da Educação da Cultura e muitos outros. Percebe-se que o governo esta em total desconexão com a realidade que vive a população. Outro exemplo é do ex-ministro das Comunicações deputado Juscelino Filho, que esperou ate o final do segundo tempo para deixar o governo e voltar a Câmara, onde outra enrolação que pode não dar em nada. Isso sem falar em outras figuras políticas do nosso Nordeste.
Deu
Para se manter um estado democrático de direito, como o que vivemos hoje, é preciso distribuir as benesses do poder. Criar cargos nos altos escalões dos poderes, ofertar aviões para ficar a disposições e colar em segredo de Estado, não somente os aviões e vôos, mas gastanças em viagens uso de cartões corporativos. Outra verdade é que o presidente Lula não deixa os companheiros na mão. Estatais e ministérios estão cheios de companheiros. Ele sabe demonstrar gratidão, a hoje ministra Gleisi Hoffmann, foi muito leal quando Lula ficou preso pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, ela Gleisi Hoffmann foi que fez o movimento Lula livre, e deu no que deu. No que ta dando, o no que vai dá.
Ate à próxima
Antonio Coelho é jornalista, filho e neto de nordestinos
Expediente nas repartições públicas volta à normalidade na terça-feira, 22 de abril, a partir das 8 horas
Da Assessoria
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, decretou ponto facultativo para quinta-feira, 17 de abril, data que antecede o feriado da Paixão de Cristo, comemorado na sexta-feira, 18. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 11, por meio do Decreto 6.942.
O expediente nas repartições públicas volta à normalidade somente na terça-feira, 22 de abril, a partir das 8 horas, já que a segunda-feira, 21, é feriado nacional em comemoração ao Dia de Tiradentes.
“Esse recesso é para que nossos servidores tenham um tempo de descanso com suas famílias e para celebrar a sua fé, especialmente neste período de Páscoa, que carrega um profundo significado espiritual para os cristãos”, afirmou o governador Wanderlei Barbosa.
O ponto facultativo não se aplica aos serviços essenciais, como saúde, segurança pública, fiscalização tributária e outros que não possam ser interrompidos, cabendo aos respectivos dirigentes estaduais adotar as providências necessárias à garantia de sua continuidade.
Com imensa tristeza, recebi a notícia do falecimento de Delvânia Campelo da Silva, na noite desta sexta-feira, 11. Vítima de feminicídio, Delvânia parte precocemente aos 50 anos, deixando não apenas as lembranças da mulher forte que era, mas também a urgente necessidade de agirmos com ainda mais firmeza pela segurança das mulheres tocantinenses.
Desde o início deste caso brutal, determinei todas as providências, tanto por parte da equipe multidisciplinar que a atendeu no Hospital Geral de Palmas, como da Polícia Civil para a apuração do crime e punição do culpado por parte da Justiça.
Neste momento de profundo pesar, me solidarizo com amigos, familiares e reafirmo meu compromisso no combate à violência contra a mulher. Que Deus possa consolar o coração de todos que sofrem com essa imensa perda.
Wanderlei Barbosa
Governador do Tocantins
IPCA fica em 0,56% e acumula alta de 5,48% nos últimos 12 meses, quase 1 ponto acima da meta estabelecida
POR VINICIUS KONCHINSKI
O preço da comida no país subiu 1,17% no mês passado e fez com que a inflação de março deste ano fosse a maior para o mês em 22 anos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,56%, acumulando alta de 5,48% nos últimos 12 meses – quase 1 ponto percentual acima da meta de até 4,5%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão é responsável por calcular o IPCA, índice de inflação oficial do país.
De acordo com o IBGE, em março, a inflação foi 0,75 ponto percentual menor do que a taxa de fevereiro (1,31%). Ainda assim, é a maior para o mês desde 2003. Em março do ano passado, por exemplo, o IPCA foi de 0,16%.
Empurraram para a cima a inflação os preços dos itens de alimentação e bebidas, principalmente. Dos 0,56% de alta verificados, 0,25 ponto vieram só deste grupo.
Contribuíram para o resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). Também o preço da refeição fora de casa (0,86%) e do cafezinho (3,48%), este influenciado pelo preço do pó de café.
“Para o tomate, com o calor dos meses de verão, houve uma aceleração na maturação, levando à antecipação da colheita em algumas praças. Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços. Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IBGE para o IPCA.
Ele lembrou que o café moído acumula uma alta de 77,78% nos últimos 12 meses, “impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais também prejudicaram a produção interna.”
Além da comida, todos os outros oito grupos de produtos registraram alta de preços em março. O grupo de educação teve a menor variação, de 0,10%.
Em despesas pessoais, que subiu 0,70%, pesou o aumento do preço dos ingressos para cinema, teatro e concertos (7,76%).
No grupo vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).
No grupo dos transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%).
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve como base da correção do salário mínimo, teve alta de 0,51% em março.
Nos últimos 12 meses, ele acumula um aumento de 5,20%.