Solenidade oficializa a formação de 103 militares pelo Curso de Formação de Praças (CFP) e 41 pelo Curso de Habilitação de Oficiais da Administração (Choa)

Por Rafael de Oliveira

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, acompanhado da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero; e do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO), coronel Peterson Queiroz de Ornelas, participou na manhã nesta terça-feira, 15, da formatura de 144 bombeiros militares, sendo 103 do Curso de Formação de Praças (CFP) e 41 do Curso de Habilitação de Oficiais da Administração (Choa). Durante a solenidade, que ocorreu na Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, em Palmas, o chefe do Executivo também entregou 13 novos veículos, que irão reforçar as ações operacionais da corporação em todo o estado.

Na ocasião, o governador Wanderlei Barbosa parabenizou os oficiais e os praças recém-formados, destacando o compromisso do Governo do Tocantins com a valorização e o fortalecimento da corporação.

“Esse é um momento muito importante na formação dos nossos bombeiros, cuja missão é proteger, cuidar e salvar tanto a natureza quanto as pessoas. Parabenizo todos os recém-formados, é um orgulho para nós o trabalho que o Corpo de Bombeiros realiza. Vocês são fundamentais para o desenvolvimento social do nosso estado. É com muito orgulho que reafirmamos o compromisso de oferecer uma formação de qualidade e garantir a valorização dos nossos militares”, ressaltou o chefe do Executivo, que foi homenageado como paraninfo da formatura dos oficiais.

O comandante-geral do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, enfatizou que a formação representa um importante avanço para o fortalecimento dos serviços prestados pela instituição. “Essa formação é um marco dentro do nosso planejamento. Com ela, contamos agora com mais 103 novos soldados, além dos 41 oficiais que já eram militares e foram promovidos após concluírem o curso, reforçando nossa capacidade de atender à sociedade com mais eficiência. As novas viaturas também são fundamentais para reaparelhar a nossa instituição e ampliar nosso alcance nas ações. Agradeço ao governador Wanderlei Barbosa por oferecer esse suporte, que é essencial para que possamos seguir qualificando e fortalecendo a instituição”, pontuou o comandante-geral.

Formaturas

A solenidade contou com a formatura das turmas do Curso de Formação de Praças (CFP), que recebeu o nome do cabo Roger Meneses Faria, in memoriam

O momento solene contou com a formatura das turmas do Curso de Formação de Praças (CFP), que recebeu o nome do cabo Roger Meneses Faria, in memoriam; e do Curso de Habilitação de Oficiais da Administração (Choa), com o nome do 2º sargento Leandro Abreu Nunes, in memoriam, respectivamente. O curso de praças foi realizado na Academia de Formação Bombeiro Militar, em Palmas, com duração de 11 meses e carga horária de 2.210 horas. Foram matriculados 108 alunos, dos quais 103 concluíram a formação nesta terça-feira, 15.

Isla Hayssa Dourado Silva, oradora da turma, é uma das novas militares do Corpo de Bombeiros. Natural da Bahia, ela se mudou para o Tocantins há cerca de um ano para ingressar na formação. Emocionada, Isla Hayssa relembrou da sua trajetória até a formação, o que para ela, é a realização de um sonho. “Entrar para o Corpo de Bombeiros sempre foi o meu sonho. Começamos o curso em maio de 2024 e, desde então, foi um processo intenso de adaptação ao militarismo, com atividades que exigem muito do físico e do psicológico. Foram 11 meses longe da minha família, que me apoiou em cada desafio, e estar aqui hoje [terça-feira, 15], formada como soldado, usando essa farda, é uma gratificação enorme e um sonho realizado. Eu só tenho a agradecer por essa oportunidade, por ter conseguido vencer esses meses que não foram fáceis e cheios de desafios”, expressou a nova militar.

Foram homenageados na cerimônia de formatura o governador Wanderlei Barbosa (paraninfo), a primeira-dama Karynne Sotero (madrinha) e demais autoridades que receberam reconhecimento das turmas

Já o curso de oficiais foi realizado na modalidade semipresencial, contendo 21 disciplinas com duração de 8 meses e carga horária de 1.101 horas. Ao todo, 42 alunos se matricularam, sendo que 41 se formaram.

Entre os oficiais recém-formados está Eduardo Cadore, que iniciou sua trajetória como bombeiro quando tinha 19 anos. Com 38 anos, ele celebra a conclusão do curso como uma grande realização. Para Eduardo Cadore, a conquista representa o fechamento de um ciclo marcado por desafios, dedicação e superação. “O nosso curso começou em agosto de 2024, na modalidade EAD [Educação à Distância], que foi até dezembro. Em janeiro, iniciamos a fase presencial, que foi o que nos trouxe até esse momento de formação. Quando eu e minha turma ingressamos na corporação, lá em 2006, tínhamos 19 anos. Desde então, foram muitas batalhas e desafios, e chegar a esse ponto da carreira sempre foi um sonho. Fomos perseverantes, batalhamos muito e conquistamos nosso espaço. Esse momento representa uma conquista enorme e também um reconhecimento ao nosso trabalho. Aos 19 anos, eu já estava prestando apoio ao Corpo de Bombeiros e à sociedade, e hoje, o sentimento é de gratidão por conseguirmos chegar neste momento”, evidenciou.

Novos veículos

O comandante-geral do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, enfatizou a importância da formação e da chegada das novas viaturas para o fortalecimento dos serviços prestados pela corporação

Ao todo, foram entregues 13 veículos plotados à corporação, sendo 11 do modelo Duster e duas caminhonetes, destinados à estrutura operacional do CBMTO. Os veículos funcionarão para o transporte de militares, materiais de socorro e o resgate de pessoas e animais, além de darem suporte às atividades administrativas.

Homenagens

Durante a cerimônia de formação dos praças, receberam homenagens em reconhecimento às contribuições prestadas à corporação o governador Wanderlei Barbosa como autoridade da turma; o comandante-geral do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, escolhido como padrinho; o subcomandante-geral do CBMTO, coronel Cléber José Borges Sobrinho, como paraninfo; e João Batista Faria, pai do cabo Roger Meneses Faria, que recebeu a homenagem in memoriam, em nome do filho que leva o nome do grupo de formados.

Os novos veículos funcionarão para o transporte de militares, materiais de socorro e o resgate de pessoas e animais, além de darem suporte às atividades administrativas

Na formatura dos oficiais, o governador Wanderlei Barbosa foi homenageado como paraninfo. A primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, foi escolhida como madrinha; o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), deputado Amélio Cayres, como padrinho, representado na ocasião pelo vice-presidente da Casa, deputado Léo Barbosa; e o secretário de Estado do Turismo, Hercy Filho, como autoridade homenageada. Também foi prestada homenagem in memoriam à mãe do 2º sargento Leandro Abreu Nunes, Raimunda Nunes, escolhido como patrono da turma.

Gestor destacou a importância histórica do Instituto e a da atuação conjunta entre os poderes

Por João Lino Cavalcante

Em cerimônia marcada por emoção e homenagens, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, discursou na noite desta segunda-feira, 14, durante a inauguração da nova sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), na Capital.

O prefeito da capital destacou a importância da atuação conjunta entre os poderes para o fortalecimento da agricultura familiar no Tocantins. “Cada prédio que se instala, cada investimento que o senhor faz, governador, se torna uma conquista para a agricultura familiar, para a extensão rural, para o perfil que esse estado tem”, declarou o prefeito, ao saudar Wanderlei Barbosa.

Eduardo Siqueira Campos também ressaltou a importância histórica do Ruraltins, fundado em 21 de abril de 1989, antes mesmo da criação de Palmas. “Eu sei que lá de cima o velho Siqueira deve estar orgulhoso de ter criado este Ruraltins e vê-lo hoje num prédio tão importante”, disse, fazendo referência a seu pai, o ex-governador Siqueira Campos, idealizador do instituto.

Durante o pronunciamento, o prefeito homenageou Margarida Dias Cavalcanti, que faleceu em um trágico acidente a caminho da cerimônia. Em tom comovido, ele se solidarizou com os familiares e colegas da servidora. “Fica aqui a nossa homenagem e a nossa oração para que os servidores do Ruraltins, que estavam naquele carro, estejam bem, sejam recuperados”, disse.

Eduardo Siqueira Campos fez questão de destacar figuras históricas do Ruraltins, como o ex-presidente Renato Guzollin e a ex-prefeita de Brejinho de Nazaré e secretária da Pesca e Aquicultura, Miyuki Hyashida, única mulher a presidir a instituição. “Que o novo prédio seja o palácio da agricultura familiar, da extensão rural, da valorização dos povos originários”, afirmou, reforçando a importância do instituto no desenvolvimento sustentável do estado.

Com olhar voltado para o futuro das parcerias público-privadas no Brasil, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, participou nesta terça-feira, 15, do evento Futuro das Concessões e PPPs, promovido pela Agência iNFRA

Com Assessoria

A iniciativa conta com patrocínio da Via Appia Concessões — concessionária de rodovias com atuação em São Paulo e Minas Gerais —, coorganização do escritório Queiroz Maluf Reis Sociedade de Advogados e apoio do deputado federal Arnaldo Jardim, relator do PL 7.063/2017.

O encontro reuniu autoridades e especialistas para discutir os caminhos da infraestrutura no país, especialmente sob a ótica da modernização da legislação que rege concessões e PPPs, tema que tramita com protagonismo no Congresso Nacional.

Eduardo Gomes compôs o painel de abertura ao lado do deputado Arnaldo Jardim e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Em sua fala, o senador destacou a importância de um marco legal estável e com visão de longo prazo para garantir segurança jurídica e atratividade aos investimentos privados.

“Um processo de concessão e de PPP abraça, no mínimo, oito mandatos presidenciais. É preciso maturidade para que a legislação reflita essa visão de longo prazo”, afirmou, ao recordar que o Tocantins foi o primeiro estado brasileiro a realizar uma PPP na área de energia, ainda nos anos 80, com a antiga Celtins.

O senador fez um apelo por um debate legislativo mais focado, menos disperso e com maior capacidade de entrega. Segundo ele, a fragmentação excessiva de projetos e propostas enfraquece o processo legislativo e dificulta a implantação de políticas públicas duradouras. “Não podemos mais permitir que 10, 15, 20 projetos concorram entre si para resolver coisa nenhuma. Precisamos de um processo de inteligência legislativa”, enfatizou.

Eduardo Gomes também relacionou o tema à tragédia recente envolvendo o colapso de uma ponte com mais de 60 anos de uso, ligando o Tocantins ao Maranhão, que interrompeu uma importante rota de escoamento de grãos no país. Para ele, a ausência de investimentos privados e a rigidez burocrática contribuem para o agravamento de falhas estruturais. “Se ali houvesse uma PPP, com investimento e fiscalização adequados, talvez essa tragédia pudesse ter sido evitada”, afirmou.

Ao final, o senador defendeu maior integração entre Câmara e Senado no acompanhamento das propostas legislativas, além de atenção especial aos aspectos ambientais, em vista da próxima COP30. “Espero que a COP deste ano seja um evento de perguntas e respostas, não apenas de perguntas. Temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, mas seguimos sem financiamento adequado para isso”, concluiu.

Caso Odebrecht: ex-presidente do Peru Ollanta Humala e esposa são condenados a 15 anos de prisão

Com Agências

Após um julgamento que durou mais de três anos, o tribunal de Lima proferiu seu veredicto na terça-feira (15) contra o ex-presidente peruano Ollanta Humala, de 62 anos. Ele foi condenado a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em conexão com o escândalo de corrupção ligado à gigante da construção brasileira Odebrecht e propinas pagas a políticos, pena igualmente decretada para sua esposa Nadine Heredia, 48.

"Uma pena de 15 anos de prisão efetiva foi imposta ao senhor Ollanta Humala", declarou o juiz responsável pelo caso. A condenação ocorre mais de três anos após o início do julgamento do ex-presidente, que dirigiu o Peru de 2011 a 2016. 

O tribunal de Lima afirmou que Humala aceitou recursos ilegais da construtora brasileira Odebrecht para financiar suas campanhas eleitorais em 2006 e 2011. Sua esposa, Nadine Heredia, cofundadora do Partido Nacionalista com Humala, também foi considerada culpada de lavagem de dinheiro e condenada a 15 anos de prisão. 

Os promotores haviam pedido que Humala fosse condenado a 20 anos de prisão e Heredia a 26 anos e meio. 

Humala compareceu pessoalmente para ouvir seu veredicto, enquanto sua esposa participou por videoconferência. O ex-presidente de 62 anos e sua mulher negam qualquer irregularidade. 

Humala e o caso Odebrecht

Humala, ex-oficial do exército que lutou contra os rebeldes maoístas do Sendero Luminoso, ganhou destaque nacional pela primeira vez em 2000, quando liderou uma breve rebelião militar contra o então presidente Alberto Fujimori. Em 2006, concorreu à presidência e se tornou aliado do então presidente venezuelano, Hugo Chávez, e promotores alegaram que Humala havia aceitado financiamento ilegal de Chávez para financiar sua campanha. 

Em 2011, quando Humala concorreu à presidência do Peru novamente, ele disse que, em vez de emular a revolução socialista de Chávez na Venezuela, modelaria suas políticas com base nas do então presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Sua abordagem foi bem-sucedida e ele derrotou sua rival de direita, Keiko Fujimori. 

Mas conflitos sociais violentos no início de sua presidência rapidamente prejudicaram sua popularidade. Ele também perdeu o apoio de muitos membros do Congresso, enfraquecendo ainda mais sua posição. Seus problemas legais começaram logo após o término de seu mandato, em 2016. 

Naquele ano, a gigante brasileira da construção civil Odebrecht confessou ter pago centenas de milhões de dólares em propinas a funcionários do governo e partidos políticos em toda a América Latina para obter encomendas comerciais. 

Os promotores acusaram Humala e sua esposa de receber milhões de dólares da Odebrecht. Um ano depois, um juiz ordenou a prisão preventiva do casal. 

Eles foram soltos após um ano, mas a investigação sobre suas ligações com a Odebrecht continuou, culminando no veredicto desta terça-feira. 

Projeto para contas de 2026 foi enviado ao Congresso; plano também prevê redução da inflação e dos juros nos próximos anos

Por Yumi Kuwano

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 nesta terça-feira (15) ao Congresso Nacional, com projeção de 2,5% de crescimento da economia (PIB) e aumento no salário mínimo de R$ 112, chegando a R$ 1.630.

Desde 2023, o mínimo era reajustado pelo acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do PIB de dois anos antes.

No entanto, no final de 2024 o governo aprovou uma nova regra que limita o crescimento acima da inflação ao ritmo de expansão de despesas previsto pelo arcabouço fiscal, que é de 0,6% a 2,5%, até 2030.

Inflação

A estimativa é que a inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – caia para 3,5% em 2026, 3,1% em 2027 e 3% em 2028 e 2029.

O texto também prevê queda na taxa Selic acumulada para 12,56% ao ano em 2026; 10,09% em 2027; 8,27% em 2028; e 7,27% em 2029. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

A meta é que em 2026 haja um superávit de R$ 34,3 bilhões nas contas do governo, com flutuação de 0,25% do PIB. O limite de despesas deve ficar em R$ 2.430,6 bilhões, de acordo com o projeto enviado pelo Planalto.