Registros apontam que Elcio Queiroz seguiu direto para a casa de Ronnie Lessa, suspeito de atirar na vereadora. Naquele dia, a lista de presença da Câmara dos Deputados mostra que Jair Bolsonaro estava em Brasília, e não no Rio. Citação do nome do presidente torna obrigatório que STF analise o caso.
Por Arthur Guimarães, Felipe Freire, Leslie Leitão, Marco Antônio Martins e Tyndaro Menezes, Jornal Nacional e G1 Rio
O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, a registros da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora o principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa – é o mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa.
O porteiro contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Mas os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia.
Como houve citação ao nome do presidente, a lei obriga que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação.
No dia do crime, o porteiro trabalhava na guarita que controla os acessos ao condomínio. Às 17h10 da data do crime, ele escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58.
Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.
O Jornal Nacional apurou o teor de suas declarações. O porteiro contou que, depois que Élcio se identificou na portaria e disse que iria pra casa 58, ligou para a casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar.
Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do "Seu Jair" – ele confirmou isso nos dois depoimentos.
No registro geral de imóveis, consta que a casa 58 pertence a Jair Messias Bolsonaro. O presidente também é dono da casa 36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC).
O porteiro explicou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson.
Lessa é apontado pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios como autor dos disparos.
O porteiro disse, em depoimento, que ligou de novo para a casa 58, e que o homem identificado por ele como "Seu Jair" teria dito que sabia para onde Élcio estava indo.
Contradição no depoimento
O Jornal Nacional pesquisou os registros da Câmara e encontrou uma contradição no depoimento do porteiro. Jair Bolsonaro estava em Brasília nesse dia, como mostram os registros de presença em duas votações no plenário: às 14h e às 20h30. Portanto, ele não poderia estar no Rio.
No mesmo dia, Bolsonaro também postou vídeos nas redes sociais do lado de fora e dentro do gabinete em Brasília.
Fontes disseram à equipe de reportagem que os dois criminosos saíram do condomínio dentro do carro de Ronnie Lessa, minutos depois da chegada de Élcio, e embarcaram no carro usado no crime nas proximidades do condomínio.
Áudio do interfone investigado
O Jornal Nacional apurou que a guarita do condomínio tem equipamentos que gravam as conversas pelo interfone. Os investigadores estão recuperando os arquivos de áudio para saber com quem, de fato, o porteiro conversou naquele dia e quem estava na casa 58.
A polícia prendeu os dois suspeitos de matar Marielle e Anderson no dia 12 de março deste ano.
Lessa é sargento aposentado da Polícia Militar e foi preso quando tentava fugir de casa, no Condomínio Vivendas da Barra.
Élcio de Queiroz é ex-policial militar e foi expulso da PM em 2015 por envolvimento com a contravenção.
Ministério Público foi ao STF
O Jornal Nacional apurou que, depois de saber das informações envolvendo a casa do presidente Jair Bolsonaro nas investigações, representantes do Ministério Público do Rio foram até Brasília em 17 de outubro para fazer uma consulta ao presidente do Supremo Tribunal Federal, o minisitro Dias Toffoli.
Sem avisar o juiz do caso aqui no Rio, eles questionaram se podem continuar a investigação depois que apareceu o nome do presidente Jair Bolsonaro. Dias Toffoli ainda não respondeu.
A polícia está chamando novamente as ex-funcionárias e pessoas próximas de Marielle para novos depoimentos.
A polícia chegou até o homem apontado como o assassino por uma denúncia anônima, feita em outubro, sete meses depois do início da investigação, e que revelou o nome de um dos suspeitos e o local de onde o carro partiu, na Barra da Tijuca.
O que dizem os citados
O advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, contestou o depoimento do porteiro e afirmou que seria uma tentativa de atacar a imagem do presidente.
"Eu nego isso. Isso é uma mentira. Deve ser um erro de digitação, alguma coisa. O Jair Bolsonaro, no dia 14 de março de 2018, encontrava-se em Brasília, na Câmara dos Deputados, inclusive existe o registro de entrada dele lá, com o dedo, e todas as demais provas. Eu afirmo com absoluta certeza e desafio qualquer um no Brasil a provar o contrário. Isso é uma mentira, isso é uma fraude, isso é uma farsa para atacar a imagem e a reputação do presidente da República. E é o caso de uma investigação por esse falso testemunho em que qualquer pessoa tenha afirmado que essa pessoa foi procurar Jair Bolsonaro. Talvez, esse indivíduo tenha ido na casa de outra pessoa, e alguém, com intuito de incriminar o presidente da República, conseguiu um depoimento falso, onde essa pessoa afirma que falou com Jair Bolsonaro. O presidente não conhece a pessoa de Élcio, e essa pessoa não conhece o presidente. Isso é uma mentira e uma farsa", disse Wassef.
O Ministério Público do Rio afirmou que as investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios, que é subordinada à Secretaria de Polícia Civil, e que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acompanha o caso.
A Polícia Civil disse que a Delegacia de Homicídios investiga o caso junto com o Grupo de Atuação Especial do Ministério Público.
As defesas de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz não responderam às tentativas de contato.
O Jornal Nacional entrou em contato com a assessoria do ministro Dias Toffoli. Até a última atualização desta reportagem, o presidente do STF não havia se pronunciado.
Ministro do STF Celso de Mello afirmou que o vídeo demonstrava que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites. Bolsonaro deixa entrevista ao ser questionado sobre resposta de Celso de Mello a vídeo
Com Jornal do Brasil
O presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal pela publicação de um vídeo em sua conta oficial no Twitter que retratava o STF como uma ameaça, após uma reação dura do ministro mais antigo da corte.
"Me desculpo publicamente ao STF, que por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo durante viagem à Arábia Saudita.
O vídeo em questão foi publicado na conta oficial de Bolsonaro no Twitter na tarde de segunda-feira, mas foi apagado posteriormente. Nele, Bolsonaro é representado por um leão cercado por hienas ameaçadoras identificadas com símbolos do STF, da ONU, da OAB, de órgãos de imprensa e até do partido do presidente, o PSL, entre outros.
Na noite de segunda-feira, o ministro do STF Celso de Mello afirmou que o vídeo demonstrava que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites.
"A ser verdadeira a postagem feita pelo senhor presidente da República em sua conta pessoal no 'Twitter', torna-se evidente que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções, pois o vídeo que equipara, ofensivamente, o Supremo Tribunal Federal a uma 'hiena' culmina, de modo absurdo e grosseiro, por falsamente identificar a Suprema Corte como um de seus opositores", disse o ministro em resposta enviada por sua assessoria, após questionamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo.
Celso de Mello, o ministro decano do STF, disse que o comportamento revelado no vídeo representa a "expressão odiosa (e profundamente lamentável) de quem desconhece o dogma da separação de Poderes", e de quem teme um Judiciário independente, em que nenhuma autoridade está acima da Constituição e das leis.
"É imperioso que o senhor presidente da República --que não é um 'monarca presidencial', como se o nosso país absurdamente fosse uma selva na qual o Leão imperasse com poderes absolutos e ilimitados-- saiba que, em uma sociedade civilizada e de perfil democrático, jamais haverá cidadãos livres sem um Poder Judiciário independente, como o é a Magistratura do Brasil", acrescentou.
Procurado por meio de sua assessoria, o presidente do STF, Dias Toffoli, não respondeu a um pedido de comentário sobre o vídeo.
Antes do pedido de desculpas, Bolsonaro abandonou uma entrevista coletiva que concedia a jornalistas brasileiros na Árabia Saudita após ser perguntado sobre a resposta dada por Celso de Mello.
Em uma publicação nesta manhã na página oficial de Bolsonaro no Facebook sobre sua eleição para a Presidência e os 10 primeiros meses de governo, o presidente reconhece ter cometido erros e diz ter humildade para pedir desculpas, mas não cita nenhum caso especificamente.
"Sei que por vezes erro e falho e isso é potencializado para desgastar o governo. Paciência, sabia que o jogo era bruto, a cobiça pelo Poder é enorme. Porém, tenho a humildade de pedir desculpas, corrigir e seguir em frente", diz o texto.
Tribunal de Contas recomendou a paralisação de cinco obras, em cinco estados: Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Área técnica analisou 77 obras
Com Assessoria do TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de irregularidades "graves" em 59 obras financiadas com recursos da União.
A informação consta do Fiscobras 2019, relatório anual do tribunal de contas sobre fiscalizações em obras públicas. Ao todo, a área técnica do TCU fez 77 auditorias.
Das obras com indícios de irregularidades graves, o TCU recomendou a paralisação de cinco obras.
O relatório aprovado nesta quarta-feira (23) será encaminhado ao Congresso Nacional e as informações devem subsidiar a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) quanto à distribuição dos recursos orçamentários para 2020.
Os parlamentares, no entanto, não são obrigados a seguir a recomendação do TCU.
Obras com recomendação de paralisação
Canal do Sertão (Alagoas): transposição do Rio São Francisco com o objetivo de levar água a 42 municípios de do estado. Em um dos contratos, foram encontrados indícios de sobrepreço de R$ 48,3 milhões frente aos valores praticados pelo mercado. A recomendação de paralisação é para o trecho 5 de obra que ainda não foi iniciado.
Adequação de trecho rodoviário da BR-116 (Bahia): duplicação da rodovia teve seu custo estimado em mais de R$ 331 milhões e estava com 9% de execução. Durante a execução, o TCU identificou que os projetos executivos estavam em desconformidade com o que foi licitado.
Construção da BR-040 (Rio de Janeiro): problema foi encontrado na obra de implantação do trecho da subida da Serra de Petrópolis. Os indícios de irregularidade envolvem sobrepreço e projeto deficiente.
Corredor de Ônibus – SP – Radial Leste – Trecho 1 (São Paulo): os indícios de irregularidade são de restrição à competitividade no edital e de sobrepreço na obra que teve apenas 1% concluído.
BRT de Palmas (Tocantins): o TCU apontou estudo de viabilidade técnica-econômica e ambiental deficiente. A obra ainda não começou.
Paralisação preliminar
No caso de uma sexta obra, a de ampliação de capacidade da BR-290 no Rio Grande do Sul, o TCU fez uma recomendação preliminar de paralisação. A recomendação é preliminar porque a auditoria da obra ainda precisa ser analisada pelos ministros do TCU.
As recomendações não são para paralisação de toda a obra, mas somente do trecho referente ao contrato onde o problema foi encontrado.
Relembre (BRT de Palmas)
PF investiga BRT de R$ 260 milhões em Palmas (TO) e prefeito é alvo de condução
São cumpridos 22 mandados judiciais, sendo 10 de condução coercitiva e 12 de buscas e apreensão nos estados de Tocantins, Paraná e Santa Catarina
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 10, a Operação Nosostros contra um suposto esquema de fraude envolvendo o processo de licitação para construção do sistema de transporte BRT de Palmas no valor aproximado de R$ 260 milhões. O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), é alvo da operação.
Segundo a Federal, estão sendo cumprido 22 mandados judiciais, sendo 10 de condução coercitiva e 12 de buscas e apreensão nos estados de Tocantins, Paraná e Santa Catarina.
“Entre as pessoas conduzidas estão o prefeito de Palmas/TO, o secretário municipal de Finanças e o Procurador Geral do Município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos”, afirma nota da PF.
Ao todo, são 11 mandados em cinco municípios do estado de São Paulo. O G1 procurou a defesa de Paulo Vieira de Souza às 8h32
Por G1 SP
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem nesta terça-feira (29) 11 mandados de busca em investigação da Lava Jato contra Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da da empresa estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) e operador financeiro ligado ao PSDB.
São alvos da operação os familiares, pessoas ligadas ao ex-diretor e prestadores de serviço. As investigações apontam "possível participação na gestão de pessoas jurídicas usadas para a prática de atos de lavagem, bem como em ocultação de documentos".
Os mandados são cumpridos nas cidades de São Paulo, Taubaté, Ubatuba, Taboão da Serra e Itapetininga e stão relacionadas à investigação da possível prática de crimes de lavagem de dinheiro por Paulo Vieira de Souza, com a participação de familiares e prestadores de serviço.
O G1 procurou a defesa de Paulo Vieira de Souza às 8h32.
Em março, um dia antes de completar 70 anos, Paulo Vieira de Souza foi condenado a 145 anos e oito meses de prisão por peculato (desvio de dinheiro público), associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público nas obras do Rodoanel Sul, em São Paulo. Esta foi a segunda vez que ele foi condenado na Lava Jato.
Em fevereiro, quando ele foi preso preventivamente na 60ª fase da Operação Lava Jato, a defesa de Paulo Vieira de Souza informou que só iria se posicionar depois de ter acesso à sentença. Ao G1, em agosto de 2018, Paulo Vieira de Souza negou as fraudes.
Diretor da Dersa
Paulo Vieira de Souza foi diretor da Dersa, empresa estatal paulista de construção e manutenção de rodovias, de 2005 a 2010, durante os governos de Geraldo Alckmin e José Serra, do PSDB.
Denúncia
No dia 22 de março, a força tarefa da operação Lava Jato em São Paulo ofereceu denúncia contra Paulo Vieira Souza e mais 4 suspeitos de desviar R$ 7,7 milhões de 2009 a 2011 (valores da época) de obras públicas.
Segundo a denúncia, Paulo Vieira de Souza comandou o desvio de dinheiro como o destinado ao reassentamento de desalojados por obras do trecho Sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.
A denúncia foi feita após uma investigação iniciada no Ministério Público Estadual de São Paulo pelos desvios de apartamentos e de pagamentos de indenizações. Durante as investigações, a Promotoria da Suíça informou que Souza mantinha o equivalente a R$ 113 milhões em contas fora do Brasil.
Os documentos suíços revelaram que o dinheiro estava em quatro contas bancárias, abertas em 2007, por uma offshore sediada no Panamá, cujo beneficiário é Paulo Vieira de Souza e que, em fevereiro de 2017, o dinheiro foi transferido da Suíça para um banco nas Bahamas.
Bens
O Ministério Público de São Paulo entrou na última sexta-feira (1) com um pedido de urgência para bloquear os bens e o sigilo bancário do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, de sua ex-mulher e de suas duas filhas, no âmbito das investigações sobre fraude em licitações e formação de cartel no estado.
Exame confirmou tumor maligno na cárdia, transição entre estômago e esôfago, do prefeito de SP, que segue internado no Hospital Sírio-Libanês
Por iG - São Paulo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi diagnosticado com câncer na cárdia , transição entre o estômago e esôfago, e terá que ser submetido a quimioterapia. O novo diagnóstico sobre a doença do tucano foi divulgado nesta segunda-feira (28) em coletiva de imprensa no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
Além do tumor maligno, o médico Artur Katz, durante a coletiva, afirmou que há uma metástase única no fígado . Apesar da gravidade, Bruno Covas não deve se afastar do cargo a princípio. De acordo com os médicos, ele quer seguir no comando da capital paulista "enquanto possível" e só sair "se precisar"
De acordo com outro médico, o doutor Raul Cutait, "o fato de não ter lesão no peritônio (membrana que reveste as paredes da cavidade abdominal e recobre órgãos abdominais e pélvicos) é uma boa notícia". Katz salientou ainda que a doença foi traiçoeira, já que não havia nenhum sintoma e só foi descoberta após exame que revelou uma trombose.
"Não existe um ranking de agressivo ou não para tumores. Podemos dizer que a doença foi algo traiçoeira. Não trouxe nenhum sintoma local. A primeira manifestação foi a trombose. Do ponto de vista sistêmico, a doença está localizada", disse. "Nunca vi um diagnóstico tão precoce", revelou o infectologista David Uip.
Segundo o oncologista do Sírio Libanês, Túlio Pfifer, as sessões de quimioterapia, com três tipos de medicamentos, começarão em breve e que em um período de seis a oito semanas será feita uma nova avaliação para descobrir se o tratamento quimioterápico fez efeito ou não.
A equipe que acompanha Bruno Covas negou que a doença tenha a ver com a do avô, o ex-governador de São Paulo Mário Covas, que morreu em decorrência de um câncer na bexiga em 2011. "O câncer do Mário Covas foi um câncer de bexiga, não tem nada a ver com o que está acontecendo hoje", ressaltou Uip.
O prefeito paulistano deu entrada no hospital n a última quarta-feira (23) para o tratamento de uma erisipela. Na sexta-feira, foi diagnosticado com trombose venosa das veias fibulares. Exames subsequentes diagnosticaram tromboembolismo pulmonar. Já outro exame realizado neste domingo (27) identificou a existência de tumor no trato digestivo , que foi revelado ser maligno.
Bruno Covas , segundo o secretário de Justiça de São Paulo, Rubens Rizek, seguirá despachando por meio de assinatura eletrônica, como fez nesta segunda-feira. Caso ele seja afastado do cargo, quem assume é o vereador Eduardo Tuma (PSDB), presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Covas está no cargo desde abril de 2018, quando o então prefeito João Doria (PSDB) rompeu promessa de campanha e renunciou para disputar a eleição ao governo do estado.