Taxa caiu para 1,95% da população, o equivalente a 4,14 milhões de pessoas, 7,23 milhões a menos que total registrado em 2019
Por Jessica Brasil Skroch
A parcela da população em extrema pobreza no Brasil em 2020 foi a menor desde 1981, início da série histórica do relatório que apresenta os dados, produzido pelo Banco Mundial. No mesmo ano, o Brasil foi o país da América Latina que apresentou maior redução na taxa.
Em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 10,90.
Em 2019, 5,39% da população brasileira vivia em extrema pobreza, no total de 11,37 milhões de pessoas. No ano seguinte, a taxa caiu para 1,95% da população, total de 4,14 milhões de pessoas em extrema pobreza, ou seja, 7,23 milhões de pessoas saíram dessa situação.
No mesmo ano da queda na taxa, em meio à crise da pandemia da covid-19, foi criado o Auxílio Emergencial, que expandiu o benefício de transferência de renda do governo para mais pessoas, além de aumentar o valor mensal. O programa deu origem ao Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
A mínima histórica mais recente da taxa de extrema pobreza foi em 2014, quando 3,33% da população vivia com até R$ 10,90 por dia. Desde então a taxa cresceu todos os anos, após um período de 11 anos de constantes quedas, desde 2004.
América Latina
Apesar da queda expressiva, outros países da América Latina apresentam taxas menores de extrema pobreza, como o Uruguai (0,2%), Chile (0,75%) e o Paraguai (0,81%), que também apresentou redução na taxa em comparação com 2019, quando 1,01% da população vivia em extrema pobreza.
Vale ressaltar que não estão disponíveis os dados de 2020 de todos os países da região para comparação.
Rio de Janeiro, Alagoas, RG do Sul, Maranhão, Piauí e RG do Norte deram beiço
Com Diário do Poder
A União pagou R$ 725,64 milhões em dívidas atrasadas de estados em outubro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado hoje (7), em Brasília, pelo Tesouro Nacional.
Do total, R$ 424,58 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 78,63 milhões de Goiás, R$ 58,54 milhões de Alagoas, R$ 57,33 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 50,85 milhões do Maranhão, R$ 46,41 milhões do Piauí e R$ 9,29 milhões do Rio Grande do Norte.
Neste ano, já são R$ 7,41 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores pagos foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,69 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,98 bilhão) e Goiás (R$ 1,14 bilhão).
Relatório mensal
Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 49,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.
As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional – para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.
Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias a partir da adoção de regime de recuperação fiscal ou por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução.
Em 2022, a União recuperou R$ 192,51 milhões em contragarantias. O valor é referente a dívidas pagas do estado de Minas Gerais (R$ 163,16 milhões) e do Rio Grande do Norte (R$ 29,35 milhões). Desde 2016, o montante recuperado é de R$ 5,58 bilhões.
Dívidas garantidas
No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 280,57 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor: R$ 37,55 bilhões.
Os estados concentram 77,8% das operações garantidas, com saldo devedor de R$ 218,30 bilhões. Em seguida, estão os municípios e os bancos federais, com 10,4% (R$ 29,21 bilhões) e 7,1% (R$ 20 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas, como empresas de água e energia, detêm 2,7% (R$ 7,47 bilhões) e as estatais federais, 2% (R$ 5,58 bilhões).(ABr)
Gabriel Monteiro se apresentou na delegacia em Icaraí
Com Yahoo Notícias
O vereador cassado do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL), 28, foi preso nesta segunda-feira (7), após a 34ª Vara Criminal determinar prisão preventiva, ou seja, sem tempo estipulado para soltura.
O caso que motivou a prisão, segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é mantido sobre segredo de Justiça.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, monteiro se apresentou ao 77º Distrito Policial (Icaraí), onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
A reportagem tentou contato com por telefone e por mensagem de texto com a defesa do ex-parlamentar, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
Nesta segunda, o ex-parlamentar publicou um vídeo na sua conta no Instagram, gravado em frente ao distrito policial. Na filmagem, ele falou que ficou sabendo por sua advogada que sua prisão havia sido decretada, por um crime que ele afirma não ter sido escutado na delegacia.
"Respeito as autoridades, por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia", afirmou no vídeo. "Assim que fiquei sabendo, vim imediatamente me entregar para aJustiça, que acredito nela. Sei que minha inocência vai ficar comprovada, não só tecnicamente, mas para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim", completou.
Monteiro foi cassado em agosto passado por 48 votos a 2, por quebra de decoro parlamentar.
Eleito em 2020, o ex-policial militar e youtuber é investigado sob suspeita de praticar sexo com uma adolescente e de forjar vídeos para seu canal no YouTube. Em junho, foi denunciado por suspeita de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete.
Na sessão que determinou sua cassação, Monteiro usou o tempo reservado à defesa para afirmar que não há laudo que comprove que ele estuprou alguém. Ele também afirmou que não pode ser acusado apenas a partir do depoimento de uma vítima.
Ele chegou a reproduzir um áudio que disse ter sido enviado por uma vítima no qual os dois teriam conversado, mas o conteúdo estava era inaudível.
AÇÕES NA JUSTIÇA
Gabriel Monteiro é réu no caso que apura a gravação de um vídeo íntimo em que o parlamentar aparece tendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos. Em março, a mãe da jovem procurou a polícia após os vídeos terem vazado no Twitter e em grupos de WhatsApp.
Em depoimento, a adolescente disse que os vídeos foram divulgados sem o consentimento dela e que Monteiro havia dito que o vazamento do material foi feito por funcionários que o teriam "traído."
O ECA prevê pena de quatro a oito anos de prisão a quem filmar e reproduzir cena de sexo explícito com criança ou adolescente. Além disso, o estatuto prevê reclusão de três a seis anos a quem divulgar, transmitir ou publicar registros que contenham cena de sexo com menores de 18 anos.
A defesa de Monteiro afirma que seu cliente achava que a jovem tinha mais de 18 anos.
Em junho, o vereador foi denunciado sob acusação de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete na Câmara Municipal.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, o vereador obrigava a funcionária a participar como atriz em vídeos de cenas eróticas publicados em suas redes sociais.
Em agosto, o advogado Sandro Figueiredo disse que o ex-parlamentar tem colaborado com as investigações.
"Ressalto que todas as vezes em que o ex-vereador Gabriel Monteiro foi chamado à delegacia, ele compareceu de livre e espontânea vontade a fim de colaborar com as investigações. Houve essa medida protetiva, mas ainda não fomos intimados dessa decisão. O que posso afirmar é que, por orientação da defesa, ele já não se aproxima da jovem", disse o advogado na época.
A inadimplência alcançou novo recorde em outubro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas em atraso passou de 30% em setembro para 30,3% em outubro, quarto mês seguido de avanços. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Com Estadão Conteúdo
Em um ano, a fatia de inadimplentes aumentou em 4,7 pontos porcentuais, maior avanço nesse tipo de comparação anual desde março de 2016. Em outubro de 2021, a proporção de famílias com contas em atraso era de 25,6%.
Já o endividamento registrou queda de 0,1 ponto porcentual, passando de 79,3% setembro para 79,2% em outubro, interrompendo uma sequência de três meses de altas. A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.
Há um ano, a proporção de endividados era de 74,6%, ou seja, aumentou em 4,6 pontos porcentuais.
Na passagem de setembro para outubro, a proporção de famílias endividadas com renda mensal até 10 salários mínimos teve ligeiro recuo de 80,3% para 80,2%. Entre as famílias mais ricas, que recebem mais de 10 salários mínimos mensais, a fatia de endividados diminuiu de 75,9% para 75,4%.
Segundo a CNC, a melhora no mercado de trabalho, a desaceleração da inflação e as políticas de transferência de renda explicam o leve arrefecimento do endividamento. Por outro lado, o endividamento em patamar elevado e os juros altos dificultam o pagamento das contas e pioram o quadro de inadimplência.
A economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC, pondera que a proporção de famílias com dívidas atrasadas por mais de 90 dias tem diminuído desde abril, totalizando 41,9% dos inadimplentes nessa situação em outubro, a menor proporção desde dezembro de 2021.
"Os consumidores têm buscado renegociar as dívidas sem pagamento há mais tempo", avaliou Izis Ferreira, em nota oficial.
A proporção de famílias que afirmam não ter condições de pagar as contas em atraso - ou seja, que permanecerão inadimplentes - diminuiu de 10,7% em setembro para 10,6% em outubro.
O porcentual de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas cresceu em 12 estados brasileiros na passagem de setembro para outubro. As Unidades da Federação com as maiores proporções de famílias inadimplentes foram Bahia (43,7%), Rio Grande do Norte (42,4%), Minas Gerais (42,2%), Ceará (41,9%) e Roraima (38,5%).
Quanto ao endividamento, a proporção de endividados cresceu em outubro ante setembro em 17 das 27 Unidades da Federação, com destaque para o nível elevado de endividados em estados do Sul e Sudeste. No Paraná, 95,8% das famílias estão endividadas, e no Rio Grande do Sul, 91,9%. Os três estados seguintes no ranking de maior endividamento são Rio de Janeiro (89,7% das famílias possuem dívidas), Espírito Santo (88,5%) e Minas Gerais (87,2%).
No período de um ano, aumentou a proporção de famílias com dívidas no cartão de crédito (de 84,9% dos endividados em outubro de 2021 para 86,2% em outubro de 2022) e no cheque especial (de 4,9% para 5,1%).
"Caracterizados pela facilidade no acesso e alta relação com as necessidades de consumo de curto prazo, os dois tipos de dívida foram os mais buscados pelos consumidores que tiveram o poder de compra afetado pela alta da inflação no período", justificou a economista Izis Ferreira.
Já a proporção de endividados no crédito consignado diminuiu de 7% em outubro de 2021 para 5% em outubro de 2022. Izis Ferreira prevê novo avanço em breve nessa modalidade, em razão da contratação desse tipo de crédito pelos beneficiários do Auxílio Brasil. Na passagem de setembro para outubro, o endividamento no consignado teve a primeira alta em cinco meses, com avanço de 0,1 ponto porcentual.
"Vale notar ainda que, nos dias 10 e 11 de outubro, o Google Trends apontou recordes nos índices de busca pelo termo 'consignado Auxílio Brasil', justamente quando a Caixa Econômica Federal anunciou a oferta dessa linha de crédito específica para beneficiários desse programa de transferência de renda", explicou a economista.
Técnico anunciou os 26 jogadores que defenderão o Brasil na Copa do Mundo 2022; estreia no torneio será contra a Sérvia e está marcada para o dia 24 de novembro
Por Lucas Figueiredo
Depois de um ciclo de quatro anos e meio de preparação, o técnico Tite convocou os 26 jogadores que defenderão a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022, no Catar. A lista foi anunciada pelo treinador às 13h desta segunda-feira, 7, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. A convocação trouxe diversos nomes já esperados, como Neymar (PSG), Alisson (Liverpool), Casemiro (Manchester United) e Thiago Silva (PSG). A grande surpresa foi a convocação de Daniel Alves (Pumas), que não esteve nas últimas convocações.
Dentre as ausências, a mais sentida foi a de Phillipe Coutinho (Aston Villa). Gabigol (Flamengo) também não foi convocado. Todos os jogadores convocados já estiveram presentes em outras convocações, não tendo nenhuma estreia no mundial. A Seleção se apresentará no dia 14, em Turim, viajará para Doha, capital do Catar, no dia 19 e estreará na Copa no dia 24 de novembro contra a Sérvia. Ainda na primeira fase, o Brasil enfrentará a Suíça no dia 28 e Camarões no dia 2 de dezembro.
Confira a lista de convocados por Tite:
Goleiros: Alisson (Liverpool-ING), Ederson (Manchester City-ING) e Weverton (Palmeiras)
Laterais: Danilo (Juventus-ITA), Daniel Alves (Pumas-MEX) , Alex Sandro (Juventus-ITA) e Alex Telles (Sevilla-ESP)
Zagueiros: Marquinhos (PSG-FRA), Thiago Silva (Chelsea-ING), Éder Militão (Real Madrid-ESP) e Bremer (Juventus-ITA)
Meio-Campistas: Casemiro (Manchester United-ING), Fabinho (Liverpool-ING), Fred (Manchester United-ING), Bruno Guimarães (Newcastle-ING), Lucas Paquetá (West Ham-ING), Everton Ribeiro (Flamengo)
Atacantes: Neymar (PSG-FRA), Raphinha (Barcelona-ESP), Vinícius Jr. (Real Madrid-ESP), Antony (Manchester United-ING), Rodrygo (Real Madrid-ESP), Pedro (Flamengo), Richarlison (Tottenham-ING),
Gabriel Jesus (Arsenal-ING) e Martinelli (Arsenal-ING)