Comissão formada por integrantes da Saúde e Administração encaminhou pedido de alteração da Lei n° 2.670/2012 para atender a demanda
Por Aldenes Lima
O Governo do Tocantins deu mais um passo importante para a realização do concurso do quadro da saúde. A comissão responsável pelo certame, formada por integrantes das secretarias de Estado da Saúde (SES/TO) e da Administração (Secad), concluiu os estudos técnicos e um pedido de alteração na Lei n° 2.670/2012, que dispõe sobre Cargos, Carreiras e Remuneração do Quadro da Saúde do Poder Executivo, será enviado à Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), pela Casa Civil. A comissão se reuniu nesta quinta-feira, 16.
O concurso é uma das prioridades do Governo do Tocantins para prestação ainda mais eficiente de um serviço de saúde de qualidade à população. “Por determinação do governador Wanderlei Barbosa, todo o estudo foi priorizado e feito por nossa equipe técnica, em conjunto com a Secad, ouvindo representantes dos profissionais e em observância às necessidades dos serviços, para melhor atender os usuários do Sistema Único de Saúde, que compreende mais de 90% da população tocantinense. Estamos dependendo agora de alterações na legislação, para os encaminhamentos posteriores”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto.
Gestores e equipes técnicas da SES e Secad se reuniram nesta quinta-feira, 16, para tratar do certame
As alterações citadas pelo gestor da SES/TO foram elencadas pelo titular da Secad, Paulo César Benfica. “Após os estudos técnicos, foi observada a necessidade de alteração na Lei nº 2.670 de 2012, que depende de aprovação na Assembleia Legislativa e, por isso, encaminhamos o projeto para a Casa Civil, que aguarda o fim do recesso parlamentar para as devidas providências”, afirmou o secretário.
A partir da atuação da Aleto, o Governo do Tocantins iniciará o processo de contratação da banca, que será responsável pela realização do certame.
Com a decisão do STF desta quinta-feira, 16, essa é a quarta vez que o ex-presidente tem o pedido de devolução do passaporte negado
Com Estadão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quinta-feira, 16 por não conceder o pedido de devolução do passaporte feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele pudesse viajar para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O evento acontece na próxima segunda-feira, 20.
Segundo a decisão do STF, a defesa de Bolsonaro não chegou a apresentar "nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo Presidente eleito dos EUA", já que a única prova apresentada foi o texto de um suposto e-mail que teria sido enviado por um auxiliar de Trump.
Apesar disso, continua a decisão, o ministro mantém a análise do pedido da defesa, considerando a recomendação feita anteriormente pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aconselhou que o pedido fosse rejeitado por se tratar de uma viagem de interesse privado.
Para o PGR Paulo Gonet, Bolsonaro não apresentou fundamentação suficiente para justificar a suspensão da medida cautelar. "A viagem desejada pretende satisfazer interesse privador do requerente, que não se entremostra imprescindível", definiu.
A decisão de Moraes continua citando momentos em que Bolsonaro disse publicamente ser favorável à fuga de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
"Não há dúvidas, portanto, que, desde a decisão unânime da Primeira Turma [do STF], não houve qualquer alteração fática que justifique a revogação da medida cautelar, pois o cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal", conclui a decisão de Alexandre de Moraes.
Com isso, essa é a quarta vez que o ex-presidente tem o pedido de devolução do passaporte negado.
Suposto convite para posse
Após as eleições norte-americanas confirmarem a vitória do republicano Donald Trump, a defesa de Bolsonaro passou a pleitear a liberação temporária para que o ex-presidente possa assistir à posse.
Moraes, no entanto, mandou o ex-chefe do Executivo apresentar o "convite oficial" que recebeu para a posse. Segundo o ministro, a defesa de Bolsonaro apresentou, como convite que recebeu de Trump, um e-mail enviado para o deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado, sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado.
Ao pedir autorização, Bolsonaro apresentou ao STF uma cópia de um e-mail enviado pelo endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.' para Eduardo Bolsonaro. Veja:
"Caro Sr. Bolsonaro,
Esperamos que este e-mail o encontre bem.
Em nome do presidente eleito Trump, gostaríamos de convidar o presidente Bolsonaro e um convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito Trump e do vice-presidente eleito Vance na segunda-feira, 20 de janeiro, em Washington, DC. Além disso, gostaríamos de estender um convite ao presidente Bolsonaro e um convidado para comparecer ao Starlight Inaugural Ball na noite de 20 de janeiro.
Para sua conveniência, você poderia nos informar se o presidente Bolsonaro poderá participar? Se sim, nós daremos continuidade com informações adicionais.
Obrigado,
Comitê de posse de Trump Vance"
O e-mail apresentava somente o texto corrido. A mensagem foi um dos principais documentos que os advogados de Bolsonaro apresentaram ao STF para pedir a liberação da viagem do ex-presidente.
A defesa reforçou que Bolsonaro se compromete a cumprir restrições que eventualmente forem impostas se a viagem for autorizada, como a comunicação detalhada de sua agenda e o envio dos comprovantes de ida e de retorno ao Brasil em prazo previamente determinado pelo ministro.
"O peticionário reafirma seu compromisso em não obstaculizar - como de fato jamais obstaculizou - o andamento das investigações em curso e reafirma sua disposição tanto em cumprir integralmente as medidas cautelares que lhe foram impostas, como outras eventuais condições impostas por Vossa Excelência", afirmam os advogados.
Não é a primeira vez que Bolsonaro tenta reaver o passaporte. Em março de 2024, ele pediu o documento para viajar a Israel, a convite do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. O pedido foi negado por Moraes.
O ex-presidente também já afirmou, em entrevistas, que se sente "perseguido" pela Justiça e não descarta o refúgio em uma embaixada.
Como forma de valorizar esses alunos que se destacaram no Enem 2024, as escolas estão criando formas de divulgar os nomes dos estudantes e suas notas
Por Josélia de Lima
As ações que o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), tem feito na educação estão gerando bons resultados. O exemplo disso é o Enem de 2024, no qual um número considerável de estudantes da rede estadual alcançaram notas iguais ou superiores a 900 pontos na redação. São alunos de escolas do campo, do ensino médio regular ou da educação integral profissional que se destacaram e agora comemoram o resultado com os colegas de estudos e com a família.
Em 2024, as provas do Enem foram realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, e o tema da redação foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. E justamente no ano passado, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, lançou o programa Poder Afro de Combate ao Racismo nas Escolas Estaduais como parte das ações do Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE), com distribuição de materiais de estudos para promover amplas discussões sobre a importância da cultura afrodescendente para a formação da sociedade brasileira.
Aluna Alice nota 920 na redação do Enem
A superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Marcia Brasileiro, explicou que o programa Poder Afro atende com o eixo do PROFE da Educação Inclusiva, que visa à implementação de uma proposta pedagógica com foco no currículo, na avaliação e na formação, contemplando as especificidades dos povos originários e tradicionais, valorizando a cultura, o regionalismo, as riquezas, as potencialidades, a intervenção sociocultural, a educação em direitos humanos e o protagonismo dos estudantes e também o cumprimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que versam sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica.
“Dentre as ações previstas no Poder Afro, o material estruturado Minha África Brasileira e Povos Indígenas, adquirido em 2024, atendeu aos alunos do ensino médio e, em 2025, será disponibilizado para todos os estudantes do território. Uma outra ação prioritária que aconteceu foi a formação dos professores para a correta utilização do material”, ressaltou Marcia.
A qualidade da educação pública
A estudante Yara Stephane Baracho, 18 anos, concluiu o ensino médio na Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, em Palmas. Lá, além das aulas de Língua Portuguesa e Redação, tem uma professora que atende de forma especial os estudantes que desejam se aperfeiçoar na arte da escrita. E a aluna Yara aproveitou essa oportunidade e foi premiada na escola, por apresentar ótimas redações. Agora, ela e a família comemoram a nota 900 pontos na redação do Enem 2024.
“Estudei em tempo integral durante todo o ensino médio, a escola ajudou muito nesse processo, tínhamos redação mensalmente e a correção era bem detalhada. E fora do ambiente escolar eu tinha uma rotina de estudos visando melhorar minha escrita”, expressou Yara.
Lucas Rafael nota 940 na redação do Enem
O estudante Lucas Rafael Neves da Silva, 17 anos, do Centro de Ensino Médio Tiradentes, em Palmas, também está comemorando o resultado no Enem 2024. Sua nota na redação foi 940 e notas satisfatórias nos outros componentes curriculares do Enem. “Eu já esperava esse resultado, porque praticava constantemente a produção de textos e conciliava o trabalho com os estudos. E sempre que retornava para casa eu ia estudar e, nos sábados, fazia simulados. Eu sou filho da professora Mara Sheylla Neves de Souza e sempre estudei em escola pública”. Lucas é um dos estudantes brasileiros que deseja um vaga no curso de Medicina. Durante o ano, ele estudou conteúdos de autores relacionados à cultura afrodescendente, o que lhe ajudou a ter argumentos para produzir a redação do Enem.
Anneliese Vitória Dias Soares Silva, 17 anos, concluiu o ensino médio no Colégio Estadual Ruilon Dias, localizado em Arapoema, da Superintendência Regional de Educação de Colinas. Ela alcançou a nota 920 na redação do Enem. Esse resultado foi muito comemorado pela escola. “Eu tive muitas aulas de redação com a professora Ley Silva e com o seu auxílio e tive mais foco nos estudos”, contou.
De uma escola rural, localizada no povoado Araçulândia, extensão do Colégio Henrique Cirqueira Amorim, a estudante Camylla Mendonça de Freitas, de Araguaína, 17 anos, comemora a sua nota 900 na redação. Ela pretende cursar Psicologia ou Biomedicina. “Alcançar essa nota me trouxe alívio, eu estava me preparando bem para a redação. E fiquei muito alegre com esse resultado”, contou.
Camylla contou que as orientações das professoras de Língua Portuguesa e de Geografia sobre a produção de textos foram fundamentais. Ela ressaltou o material de redação que recebeu da Seduc, com sugestão de temas, exemplos de textos e, além disso, ela assistiu a muitas videoaulas.
Alice da Costa Castro, 17 anos, concluiu os seus estudos no Colégio Estadual Lavandeira e ficou surpreendida com a nota 920 na redação. “Este foi o primeiro Enem que fiz, por isso, esse resultado me surpreendeu. O meu professor de Língua Portuguesa criou um projeto com estudos focados nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio, o que me ajudou muito. Estamos felizes com esse resultado”, afirmou.
Esses estudantes são apenas alguns dos que tiveram notas de excelência na redação do Enem. As escolas estão fazendo divulgações nas redes sociais como forma de valorizar o esforço dos alunos e o trabalho realizado pelos professores, que resultou nas boas notas.
Dado positivo fortalece o sistema de saúde e auxilia na elaboração de políticas públicas ainda mais eficientes
Por Guilherme Lima
Um levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), publicado nessa terça-feira, 14, coloca o estado do Tocantins em destaque, com Palmas ocupando o 1º lugar entre as capitais da Região Norte do Brasil com maior acesso à saúde. O Governo do Tocantins gerencia duas unidades hospitalares em Palmas: o Hospital Geral de Palmas (HGP) e o Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), essenciais para atender à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esses dados positivos fortalecem o sistema de saúde e auxiliam na elaboração de políticas públicas ainda mais eficientes. Quanto maior o acesso aos serviços, melhor a qualidade de vida da população", destacou o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa.
Como parte da política de fortalecimento dos municípios na garantia do acesso à saúde pela população, o Governo do Tocantins mantém em dia os repasses do Fundo Estadual de Saúde, gerido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), aos 139 fundos municipais de saúde, com pagamento de mais de R$ 15 milhões para Palmas nos últimos dois anos.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, pontuou que o resultado também contribui para aprimorar as ações de saúde
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, destacou que o resultado também contribui para aprimorar as ações de saúde. “A Capital não possui hospital municipal e toda a demanda é absorvida pelas unidades geridas pelo Estado, como o HGP e o Hospital e Maternidade Dona Regina, que juntos realizam cerca de 130 mil atendimentos anualmente”, enfatizou.
O HGP, maior referência em saúde pública do Tocantins, realizou quase 100 mil atendimentos em 2024, acolhendo pacientes do SUS no pronto-socorro adulto, ambulatório de especialidades, internações e cirurgias. Com 40 especialidades médicas entre clínicas e cirúrgicas, a unidade oferece assistência de média e alta complexidade.
Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou, no ambulatório de traqueostomia do ambulatório de pacientes pediátricos traqueostomizados, a primeira retirada da cânula de traqueostomia (decanulação) de uma criança de cinco anos.
O Hospital e Maternidade Dona Regina é referência para mais de 800 mil tocantinenses. Com uma equipe de 1,1 mil profissionais e estrutura robusta, o HMDR dispõe de 94 leitos obstétricos e ginecológicos, 20 de UTI Neonatal, 20 de Cuidados Neonatais Convencionais e seis na Unidade de Cuidados Neonatais Canguru.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, irá decidir sobre caso
POR PEDRO RAFAEL VILELA
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra a liberação temporária do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, retido desde o ano passado, para que ele possa viajar aos Estados Unidos (EUA), onde pretende participar da posse de Donald Trump na presidência norte-americana.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-presidente não demonstrou a necessidade imprescindível nem o interesse público da viagem.
"Não há, na exposição do pedido, evidência de que a jornada ao exterior acudiria a algum interesse vital do requerente, capaz de sobrelevar o interesse público que se opõe à saída do requerente do país. A situação descrita não revela necessidade básica, urgente e indeclinável, apta para excepcionar o comando de permanência no Brasil, deliberado por motivos de ordem pública", diz a manifestação.
O PGR também observou que o ex-presidente não possui status de representação do país.
"Não há, tampouco, na petição, evidência de interesse público que qualifique como impositiva a ressalva à medida de cautela em vigor. É ocioso apontar que o requerente não exerce função que confira status de representação oficial do Brasil à sua presença na cerimônia oficial nos Estados Unidos".
Na última semana, a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro, a fim de acompanhar a posse de Trump, agendada para ocorrer no dia 20, em Washington.
Em sua primeira manifestação sobre o pedido, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou aos advogados do ex-presidente que apresentassem à Corte um documento oficial, do governo dos Estados Unidos, para comprovar que Bolsonaro foi formalmente convidado para a cerimônia de posse do presidente estadunidense. Segundo Moraes, a defesa apenas havia copiado um email enviado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, por um endereço eletrônico não identificado e sem detalhes da cerimônia de posse.
Em resposta, a defesa do ex-presidente reiterou o pedido original, alegando que o domínio do endereço de email informado é temporário e alusivo à organização da posse, o que seria comum nas posses presidenciais dos EUA. Os advogados de Bolsonaro também enfatizaram a importância internacional do evento e que a viagem do ex-presidente não iria atrapalhar o andamento das investigações contra ele.
Agora, com a manifestação da PGR, o ministro Alexandre de Moraes deve tomar a decisão se autoriza ou não a devolução temporária do passaporte de Bolsonaro.
O ex-presidente teve o passaporte apreendido em fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder. Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.