Partido reuniu deputados atuais e eleitos; orçamento secreto e revisão do IR ficam para depois
Por: Roseann Kennedy
O PT reuniu a bancada em exercício na Câmara dos Deputados e os novos parlamentares eleitos nesta segunda-feira (7.nov) para discutir as estratégias para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de janeiro. O entendimento é de que a melhor alternativa é aprovar a PEC da Transição, que autorizará o gasto extra-teto. Mas, para a discussão avançar, outras promessas de campanha ficarão fora do debate por enquanto.
A ideia de acabar com o orçamento secreto, por exemplo, não vai ser discutida agora, embora o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tenha anunciado na campanha que conversaria com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) sobre o tema.
"Nós não podemos vincular uma coisa à outra. Em algum momento a questão da emenda de relator vai ser discutida. A prioridade agora são as medidas que serão aprovadas para dar início ao governo, através de uma PEC ou outro mecanismo. Preferimos a PEC que dá mais segurança jurídica e transparência", afirmou o vice-líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).
A bancada petista também entende que a correção da tabela do Imposto de Renda terá de ser tratada separadamente. Ou seja, somente o que for considerado emergencial é que entrará no texto que será apresentado nesta 3ª feira (8.nov) ao presidente da Câmara, Arthur Lira, já com o crivo de Lula. Na conversa, os deputados também vão discutir os prazos para tramitação da proposta.
"A necessidade de tirar do teto é somente o que é excepcionalidade, o que é emergencial. Prorrogar o Auxílio Brasil, ou Bolsa Família, como queiram, é uma emergência. A população não pode chegar ao final de janeiro sem receber o auxílio de R$ 600. Reajustar o salário mínimo também. Isso vai ajudar na retomada da economia. Quem vai definir o tamanho dessas excepcionalidades é a equipe de transição", concluiu Guimarães.
Taxa caiu para 1,95% da população, o equivalente a 4,14 milhões de pessoas, 7,23 milhões a menos que total registrado em 2019
Por Jessica Brasil Skroch
A parcela da população em extrema pobreza no Brasil em 2020 foi a menor desde 1981, início da série histórica do relatório que apresenta os dados, produzido pelo Banco Mundial. No mesmo ano, o Brasil foi o país da América Latina que apresentou maior redução na taxa.
Em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 10,90.
Em 2019, 5,39% da população brasileira vivia em extrema pobreza, no total de 11,37 milhões de pessoas. No ano seguinte, a taxa caiu para 1,95% da população, total de 4,14 milhões de pessoas em extrema pobreza, ou seja, 7,23 milhões de pessoas saíram dessa situação.
No mesmo ano da queda na taxa, em meio à crise da pandemia da covid-19, foi criado o Auxílio Emergencial, que expandiu o benefício de transferência de renda do governo para mais pessoas, além de aumentar o valor mensal. O programa deu origem ao Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
A mínima histórica mais recente da taxa de extrema pobreza foi em 2014, quando 3,33% da população vivia com até R$ 10,90 por dia. Desde então a taxa cresceu todos os anos, após um período de 11 anos de constantes quedas, desde 2004.
América Latina
Apesar da queda expressiva, outros países da América Latina apresentam taxas menores de extrema pobreza, como o Uruguai (0,2%), Chile (0,75%) e o Paraguai (0,81%), que também apresentou redução na taxa em comparação com 2019, quando 1,01% da população vivia em extrema pobreza.
Vale ressaltar que não estão disponíveis os dados de 2020 de todos os países da região para comparação.
Rio de Janeiro, Alagoas, RG do Sul, Maranhão, Piauí e RG do Norte deram beiço
Com Diário do Poder
A União pagou R$ 725,64 milhões em dívidas atrasadas de estados em outubro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado hoje (7), em Brasília, pelo Tesouro Nacional.
Do total, R$ 424,58 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 78,63 milhões de Goiás, R$ 58,54 milhões de Alagoas, R$ 57,33 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 50,85 milhões do Maranhão, R$ 46,41 milhões do Piauí e R$ 9,29 milhões do Rio Grande do Norte.
Neste ano, já são R$ 7,41 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores pagos foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,69 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,98 bilhão) e Goiás (R$ 1,14 bilhão).
Relatório mensal
Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 49,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.
As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional – para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.
Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias a partir da adoção de regime de recuperação fiscal ou por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução.
Em 2022, a União recuperou R$ 192,51 milhões em contragarantias. O valor é referente a dívidas pagas do estado de Minas Gerais (R$ 163,16 milhões) e do Rio Grande do Norte (R$ 29,35 milhões). Desde 2016, o montante recuperado é de R$ 5,58 bilhões.
Dívidas garantidas
No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 280,57 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor: R$ 37,55 bilhões.
Os estados concentram 77,8% das operações garantidas, com saldo devedor de R$ 218,30 bilhões. Em seguida, estão os municípios e os bancos federais, com 10,4% (R$ 29,21 bilhões) e 7,1% (R$ 20 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas, como empresas de água e energia, detêm 2,7% (R$ 7,47 bilhões) e as estatais federais, 2% (R$ 5,58 bilhões).(ABr)
Gabriel Monteiro se apresentou na delegacia em Icaraí
Com Yahoo Notícias
O vereador cassado do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL), 28, foi preso nesta segunda-feira (7), após a 34ª Vara Criminal determinar prisão preventiva, ou seja, sem tempo estipulado para soltura.
O caso que motivou a prisão, segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é mantido sobre segredo de Justiça.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, monteiro se apresentou ao 77º Distrito Policial (Icaraí), onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
A reportagem tentou contato com por telefone e por mensagem de texto com a defesa do ex-parlamentar, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
Nesta segunda, o ex-parlamentar publicou um vídeo na sua conta no Instagram, gravado em frente ao distrito policial. Na filmagem, ele falou que ficou sabendo por sua advogada que sua prisão havia sido decretada, por um crime que ele afirma não ter sido escutado na delegacia.
"Respeito as autoridades, por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia", afirmou no vídeo. "Assim que fiquei sabendo, vim imediatamente me entregar para aJustiça, que acredito nela. Sei que minha inocência vai ficar comprovada, não só tecnicamente, mas para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim", completou.
Monteiro foi cassado em agosto passado por 48 votos a 2, por quebra de decoro parlamentar.
Eleito em 2020, o ex-policial militar e youtuber é investigado sob suspeita de praticar sexo com uma adolescente e de forjar vídeos para seu canal no YouTube. Em junho, foi denunciado por suspeita de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete.
Na sessão que determinou sua cassação, Monteiro usou o tempo reservado à defesa para afirmar que não há laudo que comprove que ele estuprou alguém. Ele também afirmou que não pode ser acusado apenas a partir do depoimento de uma vítima.
Ele chegou a reproduzir um áudio que disse ter sido enviado por uma vítima no qual os dois teriam conversado, mas o conteúdo estava era inaudível.
AÇÕES NA JUSTIÇA
Gabriel Monteiro é réu no caso que apura a gravação de um vídeo íntimo em que o parlamentar aparece tendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos. Em março, a mãe da jovem procurou a polícia após os vídeos terem vazado no Twitter e em grupos de WhatsApp.
Em depoimento, a adolescente disse que os vídeos foram divulgados sem o consentimento dela e que Monteiro havia dito que o vazamento do material foi feito por funcionários que o teriam "traído."
O ECA prevê pena de quatro a oito anos de prisão a quem filmar e reproduzir cena de sexo explícito com criança ou adolescente. Além disso, o estatuto prevê reclusão de três a seis anos a quem divulgar, transmitir ou publicar registros que contenham cena de sexo com menores de 18 anos.
A defesa de Monteiro afirma que seu cliente achava que a jovem tinha mais de 18 anos.
Em junho, o vereador foi denunciado sob acusação de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete na Câmara Municipal.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, o vereador obrigava a funcionária a participar como atriz em vídeos de cenas eróticas publicados em suas redes sociais.
Em agosto, o advogado Sandro Figueiredo disse que o ex-parlamentar tem colaborado com as investigações.
"Ressalto que todas as vezes em que o ex-vereador Gabriel Monteiro foi chamado à delegacia, ele compareceu de livre e espontânea vontade a fim de colaborar com as investigações. Houve essa medida protetiva, mas ainda não fomos intimados dessa decisão. O que posso afirmar é que, por orientação da defesa, ele já não se aproxima da jovem", disse o advogado na época.
Foi aprovada em sessão extraordinária desta segunda-feira, 7, a medida provisória (MP) que trata do reajuste dos aposentados e pensionistas mantidos pelo Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev). Foram aprovados 56 requerimentos na mesma sessão, com solicitações de obras de recuperação de estradas e pavimentação asfáltica, implantação de colégio militar em três municípios e delegacias.
Da Assessoria
Uma das medidas aprovadas trata do reajuste dos aposentados mantidos pelo Igeprev. Os benefícios de aposentadoria e pensão por morte ficam reajustados em até 6%, composto por 2% relativos ao reajuste de 2020 e 2021, não implementados por vedação legal e 4% referentes ao reajuste de 2022.
Obtido pela elevação do salário mínimo, o reajuste automático de benefícios se aplica aos inativos e pensionistas que têm seus benefícios reajustados na mesma proporção da remuneração dos servidores públicos ativos.
Entre os requerimentos aprovados, os de autoria do deputado Jair Farias (União Brasil) solicitaram pavimentação asfáltica na TO-446, entre os municípios de Miranorte e Abreulândia, e na TO-164, entre Dois Irmãos e Goianorte. Também foi sugerida a implantação de colégio militar em Praia Norte, Esperantina e Babaçulândia.
Júnior Geo (PSC), por sua vez, requereu a contratação de médicos pediatras ao hospital e maternidade Dona Regina. Outro requerimento trata do pedido de informações sobre a falta de médicos cardiologistas e neurologistas credenciados no Plano de Saúde Servir, no município de Gurupi.
Elenil da Penha (MDB) solicitou reforma e cobertura do Ginásio de Esportes da Escola Estadual São Pedro, em Araguanã, e ações de conscientização sobre acidentes de trânsito.
Já Jorge Frederico (Republicanos) requereu a implantação da Patrulha Maria da Penha no 2º Batalhão da Polícia Militar em Araguaína, bem como a instalação de uma delegacia de combate aos crimes rurais no munícipio.
Leo Barbosa (Republicanos) solicitou reforma e ampliação de Escola Estadual em Itapiratins, a criação do programa estadual de incentivo à Educação Pública, com isenções fiscais a empresas que desejam adotar uma escola pública, além de pavimentação asfáltica na TO-428, entre os municípios de Santa Maria e Recursolândia.
Obtiveram a aprovação de requerimentos os parlamentares Vilmar de Oliveira (Solidariedade), Valderez Castelo Branco (Republicanos), Cláudia Lelis (PV), Amália Santana (PT) e Luana Ribeiro (PCdoB).
Utilidade Pública
Dentre as matérias aprovadas, três declaram como de Utilidade Pública o Instituto Flor do Girassol, de autoria do deputado Amélio Cayres (Republicanos); o Instituto Arthur Peterson, da autora Vanda Monteiro (União Brasil); e a Liga Esportiva Regional de Araguatins, de autoria do deputado Jorge Frederico (Republicanos).