Edital de concurso é um dos mais aguardados do país
Por Saulo Moreira Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) entraram em greve em meados do mês passando cobrando diversos direitos da estatal. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estavam a contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão voluntária. A expectativa de realização de novo concurso público dos Correios (Edital Concurso Correios 2018) é grande, já que desde 2011 o certame não é realizado.
“Não há nenhum impedimento para a realização de um novo concurso, provocando a queda na qualidade dos serviços da estatal”, disse a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT). Na ocasião, a empresa não havia se pronunciado sobre a realização de um novo concurso, apenas falou sobre o anúncio da greve. “A empresa entende que é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados”, afirmou.
Empresa já respondeu sobre realização de concurso público no ano passado
A assessoria de imprensa da estatal declarou que “com relação ao concurso público, o dimensionamento da força de trabalho não foi concluído e somente após a conclusão desses estudos será possível identificar a real necessidade de efetivo para realização de um novo certame”. Se divulgado, o concurso contará com vagas para nível médio em todos os Estados.
A empresa tem a intenção em solicitar a realização do concurso dos Correios devido à grande defasagem de pessoal, que tem afetado a prestação de serviços da instituição. Desde 2011 sem concurso, a ECT precisa urgentemente de um novo concurso, já que, segundo números da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a defasagem é de cerca de 20 mil trabalhadores.
A alta defasagem de servidores já foi tema por diversas vezes entre os sindicatos da categoria e o órgão. O motivo é que a falta de profissionais tem afetado os serviços à população, como a entrega de cartas. A categoria entrou em greve, e uma das reivindicações é justamente a realização de um novo concurso dos Correios.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas e Região (Sintect/Cas), Mauro Aparecido Ramos, frisou que a abertura de um novo concurso público deve ser feita no mais breve possível. “Entre 2013 e 2014, por meio do processo de demissão voluntária, a ECT demitiu cerca de 7.000 funcionários em todo o país, sendo aproximadamente 400 na região de Campinas/SP”, explicou. Os postos vagos ainda não foram preenchidos, já que o último concurso foi realizado em 2011.
Concurso dos Correios 2018 – Carteiro e Operador
No mês de julho do ano passado, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que a realização era praticamente impossível. A entrevista foi concedida à Rádio CBN. O presidente ainda frisou que a estatal conta com nada menos que 14.000 funcionários aposentados na ativa, sendo de interesse dos Correios, cortar parte desses trabalhadores. “Hoje, um dos maiores índices de problemas da empresa está nos índices de absenteísmo… os números vão de 10 a 20% e, algumas localidades, 25% de falta”, finalizou.
O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, Fentect, chegou a contestar a declaração de Guilherme Campos. Ele argumentou que, no ano passado, os Correios tinham dito que havia uma necessidade de contratar 20.000 novos funcionários. Além disso, José Rivaldo disse que o presidente quer tentar colocar a culpa nos trabalhadores.
A exoneração de mais de três mil servidores pelo governador interino Mauro Carlesse (PHS) foi tema de debate entre deputados na sessão desta terça-feira, dia 15.
Da Assessoria
De um lado, os deputados Nilton Franco e Elenil da Pena, ambos do MDB, criticaram a decisão do governador e pediram o retorno dos servidores. De outro, José Bonifácio (PR) e Wanderlei Barbosa (PHS) defenderam medidas de enquadramento da folha na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Primeiro a discursar, Nilton Franco qualificou as exonerações como “bruscas, grosseiras e sem critério”. O parlamentar relatou ainda ter participado de reunião com 40 servidores demitidos da Secretaria da Habitação que lhe pediram ajuda, e avaliou outras demissões como a dos delegados do Fisco, por exemplo, como “um risco à arrecadação do Estado”.
Elenil da Penha ressaltou que faltam ao Estado critérios seletivos para contratação e demissão de pessoal. O deputado disse não aceitar o argumento de contenção de gastos, uma vez que o ajuste fiscal seria feito à custa da demissão dos servidores mais pobres.
Em defesa do Governo, Bonifácio afirmou que a natureza política e provisória dos cargos de confiança sujeita seu ocupante à demissão, especialmente quando há troca de gestão. “Foi uma escolha política. Não é porque o cara é técnico que vai ficar”, exemplificou.
Os deputados lembraram ainda que o Tocantins extrapolou os limites definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal para gasto com folha de pagamento (55%, quando o limite é 49%). Isso poderia acarretar ao Estado sanções que vão da perda de crédito junto ao governo federal até a inelegibilidade do chefe do Executivo.
“É triste demitir. Qual é o governo que deseja demitir em período eleitoral?”, perguntou Wanderlei. “Este problema veio de governos passados. Não podemos condenar quem está tentando pôr a casa em ordem”, completou Bonifácio.
Reivindicações
Outro protesto foi realizado nesta terça pela presidente da Casa, deputada Luana Ribeiro (PSDB). Ela lembrou sua luta pelo direito dos profissionais da saúde a 30 horas semanais, conquistado ainda no governo Gaguim, e citou portaria que suspenderia o direito assinada pelo ex-secretário da Saúde, Marcos Musafir.
A deputada relatou ainda conversa com o atual secretário da pasta, Renato Jaime, em que a portaria foi temporariamente suspensa e, segundo ela, reconhecida a vigência da lei. “Estou firme com os servidores e serei adversária de qualquer governo que mexa nessa conquista”, advertiu.
O colombiano falastrão colhe os frutos da sua falta de educação e bom senso. Sem passado político, pode ficar, também, sem futuro
Por Edson Rodrigues
Há uma música de uma banda inglesa que diz: “bem, vamos lá, querida, as estrelas estão brilhantes. Venha agora, querida, nossa sorte está boa esta noite. Pois nós somos os vencedores, insuperáveis no jogo insuperável dos perdedores. E aqui vamos nós, o rei e a rainha da América. Sim, é o rei do nada, com um monte de confusão, sobre um palco reluzente. Você sabe que nós nunca fizemos nada para termos orgulho de nós mesmos. Você sabe que nós nunca fizemos nada, então vamos falar alto!”
Ao que parece, o ex-prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Amastha se inspirou nessa música para guiar sua atuação política no Tocantins, mas não esperava que ela tivesse um tom profético.
Sem o cargo de prefeito e com sua candidatura indeferida pelo Pleno do TRE-TO, na tarde da última terça-feira, Amastha, depois de “nunca ter feito nada com que se orgulhar, com um monte de confusão” e depois de falar alto, muito alto, e sem nenhuma educação, consideração ou respeito pelo povo e, principalmente, pelos políticos tocantinenses, tornou-se o “rei do nada, com um monte de confusão, sobre um palco reluzente”.
Ou seja, a decisão do TRE-TO pode ter selado de vez o futuro político do empresário colombiano que sonha em ser o governador do Tocantins, mesmo que, para isso, precise passar por cima de tudo e de todos, e ignorar a ética, a moral e a educação.
FAZENDO POR ONDE
Pode-se afirmar com tranqüilidade que Amastha passou toda a sua estada no Tocantins fazendo por onde colher os frutos que ora segura nas mãos.
Não satisfeito em ser eleito prefeito da nossa Capital, Palmas, prometendo ser o “novo”, reeleito prometendo BRT e hospitais que nunca saíram do papel, o colombiano resolveu atacara classe política tocantinense com adjetivos como vagabundos, incompetentes, corruptos, preguiçosos e outros não publicáveis, acusar um membro do Ministério Público de “fabricar” denúncias e provas contra a sua pessoa e sugerir, em público, que merecia um pedido de desculpas tanto da Polícia Federal quanto do próprio Ministério Público, não sossegou nem quando recebeu, ao contrário das desculpas, um indiciamento por corrupção por parte da PF.
A partir daí, voltou sua língua ferina e seus atos desvairados contra o governador Marcelo Miranda, tentando desmoralizá-lo em uma solenidade federal, só desistindo quando o ministro de Estado o avisou que, sem a presença de Marcelo não haveria solenidade.
Depois disso, ainda tentou desestabilizar o Tribunal de Contas do Estado, atacando sem misericórdia um de seus membros mais notáveis, tentando desviar a atenção do povo em relação à desaprovação de suas contas.
DIAGNÓSTICO FÁCIL
Depois de tanto fazer, o “rei da América”, apostando na sua empáfia e esperteza, renunciou ao cargo de prefeito para se candidatar a governador, tentando cooptar os políticos tocantinenses que havia chamado de “vagabundos” para ensinar-lhe como chegar até o eleitor do interior do Estado.
Pois bem, em meio a essa utopia colombiana, como previram os competentes jornalistas Cleber Toledo e Luiz Armando Costa, Amastha de vê apeado da prefeitura e impedido de concorrer à eleição suplementar. Como diz a música, um “rei de nada”.
Seu maior – de muitos – adversários é o tempo. Nem mesmo os recursos e as chicanas jurídicas garantem à Amastha que ele possa concorrer à eleição.
Sua candidatura sangra e a “revoada” de apoios e de correligionários rumo à outros inevitável.
O “prefeito boquirroto” pode passar em dois tempos de coisa do passado, sem chance de futuro.
Triste, não?
Quem quiser conferir a música citada no início desta matéria – muito boa, por sinal – é só clicar neste link e apertar o “play”: https://www.vagalume.com.br/eurythmics/the-king-queen-of-americatraducao.html
Em todos os cenários sem Lula, Bolsonaro vence. Com Lula no páreo, o ex-presidente preso vence de longe todos os demais
Por Luciano Moreira
Rio de janeiro, 15 de maio de 2018
A popularidade do presidente Michel Temer pouco se alterou nos últimos meses, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, que mostrou que a avaliação negativa do governo foi a 71,2 por cento, ante 73,3 por cento em maio.
O governo do presidente Michel Temer (MDB) é avaliado como ruim ou péssimo por 71,2% da população brasileira, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (14) pela CNT/MDA. Já a avaliação positiva (bom ou ótimo) é de 4,3%.
Para 21,8% dos entrevistados, a gestão do emedebista é regular, e 2,7% não sabiam ou não responderam. O resultado não traz mudanças significativas em relação à última pesquisa, realizada em março.
Desde que Temer assumiu a Presidência, em maio de 2016, por conta do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), esta foi a sexta pesquisa realizada pela CNT/MDA sobre a avaliação do seu governo.
Na primeira, em junho daquele ano, a avaliação negativa era de 28,0%. Na quarta, divulgada em setembro do ano passado, o índice foi de 75,6%, o mais alto da série história dos levantamentos, iniciada em 1998.
Avaliação pessoal de Temer
A aprovação pessoal de Temer também não teve alterações fora da margem de erro. Na atual pesquisa, ele é desaprovado por 82,6% dos entrevistados. O índice de março foi de 83,6%.
Já 9,7% disseram aprovar o presidente, contra 10,3% do último levantamento. A percentagem de que não sabia ou não respondeu era de 6,1% em março e ficou em 7,8%, na pesquisa desta segunda-feira.
No levantamento, Temer foi testado em apenas um dos quatro cenários apresentados para o primeiro turno, e obteve 0,9% das intenções de votos. O índice foi exatamente o mesmo da pesquisa de março.
O presidente já disse, também em março, que seria uma covardia não ser candidato, mas tem sinalizado nas últimas semanas que pode abrir mão em favor de outra candidatura de centro.
Procurada, a Presidência da República informou que não irá comentar os resultados da pesquisa.
Contratada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e realizada pela MDA, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 9 e 12 de maio, em 137 cidades. A margem de erro máxima é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança do levantamento é de 95%.
A pesquisa foi registrada no último dia 8, com o número BR-09430/2018, segundo os dados disponibilizados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
BOLSONARO SEM LULA
Em todos os cenários apresentados sem a presença de Lula, o deputado federal Jair Bolsonaro bate todos os possíveis candidatos, como Ciro Gomes, Michel Temer, Fernando Haddad e Geraldo Alckimin e Marina Silva. No segundo turno o resultado é o mesmo, menos contra Marina Silva, onde empataria com 27,2% dos votos.
Já com Lula concorrendo, a pesquisa mostra que o ex-presidente, mesmo preso e condenado por corrupção, venceria todos os candidatos tanto no primeiro quanto no segundo turno.
Flávio Herculano
O Ministério Público Estadual (MPE) aderiu à campanha “Faça Bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”, que será veiculada no Norte do país em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio.
A campanha visa estimular as pessoas a denunciar casos suspeitos ou confirmados desse tipo de violência, praticada contra crianças e adolescentes. As denúncias podem ser feitas ao Conselho Tutelar de cada cidade ou ao serviço Disque 100, do Governo Federal.
A campanha “Faça Bonito, proteja nossas crianças e adolescentes” é coordenada pelo Comitê Regional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes – Região Norte. No Tocantins, o MPE, por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e Juventude (Caopij), confeccionou cartazes e panfletos para serem distribuídos em todas as regiões.
“Nesse dia 18 de maio, precisamos lembrar da Lei nº 13.431, de abril de 2017, que trouxe uma série de mecanismos para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Mas precisamos trabalhar de maneira ordenada para que essa lei seja efetivada. É necessário criar mecanismos para que os casos de exploração e abuso sexual cheguem rapidamente às autoridades competentes, e isso inclui a criação de um serviço de monitoramento e recebimento de denúncias por parte dos municípios brasileiros, conforme determina essa nova lei”, avalia o coordenador do Caopij, Promotor de Justiça Sidney Fiori Júnior.
Casos no Tocantins
No ano de 2017, o serviço Disque 100 recebeu denúncias relacionadas a 636 violações aos direitos das crianças e adolescentes no Estado do Tocantins. Desse total, 96 referem-se à violência sexual. Em 2018, de janeiro a abril, foram denunciadas 154 violações, sendo 27 relacionadas à violência sexual.
Considerando-se o total de violações de direitos denunciados nos dois anos, a violência sexual corresponde a 15,57%, sendo inferior apenas às negligências (34,94%) e violência psicológica (22,78%).