Novo relatório do CDC identificou 35 casos de covid-19 entre 92 participantes em eventos de uma igreja rural do estado Arkansas, nos Estados Unidos. Três pessoas morreram

Por Mariana Fernandes

 

Grandes encontros, inclusive religiosos, representam um alto risco para a transmissão do novo coronavirus. A conclusão é de novo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), publicado nesta terça-feira (19/5), que identificou 35 casos de covid-19 entre 92 participantes em eventos de uma igreja rural do estado Arkansas, nos Estados Unidos. Os casos foram registrados entre 6 e 11 de março. Do total de infectados, três pessoas morreram.

 

Segundo o relatório, um pastor de 57 anos participou de um grupo de estudos bíblicos na igreja, com a esposa, no início de março. Alguns dias depois, os dois apresentaram tosse, febre e falta de ar e foram diagnosticados com o novo coronavírus. Assim que o pastor e sua esposa perceberam que estavam doentes, as atividades pessoais da igreja foram canceladas e a igreja foi fechada.

 

Entretanto, além das contaminações identificadas após o culto, a partir dos pastores, o Departamento de Saúde do Arkansas descobriu também mais 26 casos de doença e mais uma morte, todos de pessoas que relataram contato com os frequentadores da igreja.

 

Contágios

De acordo com o levantamento, as maiores taxas de contaminação ocorreram em pessoas de 19 a 64 anos (59%) e em idades superiores a 65 anos (50%). Outros 26 casos relacionados à igreja ocorreram na comunidade, incluindo uma morte.

 

As crianças representaram 35% de todos os participantes da igreja, mas representavam apenas 18% das pessoas que foram submetidas a testes e 6% dos casos confirmados. Este fator, segundo a pesquisa, sugere que muitas crianças com covid-19 possuem mais infecções assintomáticas ou sintomas mais leves que os adultos.

 

Além da pesquisa na igreja rural, o estudo observou também que altas taxas de transmissão da covid-19 foram relatadas em hospitais, locais fechados e reuniões da mesma região. Assim, a pesquisa sugeriu que organizações religiosas que estão operando atualmente ou planejando retomar as atividades presenciais devem estar cientes do potencial de altas taxas de transmissão do novo coronavírus.

 

"Essas organizações devem trabalhar com autoridades de saúde locais para determinar como implementar as diretrizes do governo para modificar asatividades durante a pandemia de covid-19 para impedir a transmissão do vírus a entre seus membros e suas comunidades", conclui.

 

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com 1,46 milhão de contágios e mais 88 mil mortes desde que o primeiro caso vinculado ao vírus foi registrado no começo de fevereiro.

 

Especialista alerta: “Saúde pública em primeiro lugar”

De acordo com o infectologista, Alexandre Cunha, que atua nos Hospitais Brasília e Sírio Libanês no Laboratório Sabin, cultos religiosos, assim como outras aglomerações como eventos esportidos e shows, têm grande potencial de transmissão da doença. "A proximidade das pessoas pode levar à disseminação do vírus. A única questão que importa para a transmissão viral é justamente a aglomeração", aponta.

 

"Vale destacar aqui que o vírus não se importa pelo motivo pelo qual as pessoas estão reunidas, se é lazer, esporte ou religião. É compreensível que as razões pelas quais as pessoas procuram eventos religiosos nessa época são de caráter íntimo e devem ser respeitados. Mas a questão da saúde pública deve vir sempre em primeiro lugar", enfatiza.

 

Posted On Quarta, 20 Mai 2020 10:01 Escrito por

Vicente Nunes

 

Basta meia hora de conversa com técnicos da equipe econômica para se constatar que o encanto em relação ao ministro Paulo Guedes acabou para muito deles. Guedes chegou ao Ministério da Economia como ídolo, um liberal que faria uma revolução num país acostumado a mamar nas tetas do Estado.

 

Quase um ano e meio depois de empossado e de ostentar o título de superministro, Guedes, na visão de parte de seus subordinados, mostrou-se incapaz de atacar os principais problemas da economia, muito pelo ego inflado e por se submeter aos caprichos do presidente Jair Bolsonaro.

 

Os que perderam o encanto por Guedes ressaltam, ainda, a incapacidade dele de gerir uma máquina tão grande quanto o Ministério da Economia, resultado da fusão de várias pastas. A percepção é de que, além da ineficiência, Guedes criou feudos, com alguns secretários tão ou mais vaidosos que o chefe.

 

30 anos de espera

Sempre se soube que o sonho de Paulo Guedes foi comandar a equipe econômica do país. Tentou isso durante 30 anos, mas nenhum dos grupos de economistas que passaram pelo governo se sentiu estimulado a ter uma pessoa como Guedes na equipe. Foi preciso Bolsonaro vencer a eleição para que o “Posto Ipiranga” emergisse.

 

Para os técnicos, os resultados da economia neste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, explicitarão a falta de capacidade de Guedes para liderar um grande projeto de proteção ao país. O Brasil terá, por equívocos do governo, um dos piores resultados econômicos do mundo e será um dos últimos a se recuperar.

 

Não por acaso, a desconfiança dos investidores, sobretudo os estrangeiros, em relação ao país é grande. Guedes é parecido demais com Bolsonaro.

 

Posted On Quarta, 20 Mai 2020 09:59 Escrito por

De acordo com os novos dados, número de contágios e mortes voltou a crescer. Atualização foi feita nesta terça (19) pelo Ministério da Saúde

 

Por iG Último Segundo

 

O Brasil bateu recorde de mortes registradas em um dia em razão da covid-19, com 1.179. No total, 17.971 pessoas já perderam a vida por causa da doença. O resultado representou um aumento de 7% em relação a ontem (18), quando foram contabilizados 16.792 mil falecimentos pela covid-19. A letalidade (número de mortes por quantidade de casos confirmados) ficou em 6,6% e a mortalidade (número de óbitos pela quantidade da população) foi de 8,6%.

 

O balanço diário do Ministério da Saúde registrou também recorde de novos casos confirmado em 24 horas, com 17.408. No total, 271.628 pessoas foram infectadas. O resultado marcou um acréscimo de 6,8% em relação a ontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 254.220.

 

Do total de casos confirmados, 146.863 (54%) estão em acompanhamento e 106.794 (39,3%) foram recuperados. Há ainda 3.319 mortes em investigação. O número marca um aumento em relação aos últimos números para este indicador, que davam entre 2.000 e 2.300 falecimentos em investigação.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (5.147). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (3.079), Ceará (1.856), Pernambuco (1.741) e Amazonas (1.491).

 

Além disso, foram registradas mortes no Pará (1.519), Maranhão (604), Bahia (326), Espírito Santo (325), Alagoas (231), Paraíba (219), Minas Gerais (167), Rio Grande do Norte (160), Rio Grande do Sul (151), Amapá (136), Paraná (129), Santa Catarina (91), Piauí (85), Rondônia (87), Goiás (73), Acre (72), Distrito Federal (72), Sergipe (63), Roraima (61), Tocantins (38), Mato Grosso (32) e Mato Grosso do Sul (16).

 

Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (65.995), Ceará (28.112), Rio de Janeiro (27.805), Amazonas (22.132) e Pernambuco (21.242). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (16.295), Maranhão (14.198), Bahia (11.013), Espírito Santo (7693) e Santa Catarina (5.413).

 

Em termos de comparação absoluta, segundo o mapa global da universidade Johns Hopkins, mais atualizado do que o mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil passou o Reino Unido e ocupou a terceira posição em casos confirmados de covid-19, atrás da Rússia (299,941 mil) e Estados Unidos (1,52 milhão).

 

No número de mortes, o Brasil ocupa a sexta posição, atrás de Espanha (27.778), França (28.025), Itália (32.169), Reino Unido (35.422), Estados Unidos (91.661).

 

Nos dois indicadores, é preciso considerar também a população dos países, uma vez que o Brasil é mais populoso do que nações como Reino Unido, Itália e Espanha. Até o início da noite de hoje, já haviam sido registrados 4,88 milhões de casos confirmados de covid-19 no mundo.

 

Atendimento psicológico

Em entrevista no Palácio do Planalto, representantes do Ministério da Saúde anunciaram que começou hoje o atendimento psicológico a distância para os profissionais de saúde. O projeto, chamado de Telepsi, é uma iniciativa em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

Os trabalhadores da saúde que desejarem acessar o serviço de atendimento devem ligar para 0800 644 6543. As consultas serão realizadas semanalmente com o mesmo psicólogo. Caso haja necessidade de medicação, haverá o encaminhamento presencial para um psiquiatra. A expectativa é fornecer o serviço a 10 mil profissionais.

 

“O projeto do Telepsi vai também atender profissionais do Brasil Conta Comigo, de todas as áreas da saúde. A intenção é que a gente possa prestar assistência a todos os profissionais que estejam precisando”, disse a diretora substituta do departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Maria Dilma Teodoro.

 

Doação de leite materno

A equipe do Ministério da Saúde aproveitou a entrevista para lançar uma campanha de doação de leite materno, que visa ampliar o estoque. Segundo o órgão, de janeiro a abril o número de mulheres que se dispuseram a contribuir caiu de 61 mil para 58 mil.

 

O leite materno é fornecido a crianças prematuras internadas, que não podem ser amamentadas. Além disso, alimentam crianças e ajudam a diminuir o risco de doenças, como diabetes e obesidade. Cada pote de 300 ml pode alimentar até 10 recém-nascidos.

 

Toda mulher pode doar, mas diante da pandemia, o Ministério da Saúde colocou algumas restrições nas orientações. “A doação deve ser evitada se tiver sintoma de gripe ou morar com alguém que apresente sintomas”, explicou a secretária substituta de Atenção Primária à Saúde, Daniela Ribeiro.

Posted On Quarta, 20 Mai 2020 07:05 Escrito por

MP estabelece que agentes públicos só podem ser responsabilizados se houver comprovação de 'erro grosseiro' ou 'dolo' em ações. Para especialistas, MP é 'obscura' e 'autoritária'.

 

Com G1

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará nesta quarta-feira (20) ações contrárias à medida provisória (MP) editada pelo presidente Jair Bolsonaro que isenta de punição decisões tomadas por agentes públicos no combate à pandemia do coronavírus.

 

A MP foi editada no último dia 14, e seis ações contra a medida foram apresentadas ao STF. O relator das ações é o ministro Luís Roberto Barroso, que decidiu nesta terça (19) levar o tema diretamente para o plenário, para que os 11 ministros do Supremo possam

analisar o caso.

 

Quando a MP foi editada, especialistas consideraram o conteúdo "obscuro" e "autoritário". O ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, por exemplo, chegou a dizer que o ato foi "desnecessário".

 

A MP já está em vigor. Isso porque medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no "Diário Oficial da União". Precisam, no entanto, de aprovação pelo Congresso Nacional para se tornar leis em definitivo.

 

Se o STF mantiver a MP, ou seja, rejeitar as ações, o conteúdo permanecerá em vigor. Se os ministros decidirem suspender o ato de Bolsonaro, a medida, então, deixará de vigorar.

 

 

O que prevê a MP

A MP diz que os agentes públicos só poderão ser responsabilizados nas esferas civil e administrativa se agirem ou se omitirem com dolo ou erro grosseiro pela prática de atos relacionados, direta ou indiretamente, com as medidas de:

 

enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19;

combate aos efeitos econômicos e sociais decorrentes da pandemia da Covid-19.

Segundo o texto, além do caso de erro grosseiro ou dolo, a responsabilização pela opinião técnica do agente público poderá se dar em caso de conluio, quando há uma combinação ou cumplicidade de mais de uma pessoa para promover um ato maléfico.

 

Argumentos

O governo alega que, em razão da pandemia, o agente público está diante da necessidade de tomar medidas que geram impacto fiscal "extraordinário" para as futuras gerações. Afirma ainda que, em situações normais, essas medidas não seriam tomadas.

 

"O agente público, hoje, para salvaguardar vidas e combater os efeitos econômicos e fiscais da população brasileira se vê diante de medidas que terão impactos fiscais extraordinários para as futuras gerações, de compra de equipamentos por preços que, em situação normal, não se julgaria ideal, de flexibilizações na interpretação de regras orçamentárias que antes pareciam indiscutíveis, dentre outras", disse o governo na justificativa.

 

A MP classifica como "erro grosseiro": ação ou omissão com alto grau de negligência, imprudência ou imperícia.

 

No entanto, ressalva que, na análise do ato do agente público, deverá ser levada em conta uma série de fatores não previstos fora do contexto da pandemia.

 

A legislação

A legislação brasileira já prevê situações em que o agente público pode ser isento de responsabilização em caso de não comprovação de culpa intencional, de conluio ou de erro grosseiro.

No entanto, a MP amplia para o contexto da pandemia do novo coronavírus os aspectos que devem ser analisados ao se avaliar se houve erro grosseiro.

 

Com a medida provisória, passa a ser necessário levar em conta os seguintes elementos antes de se responsabilizar um agente público:

Obstáculos e dificuldades reais do agente;
Complexidade da matéria e das atribuições do agente;
Incompletude de informações na situação de emergência ou urgência;
Circunstâncias práticas que podem limitar, impor ou condicionar a ação ou omissão do agente público;
Incerteza sobre medidas mais adequadas para enfrentar pandemia e as eventuais consequências.

 

Posted On Quarta, 20 Mai 2020 07:03 Escrito por

Operação “Fora Covid-19” segue por tempo indeterminado para proporcionar ambientes mais seguros e limpos à população

 

Por Vania Machado

 

Com uma solução à base de água e hipoclorito de sódio, frentes de bancos, órgãos públicos, unidades hospitalares, pontos e estações de ônibus foram desinfectados em Palmas, na noite desta terça-feira, 19, durante a Operação “Fora Covid-19” realizada por homens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual.

 

Em Araguaína, Gurupi e outras 17 cidades a Operação segue sendo realizada pelo segundo dia consecutivo, sempre no período noturno das 19 horas a 1 hora da madrugada. Apenas em Palmas que a ação não pode ocorrer nessa segunda-feira, 18, em virtude da chuva que caiu na cidade à tarde e na parte da noite, o que prejudicaria a ação efetiva do produto.

 

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros e coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Reginaldo Leandro da Silva, reforçou que ação ocorre nas cidades com maior número de casos confirmados de Covid-19. “Estamos atendendo determinação do governador Mauro Carlesse, nos 20 municípios com mais casos. É um trabalho que vem trazer a descontaminação de locais de grande aglomeração pública, são portas de banco, unidades hospitalares, terminais de ônibus, justamente para trazer uma limpeza dessa condição de vírus que está espalhado por esses locais”, afirmou.

 

De acordo com o comandante-geral, cerca de 200 homens em regime de escala estão envolvidos na Operação, além de 12 caminhões, oito camionetes e bombas costais motorizadas. “Estamos utilizando todos os nossos veículos e profissionais nessa ação. Todos estão usando os equipamentos de proteção individual, e por isso, a gente pede à população que no momento que se está fazendo a desinfecção desses locais não fique tão próximo para não receber esse produto que está sendo aspergido, porque ele traz irritação para a pele e para os olhos”, explicou.

 

Palmas

Na Capital, os trabalhos são realizados em três rotas: norte, centro e sul, sendo empregados dois caminhões auto bomba e uma camionete.

 

A Operação foi bem recebida pelos moradores de Taquaralto, local que concentra grande aglomeração durante o dia. “Toda medida que leve mais segurança para a população que precisa sair para trabalhar, resolver alguma pendência no banco, no comércio, será sempre bem-vinda. É importante esse cuidado e proteção”, ressaltou o mototaxista Júlio Berto que reside em Taquaralto.

 

O deputado estadual Léo Barbosa também acompanhou a ação na Avenida Tocantins e nos principais espaços públicos do Distrito de Taquaruçu. “Temos visto os esforços que o Governo do Tocantins tem feito em todas as áreas, seja na assistência social que tem levado cestas básicas; a Polícia Militar que tem auxiliado, os bombeiros com a descontaminação das vias públicas; os profissionais de saúde, tudo isso é importante. Nós sabemos que isso pode salvar vidas porque impede a proliferação desse vírus que tem um poder avassalador”, destacou.

Municípios contemplados

De acordo com o último Boletim Epidemiológico, divulgado nesta terça-feira, 19, o Tocantins soma 1.646 casos confirmados, sendo que 38 evoluíram a óbito. Dos 139 municípios tocantinenses, 64 já registram casos da Covid-19.

 

São alvo da Operação “Fora Covid-19” as cidades que figuram nas vinte primeiras posições do ranking até a última sexta-feira, 15. “Ao final da primeira semana de descontaminação, os trabalhos serão reavaliados, podendo continuar nos mesmos locais ou incluir outros municípios, conforme a dinâmica dos casos confirmados e efeitos da ação”, explicou o comandante-geral.

 

Os trabalhos estão sendo realizados nas seguintes cidades: Palmas (316 casos), Araguaína (700), Paraíso do Tocantins (56), Gurupi (54), Cariri do Tocantins (48), Nova Olinda (45), São Miguel do Tocantins (35), Araguatins (32), Sítio Novo do Tocantins (30), Colinas do Tocantins (28), Axixá do Tocantins (25), Guaraí (17), Tocantinópolis (16), Darcinópolis (15), Praia Norte (14), Wanderlândia (12), Augustinópolis (12) e Maurilândia do Tocantins (10).

Posted On Quarta, 20 Mai 2020 07:00 Escrito por