A entrega dos kits iniciou pelas unidades de ensino da sede e se estenderá para todos os estudantes matriculados na rede estadual de ensino
Por Cláudio Paixão
Com o objetivo de garantir a segurança alimentar dos estudantes matriculados na rede estadual de ensino, durante a pandemia do Coronavírus (Covid-19), o governador Mauro Carlesse autorizou o início da segunda etapa da entrega dos kits de alimentos nesta quarta-feira, 20. A entrega é articulada por meio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e iniciou pelas unidades de ensino da sede da Diretoria Regional de Educação (DRE) de Araguaína.
Serão mais de 157 mil kits entregues em todo o Estado. Somente na Regional de Araguaína serão atendidos 30.569 estudantes matriculados em 72 unidades de ensino. Nesta quarta-feira, a entrega dos kits ocorre nas seguintes unidades de ensino do município de Araguaína: Centro de Ensino Médio Castelo Branco; Assistência Social Pentecostal de Araguaína (ASPA); Escola Espírita André Luiz; Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Sancha Ferreira; Centro de Ensino Médio Benjamim José de Almeida; Escola Especial Raio de Luz (APAE).
O início da segunda etapa de entrega dos kits por Araguaína se deu especialmente por se tratar do município mais afetado pela Covid-19. De acordo com o Boletim Epidemiológico, da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado nesta quarta-feira, já são 788 casos confirmados e 9 óbitos. "Estamos seguindo todos os protocolos de segurança para garantir que os estudantes tenham acesso aos alimentos neste momento difícil, especialmente considerando que muitos têm a alimentação escolar como sua principal refeição", destacou a titular da Seduc Adriana Aguiar.
Adriana Aguiar também destacou que a iniciativa é uma preocupação direta do governador Mauro Carlesse com os estudantes. "Neste momento, estamos tendo uma série de ações do Governo do Estado para atravessarmos a pandemia do Coronavírus, e o governador Mauro Carlesse, muito preocupado com os nossos estudantes, autorizou que, por meio da Seduc, desenvolvêssemos uma ação específica para eles. Estamos finalizando a primeira etapa esta semana e, paralelo à esse final, já iniciamos uma nova", pontuou.
Primeira etapa
A primeira etapa da entrega dos kits encerra amanhã, pelas unidades de ensino da Diretoria Regional de Educação de Dianópolis, onde as entregas já estão acontecendo. Somaram-se na primeira etapa 157.659 kits de alimentos entregues em todo o Estado, em pouco mais de um mês e meio. "É um trabalho contínuo e com diferentes frentes, que se efetivou com as primeiras entregas que realizamos no dia 26 de março e, desde então, não paramos mais; garantindo, assim, que todos os estudantes tenham acesso aos alimentos", ressaltou Adriana Aguiar.
Kits
Os kits são entregues nas unidades de ensino para serem retirados pelos estudantes maiores de 18 anos ou pelos responsáveis. Para os estudantes que residem na zona rural, a entrega é realizada na rota do transporte escolar. Nesta segunda etapa, os kits terão a seguinte composição: arroz 5kg, açúcar, sal, óleo, macarrão, feijão, flocão de arroz, sardinha, extrato de tomate e bolacha.
Mortes divulgadas nesta quarta-feira (20) foram de pacientes de Araguaína, Cariri do Tocantins, Barrolândia e Goiatins. Boletim epidemiológico trouxe 163 novos casos de coronavírus no estado
O Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde trouxe nesta quarta-feira, 20, mais quatro mortes, todas ocorridas nessa terça, 19, elevando para 42 os óbitos do Tocantins por Covid-19, um aumento de 10,5% em apenas 24 horas. O Estado confirmou mais 163 casos, outra vez com Araguaína à frente, com 91 novos registros do coronavírus nesse curto período. A cidade agora tem 788 registros da doença, o que significa que, sozinha, Araguaína, responde por 45,6% de todos os 1.809 casos do Tocantins.
Região norte com 904 casos
Por região, destaque para o norte do Estado, puxado por Araguaína, com crescimento de 12,6% em 24 horas, no número de novos casos, de 803 para 904 registros. Em seguida, o Bico (9,4%, de 254 para 278), o centro (7,3%, de 453 para 486) e o sul (5,4%, de 130 para 134).
Casos de coronavírus no Tocantins
Araguaína - 788 casos e nove mortes
Palmas - 333 casos e quatro mortes
Gurupi - 60 casos e uma morte
Paraíso do Tocantins - 57 casos e três mortes
Cariri do Tocantins - 49 casos e uma morte
Nova Olinda - 54 casos
São Miguel do Tocantins - 36 casos e três mortes
Araguatins - 32 casos e sete mortes
Sítio Novo do Tocantins - 30 casos e uma morte
Colinas do Tocantins - 28 casos
Xambioá - 26 casos
Axixá do Tocantins - 25 casos e duas mortes
Guaraí - 20 casos e uma morte
Tocantinópolis - 16 casos e uma morte
Darcinópolis - 18 casos
Itaguatins - 15 casos
Praia Norte - 14 casos
Wanderlândia - 13 casos
Augustinópolis - 12 casos e duas mortes
Maurilândia do Tocantins - 12 casos
Porto Nacional - 12 casos e uma morte
Goiatins - 11 casos e uma morte
Tabocão - nove casos
Miranorte - nove casos e uma morte
Aguiarnópolis - nove casos e uma morte
Couto Magalhães - oito casos
Formoso do Araguaia - sete casos
Barrolândia - seis casos e uma morte
Alvorada - cinco casos
Pugmil - cinco casos
Dueré - cinco casos
Sampaio - cinco casos
Buriti do Tocantins - cinco casos
Oliveira de Fátima - cinco casos
Ponte Alta do Tocantins - quatro casos
São Bento do Tocantins - quatro casos
Miracema do Tocantins - quatro casos
Figueirópolis - três casos e uma morte
Aragominas - três casos
Palmeiras do Tocantins - três casos
Presidente Kennedy - três casos
Pedro Afonso - três casos
Bandeirantes do Tocantins - três casos
São Sebastião do Tocantins - três casos
Abreulândia - dois casos
Fátima - três casos
Aliança do Tocantins - dois casos
Aurora do Tocantins - dois casos
Esperantina - dois casos
Marianópolis do Tocantins - dois casos
Santa Fé do Araguaia - dois casos
Riachinho - dois casos
Cachoeirinha - dois casos
Ananás - três casos
Filadélfia - dois casos
Nova Rosalândia - dois casos
Araguaçu - um caso
Angico - um caso
Babaçulândia - um caso
Caseara - um caso
Campos Lindos - um caso
Colmeia - um caso
Dianópolis - um caso
Lizarda - um caso e uma morte
Novo Acordo - um caso
Silvanópolis - um caso
Tocantínia - um caso
Medida foi tomada em função dos impactos da pandemia de covid-19
Por Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) decidiu adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus. “As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais“, diz nota conjunta do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O cronograma inicial previa a aplicação do Enem 2020 impresso nos dias 1º e 8 de novembro. Já os participantes da versão digital, fariam a prova nos dias 11 e 18 de outubro. mais de 3,5 milhões de candidatos se inscraveram para o exame.
Para definir a nova data, o Inep promoverá uma enquete direcionada aos inscritos do Enem 2020, a ser realizada em junho, por meio da Página do Participante. As inscrições para o exame seguem abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 22 de maio.
Mais cedo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, mencionou um possível adiamento do Enem, pelas redes sociais. Em sua conta no Twitter, ele informou que a decisão ocorre “diante dos recentes acontecimentos no Congresso” e após conversas com líderes do centrão.
A Câmara dos Deputados está pautada para votar hoje requerimento de urgência para a votação do projeto de lei (PL) 2623/2020, que adia o Enem enquanto durarem as medidas sanitárias emergenciais decorrentes da pandemia do novo coronavírus, mas com o adiamento anunciado pelo próprio MEC, há a possibilidade de a pauta ser derrubada.
Justiça
A realização do Enem também foi alvo de questionamentos judiciais. Nesta segunda-feira (18) a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia do novo coronavírus seja revista.
Em abril, o órgão conseguiu uma liminar favorável ao adiamento das datas da prova, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho atendendo a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
O Brasil exportou 78,67 mil toneladas de carne bovina in natura até a segunda semana de maio, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Com Agências
Os preços dos cortes dianteiros bovinos tiveram um aumento de 39,0% na comparação anual e uma valorização de 1,3%, frente ao mês anterior. De acordo com as informações da consultoria Agrifatto, as referências para os cortes não apresentam quedas desde maio de 2018.
“O dianteiro bovino já vinha surfando bem a onda da melhora dos preços pecuários apurada antes da crise do COVID-19. Agora, aproveita-se do momento como um bom custo/benefício para que o consumidor possa continuar adquirindo carne bovina e se estabelece como a proteína que está melhor performando durante a pandemia”, relatou o analista de mercado da Agrifatto, Yago Travagini.
A diferença (spread) entre os preços praticados pelo traseiro e pelo dianteiro está mais estreita. Atualmente, o dianteiro valendo, em média, -16,26% que o traseiro, e caso o spread feche o mês nessa taxa, a menor diferença da história será registrada. “A justificativa mais plausível seria a migração do consumo para proteínas mais baratas, já que a crise instaurada pela COVID-19 reduziu o poder de compra da população pela redução da renda e aumento do desemprego”, informou o relatório.
Os valores da carne bovina também se mostram sustentadas frente a quedas expressivas observadas nas de carnes suínas e de frango, que já caíram 31% e 18% em 2020, respectivamente.
A consultoria aponta que a diferença da média histórica entre o dianteiro bovino e a carcaça suína é de 18,43%, mas em maio/20 esse spread ficou 5,5 vezes maior. Em relação ao frango congelado, o spread ficou 2,4 vezes maior, contra a diferença média de 86,05%.
Demanda externa
A China ainda se sobressai na compra do dianteiro em detrimento do traseiro, que possui maior valor agregado, o que ajuda a manter os preços firmes. “Com um crescimento de 39% no primeiro trimestre do ano, as exportações para a China poderão respirar eventualmente (à exemplo do que ocorreu em dez/19), mas deverão se manter sustentadas no longo-prazo”, destacou.
Os estoques chineses de proteínas animais seguem comprometidos pela a disseminação da Peste Suína Africana (PSA). Outro fator que torna os chineses dependentes da carne brasileira é a briga política com a Austrália.
“Os sinais para o dianteiro bovino são positivos, mas é sempre importante destacar que a grande dependência de um único cliente traz volatilidade aos preços e, consequentemente, riscos. Por isso, apoiar uma boa “experiência” do cliente será importante nesses próximos meses”, conclui a consultoria.
O presidente Jair Bolsonaro (C) durante o lançamento de seu novo partido, Aliança pelo Brasil, em 21 de novembro de 2019 em BrasíliaBolsonaro escolhe o nº 38 para seu novo partido
Por Rafael Moraes Moura
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu mudar a estratégia na análise de decisões consideradas potencialmente sensíveis para o presidente Jair Bolsonaro em meio à pandemia do novo coronavírus. De última hora, menos de 24 horas antes da sessão desta quarta-feira, 20, foi incluído na pauta o julgamentoda medida provisória do governo que criou um “salvo-conduto” a gestores públicos – o que inclui o próprio chefe do Executivo – por eventuais irregularidades em atos administrativos relacionados à covid-19, como contratações fraudulentas ou liberação de dinheiro público sem previsão legal.
Em vez de decidir sozinho sobre o tema, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, optou por encaminhar diretamente ao plenário o pedido para suspender a vigência da medida. Dessa forma, a decisão na análise de seis ações – da Associação Brasileira de Imprensa e dos partidos Rede, Cidadania, PDT, PSOL e PC do B – não será apenas de Barroso, mas compartilhada pela maioria dos integrantes da Corte, privilegiando, assim, o espírito da colegialidade.
Ao optar por uma decisão colegiada no caso de hoje, o Supremo age para se blindar das críticas recebidas pelo excesso de decisões monocráticas (individuais) proferidas por cada gabinete. E também fica mais difícil para Bolsonaro não “engolir” um entendimento formado não por um, mas pela maioria dos ministros do STF.
Segundo o Estadão apurou, o movimento foi acertado entre Barroso e o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que vem procurando sustentar um discurso conciliatório e de harmonia entre os Poderes com o chefe do Executivo.
Dentro da Corte, a medida provisória editada pelo governo caiu mal – integrantes do Supremo defendem limitar os efeitos do texto, criando regras para esclarecer o seu alcance, ou até mesmo derrubá-lo por considerá-lo inconstitucional. No próprio governo, a equipe jurídica do presidente avalia que essa “pauta súbita não é um bom indicativo” para o resultado do julgamento.
Decisões individuais
Nas últimas semanas, uma série de decisões individuais de ministros do STF impuseram reveses ao Palácio do Planalto e contrariaram o presidente da República. Em um dos casos de maior repercussão, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem – próximo à família Bolsonaro – para a Polícia Federal. Enfurecido, o presidente considerou a decisão de Moraes “política”. “Não engoli. Não é essa a forma de tratar um chefe do Executivo”, reclamou Bolsonaro.
Barroso, por sua vez, suspendeu um ato de Bolsonaro que determinava a expulsão de funcionários da Embaixada da Venezuela em Brasília. Antes, o próprio Barroso proibiu o governo federal de veicular qualquer campanha que pregue que “O Brasil não pode parar“, que sugira que a população deve retornar às suas atividades ou que minimize os riscos da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao Estadão publicada no ínicio deste mês, Barroso disse que “seria um equívoco ver o Supremo como um ator político neste sentido de ser contra ou a favor do governo”.