Na metáfora genialmente usada por Raul Seixas em seu grande sucesso musical, lançado em 1973, ele afirmava que preferia ser uma “metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Na música, o autor afirmava preferir ser uma pessoa desapegada dos pré-conceitos da sociedade e ir se adaptando à mudança dos tempos.
Por Edson Rodrigues
Hoje, podemos citar a mesma situação em relação às Justiças Estadual e Federal, que se comporta de forma metamórfica a respeito de questões semelhantes. Um exemplo recente foi a declaração da Justiça Federal, em que um de seus membros se declarou incompetente para julgar as denúncias contra o ex-governador Marcelo Miranda e encaminhou a ação para a Justiça Eleitoral para que dessem prosseguimento ao processo.
Isso, depois de manter Marcelo Miranda preso por 150 dias na prisão, sem esquecer de ter negado todos os recursos para que o ex-governador respondesse em liberdade ao processo, além de negar prisão domiciliar.
PRENDE/SOLTA
Agora vemos a mesma situação metamórfica em relação a Operação Carta Marcada, da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal, com autorização da Justiça Federal, que redundou em buscas e apreensões, quebras dos sigilos bancário e telefônico, buscas e apreensões cumpridas com 100% de assertividade para, poucas horas depois, iniciar a soltura da maioria dos presos e investigados.
Principais envolvidos na Operação Carta Marcada
Simplesmente, não dá para entender! Após meses de investigação, com ênfase para o fato de que Operações assim, só são autorizadas após a apresentação de indícios robustos, as ações são cumpridas com a autorização da Justiça e essa mesma Justiça manda soltar aqueles a quem expediu mandados de busca, apreensão e prisão.
Aqui, “da colina”, fica difícil entender essa metamorfose!
O MÉRITO DA QUESTÃO
Se Marcelo Miranda passou cerca de cinco meses na prisão, porque os atuais investigados foram soltos sem nem 24h sob a custódia da polícia? Se soltos, qual a motivação da soltura? Se não havia razão para mantê-los presos, como fica a exposição negativa de seus nomes diante da sociedade, seus clientes, familiares e amigos?
Como chegar ao “mérito” da questão se, depois da Operação, as atenções da mídia se voltaram para o caso, com entrevistas com membros da Polícia Federal detalhando os crimes em investigação, o papel de cada um na execução desses crimes, a relação não republicana da empresa com o Executivo Municipal de Palmas, amplamente divulgadas pelos veículos de comunicação do Tocantins e replicadas nas redes sociais?
Fica óbvio que, depois de todo esse “circo dos horrores”, a população termina com uma péssima impressão quanto aos envolvidos na Operação, assim como os envolvidos totalmente insatisfeitos com a exposição negativa de suas imagens, nomes, logomarcas e reputações.
Afinal, Justiça decidiu por soltá-los por meio de habeas corpus. Fica, então a pergunta: essas pessoas também se metamorfosearam, de suspeitos a inocentes?
"QUEM NÃO SE DÁ AO RESPEITO, NÃO MERECE SER RESPEITADO"
Investigado pela Polícia Federal, com seus sigilos bancário e telefônico quebrados pela Justiça, o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha postou um vídeo, gravado em sua residência, após as buscas feitas pelos agentes da PF e do MPF, para a apreensão de documentos.
Amastha diz, no vídeo, que “quem não se dá ao respeito, não merece ser respeitado”, e desafia a CGU a apontar uma única irregularidade praticada por ele.
Não podemos deixar de ressaltar que a mesma Justiça Federal protagonizou outro “espetáculo” tendo Amastha como personagem principal, quando ainda era prefeito, depois de decretar e não fazer cumprir uma “condução coercitiva”, uma vez que o então prefeito estava fora do País. Quando retornou, Amastha se apresentou à Justiça e, ao final do processo, em ação metamórfica, o investigado é declarado inocente.
Será que esse mesmo “modelo” de metamorfose será utilizada em relação ao ex-governador Marcelo Miranda que, atualmente, se encontra no rol dos que esperam julgamento por parte da Justiça Federal?
Depois das últimas performances de metamorfose que presenciamos, fazer qualquer pré-julgamento a acusados passa a ser sintoma de transtorno de ansiedade, cegueira ou distúrbio mental....
PREJUDICADO OU TURBINADO
As investigações e revelações da Operação Carta Marcada vão determinar como sairá – ou não – o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, para a sua campanha rumo a uma vaga na Câmara Municipal de Palmas.
Casa nada se prove contra ele, será um favor que a Justiça Federal prestará a Amastha. Levando-se em conta que a Operação Nosotros, que teve até condução coercitiva, acabou não dando em nada, é bem capaz que o ex-prefeito faça o que de melhor sabe fazer, que é tirar proveito político de tudo o que é dito ou feito contra ele.
Será???
DESAFIO
Amastha fez circular nas redes sociais um desafio ao Superintendente da CGU, para que ele prove, nesta segunda-feira, as informações que repassou para a Polícia Federal, acerca dos 15 milhões de reais que seriam fruto de corrupção em sua administração.
O vídeo é mais um elemento que traz um desafio público à autoridades federais, incluindo a CGU, a Polícia Federal e a Justiça Federal, que autorizou a quebra dos sigilos bancário e telefônico dos investigados, além das buscas e apreensões nas residências e endereços ligados a eles.
EFEITOS POLÍTICOS
Caso venha a ocorrer com a Operação Carta Marcada o mesmo que ocorreu após o fim da espetaculosa Operação Nosotros, que também tinha como alvo o então prefeito da Capital, Carlos Amastha, o ex-prefeito pode sair como “vítima” legítima, e ganhar uma força adicional em sua pretensão de ser vereador.
Assumindo de vez o papel que assume nas redes sociais, só que de forma legítima, sem máculas na carreira, Amastha pode, sim, ser um dos vereadores mais votados.
JOGANDO PARA TORCIDA
Mas, nem tudo são flores, a presença de Amastha nas redes sociais para desafiar autoridades federais, pode forçar com que ele e seus auxiliares sejam obrigados a provas sua inocência, e antes das eleições.
O desafio de Amastha é dirigido à Controladoria Geral da União, que é apenas um órgão fiscalizador, mas seu “adversário” real é a Justiça Federal, que acatou as denúncias da CGU, embasada em elementos comprobatórios.
A bravata de Amastha pode provocar uma celeridade nas investigações e, em caso de comprovação dos ilícitos, esse “jogo para a torcida” de Amastha pode significar sua derrocada política, levando junto, em efeito cascata, seus aliados e companheiros de chapa.
O tempo e os eleitores é quem irão decidir o futuro político do ex-prefeito.
PROPOSTAS VALEM MAIS QUE VÍDEOS FAKE
Eleições se ganham com propostas, não com vídeos fake, como a oposição de Palmas se deu ao trabalho de fazer esta semana, ao fazer circular nas redes sociais uma postagem maldosa, um vídeo datado de janeiro deste ano, em que a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro aparece cantando, sem máscara, como se a gravação tivesse sido feita atualmente, em tempos de pandemia.
O vídeo foi gravado em um evento em homenagem ao saudoso senador João Ribeiro, de quem Cinthia é viúva, o que ainda acrescente uma grande dose de insensibilidade a quem teve essa infeliz ideia.
No fim, soou como um tiro no pé da oposição que ganhou a antipatia de boa fatia dos indecisos, por demonstrar uma prática desrespeitosa e vil, quando o que o povo quer, na verdade, são propostas.
SERIEDADE E RESPEITO
As entidades classistas, empresários, comerciantes, profissionais liberais, autônomos, ambulantes e desempregados, além da juventude, querem ter a oportunidade de discutir com os candidatos a prefeito de Palmas um projeto viável, que leve em conta duas coisas: seriedade e respeito.
De nada adiantam projetos megalômanos se não passarem pelo crivo das pessoas que são as responsáveis pelo crescimento econômico da Capital, que são os empreendedores.
Aí, fica a dica: a discussão terá que ser em alto nível. Projetos e propostas “automáticos” ou impraticáveis, não vão colar!
EXPLOSÃO DA COVID-19 NO TOCANTINS
Sem a união de forças e a determinação de metas a serem cumpridas, não adianta os prefeitos puxarem para um lado e o governo do Estado para o outro em relação ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, que é, hoje, além de um mal que ceifa vidas, o maior inimigo das administrações por todo o Brasil.
Sem a implantação de uma força tarefa, a determinação de normas rígidas e um tratamento sério à questão, o Tocantins pode ser considerado como “a bola da vez” para ser o novo epicentro da pandemia no Brasil, com o Sistema de Saúde Pública colapsado no Estado e nos municípios.
OTONIEL PRECISA SE POSICIONAR
A presença dos agentes da Polícia Federal na residência do ex-prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, apesar de estar sendo tratada como uma “simples visita”, precisa ser esclarecida à população.
Os agentes federais não se deram ao trabalho de ir até a casa de Otoniel apenas para “pegar uma assinatura”. A pesar de estar com todas as suas certidões das prestações de contas de suas administrações positivas junto à Justiça, seria de bom tom o ex-prefeito explicar como se deu a adesão da prefeitura de Palmas, então sob o comando de Carlos Amastha, à licitação que ocorria na prefeitura portuense.
Com tudo explicadinho, Otoniel poderá voltar ao “céu de brigadeiro” em que se encontrava sua pré-campanha.
NÃO VAI ROLAR
O deputado federal Vicentinho Jr. “trucou” a possibilidade de apoiar a candidatura do prefeito de Porto Nacional à reeleição, ao vinculá-la a um apoio do MDB de Palmas à sua própria pré-candidatura a prefeito da Capital.
Segundo os caciques do MDB, a chance de apoiar Vicentinho Jr. em Palmas é “abaixo de zero”, deixando claro duas coisas: a primeira é que as questões de Porto Nacional devem ser decididas em Porto Nacional e a segunda é que a votação obtida por Vicentinho Jr. em sua própria cidade não cacifa nem ele nem o seu partido, o PL, a fazer qualquer tipo de exigência, em uma clara provocação.
Ou seja, Vicentinho Jr. apoiar Joaquim Maia em Porto Nacional e o MDB apoiar Vicentinho Jr. em Palmas, simplesmente “não rola”!
GOVERNO CARLESSE PRECISA AGIR URGENTIMENTE
O governador Mauro Carlesse não tem medido esforços no combate à Covid-19, apoiando os impactados com distribuição de cestas básicas e kits de higiene pessoal. Mas, como todos sabem, essas são medidas paliativas.
O Estado precisa assumir uma política planejada, eficaz, com medidas enérgicas, com uso das polícias para conter a parcela da população que age irresponsavelmente, colocando em risco todo o trabalho dos profissionais de saúde e tudo o que já foi feito até agora para combater a pandemia.
Sem uma ação nesse sentido, de nada adiantam os 700 milhões de reais vindos de Brasília para auxiliar as medidas de contenção de transmissão do vírus e o tratamento dos infectados.
A desordem praticada pelos que promovem aglomerações em bares, festas em ilhas particulares, nas praias e nas residências de alto padrão, sem nenhuma ação do governo para evitar esses atos de irresponsabilidade e de desobediência civil, podem colocar tudo o que já foi feito a perder.
Lembrando que os municípios, apesar de adotarem medidas restritivas, não têm como ordenar ações policiais, poder que pertence ao governo do Estado.
IPUEIRAS
O município de Ipueiras, por estar próximo da Capital e de Porto Nacional, tem no Rio Tocantins seu principal atrativo turístico, com ilhas e praias de beleza sem igual.
Só não está “bonito” esses locais ficarem lotados, com acampamentos iluminados por geradores e regados a muita bebida e comida, todo mundo aglomerado, sem a municipalidade poder fazer nada, pois não tem poder de polícia.
Apesar dos turistas fazerem circular dinheiro no comércio, fazem circular, também, o Covid-19, e o caminho, depois, é um só: o Hospital Geral de Palmas, que já está com sua capacidade comprometida.
Voltamos a afirmar que, sem uma ação coibitiva do governo do Estado, os 700 milhões de reais podem ir para o ralo...
GOVERNO PRECISA SER DURO E ENÉRGICO
A partir do momento em que o governo, via Polícia Militar, começar a apreender embarcações, geradores, caixas de gelo, de som e as bebidas, conduzindo os proprietários à delegacia para fazer um Termo Circunstanciado, a animação dessa parcela irresponsável vai arrefecer.
Com certeza será menos “dolorido” agir assim do que continuar enterrando pessoas que jamais participaram dessas festas, mas que vão acabar contaminadas pelos que as promovem e as frequentam.
RECORDE
O Tocantins registrou 956 novos casos de coronavírus e mais seis mortes de pacientes que estavam com Covid-19 só no sábado sábado (25).
Este é o maior número de diagnósticos divulgados em um único boletim epidemiológico estadual desde o início da pandemia. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde, com os casos desse único dia, o Estado soma 20.920 diagnósticos e 340 óbitos.
Traduzindo, o Tocantins entrou de vez no “olho do furacão” e, em agosto, tudo pode ser muito pior.
Até quando??
ARLINDO COM O PÉ NA ESTRADA EM BUSCA DO MANDATO DE VEREADOR
O presidente do MDB de Porto Nacional, empresário Arlindo Lopes, visitou, neste fim de semana, amigos e conhecidos na zona rural e assentamentos da cidade.
Ele esteve na chácara do amigo Alex, no Assentamento santo Antônio, visitou Seu Almir, na fazenda Titira e deu uma “esticada” até a propriedade de outro amigo, Almir, onde bateu um longo papo com os presentes, sempre respeitando as regras de isolamento corporal.
Arlindo, após aceitar o chamamento dos seus companheiros para ser pré-candidato a vereador e tem aproveitado essas visitas para colher sugestões e conhecer as demandas das comunidades visitadas para incluir em sua plataforma de propostas, que vão virar metas da sua atuação, caso eleito.
BNDES E AS FAKE NEWS
Reportagem do Globo mostra que o BNDES e o Banco do Nordeste pagaram por anúncios em canais de youtubers bolsonaristas investigados pelo STF.
No caso do BNDES, o jornal carioca identificou 803.680 anúncios em dez canais que pertencem ou são administrados por investigados pela Corte.
Como será que essa questão será resolvida? Censura ou Liberdade de Expressão??
SEM RÉVEILLON
A pandemia do novo coronavírus levou a Prefeitura do Rio de Janeiro a cancelar a tradicional festa de Réveillon, que costuma atrair milhões de pessoas para a orla de Copacabana, na zona sul da cidade. O Carnaval também está sob risco, caso não uma vacina contra a covid-19 não esteja disponível até fevereiro.
No texto, o governo municipal menciona que os festejos pela chegada de 2021 podem acontecer de diferentes formas, que não a tradicional. A Riotur, empresa de turismo do município, apresentará ao prefeito Marcelo Crivella nos próximos dias outros formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, com transmissão pela televisão e plataformas digitais, "preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas".
COVID-19 NO TOCANTINS
Os números da Caovid-19 no Tocantins continuam crescendo. Confira os dados do último boletim.
Os novos casos são de Araguaína (350), Palmas (156), Paraíso Do Tocantins (59), Alvorada (47), Porto Nacional (37), Pium (19), Colinas Do Tocantins (12), Guaraí (12), Pau D'arco (12), Darcinópolis (10), Gurupi (10), Tocantinópolis (10), Araguatins (9), Formoso Do Araguaia (9), Pedro Afonso (9), Ponte Alta Do Tocantins (8), Augustinópolis (7), Cariri Do Tocantins (5), Dueré (5), Lagoa Da Confusão (4), Nova Olinda (4), Santa Rosa Do Tocantins (4), São Bento Do Tocantins (4), Fátima (3), Fortaleza Do Tabocão (3), Sampaio (3), Xambioá (3), Araguanã (2), Chapada De Areia (2), Combinado (2), Conceição Do Tocantins (2), Dianópolis (2), Natividade (2), Novo Jardim (2), Riachinho (2), Abreulândia (1), Aguiarnópolis (1), Araguacema (1), Bernardo Sayao (1), Brasilândia Do Tocantins (1), Carmolândia (1), Colmeia (1), Goianorte (1), Luzinópolis (1), Miranorte (1), Nazaré (1), Palmeirante (1), Paranã (1), Rio Dos Bois (1), Santa Tereza Do Tocantins (1), São Salvador Do Tocantins (1), Sucupira (1), Talismã (1) e Tocantínia (1).
Atualmente, o Tocantins apresenta 21.767 casos no total, destes, 13.312 pacientes estão recuperados, 8.109 pacientes estão ainda em isolamento domiciliar ou hospitalar e 346 pacientes foram a óbito.
Atenção leitores! Poderemos ver, em Palmas, nas eleições de novembro próximo, um dos maiores “nocautes” eleitorais dos últimos tempos, com as “armas” do vencedor sendo fornecidas pelo próprio perdedor que resultará, por fim, em um governo sem a legitimidade popular.
Por Edson Rodrigues
As oposições à prefeita Cinthia Ribeiro não conseguiram, até agora, uma união, que seria a única forma de derrotar a candidata à reeleição. Já se contam 12 candidaturas oposicionistas que, sozinhas, não chegaram a lugar nenhum, dividindo os votos de quem não concorda com a metodologia adotada pela atual administração, e entregando à prefeita mais um mandato por uma quantidade mínima de votos, mas que será o suficiente para derrotar todos os demais candidatos.
Ou seja, se a oposição, em Palmas, continuar agindo em blocos independentes, conseguirá mais votos na soma total, mas insuficientes para derrotar a atual prefeita, que continuará no cargo, mas sem a legitimidade da maioria dos votos do eleitorado.
PROPOSTAS E UNIÃO
O problema é que as oposições ao Paço Municipal, até agora, não apresentaram um projeto, uma proposta que seja, para discutir com a sociedade, com as entidades classistas, empresários, comerciantes, estudantes, jovens e desempregados. E, quando apresentar, precisa ser um projeto praticável, plausível, sem utopias, com ações que se enquadrem ao que os próximos quatro anos representam para o futuro da Capital.
PARAQUEDISTAS
Além disso, as oposições precisam explicar a motivação dos pré-candidatos que mudaram seus domicílios eleitorais recentemente, só para poderem participar do pleito, atitude cuja legalidade não se discute, mas que a finalidade é altamente duvidosa. Não adianta apenas um “eu amo Palmas” para seduzir o eleitorado.
São os chamados “paraquedistas”, que escolhem ser candidatos por Palmas apenas para “fazer” nome junto ao eleitorado, quando, na verdade, suas motivações reais estão em outros municípios ou em outras candidaturas.
Por outro lado, há candidaturas oposicionistas que precisam sanar questões jurídicas, que deixam dúvidas sobre a legalidade de suas intenções, sendo que, uma delas, mesmo com o amparo judicial, não terá a legitimidade interna no partido do qual faz parte.
E, assim, cada um com suas questões, sem perspectivas de união, seguem as oposições ao governo de Cinthia Ribeiro, prestes a entregar mais um mandato, de mão beijada, à atual prefeita.
RAUL FILHO
A candidatura de Raul Filho é um caso à parte, pois jamais foi unanimidade no MDB e os ventos que ventam de Brasília deixam claro que as principais lideranças da legenda já se decidiram pelas candidaturas nos 139 municípios tocantinenses e, segundo fontes, o nome de Raul Filho sequer foi citado.
Estiveram reunidos em Brasília, com o senador Eduardo Gomes, o presidente estadual do MDB, deputado Nilton Franco, o presidente do MDB de Palmas, o também deputado estadual, Valdemar Júnior e os deputados estaduais da legenda.
O certo é que Raul Filho está fora do páreo, mesmo que sane suas pendengas judiciais. Resta saber quem será o beneficiário de seu patrimônio eleitoral, em uma ação de transferência de votos, que sabemos ser muito comum.
OUTRAS CANDIDATURAS
Outro pré-candidato sobre o qual há versões divergentes é o ex-deputado estadual e líder inconteste, Marcelo Lélis que, até onde sabemos, não há nada que o impeça de ser pré-candidato.
Lélis, nos bastidores políticos, é conhecido como “vulcão adormecido” e, como afirmamos acima, não precisa de liminares para garantir sua pré-candidatura, baseada em súmula e resolução do tribunal Superior Eleitoral.
Apesar do adiamento das eleições para o dia 15 de novembro, nenhum dos 139 municípios tocantinenses, incluindo a Capital, terá segundo turno, o que deixa aos pré-candidatos, apenas uma bala na agulha para fazer suas pretensões decolarem. Em caso de alvo errado, adeus.
FATORES EXTERNOS
Além de todas essas questões colocadas, há um fator externo que pode modificar totalmente o quadro eleitoral em Palmas, inclusive a situação confortável de Cinthia Ribeiro, que são as Operações da Polícia Federal nas residências ou dependências políticas ou empresariais.
Em qualquer local que sejam realizadas, nome do político ligado à Operação torna-se, imediatamente, carta fora do baralho e, nesse momento de recursos fartos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, os senhores prefeitos devem redobrar as atenções em relação a todos os ordenadores de despesas de suas administrações.
Qualquer suspeita de desvio de recursos da Saúde significa, hoje, caixão e vela preta para os nomes envolvidos. Sem exceção.
CINTHIA RIBEIRO
Por ser candidata à reeleição, a prefeita de Palmas se torna a “vidraça” preferida de todos os pedregulhos jogados para cima pela oposição.
Juntando isso ao enfrentamento da pandemia, onde já teve seus altos e baixos em relação às medidas tomada, Cinthia precisa melhorara o diálogo e a comunicação, sem confundir isso com publicidade.
Sua gestão precisa ser mais transparente, traduzidas em sensação de segurança à população, pois todos devem ser mantidos informados sobre as intenções de cada ato, desde a Acipa até a Fieto, passando por outras entidades classistas, empresariais e de comerciantes, para que todos sintam-se prestigiados em um momento tão delicado para a economia.
Podemos afirmar, com tranquilidade que, hoje, esse diálogo não existe e a principal autoridade de Palmas não pode se isolar na hora de tomar decisões que impactam a todos.
Vale lembrar que o mês de agosto será o divisor de águas tanto para as consequências da pandemia quanto para as pretensões políticas de todos os que buscam um cargo eletivo, pois é quando está previsto o pico de casos de Covid-19 no Tocantins.
A prefeita de Palmas já se mostrou capaz, superando barreiras, sempre com um sorriso no rosto ao se expressar e ao agir. Essa serenidade, segundo fontes, aumentou depois que ele chegou de Brasília, onde esteve reunida com o senador Eduardo Gomes, o principal “benfeitor” do povo tocantinense na atualidade, e participou de audiências em vários ministérios.
AFUNILAMENTO NATURAL
É certo que, a partir de agora, haverá um afunilamento nas eleições municipais, com as pessoas mostrando com quem estarão e quem tem condições de pleitear um cargo eletivo em 15 de novembro.
A campanha, oficialmente, ainda não começou, mas as articulações e formação de coligações estão a todo vapor. Mesmo assim, é bom lembrar aos pré-candidatos a prefeito que o cronômetro eleitoral só começa a rodar após as convenções, para que não cometam atos que os impeçam de registrar suas candidaturas.
As práticas e os costumes políticos do Tocantins já são conhecidos do eleitorado e, se não houver novidades consistentes, que façam os eleitores mudar de opinião, prevalecerá o quadro apresentado neste editorial, em que Cinthia Ribeiro lidera as pesquisas de intenção de votos, mesmo que a profusão de candidatos oposicionistas encolha para três ou quatro.
Caso não ocorra nenhum escândalo na gestão de Cinthia Ribeiro e ela se submeta a calças as “sandálias da humildade”, será difícil bater a sua candidatura á reeleição.
CONCLUSÃO
É óbvio e claro que este editorial trata do retrato do momento eleitoral que vivemos hoje, e se baseia em previsões palpáveis.
Se a oposição quiser ter condições de competir pelo comando da prefeitura de Palmas em 15 de novembro, será preciso que se defina um ou dois candidatos, que formem uma frente política capaz de uma dar sustentação à outra no momento final da batalha pelo voto, abdicando para a que estiver em melhores condições, sem esquecer de apresentar à sociedade um projeto de geração de empregos, de diminuição da carga tributária e de incentivos fiscais pata oxigenar a economia da Capital.
Em política, ninguém é imbatível, mas uma oposição desunida diminui as chances de vitória.
Lembrem-se que o principal ator desse cenário é o eleitor, e ele precisa ser convencido de que está fazendo a melhor escolha.
O resto, é fake News!
Estado registrou no domingo mais seis novas mortes, totalizando 346 óbitos ocasionados pela doença. Dados foram divulgados no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde
Com Assessoria
555 mortes causadas pela Covid-19 foram registradas nas últimas 24 horas no Brasil, de acordo com o boletim oficial do Ministério da Saúde deste domingo (26). Ao todo, a doença já foi a causa de 87.004 óbitos no país, além de 2,4 milhões de casos confirmados, sendo 24.578 registrados de ontem para hoje.
A contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.
Ainda segundo a atualização, a taxa de letalidade permanece em 3,6%. Já a taxa de mortalidade, que aponta o impacto dos óbitos a cada 100 mil habitantes, é de 41,4. Atualmente, o Brasil é o segundo país mais atingido pela Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
São Paulo segue como o estado mais atingido pela doença no país, liderando tanto o número de casos (483.982) quanto os óbitos causados pela doença (21.606). Já o segundo estado com mais casos é o Ceará (162.085), seguido pelo Rio de Janeiro (156.325).
No Tocantins
No Estado foram registrados 849 novos casos de coronavírus e mais seis mortes de pacientes que estavam com Covid-19 neste domingo (26), segundo os dados divulgados no boletim epidemiológico. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), agora o estado soma 21.767 diagnósticos e 346 óbitos.
Neste domingo (26) foram registrados 156 novos casos em Palmas. A capital chegou ao total de 4.503 confirmações e 33 mortes.
Segundo a SES, também foram registrados novos casos da doença em Paraíso Do Tocantins (59), Alvorada (47), Porto Nacional (37), Pium (19), Colinas Do Tocantins (12), Guaraí (12), Pau D'arco (12), Darcinópolis (10), Gurupi (10), Tocantinópolis (10), Araguatins (9), Formoso Do Araguaia (9), Pedro Afonso (9), Ponte Alta Do Tocantins (8), Augustinópolis (7), Cariri Do Tocantins (5), Dueré (5), Lagoa Da Confusão (4), Nova Olinda (4), Santa Rosa Do Tocantins (4), São Bento Do Tocantins (4), Fátima (3), Fortaleza Do Tabocão (3), Sampaio (3), Xambioá (3), Araguanã (2), Chapada De Areia (2), Combinado (2), Conceição Do Tocantins (2), Dianópolis (2), Natividade (2), Novo Jardim (2), Riachinho (2), Abreulândia (1), Aguiarnópolis (1), Araguacema (1), Bernardo Sayao (1), Brasilândia Do Tocantins (1), Carmolândia (1), Colmeia (1), Goianorte (1), Luzinópolis (1), Miranorte (1), Nazaré (1), Palmeirante (1), Paranã (1), Rio Dos Bois (1), Santa Tereza Do Tocantins (1), São Salvador Do Tocantins (1), Sucupira (1), Talismã (1) e Tocantínia (1).
Na carta, os sacerdotes acusam Bolsonaro de usar o nome de Deus para difundir mensagens de ódio e preconceito
Por Luiz Calcagno
Um grupo de 152 arcebispos, bispos e bispos eméritos da Igreja Católica assinaram uma carta se posicionando contra o governo de Jair Bolsonaro. O texto estava em análise por um conselho da Confederação Nacional dos Bispos do brasil (CNBB), mas vazou este domingo (26/7). Na carta, os signatários pedem uma união por um diálogo antagônico às ações do governo.
Especificamente, chamam para “um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política, com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com "terra, teto e trabalho”, com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de qualidade para todos”.
Na carta, os sacerdotes acusam Bolsonaro de usar o nome de Deus para difundir mensagens de ódio e preconceito. “Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?”, questionam. Em outros dois trechos da carta, os bispos falam do desprezo do governo pelos direitos humanos e, também, “pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia”.
“Esse desprezo é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Ministério da Saúde (...)”, argumenta o grupo.
O texto foi revelado pela Folha de São Paulo. Após o vazamento, a CNBB se isentou do conteúdo da carta, que disse ser “de responsabilidade dos signatários”. Por e-mail, o Planalto informou que não comentará a carta dos bispos.