Em discurso a apoiadores do governo, concentrados em frente ao Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que esta sendo vítima de injustiça e traição, após ter sido afastada do cargo por até 180 dias para julgamento do processo de impeachment no Senado.
Da Agência Brasil "Estou vivendo a dor da traição, a dor da injustiça", disse aos manifestantes. “Ao longo da minha vida enfrentei muitos desafios, enfrentei o desafio terrível e sombrio da ditadura, da tortura, enfrentei como muitas mulheres desse país a dor indizível da doença, o que mais dói nessa situação que estou vivendo agora, a inominável dor da injustiça, a profunda dor da injustiça, a dor da traição, a dor diante do fato que eu estou sendo [manifestantes gritam Fora Temer]. São duas palavras terríveis, traição e injustiça, são talvez as mais terríveis palavras que recai sobre uma pessoa e essa hora agora, esse momento é o momento em que as forças da injustiça e da traição estão soltas por aÍ”, disse. Dilma afirmou que irá resistir até o fim do processo de impeachment, que foi aberto no Senado. "Estou pronta para resistir por todos os meios legais. Lutei minha vida inteira e vou continuar lutando", afirmou. A presidenta afastada agradeceu o apoio de manifestantes que protestaram nos últimos meses contra o processo que, segundo Dilma, "estiveram do lado certo da história, do lado da democracia". “Eu sou a primeira mulher eleita presidenta da República, eu honrei os votos que as mulheres me deram. Eu fui a primeira mulher eleita presidenta da República, depois do primeiro operário eleito presidente da República, como primeira mulher, eu honrei as mulheres. Como qualquer pessoa humana, posso ter cometido erros, mas jamais cometi crimes", destacou. Após o discurso, do lado de fora do Planalto, Dilma recebeu um buquê de flores e cumprimentou os populares. Ela estava acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros de seu governo. Pronunciamento à imprensa Antes do pronunciamento para o público, Dilma Rousseff fez um discurso para a imprensa. Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento". “Diante da decisão do Senado quero mais uma vez esclarecer os fatos e denunciar os riscos para o país de um impeachment fraudulento, um verdadeiro golpe, desde que fui eleita, parte da oposição inconformada pediu recontagem de votos, tentou anular as eleisções depois e passou a conspirar abertamente pelo impeachment, mergulharam o país num ato de instabilidade e impediram a recuperação da economia com tomar na força o que não conquistaram nas urnas”. Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das brutalidades que pode ser cometida". "Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu", disse. Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato. "O que está em jogo não é apenas o meu mandato. É o respeito às urnas. À vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças, jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment fraudulento. Um verdadeiro golpe", declarou.
Brasília - A presidenta afastada Dilma Rousseff discursa para apoiadores do governo, em frente ao Palácio do Planalto, após ter sido notificada do afastamento do cargo por até 180 dias (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) A presidenta afastada voltou a dizer que não cometeu crimes Marcello Casal Jr/Agência Brasil No pronunciamento, Dilma estava acompanhada de seus ex-ministros e parlamentares aliados, como a ex-ministra Eleonora Menicucci (das Mulheres), Kátia Abreu (da Agricultura) e Giles Azevedo (assessor especial). Dilma deu a declaração no Salão Leste do Palácio do Planalto que estava lotado de servidores que vieram dar apoio à presidenta afastada. Eles entoaram palavras de ordem: “É golpe”, “Golpistas, fascistas não passarão”, “Dilma, guerreira, da pátria brasileira”. E voltou a dizer que não cometeu crime, e que, por isso, se sente injustiçada. "Jamais compactuei com a corrupção, esse é um processo inconsistente, injusto, desencadeado contra uma pessoa inocente, é a maior brutalidade que pode ser cometida contra qualquer ser humano, puni-lo por um crime que não cometeu. Não existe injustiça mais devastadora que condenar um inocente, é uma injustiça, um mal irreparável, essa farsa jurídica de que estou sendo alvo. Como presidente, nunca aceitei chantagem alguma, posso ter cometidos erros, mas não cometi crime." Dilma também voltou a dizer que antecessores também usaram do artifício da pedalada fiscal para ajustar contas de governo. "Atos que pratiquei foram atos legais, honestos. Atos de governo idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles e não é crime também agora. Tratam  como crime um ato corriqueiro de gestão, me acusam de atraso no pagamento do Plano Safra. É falso. A lei não exige minha participação na execução desse plano. Meus acusadores tem que saber dizer que ato pratiquei. Nada restou para ser pago, nem dívida." Notificação Dilma foi notificada no Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), de seu afastamento do cargo após a proclamação do resultado da votação da admissibilidade do seu processo de impeachment na manhã desta quinta-feira (12). O Senado aprovou, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma é afastada do cargo por até 180 dias. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77 votaram, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros, se absteve. Assim que terminou sua declaração, Dilma saiu do Palácio do Planalto pela porta principal que fica no térreo do prédio. No caminho, ela cumprimentou servidores da Presidência, em sua maioria mulheres, que a recepcionaram no caminho, que estavam em um cercado próximo à rampa.

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 16:08 Escrito por

Ele também autorizou a continuidade das investigações de Sílvio Pereira, ex-secretário geral do PT e do empresário Breno Fischberg

 

Agência Estado
Em decisão de sete páginas, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação "Lava Jato", aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), o operador do Mensalão Marcos Valério e mais seis investigados por lavagem de dinheiro. Todos foram alvo da Operação Carbono 14, desdobramento da Lava Jato, e agora são réus de Moro. "Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados", afirmou Moro. No mesmo despacho, o juiz da "Lava Jato" acolheu pedido da Procuradoria da República e arquivou imputação de lavagem em relação ao ex-ministro José Dirceu, ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo ao ex-presidente Lula, e aos empresários Milton Schahin e Salim Schahim, ‘por terem mais de 70 anos, o que acarreta a redução pela metade do prazo prescricional e considerando a data do último fato delitivo, em 10/12/2004'. Na denúncia do Ministério Público Federal, são acusados de lavagem de R$ 6 milhões o empresário Ronan Maria Pinto e mais 8 investigados. Segundo a força-tarefa, Ronan Maria Pinto ‘está entre os beneficiários de empréstimo fraudulento feito junto ao Banco Schahin em favor do PT’. O empresário de Santo André foi preso na Operação Carbono 14. Para os investigadores, os R$ 6 milhões fazem parte de um total de R$ 12 milhões emprestados pelo Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2004. O próprio Bumlai afirmou à Polícia Federal que o dinheiro foi destinado ao PT. Na época, Delúbio Soares - condenado no Mensalão - era o tesoureiro do partido.

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 16:01 Escrito por

Quem vem atando com empenho no processo de impeachment da presidente Dilma é o deputado federal Carlos Henrique Gaguim, ele foi o único deputado do Tocantins que participou durante toda a noite de ontem e madrugada de hoje, inclusive até o encerramento da sessão ocorrida por volta da 6h20 da manhã de hoje (12), quando o Senado Federal aprovou por 55 votos a 22 a abertura do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. O deputado Gaguim agora irá acompanhar o Senador Vicentinho Alves na entrega da notificação ao Presidente Michel Temer.

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 15:47 Escrito por

O Deputado Federal Vicentinho Júnior (PR/TO) anunciou nesta quarta-feira, 11, que conseguiu viabilizar o empenho de R$ 3.607.750,00 (Três Milhões e Seiscentos e Sete Mil e Setecentos e Cinquenta Reais), em recursos oriundos de Propostas Voluntárias 2016, no Ministério do Turismo para 10 municípios.
Os recursos através de nota de empenho, já se encontram publicadas no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) para a aplicação em infraestrutura, como reforma de balneário, urbanização de orla, portal, sinalização turística, ampliação do centro de convenções e praça central. Recursos empenhados:   BABAÇULÂNDIA – R$ 487.750,00 – Nº 2016NE800149 – URBANIZAÇÃO DA ORLA;   DUERÉ – R$ 292.500,00 – Nº 2016NE800178 – PORTAL;
  ITAGUATINS – R$ 243.750,00 – Nº 2016NE800158 – SINALIZAÇÃO TURÍSTICA;
  LUZINÓPOLIS – R$ 487.500,00 – Nº 2016NE800150-REFORMA DO BALNEÁRIO;
MATEIROS – R$ 390.000,00 Nº 2016NE800169 -SINALIZAÇÃO TURÍSTICA;
PARANÃ – R$ 243.750,00 – Nº 2016NE800171 – PORTAL;  
PRESIDENTE KENNEDY – R$ 390.000,00 – Nº 2016NE800167 – AMPLIAÇÃO DO DENTRO DE CONVENÇÕES; SÃO FÉLIX – R$ 390.000,00 – Nº 2016NE800144 – SINALIZAÇÃO TURÍSTICA;
SANTA ROSA – R$ 341.250,00 Nº 2016NE800168 PORTAL;  
TAIPAS DO TOCANTINS – R$ 341.250,00 – Nº 2016NE800174 – PRAÇA CENTRAL;

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 15:42 Escrito por

O deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) contestou mais uma contratação da Agência de Fomento do Estado sem licitação. Desta vez, são dois novos contratos publicados no Diário Oficial do último dia 9, um com valor de R$ 1.470.000,00 (um milhão e quatrocentos e setenta mil reais) e outro de R$ 840.000,00 (oitocentos e quarenta mil reais), ambos para a mesma empresa que prestará serviços de informática. “A mesma Agência de Fomento que saiu de um prédio que custava R$ 7,1 mil o aluguel e foi para um que custa R$ 31 mil por mês. A mesma Agência de Fomento que contratou, também sem licitação, empresa de limpeza e manutenção recém-criada”, relembrou. Eduardo Siqueira relembrou as dificuldades financeiras do país e destacou que enquanto Governo segue aumentando despesas, atrasa os salários dos servidores, a data-base, o pecúlio das viúvas dos policiais militares e demais direitos. “Assim fica difícil o servidor entender porque o Governo não quita o seu consignado e está com seu nome no Serasa. E também as viúvas dos Policiais Militares não vão entender por que não recebem o seu pecúlio”, afirmou. O deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) disse que irá encaminhar os contratos publicados no Diário Oficial ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual, para que os mesmos sejam analisados e, possivelmente, investigados. “Ninguém está acima da Constituição Federal e quando a população não quer mais atos como estes, não suporta mais, eles não prosperam”, disse.
Primeiro-emprego Siqueira recordou que em 2015, a Agência de Fomento contratou uma empresa recém-criada, também sem licitação, e com valores maiores que os contratos anteriores para o mesmo serviço, para realizar a limpeza de seu prédio e para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. “Foi uma espécie de primeiro-emprego. A empresa nasceu para prestar serviço para Agência de Fomento”, declarou. O parlamentar explicou que a Agência Fomento nada mais é do que um pequeno banco, que empresta dinheiro a juros baixos e ainda conta com alta inadimplência. O deputado vê como uma incoerência em tempos de crise, a Agência de Fomento aumentar despesas, sem licitação, o que pode dificultar a execução da atividade principal da agência, que é fomentar a economia do Estado. “Isso inviabiliza a instituição e é tempo de dar um basta nisso, pois precisamos fortalecer o comércio, retornar o pagamento para o dia primeiro e rejeitar novas taxas”, finalizou.  

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 15:41 Escrito por
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