No poder público não se visa o lucro, mas o bem-estar social. Não se pode administrar uma prefeitura como uma máquina arrecadatória”

 

Em entrevista ao O Paralelo 13, o presidente da Câmara de Palmas, Rogério Freitas explicou a atual situação do Legislativo e os motivos pelos quais os vereadores não estão aprovando ou discutindo matérias nos últimos dias. Rogério Freitas foi eleito em 2012 pelo PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro, como o vereador mais bem votado da Capital e é o presidente da Câmara Municipal de Palmas.

 

Rogério é docente do ensino básico de Palmas, graduado em letras e pós-graduado em gestão escolar.

Presidente, nas últimas semanas a Câmara não tem aprovado nem discutido matérias de interesse da população. Existe algum motivo pelo qual os vereadores não tem realizado as votações?

“Hoje nós estamos com a pauta trancada por uma medida provisória do executivo para repassar recursos para servidores da saúde para a aquisição de equipamentos de trabalho. Pela legalidade este é motivo pelo qual a Câmara não tem realizado essas atividades, no entanto nos bastidores, é notório que há uma intenção do executivo em não permitir a abertura de CPIs – Comissão Parlamentar de Inquérito para que a gestão do prefeito Amastha não seja investigada, eles têm medo de serem investigados”, explicou.

 

“Eles têm medo de serem investigados”

 

O vereador lembrou ainda que na gestão anterior o contrato de coleta de lixo no município era de R$ 1,3 milhões. Hoje, na gestão do governo Amastha esse contrato inexplicavelmente passou a custar R$ 3,3 milhões”.

O presidente da Câmara explicou a necessidade de compreender e mostrar à sociedade o porquê desse aumento de valores, que ultrapassa os 100% de reajuste. “Vemos uma cidade limpa, com meios fios pintados, no entanto a população desconhece como essas ações estão sendo executadas. Esse é o “x” da questão, a sociedade tem sofrido com o aumento das taxas e tribunos que foram elevados sem justificativa alguma. Isso não pode ser aplicado em um período notório de crise econômica. O mercado imobiliário acompanha a crise, então porque os impostos como IPTU tem sofrido aumento? São esses questionamentos que precisam ser trazidos a público para que a população entenda.

 

É de conhecimento público que a arrecadação de Palmas cresceu, porque que os serviços prestados continuam escassos? A câmara o que tem feito para compreender este processo?

Acredito que é temerário pensar que a administração pública deve ser gerida como a privada. No poder público não se visa o lucro, mas o bem-estar social. Não se pode administrar um órgão público como uma máquina arrecadatória que só visa o lucro. Na Câmara, votamos a favor do estacionamento rotativo, e coube ao executivo regulamentá-lo. O objetivo era disciplinar e dinamizar o estacionamento. Antes da tarifa, era comum não encontrarmos lugares para estacionar no centro da cidade, mas sem nenhum critério, a prefeitura terceirizou o trabalho entregando a administração do serviço a uma empresa que repassa apenas 7% do que é arrecadado ao executivo e não sabemos como esse recurso é revertido ao palmense. Sem falar das péssimas condições que este serviço é prestado. Não há um tempo mínimo de tolerância, isso vai na contramão do que era a proposta inicial.

 

“No poder público não se visa

o lucro, mas  o bem-estar social”

 

O consumidor tem prejuízos e o empresário está sofrendo sérias consequências com a redução nas vendas. Isso torna claro que o objetivo do estacionamento rotativo é apenas de arrecadação, sem defender o interesse social, salientou.

“Estamos presenciando um governo que busca a arrecadação a todo custo, sem investimento algum”. Rogério Freitas explicou que o prefeito se comprometeu recentemente a destinar R$ 400 mil para fomentar o comércio através de convênio com a Acipa. Ação vista com bons olhos pelo legislativo, uma vez que isso gera empregos, faz com que o dinheiro circule na capital, mas, no entanto a base do governo na Câmara foi orientada pelo prefeito a manter a pauta trancada, nada foi votado. Freitas considerou a atual gestão como “um governo de faz de contas” que combina as coisas, mas não cumpre.

 

Porque o senhor acredita que esse governo não está cumprindo com as promessas? O que o executivo tem feito para que esse título fosse lhe dado?

 

É muito simples, o executivo tem subestimado a inteligência dos palmenses, são inúmeras “artimanhas” realizadas. A exemplo são as pautas que precisam ser votadas na Câmara. Atualmente dos 19 vereadores, 12 apoiam a gestão. Para que uma sessão ocorra, é preciso que pelo menos sete vereadores estejam presentes, no entanto para que os projetos sejam votados é necessário a presença de no mínimo dez vereadores. Atualmente não conseguimos juntar quórum para debatermos e votarmos diversas questões, com isso o executivo ganha tempo, faz promessas e não as cumpre. O prefeito adotou ainda o discurso de vítima do sistema político, onde se intitula sozinho, contra todos, no entanto atualmente possui o apoio quase dez partidos na capital. Se ele é contra o sistema político e está sozinho, porque tem o apoio de diversos partidos? Questionou.

 

O senhor acredita que a mudança no cenário político nacional, se aplica ao Tocantins?

 

“Certamente. Tanto que fizemos uma revisão no nosso regimento interno, uma vez que o cenário tem se atualizado, e é preciso que nós também o acompanhemos”. O BRT, por exemplo, uma necessidade futura que não se aplica a nossa realidade atual. Hoje para mantermos esse tipo de transporte em Palmas, seria necessário um fluxo dez vezes maior para suprir os gastos e manter o transporte. O BRT foi mais uma promessa de campanha não cumprida pelo prefeito, porque é necessário o apoio do governo federal. Para se ter uma ideia, para manter o BRT, com o número de usuários do transporte coletivo, o bilhete sairia uma média de 20 reais. Portanto ficou a promessa e o desgaste social. Foram moradores encantados com a possibilidade do sistema, e outros vivendo o terrorismo da desapropriação. Com o fluxo atual de usuários o sistema não se manteria. “Não se constrói um político com meias verdades ou mentiras, se constrói com verdade e com compromissos cumpridos”, pontuou.

 

Sabemos que uma cidade não consegue sobreviver sem um relacionamento com o governo do Estado. O prefeito Amastha vem há algum tempo provocando o governador do Estado. No último episódio o senhor foi ao gabinete do governador e disse que estaria rompendo com o prefeito. Como o senhor vê essa relação?

 

Rogério lembrou do rompimento da prefeitura de Palmas com o Governo do Estado, durante uma solenidade que abrangia os governo Federal e Estadual.  O vereador se limitou a dizer que “a única coisa que não se espera de um gestor público, é o rompimento de parceria com outro gestor”. Não estamos falando de alianças partidárias, mas de parcerias de gestão. O gestor precisa estar em harmonia com o governador, com o presidente, isso independente da posição político partidária. O Governador Marcelo Miranda, por exemplo, é a autoridade maior do Estado, ele representa o Estado do Tocantins, ele não foi eleito apenas para aqueles que o apoiaram, mas para todos, o que ele fez é inadmissível, pois não consegue ainda que Palmas cresça sem o apoio de parceiros e do Governo.

 

“Todos conhecem o perfil do governador Marcelo Miranda que foi construído e validado pela humildade que tem, pelo bom relacionamento com as pessoas. A esposa, Dulce Miranda, com relevantes serviços prestados pelos mais necessitados e conhecida nos quatro cantos do Estado, como a primeira-dama do povo. Eles não mereciam um tratamento desse tipo, na verdade ninguém merece, mas se o prefeito faz isso com a autoridade máxima do estado, o que fará com um cidadão sem poderes políticos, uma pessoa simples” questiona o vereador Rogério.

 

Para se ter uma ideia, na Constituinte de 1988 o deputado estadual Brito Miranda era o Presidente da Assembleia de Goiás, e que o Congresso Federal colocou como condição para que novos estados fossem criados seria necessário ter autorização de 100% dos deputados estaduais. Tanto que naquele período o Pará não foi dividido porque não conseguiu os 100% de aprovação dos deputados do Estado. O líder de governo na época era Brito Miranda que teve a missão de trabalhar a família Caiado, e a família Borges para tentar ter 100% da votação na assembleia de Goiás. Esse gesto foi primordial para a criação do Tocantins. De nada valeria as outras ações dos demais deputados engajados caso não conseguisse esse feito. Essa parte da história muita gente desconhece, e quem nega sua história não merece estar à frente do destino da nossa cidade, enfatizou o vereador.

 

Rogério Freitas ressaltou ainda que durante o processo eleitoral não apoiou o atual governador do Estado, mas que sempre teve um bom diálogo. Não podemos por diferenças políticas omitir a história de um povo, e o governador Marcelo, fez e faz parte dessa história, foi eleito deputado estadual, governador por três mandatos e senador da república. Estamos falando de uma autoridade que tem carisma, que tem um serviço prestado a população. Palmas não consegue se mover sem apoios, não somos uma instituição autosuficiente, essa parceria faz-se importante para que todos sejam beneficiados. E quando me refiro a parceria não falo apenas do poder público, mas também do setor privado, que hoje com a crise econômica tem prestado um número menor de serviços, e ainda se depara com o alto valor do tributo cobrado. Como que o empresário que vende pouco e paga taxa alta tem condições de gerar emprego? Nenhuma capital sobrevive sozinha, nenhuma cidade. Não podemos caminhar pro futuro e esquecer o passado e é lá que estão as nossas referências, os nossos erros, é de lá que temos a oportunidade de fazer melhor, fazer diferente, ou até continuar com o que tem dado certo.

 

O senhor acredita que diante dessa crise econômica há uma saída para Palmas?

Eu conheço o palmense, sei da sua capacidade em inovar, assim como sei que é pouco provável que ele apanhe na mesma esquina duas vezes, exemplificou. As pessoas tem sobrevivido ao sistema, mas em outubro conheceremos de fato a realidade da sociedade. Ela é quem julga, quem faz a diferença e vamos ver se esse discurso está agradando ou não a sociedade, finalizou o presidente da câmara.

 

“Palmas não consegue se mover sem apoios”

 

 

“O prefeito é bom de discurso, de marketing, acredita que vivemos em uma Palmas diferente desde 2012, e ela é diferente, com um custo mais elevado, com uma indústria de multas, com um sistema bruto de arrecadação, nisso ela se tornou diferente até de muitas capitais do Brasil. A coisa pública precisa ser gerida com mais clareza, transparência e respeito”, finalizou

Posted On Segunda, 23 Mai 2016 07:23 Escrito por

A 11ª edição do Movimento Ouvindo a nossa Cidade, realizado pelo PV de Porto Nacional, chegou à região central de Porto Nacional. Foi neste sábado, na sede da Associação dos Moradores do Jardim Municipal.

 

 

Durante a semana o presidente do PV, Joaquim Maia, caminhou pelo comércio central e ruas do Jardim Municipal convidando a todos para o evento. Na Associação, Joaquim Maia ouviu da comunidade as suas reclamações sobre a atual gestão, que não foram poucas, bem como acolheu as sugestões para uma nova administração da cidade.

Segurança

A principal queixa dos moradores do Jardim Municipal foi em relação à segurança do bairro. “Aqui não temos segurança e vivemos com medo todos os dias. Há muitos usuários e até mesmo pontos de venda de drogas e as autoridades parecem ignorar isso.” Desabafou uma das moradoras. O sentimento de abandono por parte da administração esteve presente em cada um dos moradores que fizeram uso da palavra.

Joaquim Maia, que foi recebido com grande satisfação pelos moradores, se sensibilizou com os problemas apresentados e afirmou que em uma administração do PV a qualidade de vida dos Portuenses será prioridade. “Nós, filhos de Porto Nacional, que já vimos nossa cidade acolher a todos com muita tranquilidade e paz, não podemos aceitar vivermos com medo em nossas próprias casas. O Partido Verde fará uma administração voltada para o bem estar da comunidade, com a valorização do cidadão, da família portuense e a segurança é uma das nossas prioridades para que isso se torne realidade.” Afirmou Joaquim Maia.

 

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2016 02:08 Escrito por

Principais revistas semanais do País trazem assuntos diversos, mas com grande repercussão no governo de Michel Temer e sua equipe

 

Por Edson Rodrigues

A revista Veja traz na capa as armadilhas e o descalabro administrativo dos últimos dias do governo de Dilma Rousseff, que terão reflexos significativos na governabilidade de Michel temer.

Já a revista época aborda as denúncias de corrupção envolvendo o BNDES.

Outro assunto levantado neste início de semana é o envolvimento do ministro do Planejamento em diversas denúncias, fato que pode trazer problemas para o novo governo.

Na revista Istoé, o destaque é dado para reportagem sobre a volta dos “arapongas”, após a descoberta de escutas no gabinete do ministro Barroso, do STF.

 

VEJA

Como se não bastassem o rombo bilionário nas contas públicas e a desordem na economia, o governo Dilma ainda promoveu uma baderna administrativa com o objetivo de constranger o sucessor e animar a militância

No momento em que o ministro Henrique Meirelles anunciava os nomes de sua equipe, na última terça-feira, em Brasília, a economia real expunha uma de suas facetas mais cruéis a uns poucos quilômetros da sede do Ministério da Fazenda. Desde as 6 horas da manhã, jovens, muitos deles com diploma universitário, formavam uma fila quilométrica para candidatar-se a uma vaga de trabalho numa rede de restaurantes. Foram mais de doze horas de espera debaixo de sol, depois de chuva, apenas para entregar um currículo que os habilitaria a um salário que varia de 800 a 1 500 reais, dependendo da qualificação, mais plano de saúde. É um microexemplo da grave situação que o Brasil atravessa. Os jovens são parte de um contingente de 11 milhões de desempregados, vítimas de erros em série na economia, uma dose cavalar de incompetência e muita corrupção nos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores. Na cerimônia, o novo ministro disse que tem pressa. Há realmente muito que fazer e, antes disso, muito a ser desfeito. As primeiras auditorias oficiais mostram que o descontrole e a falta de transparência na governança da presidente afastada Dilma Rous­seff não eram lendas criadas pela oposição, mas realidades amargas.

O exemplo mais evidente é o tamanho do rombo previsto para este ano nas contas públicas. Em apenas uma semana de inspeção, o buraco dobrou de tamanho. O governo Dilma pediu autorização ao Congresso para fechar o ano de 2016 com um rombo de 97 bilhões de reais. Esse descompasso assustador está na origem do caos econômico. A situação, porém, é muito pior. Primeiro, o governo estimou o rombo em 160 bilhões de reais (veja a tabela na pág. 53). Na sexta-feira, depois de novo cálculo, o rombo subiu para 170 bilhões de reais. Como se vê, Meirelles e sua equipe terão pela frente um desafio maiúsculo. O ministro já anunciou que pretende sanear as contas enfrentando as resistências a reformas importantes, como a da Previdência. As projeções do próprio governo mostram que, em trinta anos, o rombo do INSS, hoje de 133 bilhões de reais, vai aumentar quase vinte vezes, e deve superar a barreira dos 200 bilhões de reais já em 2020. Se nada for feito, os jovens de hoje, incluindo os 3 000 que disputam o emprego no restaurante em Brasília, poderão ficar sem os benefícios num futuro próximo.

Exemplos de má gestão estão emergindo em praticamente todos os órgãos federais. No Ministério das Relações Exteriores, a dívida ultrapassa os 800 milhões de reais. A conta inclui os repasses aos consulados, a ajuda de custo dos diplomatas (muitos tiveram de contrair dívidas para pagar aluguéis) e os pagamentos de organismos internacionais aos quais o Brasil é associado. Nos ministérios dos Transportes e das Cidades há bilhões de reais em despesas autorizadas sem os recursos em caixa para quitá-las. O governo petista também deixou bombas armadas nas principais empresas estatais. Dá-se como certo entre os analistas do mercado financeiro que as estatais precisarão receber uma injeção de dinheiro público. Do contrário, não terão condições de honrar suas dívidas. A agência de classificação de risco Moody's calcula que será necessário cobrir um rombo monumental, de valor estimado entre 300 bilhões e 600 bilhões de reais. Na semana passada, já como consequência do descontrole, a Bolsa de Valores de Nova York impediu a negociação de ações da Eletrobras. O balanço da estatal é tão nebuloso que a empresa contratada para auditá-lo se recusou a fazê-lo.

 

ÉPOCA

Após prender Marcelo Odebrecht na Lava Jato, PF suspeita de encontro do empreiteiro com Fernando Pimentel (Foto: Rodolfo Buhrer/REUTERS)

No papel, os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, são exemplares. As propostas passam por comitês, avaliações técnicas e tornam-se contratos com dezenas de cláusulas que detalham as condições dos empréstimos.

Na prática, porém, o que muitos financiamentos do BNDES têm em comum é a combinação de juros camaradas para empreiteiras beneficiadas realizarem obras no exterior, em nações alinhadas com o PT.

Conforme ÉPOCA revelou em fevereiro, procuradores em Brasília já vêm apurando tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor de empreiteiras, especialmente a Odebrecht, com a participação do BNDES. Agora, ÉPOCA obteve relatórios da Polícia Federal que revelam como se dá a concessão desses financiamentos. É a primeira vez que uma investigação reúne provas de como se dá a negociação, com informações privilegiadas de reuniões, encontros secretos e pagamentos de propina.

 Os documentos, levantados na Operação Acrônimo, trazem evidências de propina em dois contratos do BNDES com a Odebrecht, para obras na Argentina e em Moçambique, ao custo de US$ 90 milhões, cerca de R$ 320 milhões.

 

A Odebrecht passa a ser o alvo central das duas maiores investigações em curso no país. Na Lava Jato, pelo cartel formado para conseguir obras na Petrobras. Agora, na Acrônimo, por suas relações com o BNDES.

 

MINISTRO INVESTIGADO

Romero Jucá, ministro do Planejamento, está sendo investigado pelo procurador Rodrigo Janot.Romero Jucá é citado em possível esquema de propina da Andrade Gutierrez Romero Jucá é citado em possível esquema de propina da Andrade Gutierrez

Mesmo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, e a posse de Michel Temer, o trabalho de apuração da Lava Jato continua a todo vapor. Na última quinta, Otavio Azevedo e Flavio Barra, representantes da Andrade Gutierrez, em nova delação premiada, acusaram o atual ministro do planejamento, Romero Jucá, de também fazer parte de um suposto esquema de propina.

Segundo os membros da empresa ligada ao ramo da infraestrutura, presente no mercado nacional há mais de 60 anos, o político do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) teria embolsado cerca de R$ 1 milhão como parte do acordo para que a empreiteira liderasse o consórcio da construção da Belo Monte, usina hidrelétrica em construção no município de Altamira, no norte do estado do Pará.

Procurada, a assessoria de imprensa de Jucá disse que todo o dinheiro recebido faz parte de doações relativas à sua campanha para ocupar uma cadeira no Senado Federal. Além disso, os jornalistas ligados ao ministro disseram que ele jamais teve encontro com qualquer representante da Andrade Gutierrez, nem autorizou tratativas de terceiros usando o seu nome.

 

ISTOÉ

Tanto no Palácio do Planalto como entre ministros do Supremo Tribunal Federal existe a certeza de que nos últimos seis meses agentes da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, teriam espionado o presidente Michel Temer, líderes do PMDB, o juiz Sérgio Moro e até ministros do STF.

A descoberta, há cerca de duas semanas, de um grampo ambiental instalado sob a mesa do gabinete do ministro Luís Roberto Barroso confirmou as suspeitas que a equipe do presidente Michel Temer e membros da força tarefa da operação Lava Jato têm desde dezembro. “Foi a Abin que grampeou o gabinete do ministro”, revelou a dois senadores o tenente coronel André Soares, ex-agente da Abin ainda lotado na Presidência da República.

No final de março, uma empresa internacional de informações que atua no Brasil há mais de dez anos foi contratada para varreduras e detectou a arapongagem. Os espiões, segundo o levantamento feito pela empresa, seriam agentes da Abin trabalhando a pedido do ex-ministro Ricardo Berzoini, a quem a agência se reportava desde outubro do ano, por determinação da presidente afastada, Dilma Rousseff. Os episódios de bisbilhotagem descobertos a partir de dezembro foram tratados com absoluta discrição pelos auxiliares de Temer e pela equipe de segurança do STF e se mostraram determinantes para o presidente recriar o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). A equipe de Temer acredita que sob a tutela do general Sérgio Etchegoyen a Abin possa ser melhor controlada.

Posted On Segunda, 23 Mai 2016 02:04 Escrito por

Nem bem esquentou a cadeira presidencial, Michel Temer enfrenta falta de credibilidade de assessores e pressão de partidos aliados

 

Edson Rodrigues

Michel Temer (PMDB) é o presidente interino da república por obra da Constituição.  Vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, do PT, apenas esperou que a presidente se enrolasse em seus próprios erros e ser afastada por 180 dias para assumir em seu lugar.

Mas o que o povo brasileiro mais teme em seu governo é receber mais do mesmo, ou seja, Dilma foi afastada por suspeitas de corrupção e a equipe de ministros escolhidos por Michel Temer está recheada de investigados e até réus em crimes que vão da corrupção ao estelionato, passando por um improvável homicídio.

As polêmicas levantadas por suas nomeações já o fizeram mudar de ideia e até ceder em alguns casos e o apoio que vem recebendo de alguns partidos está por um fio de cabelo.

Temer não pode se dar ao luxo de perder apoios, principalmente no Senado, onde quatro simples votos podem devolver a cadeira presidencial à Dilma. Logo, precisa saber conduzir muito bem o seu claudicante governo, sob pena de se ver em maus lençóis, se não souber buscar legitimidade e credibilidade.

ROMERO JUCÁ

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a pedido do Ministério Público Federal, a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Romero Jucá (PMDB-RR), atualministro do Planejamento do governo de Michel Temer.

Jucá está sendo investigado por procedimentos referentes à liberação de emendas parlamentares para obras que teriam sido superfaturadas posteriormente. O inquérito em questão tramita no Supremo desde 2004.

 

Nesta sexta-feira (20), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a inclusão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de Romero Jucá, e dos senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA) em um inquérito já aberto na Corte que investiga o suposto pagamento de propina na construção da usina Belo Monte. O ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA) já é investigado.

 

FHC PÕE RÉDEAS CURTAS

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirma que o PSDB não se sentirá muito satisfeito no governo Michel Temer ao ver outros partidos ganhando mais espaços que a agremiação tucana. "O PSDB tem três ministérios, mas muitos partidos da base atual já estavam antes no governo e estão aumentando sua participação. O PSDB vai ficar um pouco nervoso com isso. Relativamente, o partido vai ficar com muito menos que os outros", avaliou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

FHC também afirmou que se a gestão Temer adotar um caminho controverso, o PSDB pode desembarcar da base governista. "Se o governo for para um caminho que achamos errado, então o PSDB sai. O governo é destino inevitável para quem participa do atraso. Se o PSDB se confundir inteiramente com a política, ele vai ter problemas. Isso vale para o governo. O presidente Temer tem que negociar com o Congresso, mas ter cuidado e explicar isso para a sociedade", fez o alerta.

Ainda na entrevista, o tucano afirma que o senador José Serra (PSDB) ganha vantagem na disputa interna para ser o candidato do partido nas eleições de 2018 para presidente da República ao assumir o Ministério das Relações Exteriores. "A medir pelas semanas iniciais, sim. Ele tomou posição. Eu sempre digo que o problema dos nossos partidos é não tomar partido. Serra foi lá, tomou posição e se projetou. Ele ganhou mais força. Mas 2018 ainda está longe", ressaltou.

Posted On Sábado, 21 Mai 2016 20:58 Escrito por

Pela primeira vez parlamentares tocantinenses têm vez e voz junto ao governo federal e relatam demandas do povo tocantinense

 

Da Radação

Na terça-feira, 17, o presidente em exercício Temer recebeu líderes femininas de partidos da sua base aliada na Câmara, no Planalto.  O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também participa da reunião.

Entre as deputadas estiveram presentesDulce Miranda (PMDB-TO),Josi Nunes (PMDB-TO) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).

Também participam Laura Carneiro (PMDB-RJ), Leandre (PV-PR), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Mariana Helena (PSB-RR), Mariana Carvalho (PSDB-RO), Marinha Raupp (PMDB-RO), , Renata Abreu (PTN-SP), Rosangela Gomes (PRB-RJ) e Teresa Cristina (PSB-MS),Christiane de Souza Yared (PR-PR), Conceição Sampaio (PP-AM), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Creuza Pereira (PSB-PE), Dâmina Pereira (PSL-MG), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Geovania de Sá (PSDB-SC), e Keiko Ota (PSB-SP).

Para as parlamentares tocantinenses, foi a primeira vez que estiveram na sede oficial do governo federal e tiveram seus papéis como parlamentares respeitados e reconhecidos.

Dulce Miranda, que também é primeira–dama do Tocantins e sempre teve suas ações voltadas para o lado social, com trabalhos voltados para as gestantes, implantação de creches, ações de amparo aos mais carentes e todos os trâmites que envolvem o papel de primeira-dama, esteve exultante com a oportunidade, já que o Estado vem enfrentando situações adversas na área social, agravadas pela crise econômica que o País enfrenta.

Já Josi Nunes é reconhecida no paramento como uma mulher de histórico batalhador, guerreira por vocação e de caráter e lealdade incontestáveis.

Dorinha Seabra sempre teve seus trabalhos voltados para a área da educação reconhecidos nacionalmente e tem prestígio junto aos demais parlamentares como conhecedora da dura realidade vivida pela Educação não só no Tocantins, mas em todo o território nacional.

As parlamentares ressaltaram a importância desse primeiro contato com o presidente e a mudança radical no relacionamento entre o Executivo federal e o Legislativo, já que nunca haviam sequer sido relacionadas para encontros com a presidente Dilma.

As deputadas foram unânimes ao afirmar que esse é o início de uma nova era no relacionamento e na interação entre os poderes e saíram satisfeitas com os resultados do encontro, que representa a primeira “porta aberta” para que as demandas do povo tocantinense, finalmente, comecem a ser levadas em consideração pelo governo federal.

Posted On Sexta, 20 Mai 2016 11:31 Escrito por
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