Da Assessoria
A matéria veiculada pelo programa Fantástico destaca um problema crucial, porém pouco discutido no Brasil: o atendimento a alunos "neurodivergentes" no ambiente escolar. O termo "neurodivergente" refere-se a pessoas com um desenvolvimento ou funcionamento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade, enquanto "neurotípico" descreve um indivíduo com neurodesenvolvimento considerado regular (Fonte: Unisinos). Cada aluno apresenta suas particularidades, necessidades e um processo ensino/aprendizagem único.
Contrariando o retrato apresentado pelo Fantástico no último domingo, dia 3 de setembro, na Rede Globo, é evidente que esses alunos, como qualquer outro, não podem ser submetidos a gritos, violência, ou à completa falta de empatia e acolhimento. Essa abordagem é não apenas triste e dolorosa para os pais, mas também prejudica toda a comunidade escolar, que, em sua maioria, busca promover uma educação de qualidade, mesmo diante da ausência de um processo sistêmico de formação para o adequado atendimento a esses alunos.
Urgentemente, os profissionais responsáveis por esses alunos precisam ser capacitados. As crianças, adolescentes e jovens nas escolas públicas necessitam de informações e conteúdos que os auxiliem a compreender os desafios enfrentados por seus colegas, além de desenvolverem habilidades para lidar com situações adversas no ambiente escolar que envolvam esses alunos.
Muitos profissionais, tanto efetivos quanto contratados, enfrentam dificuldades na prática ao lidar com situações excepcionais, carecendo de treinamento, informação e orientação. Essa lacuna persiste na maioria das redes de educação em todo o país. Órgãos de controle, como o Ministério Público e a Defensoria Pública do estado do Tocantins, devem assegurar os direitos dessas crianças e suas famílias.
Ricardo Ribeirinha
Empreendedor Social CEO da Empresa Recriar Vida Consultoria e Gestão
Entrega ocorreu nessa segunda-feira, 20; espaço recebeu adequações na cobertura, revestimentos de paredes, piso e pavimentação, instalações elétricas, sanitárias e hidráulicas, sistema de proteção de combate a incêndios
Por Nayara Borges
O governador Wanderlei Barbosa realizou nessa segunda-feira, 20, a entrega da reforma do Ginásio de Esportes Ercílio Bezerra de Castro, em Paraíso do Tocantins, com investimento de R$ 1.292.368,06 do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Esportes e Juventude. O espaço recebeu adequações na cobertura, revestimentos de paredes, piso e pavimentação, instalações elétricas, sanitárias e hidráulicas, sistema de proteção de combate a incêndios, além de outras melhorias.
O governador destacou que a reforma do ginásio possibilitará à comunidade a realização de eventos esportivos e de lazer no município. “Fico muito feliz em entregar mais uma obra em Paraíso do Tocantins; a última reforma do ginásio esportivo foi feita há 20 pelo Moisés Avelino, e é uma honra ter uma placa junto a dele aqui. Assim como na educação, saúde, infraestrutura e esporte, nós estamos trabalhando para trazer melhorias para a população e como em Paraíso também estamos realizando a reestruturação de quadras poliesportivas, ginásios, estádios de futebol em todo o Estado para dar condições para os nossos atletas praticarem esporte. Nossa gestão é assim, trabalhar pelo bem da nossa população, cumprindo o papel de fomentar o esporte possibilitando estrutura e espaço de lazer nos municípios tocantinenses”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa.
Obra tem investimento significativo de R$ 1.292.368,06, proveniente do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Esportes e Juventude
O secretário de Esportes e Juventude do Tocantins, Elenil da Penha, ressaltou que o trabalho do Governo do Tocantins é dar condições e acessibilidade para a população praticar esporte com um ginásio novo e bem estruturado. “A preocupação do nosso governador Wanderlei Barbosa é trazer benefícios para o esporte, seja com estrutura de quadras e ginásios. A entrega da reforma do ginásio em Paraíso foi especial, pois percebemos que a população da cidade tem uma relação muito forte de apego com o ginásio. Muitos jovens agora poderão desfrutar de um espaço com total condição de uso, assim como poderão ser realizados inúmeros eventos esportivos. Esse é o nosso trabalho, incentivar o esporte no nosso Estado dando condições para a prática esportiva”, pontuou o secretário Elenil da Penha.
Gustavo Fernandes, de 15 anos, enfatizou estar muito feliz com a entrega da obra que possibilitará aos jovens um local adequado para prática esportiva. "Estamos muito honrados e felizes com a entrega do novo ginásio, agora podemos jogar futebol e treinar, até porque Paraíso é uma cidade muito forte no esporte, são vários jovens que poderão usufruir do local em campeonatos que poderão ser realizados aqui. Muito obrigado ao Governo do Tocantins pela reforma feita”, finaliza Gustavo.
Evento prossegue até o dia 23, no auditório do Colégio Militar do Tocantins Senador Antônio Luiz Maya, e reunirá cerca de 430 participantes dos 139 municípios
Da Assessoria
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e do Fórum Estadual de Educação (FEE), realiza, nos dias 22 e 23, no auditório do Colégio Militar do Tocantins Senador Antônio Luiz Maya, em Palmas, a etapa estadual da Conferência Nacional de Educação (Conae 2024). O evento terá início às 18h e espera reunir cerca de 430 participantes.
A conferência visa promover a mobilização e participação da sociedade civil organizada e do poder público com a finalidade de aprofundar o conhecimento e o debate acerca da educação contribuindo para a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) para o próximo decênio (2024-2034).
A Conae 2024 tem como tema central: “Plano Nacional de Educação 2024-2034: Política de Estado para garantia da educação como direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável” e contará com a participação do coordenador geral do Fórum Nacional de Educação (FNE), professor Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho.
Cerca de 380 delegados (eleitos, natos e indicados), dos 139 municípios do Tocantins, terão voz e voto nas plenárias dos sete eixos temáticos apresentados no Documento Referência que norteia os debates da Conferência.
Durante a programação, serão votadas as emendas apresentadas pelos municípios na Etapa Municipal; sistematizadas as propostas para a Etapa Nacional; e feita a escolha da delegação que representará o Tocantins em Brasília (DF), no período de 28 a 30 de janeiro de 2024.
Ação integra as atividades de orientação ambiental e fiscalização intensificadas durante o período da piracema
Por Shirley Cruz
Para assegurar a reprodução dos peixes no período da piracema, que começou em 1º de novembro e segue até 28 de fevereiro, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), por meio de suas equipes de fiscalização, desenvolve a Operação Malha Fina. A última ação começou no dia 14 de novembro e foi concluída nesta segunda-feira, 20, tendo recolhido 3,5 mil metros de redes, 30 anzóis de capturar tartaruga, uma arma de fogo calibre 28, duas munições intactas de calibre 28, uma espingarda de pressão 5,5 com munição de latão, quatro tarrafas e sete tartarugas, que foram devolvidas para a natureza.
Realizada no período de 14 a 20, a fiscalização percorreu os municípios de Santa Maria das Barreiras, Araguacema, Goianorte e Couto Magalhães com objetivo de coibir a caça e pesca predatória nos rios Araguaia, Caiapó, Bananal e Piranhas. Conforme o fiscal ambiental Jusley Caetano, as ações foram realizadas pela equipe chefiada por ele e por servidores da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão.
Colônia de Pescadores
O início das ações da Operação Malha Fina coincide com o encerramento das ações de orientação ambiental realizadas em colônias de pescadores para sensibilizar estes profissionais quanto à importância do período da piracema (defeso). Na última semana, a fiscalização do Naturatins conversou com mais de 1.100 pescadores em colônias localizadas nos municípios de Barra do Ouro, Tocantinópolis, Aguiarnópolis, Santa Fé, Xambioá, Araguanã, Palmas, Taquari, Taquaralto, Porto Nacional, Brejinho de Nazaré, Lajeado, Miracema, Pedro Afonso, Palmeirante, Couto Magalhães, Pau D’Arco, Babaçulândia e Filadélfia.
Segundo o gerente da Fiscalização do Naturatins, Cândido Neto, o trabalho consiste em orientar os pescadores quanto à importância de se observar o período da piracema (defeso) para garantir a reprodução das espécies e, dessa forma, assegurar a renovação dos estoques pesqueiros.
O período da Piracema encontra-se estabelecido na Portaria do Naturatins nº 155/2023, publicada no Diário Oficial nº 6441 de 31 de outubro de 2023.
Denúncia
O Naturatins disponibiliza o canal Linha Verde para denúncia de crime ambiental, com atendimento de segunda a sexta-feira, durante expediente do serviço público estadual do Tocantins, por meio do telefone Linha Verde 0800 063 11 55, de mensagem pelo Verde Zap (63) 99106-7787, e via internet, no Portal de Serviços do site do Instituto (www.naturatins.to.gov.br).
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifestou "repúdio e preocupação" com os ataques sofridos pelo Estadão e seus profissionais, desde de que o jornal passou a publicar reportagens que revelam o acesso da mulher do chefe do Comando Vermelho no Amazonas a gabinetes do Ministério da Justiça. Em nota divulgada nesta segunda-feira, 20, a entidade se junta a profissionais de diferentes áreas, que também criticaram as tentativas de intimidação insufladas por líderes partidários, membros e apoiadores do governo e influenciadores.
De O Estado de S. Paulo
"O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga", diz a nota da Associação.
A advogada e ex-deputada estadual Janira Rocha foi financiada pelo Comando Vermelho dias antes de visita da "dama do tráfico amazonense" ao Ministério da Justiça
Ex-deputada do PSOL recebida no MJ recebeu dinheiro do Comando Vermelho
Os ataques foram amplificados no último domingo, a partir de postagens no X (ex-Twitter) da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e do ministro da Justiça, Flávio Dino. Ambos faziam menção a matéria de um site simpático ao governo Lula, com informações falsas sobre o processo de produção das reportagens pelo Estadão.
Pouco depois, o youtuber Felipe Neto direcionou os ataques a Andreza Matais, editora-executiva de Política e chefe da sucursal do Estadão em Brasília. Em menos de duas horas, Neto apagou o post em que expunha a imagem da jornalista. Publicou outro, que tinha apenas o jornal como alvo. Nesta segunda-feira, o influenciador pediu desculpas por "expor sua foto ou incentivar qualquer tipo de perseguição contra ela". Contudo, reiterou críticas à conduta da profissional e ao jornal.
"Esperava-se que a prática de destruir reputações em vez de debater os argumentos tivesse sido interrompida depois da última eleição. Infelizmente, isso não ocorreu. A melhor maneira de lidar com as divergências é com mais liberdade de imprensa, não menos. Preocupa a perseguição de pessoas em vez do debate sobre as ideias e os fatos", disse o economista Marcos Lisboa, ex-presidente do Insper e ex-Secretário de Política Econômica do primeiro governo Lula. Lisboa procurou o Estadão para prestar solidariedade ao jornal e a Andreza.
"Remontam o 'gabinete do ódio' e reclamam de 'falsa simetria'. O que estão fazendo contra Andreza Matais é uma vergonha", postou no X o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.
Políticos de diferentes partidos também se manifestaram nas redes sociais.
"Minha solidariedade à jornalista Andreza Matais, alvo de ataques nefastos que devem ser condenados por todos que defendem a liberdade de imprensa e a democracia", escreveu o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).
"Os ataques do governo do PT e de seus aliados ao Estadão e aos seus jornalistas, pelas matérias sobre a 'Dama do Tráfico', apenas confirmam o viés autoritário do partido. Convive mal com o contraditório", postou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
"Matéria do Estadão mostra o lobby do crime organizado em agendas oficiais em dois Ministérios, com passagem e estadia pagas pelo governo. Qual foi a reação do PT? Atacar a jornalista", publicou o presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro.
Jornalistas e analistas de diversos veículos também condenaram os ataques à jornalista Andreza Matais e ao jornalismo profissional.
"Se o jornalismo brasileiro tem vergonha na cara, agora é a hora de tuitar, fazer carinha de nojo no telejornal e digitar 'tempos sombrios', mas é pedir muito para o estado atual das coisas. Viva o Estadão e a ótima Andreza Matais", escreveu o jornalista Milton Neves, da Rádio Bandeirantes e do UOL.
"O que estão fazendo com a Andreza Matais, jornalista premiada, autora ou coordenadora de equipes que deram alguns dos furos mais importantes dos últimos anos (orçamento secreto, joias sauditas, pastores do MEC, para os que têm memória seletiva) é assédio vergonhoso. É misógino num grau nojento. Exposição da foto da jornalista à turba de linchadores, exposição de vida pessoal, questionamento sobre 'quem financia'. Não faz muito tempo que vimos isso. Que vergonha", disse Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, da TV Cultura, colunista do jornal O Globo e comentarista da CBN.
"A Andreza Matais é uma jornalista primorosa. Conheci-a em Brasília, em 2015, quando era assessor econômico do Senador Serra. Todo meu apoio a ela, pelo trabalho sério e correto. Democracia só combina com imprensa livre", frisou Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, colunista do Estadão e do UOL e professor do IDP.
Ministério da Justiça admitiu erro e mudou procedimento para reuniões
O Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias teve acesso ao Ministério da Justiça no dia 13 de novembro. Casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas, a "dama do tráfico" esteve pela primeira vez no Palácio da Justiça no dia 19 de março, em uma reunião com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos. Ela voltou dia 2 de maio, para reunião com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Procurado antes da publicação da primeira reportagem, o ministério chefiado por Flávio Dino confirmou a presença de Luciane na comitiva para ambas as reuniões, mas afirmou que era "impossível" o setor de inteligência detectar previamente a presença dela.
Responsável por pedir as duas reuniões, a advogada Janira Rocha, ex-deputada pelo PSOL do Rio de Janeiro, recebeu três depósitos bancários do "contador" do Comando Vermelho do Amazonas, segundo investigação da Polícia Civil amazonense. As transferências ocorreram dias antes da primeira reunião. É o nome de Janira que consta na agenda do ministério em ambos os encontros.
Já com a matéria no ar, diante da repercussão do caso, Vaz assumiu para si a culpa pela entrada da "dama do tráfico" no Ministério. "Se teve algum erro, esse erro foi de minha parte por não ter feito uma verificação mais profunda das pessoas que eu iria receber", disse o secretário.
No mesmo dia, o ministério elaborou portaria alterando as regras de acesso à pasta. As novas normas exigem: envio de nome e CPF dos participantes de reunião ou audiência com antecedência mínima de 48 horas; reuniões ou audiência devem ser solicitadas por e-mail para fim de avaliação; todo visitante deve ser atendido na recepção do Palácio da Justiça ou dos anexos para identificação e orientação.
Ministro da Justiça Flávio Dino
Além do Ministério da Justiça, Luciane esteve na Câmara dos Deputados e no Conselho Nacional de Justiça. No início de novembro, participou de evento em Brasília sobre prevenção e combate à tortura com passagens e diárias custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
O Estadão ainda revelou inconsistência em outra justificativa apresentada pelo Ministério da Justiça. A pasta disse que não tinha dado andamento às demandas de Luciane em nome da ONG "Instituto Liberdade do Amazonas", da qual é presidente. O sistema do Ministério da Justiça, contudo, indica que o pleito da entidade tramitou durante dois meses e meio pela pasta.
Investigação da Polícia Civil do Amazonas mostra que a ONG presidida por Luciane teve despesas pagas pelo Comando Vermelho em fevereiro, um mês antes da primeira visita dela ao MJ.
"A reação furiosa orquestrada nas redes sociais contra jornalistas do Estadão em nada diminui a qualidade da apuração da reportagem sobre as intimidades da dama do tráfico com altos funcionários públicos. Ela mostra apenas a incapacidade de certos setores de conviver com o jornalismo independente", afirmou o diretor executivo de jornalismo do Grupo Estado, Eurípedes Alcântara.
Leia a íntegra da nota da ANJ
"A ANJ acompanha com preocupação e manifesta seu repúdio às tentativas de intimidação contra O Estado de S. Paulo e sua editora de Política, Andreza Matais, depois de o jornal ter divulgado o acesso da mulher de um líder do crime organizado no Amazonas a gabinetes do Ministério da Justiça.
O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga.
A ANJ espera que tais métodos de intimidação, sobretudo contra jornalistas mulheres já empregados no passado recente, cessem imediatamente, em nome do respeito à liberdade de imprensa e à livre atuação do jornalismo e dos veículos de comunicação.
Brasília, 20 de novembro de 2023.
Associação Nacional de Jornais - ANJ"