As críticas proferidas pelo governador Mauro Carlesse em relação à administração de Cinthia Ribeiro, em Palmas, não são novidade para ninguém. Mas a maneira como foram trazidas a público é que significa um “divisor de águas”, um posicionamento concreto das peças, cada uma de um lado do tabuleiro político, em relação à reeleição da prefeita de Palmas.
Por Edson Rodrigues
Outra certeza após as críticas do governador quanto à sua administração, é que Cinthia Ribeiro sai, definitivamente, da zona de conforto em que sua administração havia “estacionado”. Agora, ela passa a ser “vidraça”.
Não há mais céu de brigadeiro para a prefeita da Capital, mas isso, também, não significa que tudo esteja perdido para Cinthia Ribeiro e seus aliados. Significa, apenas que será cada um de um lado, em busca do mesmo objetivo e ambos, governador e prefeita da Capital, poderão colher flores ou espinhos, de acordo com o rendimento de suas administrações.
CONVENÇÃO
Agora começa um ciclo de pegadinhas e sedução, uma vez que Cinthia está, atualmente, apadrinhada pelo senador Eduardo Gomes, do MDB, vice-líder do governo Jair Bolsonaro e segundo secretário da Mesa-Diretora do Senado, e caminha a passos largos para se filiar ao PTB de Ronaldo Dima, prefeito de Araguaína e aliado de Gomes no Norte do Estado.
A convocação da convenção do PSDB, atual partido de Cinthia Ribeiro, para este sábado tem a única intenção de confirmar o ex-senador Ataídes Oliveira como presidente da legenda no Estado.
Ataídes e Cinthia não se falam e a confirmação do ex-senador na presidência do PSDB significa que a “porta da frente é serventia da casa” para a prefeita da Capital. Por outro ponto de vista, significa, também, que Cinthia está “livre para voar” rumo aos braços de um partido que queira ter em seus quadros a atual prefeita da Capital do Tocantins.
FUSÃO DESENHADA
Segundo o renomado colunista político Claudio Humberto publicou em seu site, está muito próxima uma fusão entre o PSDB, o DEM e o PSD, que será agilizada após a convenção nacional do PSDB, em junho.
Caso essa fusão se concretize, algumas pessoas podem alavancar suas posições, mas, também deixará um rastro devastador para algumas carreiras políticas e projetos futuros de diversos líderes tocantinenses.
O senador Irajá Abreu pode crescer seu cacife no cenário político por ser senador e pose vir a ser presidente estadual da legenda que resultará da fusão. Resta saber como ficarão as posições do governador Mauro Carlesse, do seu vice, Wanderlei Barbosa, do presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade e de seus respectivos seguidores, pois a fusão os deixará lado a lado com diversos adversários políticos espalhados desde a Capital até o interior do Estado, que são filiados a uma das três siglas.
Mas, como disse Claudio Humberto, até junho, “muita água vai correm embaixo da ponte”.
Haja coração!
Até as cenas dos próximos capítulos!
Bradesco fica mais próximo do Itaú desde 2008. Lucro de 29% no Brasil salva espanhol Santander no 1º trimestre
Com Jornal do Brasil
Os balanços dos bancos no 1º trimestre do governo Bolsonaro mostram que pouca coisa mudou: os bancos continuam tendo lucros bilionários, reforçados pelas cobranças nas prestações de serviços, cada vez mais automatizadas. Com o resultado positivo de R$ 6,8 bilhões do Itaú Unibanco no 1º trimestre (6,6% maior que no ano passado, os três maiores bancos privados acumulam lucros de R$ 16,640 bilhões no governo Bolsonaro. A receita de serviços acumulada passa dos R$ 25 bilhões, sem somados os R$ 1,607 milhões de ganhos do Itaú nas atividades de seguros(R$ 10,2 bilhões no total).
Os dados do Itaú são pouco transparentes com relação à atividades no Brasil, já que as operações da CorpBanca, unidade que opera na América Latina (Argentina, Chile, Panamá e Colômbia) são incorporadas, além das redes no Uruguai e Paraguai, herdadas, em 2008, do Unibanco, que comprou as operações do Banco Nacional em 1995. Desde a fusão entre o Itaú-Unibanco, os resultados do Bradesco, que perdeu a liderança, nunca chegaram tão perto: 7,8% a menos.
Aumenta da inadimplência gera perdas no Itaú
Com os dados globais da AL, o Itaú tem inadimplência de apenas 3,02%. Entretanto, decompondo os créditos com atraso acima de 90 dias, por origem, o nível cai com os 1,37% da América Latina (era de 1,6% em março de 2018), mas permanece estável no Brasil em 3,68% (3,7% em março do ano passsado). Além de não ter caído em um ano, a inadimplência geral do Itaú está bem maior que os 3,3% do Bradesco e os 3,1% do Santander (ambos em queda).
O problema do Itaú está concentrado no calote das grandes empresas brasileiras. As operações de créditos para grandes encolheram 3,1% nos 12 meses terminados em março, quando caíram para R$ 190,7 bilhões. Mas os atrasos acima de 90 dias aumentaram extraordinários 92,6% no período. Nenhum banco brasileiro reportou tão intenso aumento dos atrasos. Entre as pessoas físicas (aí englobando a AL) que, com R$ 215,6 bilhões, concentram a maior parte das operações do Itaú, houve aumento de 12,7% nas operações e baixa de 4,1% nos atrasos.
Entre as pequenas e médias empresas (saldo de R$ 74,1 bilhões, incluindo AL), houve aumento de 17,6% nas operações mas queda de 32,8% nos atrasos com mais de três meses.
Impacto das normas contábeis
Todos os bancos brasileiros e internacionais estão sofrendo perdas contábeis com a aplicação das regras da IFRS 16 (International Financial Reporting Standards), O Itaú teve impacto na avaliação de bens e ativos financeiros, extensivo à área de seguros. Mas o que chamou a atenção no balanço do Itaú foi a fraca evolução das receitas de serviços e seguros comparadas a março de 2018, de apenas 1% (sendo 1,1% para as tarifas e apenas 0,3% para receitas em seguros, no período em que a inflação brasileira atingiu 4,75%). Seria efeito da crise Argentina? Isto não está indicado no balanço nem foi exposto nas entrevistas dos diretores hoje.
Em 12 meses, as receitas com cartões de crédito encolheram 1,7% (parte devido ao encolhimento das operações de rolagem, obrigadas pelo Banco Central a migrar para outras linhas de crédito). As receitas de conta corrente aumentaram apenas 1,5%, abaixo da variação do IPCA (4,75%). Apesar da guerra das tacas de administração, as receitas nessa área cresceram 5,2%, parte pela valorização das carteiras de ações.
Com Lula, Dilma, Temer ou Bolsonaro os ganhos do banco continuam numa boa
Nos três primeiros meses do governo Bolsonaro, os lucros bilionários do Santander Brasil chegaram a 724 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões ao câmbio de ontem), um aumento de 7,7% no 1º trimestre frente ao último de 2018 e de 14,8% (em euros) sobre igual período do ano passado. O lucro recorrente da filial brasileira foi de R$ 3,4 bilhões. Com isso, o Brasil garantiu 29% do lucro global da organização dirigida por Ana Botin. Foi a maior fatia do lucro global do Santander nos últimos anos.
Individualmente, o Santander dos Estados Unidos teve o maior crescimento de lucro no trimestre, 35%, mas representou apenas 7% dos ganhos globais. A Espanha que teve perda de 11%, com 403 milhões de euros, gerou apenas 16% do lucro global. Na verdade, as organizações Santander tiveram forte queda no lucro do 1º trimestre, de 1,840 bilhão de euros, uma redução de 11% no 1º trimestre frente a dezembro de 2018 e queda de 10,4% em relação aos 1º trimestre do ano passado.
Perdas na Espanha, na Polônia e no Reino Unido, além da Argentina, nas operações da América Latina, e os encargos da aplicação do capítulo 16 da IFRS (International Financial Reporting Standards), normas internacionais de contabilidade que determinaram fortes baixas contábeis em ativos financeiros e nas atividades de seguro reduziram em 694 milhões de euros os ganhos globais. Cobertos pelos 724 milhões de euros do Brasil.
No Brasil, apesar dos lucros, a performance trimestral não foi favorável (em euros, por causa do câmbio mais apreciado em 2019). Nas receitas de serviços e tarifas, a filial do banco espanhol faturou 931 milhões de euros, uma queda de 1,3% no trimestre e uma expansão de 8,4% nos últimos 12 meses. Houve perdas anuais de 6% em contas correntes, de 17,3% em títulos e de 7,1% em seguros. Mas, no 1º trimestre, comparado com dezembro, houve avanços de 16,1% em cartões de crédito e débitos e meios de pagamento (+4% em 12 meses) e de 16,4% em seguros.
Vejam a distribuição dos lucros do Santander pelo Mundo
Lucros bilionários seguem no 1º Tri. 2019
Indicador Itaú Bradesco Santander
Lucro líquido 1º trimestre (R$ milhões) 6.877 6.238 3.485
Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio 24,8%* 20,5% 21,1%
Receita de Serviços (em R$ milhões) 7.890 8.074 4.529
Índice Inadimplência dos créditos > 90 dias 3,68% 3,3% 3,1%
Fonte: Balanço dos bancos
· *Apenas operações do Brasil
Os recursos integram as transferências constitucionais relativas ao ICMS, o IPI e o IPVA
Por Jesuino Santana Jr.
Somente neste ano de 2019, o Governo do Tocantins já repassou mais de R$ 265 milhões para os 139 municípios do Estado. Os recursos integram as transferências constitucionais relativas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
A maior fatia foi do ICMS, que foi repassado um total de R$ 230.638.374,01; em seguida o IPVA, com transferência de R$ 34.284.418,85, e o IPI com R$ 405.734,64, totalizando R$ 265.328.527,50.
Os depósitos são realizados por meio da Secretaria de Estado da Fazenda e do Planejamento, e são disponibilizados no Portal da Transparência do Estado, no endereço eletrônico www.transparencia.to.gov.br, em tempo real, conforme o estabelecido no inciso II, parágrafo 1º do art. 48 da Lei Complementar nº 101/2000.
Entenda
As transferências constitucionais consistem na distribuição de recursos provenientes da arrecadação de tributos estaduais, aos municípios, com base em dispositivos constitucionais. Os valores repassados possibilitam que eles possam cumprir com suas obrigações junto à população como a execução de obras, os investimentos na educação, na saúde, na habitação, entre outros.
A Constituição Federal de 1988 determina que os estados devem repassar aos seus municípios:
- 25% da receita arrecadada com ICMS (Artigo 158, inciso IV);
- 25% da parcela do IPI transferida pela União aos Estados, proporcionalmente ao valor das exportações de produtos industrializados (Artigo 159, inciso II, parágrafo 3º);
- 50% da receita arrecadada com IPVA (Artigo 158, inciso III).
Dentre outras transferências constitucionais, a Lei Complementar n° 87, de 1996 (Lei Kandir) determina o repasse de recursos por conta da desoneração do ICMS incidente nas exportações, e a Lei Federal nº 11.494, de 20 de junho de 2007, as retenções e transferências da parcela de 20% dos tributos arrecadados por todas as esferas de Governo para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Obras de melhorias na ponte de Porto Nacional terão início na próxima segunda-feira, 06
Por Élcio Mendes
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, determinou, à Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), que inicie a partir da próxima segunda-feira, 6, a realização de obras de melhorias na ponte de Porto Nacional. A intenção do governador é que, em 30 dias, a ponte esteja liberada para o tráfego de veículos.
“Devido aos problemas que a ponte estava apresentando e para evitar uma tragédia, tivemos que fazer a interdição. Não era o que queríamos fazer, mas foi preciso para preservar vidas. Iniciamos essas melhorias e, em 30 dias, a ponte estará liberada para veículos leves e caminhonetes. Essa é minha determinação, porque a cidade e a população de Porto Nacional não podem mais esperar”, afirmou o governador.
Dentre os serviços que serão executados pela Ageto na ponte de Porto Nacional, a partir da próxima segunda-feira, estão: reestruturação e impermeabilização do pavimento; substituição das juntas de dilatação; recuperação das passarelas de pedestres com reposição das placas de fechamento; revitalização da iluminação e da sinalização da ponte; construção de pórticos restritivos nos acessos da ponte e instalação de equipamentos de monitoramento de velocidade.
O governador afirmou que as melhorias só puderam ser feitas a partir de agora, por causa do tempo necessário para aquisição dos produtos que serão utilizados nos trabalhos e que, assim que os serviços sejam concluídos, irá liberar o trafego de veículos pequenos e caminhonetes.
Nova Ponte
Sobre as obras da nova ponte, o governador afirmou que já determinou, à Secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf), agilidade no processo para a execução das obras. De acordo com a Seinf, os trabalhos administrativos já estão em andamento e medidas jurídicas estão em curso para a realização de uma nova licitação. A publicação da nova concorrência deverá ocorrer em alguns dias.
O governador Mauro Carlesse disse também que pretende discutir com a população de Porto Nacional sobre o projeto da nova ponte. “A população vai nos ajudar a escolher o modelo da nova ponte, que além de uma grande obra, vai ser o novo cartão postal da cidade”, afirmou.
O governador destacou ainda que a antiga ponte não será destruída. “Devido Porto Nacional ser histórica, nossa intenção é fazer da antiga ponte um ponto turístico. Vai ser um local de passeio, atividade física e lazer para as famílias e uma opção de travessia para pedestres e ciclistas”, frisou.
Os recursos para a construção da nova ponte estarão disponibilizados no contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, que está em fase final de liberação. No entanto, caso haja atraso na liberação desse empréstimo, o governador afirmou que o Estado já se prepara para iniciar as obras com recursos próprios, após o fim da licitação.
MEC diz que bloqueio de 30% na verba vale para todas as universidades e institutos federais
Com Agências
O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (30, depois das reações críticas ao corte de verba de três universidades que tinham sido palco de manifestações públicas.
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) que o dinheiro retirado das universidades federais será investido na educação básica. Ele disse que a educação no Brasil é como uma casa com um “excelente telhado e paredes podres”. Na última terça-feira (30), o Ministério da Educação (MEC) anunciou um corte de 30% do orçamento das universidades federais.
“A gente não vai cortar recurso por cortar. A ideia é investir na educação básica. Ouso dizer até que um número considerável não sabe sequer a tabuada. Sete vezes oito? Não vai sabe responder. Então pretendemos investir na base. Não adianta ter um excelente telhado na casa se as paredes estão podres. É o que acontece atualmente”, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT.
A informação do corte orçamentário foi dada à TV Globo pelo Secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior. O corte, inicialmente, seria restrito a três universidades, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em seguida, foi ampliado a todas as instituições federais do país.
A informação sobre o corte na verba das universidades federais surge ao mesmo tempo em que abre o período para as instituições públicas de ensino superior aderirem ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) . O Sisu é um sistema informatizado do Ministério da Educação pelo qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).