Presidente da Câmara rebateu fala do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defendeu adiamento do pleito por causa do coronavírus

 

Por iG Último Segundo

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste domingo (22) que adiar as eleições municipais de outubro por conta do novo coronavírus é uma "discussão completamente equivocada". O deputado fez o comentário ao rebater a sugestão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , deve que o pleito deveria ser adiado durante entrevista coletiva hoje mais cedo.

 

Na avaliação de Mandetta, o adiamento serviria para que ações "políticas" não prejudiquem as medidas que estão sendo adotadas para o enfrentamento da epidemia da Covid-19 .

 

Para Maia, no entanto, isso não deve acontecer porque o processo político-eleitoral não deve fazer parte dos debates para a construção de soluções para o enfrentamento da crise.

 

"A discussão de adiar as eleições é uma discussão completamente equivocada. Nestes próximos meses, o nosso foco deve e será, certamente, do Poder Executivo, do Parlamento e do Judiciário, o enfrentamento a essa crise, com os Três Poderes trabalhando de forma unida", disse o presidente da Câmara.

 

Maia ainda defendeu que o debate deve girar em torno das questões de saúde, de proteção do emprego e dos mais vulneráveis.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso , que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, também se manifestou a respeito do assunto. Barroso lembrou que, para o adiamento ocorrer, será necessária uma alteração à Constituição.

 

 

Posted On Segunda, 23 Março 2020 07:16 Escrito por

Condições de moradia, saúde e saneamento básico dificultam controle da doença em favelas e preocupam Ministério da Saúde e governo do Rio

 

Por Agência O Globo

 

Boletim divulgado neste sábado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio, com dados atualizados às 18h, mostra que o novo coronavírus chegou até a comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital. A informação de que há um caso no local acende o alerta do município diante do avanço da Covid-19 em direção às favelas, onde as condições de moradia, saúde e saneamento são completamente desfavoráveis ao combate da doença.

 

Além da Cidade de Deus, a Zona Oeste do Rio registrou novos casos em Cosmos (1). Na Zona Norte, houve confirmações em Madureira (1) e Quintino (1). No Centro, houve uma infecção constatada no Rio Comprido. O total de casos no município chegou a 103.

 

Na sexta-feira, já havia sido identificada a existência de dois casos suspeitos no Complexo da Maré, também em boletim da Secretaria Municipal de Saúde. Ambos seguem sem confirmação, assim como suspeitas em Lins de Vasconcelos (1), Marechal Hermes (1), Parque Anchieta (1), Pavuna (1), Pedra de Guaratiba (1), Penha Circular (1), Praça Seca (1), Realengo (1), Santa Cruz (1), Tomás Coelho (1), Vargem Pequena (1) e Vila Valqueire (1). Ao todo, são 189 suspeitas.

 

A situação do Rio reflete o que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse ser o caso de todo o Brasil. Em portaria publicada nesta sexta-feira, ele declarou que a transmissão comunitária do vírus — quando não é mais possível identificar com quem o ciclo dele começou — já é uma realidade em todo o país.

 

Em fevereiro, em entrevista à GloboNews, Mandetta adiantou que estava preocupado com a chegada do vírus ao Rio, dada a concentração dos cariocas em comunidades.

 

“O Rio é uma cidade mais condensada. Temos problema de distância e os espaços são menores. Além do que, há áreas de exclusão social, favelas, áreas de proximidade muito próximas às pessoas, de baixo saneamento e núcleos familiares extensos que vivem dentro de espaços apertados”, afirmou o ministro na ocasião.

 

Além dos problemas listados no mês passado por Mandetta, houve outro fator agravante nos últimos dias: comunidades do Rio e de municípios da Região Metropolitana, na Baixada Fluminense, vêm registrando falta d'água, grande impedimento para que seus habitantes possam cumprir o hábito de higiene primário para a prevenção do coronavírus: lavar as mãos.

Posted On Domingo, 22 Março 2020 08:26 Escrito por

A pandemia do novo coronavírus tem sido marcada por diversas características, como a transmissão do vírus por pessoas sem sintomas, o gigantesco impacto econômico, as quarentenas de milhões de pessoas e o acompanhamento em tempo real do avanço da doença pelo mundo.

 

Com BBC Brasil e redação

 

Para tornar o volume extraordinário de dados em informações compreensíveis para a população, especialistas, veículos jornalíticos e autoridades de saúde criaram sites interativos nos quais é possível acompanhar quase em tempo real a evolução do número de infectados e mortos por dia e localidade, entre outros dados.

Mas há algumas limitações em todos esses sites, que podem ser até complementares.

 

Vale lembrar que não se recomenda usá-los para comparar o avanço da doença entre países, já que alguns adotam a política de testes em massa da população e outros afirmam que o importante é se concentrar em tratar quem apresenta sintomas graves (e não identificar todo mundo que está infectado).

 

Universidade Johns Hopkins - (Link)

O painel online da prestigiada instituição americana de ensino se tornou uma referência durante a pandemia, principalmente pela agilidade da atualização dos dados.

A ferramenta, que pode ser acessada neste link, apresenta mapa com os casos registrados e listas com os números de infectados, mortos e curados, separados por país ou região.

 

Organização Mundial da Saúde (OMS)  - (Link)

Braço para a saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), o órgão centraliza informações e recomendações em torno da crise.

 

Universidade de Washington  - (Link)

Um dos diferenciais do site criado por essa instituição de ensino americana é a possibilidade de explorar separadamente as curvas de contágio, ou seja, o avanço do número de infectados e de mortos por dia e por país.

 

Posted On Domingo, 22 Março 2020 07:57 Escrito por

Remédios são usados para controlar sintomas; pesquisadores testam tratamentos

 

Por: FolhaPress

 

O caminho percorrido por cientistas que buscam uma vacina ou medicamento eficaz é o mesmo que se aplica a outras doenças virais.

 

No caso da vacina, com base no material genético do Sars-CoV-2, nome oficial do novo vírus, os cientistas pesquisam formas de estimular a produção de anticorpos. Já para criar um medicamento antiviral é preciso atingir a parte específica responsável pela reprodução do vírus e destruí-lo sem matar as células infectadas no corpo humano.

 

O desafio é lidar com patógenos adaptáveis, que se reproduzem rapidamente, com alterações genéticas que podem tornar a droga desenvolvida ineficaz.

 

Nos Estados Unidos, voluntários sadios começaram a testar uma vacina experimental para o novo coronavírus produzida pela equipe do Instituto de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, em Seattle.

 

Trata-se de uma vacina de mRNA (RNA mensageiro), molécula "prima" do DNA que costuma carregar as informações necessárias para a produção de uma proteína até as "fábricas" da célula.

 

Com base no material genético do novo coronavírus, os pesquisadores fabricaram moléculas de mRNA que contêm a receita para a produção da proteína da espícula do parasita -o "espinho" ou "arpão" que ele usa para se fixar nas células humanas.

 

A ideia é fazer com que o organismo dos pacientes produza apenas essa proteína, com base no mRNA da vacina.

 

Com isso, o sistema de defesa das células reagiria como se tivesse sido invadido pelo vírus real, produzindo anticorpos -moléculas defensoras- com "design" específico para o combate ao Sars-CoV-2. Diante do patógeno verdadeiro, essas pessoas estariam imunes.

 

No campo dos tratamentos, testes preliminares feitos com um pequeno grupo de pacientes na China sugerem que um medicamento desenvolvido para combater outras doenças virais também poderia ter efeitos positivos contra a atual pandemia de Covid-19.

 

Trata-se do favipiravir, produzido comercialmente no Japão com o nome de Avigan. O fármaco ainda não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não podendo, portanto, ser vendido no Brasil. Hoje, ele é produzido apenas sob demanda no país onde foi desenvolvido.

 

Na quinta-feira (19), o presidente americano Donald Trump e Stephen Hahn, da Food and Drug Administration (FDA), disseram que a agência americana de fiscalização e regulamentação de alimentos e remédios havia aprovado o uso em pacientes do coronavírus dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina, vendidos sob receita para o tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide.

 

Não houve testes clínicos para determinar se esses medicamentos de fato funcionam contra a doença, e Hahn não explicou por que a FDA decidiu apoiar seu uso; tampouco explicou se a medida anunciada representava aprovação formal de um novo uso para os medicamentos.

 

Ainda assim, a declaração gerou uma corrida às farmácias americanas.

 

Replicada nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, a menção teve efeito semelhante aqui, deixando pacientes com artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária sem o medicamento.

 

Na sexta-feira, a operadora Prevent Senior e o Hospital Israelita Albert Einstein informaram que começariam a usar, em caráter experimental, a hidroxicloroquina em seus pacientes atingidos pelo coronavírus.

 

Como ainda não há medicamento para a Covid-19, o tratamento de quem está doente inclui o uso de analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona, para tratar os sintomas, assim como hidratação e repouso. A OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda automedicação.

 

A OMS frisa que antibióticos não devem ser usados para prevenir ou tratar infecção por coronavírus. Os antibióticos funcionam apenas contra bactérias. Esse tipo de medicamento, porém, pode ser utilizado em caso de eventuais infecções decorrentes da doença.

 

Na quinta-feira (19) a organização voltou atrás na restrição que havia feito ao uso do anti-inflamatório ibuprofeno para controlar os sintomas de coronavírus. Entre os medicamentos cujo princípio ativo é o ibuprofeno estão o Buscofem, indicado para cólicas menstruais, o Artril, para artrite, e o antitérmico Advil.

 

Segundo a OMS, a maioria das pessoas (80%) com Covid-19 se recupera sem precisar de tratamento especial. Uma análise estatística publicada pela revista especializada Science indica que na China quase 90% das pessoas doentes passaram despercebidas quando ainda não havia restrições de viagens em território chinês.

 

Algumas fake news que circularam na internet falavam que era possível tratar o coronavírus com vitamina C, chá de ervas, "shots" de imunidade, ozonoterapia ou mesmo água quente, informações que não procedem. No Irã, pessoas morreram envenenadas após tomarem álcool puro, acreditando ser essa uma forma de evitar o vírus.

 

Em entrevista à reportagem, a médica curitibana Mariângela Simão, diretora-assistente da OMS, recomendou que informações que circulam na internet sobre tratamento sejam checadas.

 

"Ainda que haja 200 ensaios clínicos sendo implementados, não existe conclusão sobre nenhum deles", disse Simão.

Posted On Domingo, 22 Março 2020 07:50 Escrito por O Paralelo 13

A recuperação aconteceu para um adolescente de 16 anos e uma mulher de 30

 

Com Diário de Pernambuco

 

O Governo de Pernambuco confirmou neste sábado mais dois casos de cura clínica do novo coronavírus. Assim, sobe para três o número de pessoas recuperadas da Covid-19 no estado. As duas pessoas curadas são uma adolescente de 16 anos, que foi diagnosticada com a Covid-19 após retornar de uma viajem aos Estados Unidos, e uma mulher de 30 anos que não tinha histórico de viagem anterior. Ambas estavam em isolamento domiciliar.

 

Na última sexta-feira (20), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) havia anunciado o primeiro caso de recuperação do novo coronavírus no estado. Uma mulher de 66 anos, residente da cidade do Recife, que, junto com o marido, foram as duas primeiras pessoas diagnosticadas com o vírus em Pernambuco.

Até agora, o Governo de Pernambuco confirmou 33 casos do novo coronavírus no estado. Desses, apenas cinco estão hospitalizados, 25 se encontram em isolamento domiciliar e os outros três estão curados. Nas últimas 24h foram confirmados dois novos casos da doença.

 

"A mulher com cura clínica está internada, mas já tem condições de alta. O esposo dela e os outros oito pacientes estão internados. Três estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas estão todos estáveis”, declarou o secretário de Saúde do estado, André Longo.

 

O chefe do setor de infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, Demétrius Montenegro, celebrou a cura clínica da paciente e disse que, na maioria dos casos, os pacientes têm registrado boa resposta ao tratamento.

 

“Apesar de ter passado um período na UTI, a mulher não se encontrava em situação de gravidade, foi muito mais para vigilância. Ela desenvolveu uma infecção, que é esperado que aconteça, foi tratada e está em condições clínicas de alta hospitalar", disse.

Posted On Domingo, 22 Março 2020 07:48 Escrito por O Paralelo 13