Saída de Nelson Teich é o prenúncio para a ampla adoção do medicamento no Sistema Único de Saúde, como insiste o presidente Bolsonaro. Ministério anuncia que prepara mudanças no protocolo de atendimento, apesar das restrições da comunidade científica
Com Agências
Após a saída de Nelson Teich do cargo de ministro da Saúde nesta sexta-feira (15/5), crescem as especulações sobre o novo nome que deve assumir o cargo. No entanto, o que se ouve nos bastidores é que não há pressa para definir um substituto. O objetivo do presidente Jair Bolsonaro é colocar no colo do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, que está interinamente no cargo, a responsabilidade de assinar o protocolo da cloroquina. A recusa de Nelson Teich de chancelar o protocolo foi um dos motivos que determinaram a saída do Ministério da Saúde.
A assinatura da normatização deve sair ainda no começo da próxima semana. Médicos do próprio ministério da saúde que são favoráveis ao uso do medicamento, mesmo sem a comprovação da eficácia, já elaboram o texto em conformidade com a vontade de Bolsonaro. Caberá a Pazuello assiná-lo. Nos bastidores, Teich teria dito que não queria colocar em jogo a própria trajetória como médico para mudar um protocolo sem confirmações científicas.
Durante a semana, Bolsonaro voltou à carga em defesa da cloroquina para tratamento do novo coronavírus. A intenção é ampliar o uso de forma protocolar para quem apresentar os sintomas leves da doença. “Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal, via ministro da Saúde, vai dizer que é só em caso grave? Eu sou comandante, presidente da República, para decidir, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. E a regra é essa, o norte é esse", disse Bolsonaro na quinta-feira, em videoconferência com empresários.
No início da noite de ontem, horas após Nelson Teich oficializar sua saída do governo, o Ministério da Saúde divulgou nota para anunciar as mudanças no tratamento de doentes da covid-19 pelo Sistema Único de Saúde. Apesar de não citar hidroxicloroquina, o comunicado abre brecha para o uso do medicamento. “O Ministério da Saúde está finalizando novas orientações de assistência aos pacientes com covid-19. O objetivo é iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de UTIs (unidades de terapia intensiva). Assim, o documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados”, diz a nota. O objetivo, segundo a pasta, é dar suporte aos profissionais do SUS e acesso “aos usuários mais vulneráveis às melhores práticas que estão sendo aplicadas no Brasil e no mundo.”
Apesar da insistência do presidente da República em adotar o uso da hidroxicloquina no SUS, especialistas apontam os riscos do uso do medicamento. Faltam estudos conclusivos que apontem benefícios, até em casos graves. Epidemiologista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Jonas Brant explica que até o momento não há nenhum estudo com um número mais robusto de pacientes que tenha evidenciado efeitos positivos do uso da hidroxicloroquina. De acordo com ele, o que provocou uma expectativa de que o remédio poderia ser bom foi um pequeno estudo feito com o medicamento na França, mas isso não se confirmou em análises maiores. “O uso indiscriminado da hidroxicloroquina na população irá gerar a falsa sensação de que temos uma cura, quando não é verdade”, disse.
Médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, Cláudio Maierovitch pontua que dos estudos divulgados até o momento, nenhum verificou que a cloroquina funciona para tratamento de pacientes com covid-19. “Alguns estudos verificaram pior – que além de não funcionar, havia um risco maior para as pessoas que tomavam”, afirmou.
Em abril, por exemplo, um estudo realizado em Manaus foi interrompido após a ocorrência de mais mortes no grupo de pessoas que estava tomando hidroxicloroquina do que as que não estavam usando o medicamento. O grupo de pesquisadores, que incluía funcionários da Fiocruz, consideraram que as informações coletadas até então eram suficientes para interromper o estudo e não expor mais pessoas. A dose usada na pesquisa era a mesma de um estudo feito na China.
De acordo com o sanitarista Cláudio Maierovitch, até o momento a maior parte dos estudos divulgados não mostra vantagem no uso do remédio. Ele mencionou o estudo publicado esta semana no Journal of the American Medical Association (JAMA), nos Estados Unidos, segundo o qual o medicamento não é capaz de evitar mortes de pacientes com covid-19 e ainda pode gerar mais problemas com o uso.
Jonas Brant explica, ainda, que resultado de testes de laboratório é uma coisa, outra é fazer em pessoas. Ainda que o remédio mostre eficácia em testes do tipo, pode não apresentar benefícios quando é aplicado em humanos. “Se eu colocar desinfetante no vírus, ele morre. Mas se eu tomar, vou morrer de intoxicação”, exemplificou. O Ministério da Saúde autorizou o uso da hidroxicloroquina para casos muito graves de pacientes hospitalizados, após análise do médico que cuida do caso.
Infectologista do hospital Emílio Ribas, Jamal Suleiman aponta que o que se sabe sobre a hidroxicloroquina no momento é que é uma ótima droga para tratar a malária e que tem uma atividade em doenças inflamatórias, como lúpus. Já em relação à covid-19, o uso em hospitais se dá como um ensaio clínico, controlado, para avaliar os efeitos do remédio em pacientes graves. Até o momento, não foi possível provar que o produto muda a história natural da doença, reduzindo o tempo de internação e a mortalidade.
Na comunidade científica, há posições mais contundentes contrárias do medicamento. “Já é hora de mudar o discurso de 'não temos evidências suficientes de que a cloroquina funciona e que precisamos de mais estudos'. Já temos evidências suficientes de que a hidroxicloroquina não é eficaz no tratamento de covid-19 e apresenta riscos cardíacos que não devem ser negligenciados”, afirma Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Ela defende o encerramento dos estudos sobre a substância “para dar espaço para outros medicamentos mais promissores”.
Pronunciamento na TV foi mencionado durante reunião pela internet com grupo de empresários. Presidente deve reforçar pedido para fim do isolamento
Por iG
O presidente Jair Bolsonaro deve fazer um pronunciamento em rede nacional neste sábado (16) para defender novamente o fim do isolamento social imposto por cidades e estados brasileiros. As informação é do jornal O Estado de São Paulo.
Bolsonaro diz que “fome e miséria” aguardam quem apoia isolamento total
O presidente teria narrado o desejo de ir mais uma vez para a televisão durante videoconferência realizada na última quinta-feira (14) com empresários de dentro do planalto. Na conversa, ele teria falado em "transmitir confiança". O pronunciamento, gravado, deverá ser revisado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ainda na manhã deste sábado (16), Bolsonaro usou as redes sociais para publicar um vídeo do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e afirmar que “fome e miséria” aguardam aqueles que defendem isolamento total no Brasil.
Casos em que o aplicativo apresenta divergências já estão sendo resolvidos por e-mail no Sine Estadual
Por Lara Cavalcante
Devido ao grande número de divergências nos pedidos de seguro desemprego feitos via aplicativo o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e Sistema Nacional de Emprego (Sine) criou um novo canal para atender aos trabalhadores tocantinenses. Agora, quando o aplicativo acusa divergência o requerente pode enviar a documentação necessária via e-mail (a lista e os e-mail seguem abaixo) não sendo mais necessário entrar em contato com a central nacional do Sine para solucionar o problema.
A dificuldade em atender os casos que não estavam se efetivando pelo aplicativo começaram com a suspensão dos atendimentos presenciais em 20 de março. A medida foi tomada como ação preventiva contra a pandemia do novo Corona Vírus e acabou acarretando uma superlotação nos canais telefônicos disponibilizados pelo Governo Federal.
De acordo com o diretor do Sine Tocantins, José Alberto (Gordo), o acesso ao seguro- desemprego requer muito cuidado, pois existe o risco de fraudes: “Tivemos uma série de reuniões internas e com o Ministério da Economia para encontrar uma solução segura para o trabalhador acessar seu benefício sem com isso precisar interromper as medidas sanitárias necessárias para o enfrentamento da Pandemia. Com a disponibilização dos e-mails em todas as unidades do Sine esperamos que acabem os problemas com o seguro - desemprego no Tocantins”. Explica o diretor.
Como dar entrada no Seguro-Desemprego pelo aplicativo.
Vale lembrar ao trabalhador que o meio inicial para acessar o benefício continua sendo o aplicativo. O requerente precisará ter um celular com sistema operacional ANDROID/IOS, entrar nas lojas de aplicativo do celular, baixar o aplicativo Carteira de trabalho Digital, Entrar com o acesso GOV.BR. Se ainda não tiver a senha, fazer cadastro para obter a senha de acesso e fazer o LOGIN, usando o CPF e senha. O processo é autoexplicativo e caso o trabalhador tenha dúvidas pode acessar o passo a passo no link https://setas.to.gov.br/trabalho/passo-a-passo-para-solicitar-seguro-desemprego-pelo-aplicativo/.
Como dar entrada no Seguro-Desemprego pelo computador
Para acessar o direito via computador o trabalhador pode entrar no link https://servicos.mte.gov.br/#/loginfailed/redirect= . Nele se encontra o passo a passo para criação da senha de acesso ao Portal Emprega Brasil (Gov.br) e o restante do processo é igual ao do aplicativo. Se o trabalhador já tiver a senha clica no ícone e parte para o próximo passo.
Telefones disponíveis para o trabalhador tirar dúvidas
Palmas – 32181967 /1968/1969
Araguaína - 34143634
Araguatins – 34741100
Paraíso – 36023340
Porto Nacional – 33632717
Guaraí – 34641710
Dianópolis – 36921628
Gurupi – 33512477
E-mails para casos em que o aplicativo acusa divergência.
Palmas
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Guaraí
Araguatins
Dianópolis
Araguaína
Gurupi
Paraíso do Tocantins
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Porto Nacional
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Documentação para ser enviada por e-mail em caso de divergência
Obs: A documentação deve ser escaneada em PDF (mínimo 600dpis) em boa qualidade e legível. Não é permitido foto da documentação.
Requerimento de Seguro Desemprego (Assinado e carimbado pela empresa e pelo trabalhador) as 2 paginas;
Termo de Rescisão (Assinado e carimbado pela empresa e pelo trabalhador) as 2 paginas;
3 Últimos contracheques (não é obrigatório, porém serão usados os dados contidos no requerimento de seguro para calculo das parcelas);
RG;
CPF;
CTPS (página dos dados pessoais, último contrato e alteração de salário ou anotações gerais se houver)
Extrato analítico, ou código de saque ou comprovante de saque FGTS
Comprovante de endereço.
Telefone para contato
Obs: O requerente deve explicar detalhadamente no e-mail o problema/divergência.
A promotora de Justiça Laryssa Figueira, argumentou que o hospital é referência para outros 12 municípios não dispõe de materiais básicos para atendimento do Covid 19
Com Assessoria do MP TO
A falta de equipamentos de proteção individual, aparelhos de ventilador com cilindro de oxigênio, ventilador pulmonar e desfibrilador no Hospital Regional de Xambioá levou o Ministério Público do Tocantins (MPTO) a ingressar com ação na Justiça a fim de obrigar o Estado do Tocantins a adquirir os produtos. A decisão judicial, que atende aos pedidos da Ação Civil Pública (ACP), foi proferida, nesta quinta-feira, 14, e estipulou, o prazo de cinco dias, para que o ente público cumpra a ordem judicial e multa diária de R$ 10 mil.
A determinação, obriga o requerido a encaminhar, à unidade de saúde, 1 mil unidades de máscaras N95, 50 galões de cinco litros de álcool em gel, 600 macacões, 500 protetores faciais e 1.400 aventais descartáveis de manga comprida, além de quatro unidades de aparelhos de ventilação com cilindro de oxigênio médico portátil para ambulância, quatro unidades de desfibrilador e seis unidades de ventilador pulmonar.
Na ACP, a promotora de Justiça Laryssa Figueira argumentou que mesmo sendo hospital de referência para outros 12 municípios da região, a unidade de saúde não dispõe de materiais básicos para o atendimento de pessoas com suspeitas de contaminação pelo novo coronavíruas, ressaltando ainda, que o Município havia confirmado cinco casos da doença no Município. A promotora relatou ainda que antes de adotar a medida judicial, encaminhou recomendação administrativa ao Estado, porém não obteve êxito. (Denise Soares)
Lei nº 3.666 foi sancionada na tarde desta quinta-feira, 14
Por Jarbas Coutinho
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, sancionou na tarde desta quinta-feira, 14, a Lei nº 3.666, que institui o Programa de Parcerias e Investimentos do Estado do Tocantins (PPI), que visa ampliar e fortalecer a interação entre o Estado e a iniciativa privada. O objetivo é estabelecer parcerias para execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.
Para o governador Mauro Carlesse, o Programa de Parcerias e Investimentos vai permitir a realização de obras e o oferecimento de serviços à população, no momento que os recursos não são suficientes para atender as demandas da população. “As necessidades do nosso povo faz com que busquemos meios de ampliar as ações e ofertarmos serviços de qualidade, esse é o nosso objetivo”.
O PPI tem como objetivo ampliar as oportunidades de investimentos, de geração de emprego e o aumento da renda dos tocantinenses; estimular o desenvolvimento tecnológico, industrial e do agronegócio em consonância com as metas estaduais estabelecidas para o crescimento econômico e o desenvolvimento social; assegurar com qualidade a expansão da infraestrutura do Estado; apoiar e fortalecer as políticas de integração dos diferentes modais de transporte em consonância com as políticas nacionais de municipais de desenvolvimento, entre outros.
Integram o programa os empreendimentos públicos de infraestrutura, turismo sustentável, resíduos sólidos e energia fotovoltaica, em execução ou a serem executados, por meio de contratos de parceria celebrados pela administração pública direta e indireta do Estado, bem como, os empreendimentos públicos contratáveis sob a modalidade de Parcerias Público-Privada (PPP) e os empreendimentos e serviços públicos contratáveis sob a modalidade de parcerias estabelecidas com organizações da sociedade civil. Também envolve as obras e serviços de engenharia de interesse estratégico para o Estado.
Conselho
Com a sanção da Lei, foi criado ainda o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos do Estado do Tocantins (CPPI), vinculado ao Governador do Estado, que será presidido por um presidente a ser indicado pelo governador. O Conselho vai opinar previamente à deliberação do Governador do Estado, quando as propostas dos órgãos e entidade competentes, sobre as parcerias e demais ações. Também será responsável por formular proposituras ao Governador do Estado, leis e regulamentos relativos às ações do PPI, além de exercer o planejamento e controle técnico das parcerias público-privadas tratadas na Lei Federal nº 11.079.
O Conselho será formado pelos secretários de Estado de Parcerias e Investimentos, na função de presidente; além dos secretários de Estado da Fazenda e Planejamento; da Indústria, Comércio e Serviços; Infraestrutura, Cidades e Habitação; pelo presidente da Agência de Fomento do Estado do Tocantins S.A; Procurador-Geral do Estado;
Fundo
Também foi instituído o Fundo Garantidor das Parcerias e Investimentos do Estado do Tocantins (PAGE-Tocantins), que tem como objetivo viabilizar a implementação do Programa de Parcerias e Investimento. O PAGE-Tocantins é de natureza privada e patrimônio próprio, separado do patrimônio dos cotistas, e estará sujeito a direitos e obrigações próprios.