Alimentos entregues pelo Governo do Tocantins ajudam pequenos agricultores minimizarem impactos da pandemia
Por Rafael Miranda
Centenas de famílias da região sul do estado começaram a receber as cestas básicas do Governo do Tocantins nessa quinta-feira, 21. A ação faz parte de uma força tarefa que está entregando alimentos em assentamentos rurais como forma de amenizar os impactos gerados pela pandemia do novo Coronavírus.
O trabalho está sendo desenvolvido por equipes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), e nesta etapa são contempladas 914 famílias residentes próximas às cidades de Gurupi, Cariri, Crixás, Dueré, Peixe e Sucupira.
Com o avanço do vírus no Estado, muitos pequenos produtores têm relatado dificuldades para conseguir comercializar os produtos que são cultivados nos assentamentos.
A partir das medidas de isolamento social, que servem para frear a contaminação, o comércio sentiu os efeitos e as lavouras também. Foi o caso da senhora Argemira Martins, 55 anos, que viu sua produção de alface, cheiro verde e maxixe parar durante a pandemia.
“A situação está muito difícil, agora não estamos conseguindo ir nem na cidade [Gurupi] vender a colheita na feira municipal. A doença é invisível e aqui moram minha sogra e meu marido, todo mundo já de idade avançada. Não temos como arriscar a saúde com essa doença aí fora”, contou.
As dificuldades relatadas são semelhantes para vários outros produtores da região. Tratam-se de pequenas propriedades que dispõem de pouca estrutura, e que enfrentam também suas próprias batalhas diárias.
O relato comovente da senhora Tereza Correia Alves, 60 anos, demonstra os traços desse Brasil profundo.
A avó – que também faz o papel de mãe – cuida da lavoura no Assentamento Vale Verde – na zona rural de Gurupi - junto com o marido e também dedica atenção especial ao pequeno Ezequiel - neto que sofre de paralisia cerebral.
Foi nesse momento, quando soube das cestas básicas que estavam sendo entregues pelo Governo do Tocantins, que a senhora comoveu as equipes do Ruraltins. Enquanto passeava com o neto em um carrinho adaptado, a caravana chegou e foi recebida com festa pela família.
“Aqui não estamos saindo de casa, o vírus está solto e temos que nos cuidar. A vinda desses alimentos é muito importante agora, agradeço a Deus por isso. Moro há 12 anos nesse assentamento e produzimos de tudo, mas agora nada está saindo, a renda caiu e o desespero bateu. Meu neto é especial, é um jovem maravilhoso, mas que precisa de cuidados sempre”.
Ruraltins
Durante a jornada pelo interior do Tocantins, ficou claro todo o carinho que os produtores desses assentamentos têm pelos técnicos que trabalham no Ruraltins – que é responsável pelo serviço de extensão rural e auxílio técnico em propriedades de pequeno porte por todo o Tocantins.
Para o presidente do órgão, Thiago Dourado, esse é o diferencial do trabalho, que conquista o apoio dos produtores a cada visita feita pela pasta.
“Temos contato direto com os produtores, e sabemos da realidade que cada família vive. Todo mundo se conhece pelo nome aqui, e a orientação que temos do governador Mauro Carlesse é para cuidar de cada um desses assentamentos. Enquanto a caravana passar, não iremos deixar ninguém de fora”, destacou.
Ação Social
Todo esse trabalho já vem sendo desenvolvido pelo Governo do Tocantins, que nas últimas semanas deu início a força tarefa com a entrega de cestas básicas na região do Bico do Papagaio, onde foram beneficiadas mais de 7,5 mil famílias em 147 assentamentos rurais.Todo esse trabalho já vem sendo desenvolvido pelo Governo do Tocantins, que nas últimas semanas deu início a força-tarefa com a entrega de cestas básicas na região do Bico do Papagaio, onde foram beneficiadas mais de 7,5 mil famílias em 147 assentamentos rurais.
Investigadores de Oxford acreditam ter uma vacina eficaz contra a Covid-19 e estão prontos para dar início à segunda fase de testes
Com Agências
Auniversidade de Oxford está a recrutar mais de 10 mil voluntários no Reino Unido para as novas fases de testes clínicos a uma vacina que está a desenvolver contra a covid-19, foi anunciado esta sexta-feira.
Depois de numa primeira fase iniciada em abril terem sido realizados testes de segurança em centenas de pessoas, as próximas duas fases vão ser realizadas em várias partes do país e envolver até 10.260 voluntários com mais faixas etárias, incluindo entre os 5 e 12 anos e mais de 56 anos.
Na primeira fase foram excluídos voluntários mais velhos por pertencerem aos grupos de risco devido a uma mortalidade mais elevada na respetiva faixa etária.
Oxford acredita ter vacina eficaz contra a Covid-19. Pode chegar ao mercado em setembro
As próximas fases pretendem saber o grau de eficácia da vacina e potenciais efeitos secundários e vai ser dada prioridade a pessoas com maior risco de exposição ao vírus, como profissionais de saúde ou trabalhadores de profissões críticas com atendimento ao público.
Em declarações hoje à BBC, o diretor do Grupo de Vacinas da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, disse que este grupo de pessoas vai permitir saber com melhor certeza o grau de eficácia da vacina, cujos resultados poderão demorar vários meses.
"Vamos ter muita informação sobre a resposta imunitária à vacina, mas nesta altura não sabemos o volume da resposta imunitária necessária para garantir proteção. Os testes visam obter exposição natural no mundo real para ver se a vacina consegue impedir a infeção".
Na segunda fase dos testes, "os investigadores vão avaliar a resposta imunitária à vacina em pessoas de diferentes idades, para descobrir se há variação na resposta do sistema imunitária em pessoas idosas ou crianças", refere um comunicado divulgado hoje.
Na terceira fase, na qual vão participar apenas voluntários adultos, pretende avaliar como é que a vacina funciona num grande número de pessoas e a eficácia em impedir que sejam infetadas e desenvolvam complicações devido ao novo coronavírus SARS-CoV-2.
Os participantes adultos nas fase dois e três serão escolhidos aleatoriamente para receber uma ou duas doses da vacina ChAdOx1 nCoV-19 ou de uma vacina autorizada (MenACWY), que vai ser usada como 'controlo' para comparação.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19, também conhecida por AZD1222, está a ser desenvolvida pelo Instituto Jenner da Universidade de Oxford a partir de um vírus (ChAdOx1), que é uma versão enfraquecida de um vírus da constipação comum (adenovírus) que causa infeções em chimpanzés, e que foi geneticamente modificado para que não possa reproduzir-se em humanos.
Testes em macacos nos EUA indicaram que os animais não desenvolveram sintomas graves nem pneumonia, mas levantaram questões sobre se teriam sido completamente imunizados porque ainda era possível encontrar sinais de infeção em amostras retiradas do nariz.
Outros testes em animais estão a ser realizados na Austrália e no Reino Unido, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Esta vacina é uma entre vários projetos em investigação que estão em desenvolvimento em vários países, mas o projeto da universidade de Oxford ganhou destaque nos últimos dias por ter recebido um investimento de 20 milhões de libras (22 milhões de euros) e por ter formalizado uma parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
A empresa anglo-sueca anunciou nos últimos dias ter recebido encomendas para fornecer pelo menos 400 milhões de doses a partir de setembro e o financiamento de mais de mil milhões de dólares (920 milhões de euros) da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico dos EUA.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (94.661) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões), seguidos pelo Reino Unido (36.042 mortos, perto de 251 mil casos).
Pela proposta em debate, o primeiro turno seria adiado em 42 dias. Já o segundo turno
Com O Estado de S. Paulo
As eleições municipais de outubro correm risco de adiamento por causa da pandemia do novo coronavírus, mas a ideia é que as disputas sejam realizadas ainda neste ano para evitar a prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores. Até recentemente, o Congresso resistia a tratar do tema, mas, com o avanço da doença, o cumprimento do calendário eleitoral - que exige convenções partidárias para a apresentação das candidaturas - ficou apertado.
O Congresso vai agora criar um grupo de trabalho, composto por deputados e senadores, para discutir o assunto. O primeiro turno das eleições está marcado para 4 de outubro e o segundo, para 25 daquele mês, em cidades com mais de 200 mil habitantes. Uma das propostas prevê adiar a primeira etapa para 15 de novembro e deixar a segunda rodada para o início de dezembro. Para tanto é necessária a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que tem de passar pelo crivo da Câmara e do Senado.
O assunto tem sido analisado em reuniões entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o ministro da Corte Luiz Roberto Barroso, que assumirá o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 25.
"Na discussão com os líderes (dos partidos) é posição quase de unanimidade que devemos ter adiamento, mas sem prorrogação de nenhum mandato", afirmou Maia. Alcolumbre foi na mesma linha. "Temos acompanhado, nos últimos dias, essa aflição dos brasileiros em relação ao problema de saúde pública e, naturalmente, a preocupação com a democracia", observou ele.
Em videoconferência com líderes sindicais, ontem, Dias Toffoli disse que "falta coordenação" no País durante a crise do coronavírus (mais informações nesta página). O magistrado reclamou da ausência de medidas que "deem tranquilidade" à população. "Nós estamos há dois meses sem perspectiva, essa é a verdade", afirmou Toffoli. Embora não estivesse tratando de eleições, o presidente do STF abordou ali a confusão instalada no País após a pandemia.
A preocupação das cúpulas do Congresso e do Judiciário, no entanto, é barrar qualquer iniciativa que permita a prorrogação de mandatos. "Essa decisão sobre as eleições deixa um pouco de ser puramente política, jurídica, e passa a ser uma decisão de saúde pública, sanitária (...) . "O meu desejo é não adiar. Mas é inegável que neste momento, olhando para a frente, há uma possibilidade real de isso ser necessário", disse Barroso ao Estadão, em entrevista no início do mês. O futuro presidente do TSE conversou com Maia sobre o assunto anteontem.
O líder do Podemos na Câmara, Léo Moraes (RO), afirmou que o Congresso não aceitará a unificação de eleições de prefeitos, governadores e presidente da República, em 2022. O deputado argumentou, no entanto, que prorrogar as disputas municipais por um curto período será inevitável. Moraes é autor de uma proposta de emenda à Constituição que propõe o adiamento das eleições de 4 de outubro para 20 de dezembro. "Não tem como a gente colocar em risco a população agora. Temos que priorizar a saúde e ter coerência".
Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), vê o adiamento como um "fato consumado". "Temos de discutir isso rápido, mas ainda não há um consenso sobre a data", comentou. Para Joice é preciso também definir critérios sobre o que os candidatos poderão fazer. "Vamos poder trabalhar online? Vai ter convenção ou não?" Pelo calendário atual, os partidos precisam realizar convenções de 20 de julho a 5 de agosto.
Integrante do Centrão e líder do bloco que reúne nove partidos e 220 deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) disse ao Estadão que defende o adiamento das eleições para dezembro. A proposta, segundo ele, deve ser votada "imediatamente".
Na avaliação do líder do PT, deputado Enio Verri (PR), as disputas não podem ultrapassar o mês de dezembro. "Seria inconstitucional. Se não der para votar e 4 de outubro, que seja feita a eleição no fim de outubro ou no início de novembro", insistiu ele.
A expectativa no é de que o grupo de trabalho para discutir as novas regras seja formado nesta semana. "O PSDB é radicalmente contrário à prorrogação de mandatos, mas entende que o adiamento será necessário em razão da pandemia. Não seria possível começar o processo eleitoral no dia 15 de agosto", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), líder da bancada tucana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Número dobrou em um intervalo de 12 dias. Foram incluídos ao balanço 1.188 registros de morte em 24 horas.
Com Agência Brasil
O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre a pandemia da Covid-19 no Brasil neste quinta-feira (21). Agora, segundo a pasta, subiu para mais de 20 mil o números de mortos pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Os novos óbitos registrados foram 1.188, fazendo o total subir para 20.047. A alta corresponde a um crescimento de 6,3%. Dessas 1.188 mortes, 311 foram nos últimos três dias.
Ainda de acordo com o ministério, são mais de 300 mil os casos de contaminação, chegando a 310.087. Os novos registros nas últimas 24 horas foram 18.508, um aumento de 6,3%.
No levantamento da pasta desta quarta, o número de mortes era de 18.859, enquanto o de pessoas com a Covid-19 era de 291.579 .
São Paulo continua sendo o estado que tem mais mortes, com 5.558 das 20.047 ocorrências. A letalidade é de 7,5% no estado. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro, com 3.412 mortes e letalidade de 10,6%.
No quadro de casos confirmados, São Paulo também lidera a lista. O estado tem 73.739 pessoas infectadas pelo coronavírus. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro, com 32.089 vítimas de contaminação, sendo seguido por Ceará (31.413), Amazonas (25.367) e Pernambuco (23.911).
O Mato Grosso do Sul é o estado menos afetado de todo o Brasil, com 17 mortes e 746 casos confirmados de contaminações pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, 164.080 pacientes com Covid-19 estão em acompanhamento, 125.960 estão recuperados e 3.534 óbitos ainda estão em investigação.
20 mil no mundo
Além do Brasil, que chegou ao marco 65 dias depois da primeira morte, os seguintes países também passaram dos 20 mil óbitos:
Itália (20.465) em 13 de abril, 53 dias depois da 1ª morte
Espanha (20.002) em 17 de abril, 46 dias depois da 1ª morte
Reino Unido (20.223) em 21 de abril, 47 dias depois da 1ª morte
Estados Unidos (20.255) em 9 de abril, 41 dias depois da 1ª morte
Emenda foi aprovada no meio de um projeto que tratava de mudanças na forma de financiamento do convênio
Por Matheus Vargas
A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta quinta-feira (21), projeto de lei para estender a ex-deputados distritais e parentes, de forma vitalícia, a cobertura do plano de saúde. O convênio é da própria Câmara e atendia a parlamentares por dois anos após o fim do mandato. A medida, aprovada por 16 votos a 24, tornou o benefício permanente.
A emenda que permitiu o uso vitalício do plano foi inserida pela Mesa da Câmara Distrital em projeto que tratava de mudanças no custo e na forma de financiamento do convênio. A nova regra prevê ampliar contribuições dos beneficiários do Fundo de Assistência à Saúde da Casa. Conforme o texto aprovado, têm direito ao benefício vitalício dependentes dos deputados como cônjuge ou companheiro, irmão, se portador de invalidez, além de filhos e enteados.
Houve protestos de deputados após a votação e muitos disseram que não tiveram acesso ao texto. A análise do projeto já havia sido adiada, mas, em plena pandemia, voltou à pauta em sessão que tratava de outros temas. O fundo é alimentado com 6% do orçamento da Câmara para despesas de "pessoal e encargos sociais". O valor equivale a R$ 39 milhões em 2020, além de contribuições de beneficiários.
Para ter direito à cobertura após deixar a Câmara do DF, os beneficiários devem ter ao menos dois anos de contribuição. Servidores comissionados podem usar o plano por até um ano após o desligamento.
Após críticas, quatro deputados distritais assinaram nesta quinta-feira pedido de revisão da sessão que aprovou a proposta.