A aliados, ex-presidente diz que senador enviou para ele as mensagens trocadas com o ministro do STF

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- A aliados, Bolsonaro confirmou reunião com Marcos do Val e Daniel Silveira e disse que senador fez jogo duplo como ministro Alexandre de Moraes (STF) em relato sobre plano de golpe de Estado;

 

- O ex-presidente diz ter recebido prints de trocas de mensagens entre Marcos do Val e Moraes, em conversa sobre o plano golpista;

 

- Bolsonaro também teria chamado o plano, atribuído a Silveira de "coisa de maluco".

 

A interlocutores mais próximos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito ter recebido prints de trocas de mensagens entre o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele teria provas de que não incentivou um plano golpista, como acusou o parlamentar.

 

Segundo informações obtidas pelo colunista Igor Gadelha, do Portal Metrópoles, o ex-mandatário teria dito a aliados que Do Val faz jogo duplo com o ministro do STF: ela encaminhou a Bolsonaro as mensagens trocadas com o magistrado em que alerta sobre o suposto plano de gravar conversas de Moraes para tentar incriminá-lo, prendê-lo e dar um golpe de Estado.

 

Em entrevistas concedidas nesta quinta-feira (2), Marcos do Val disse ter participado de uma reunião com Bolsonaro e ex-deputado federal Daniel Silveira em que os dois teriam tentado coagi-lo a gravar conversas com o ministro do STF.

 

De acordo com o senador, que já deu outras versões sobre o episódio, a ideia era conseguir prender Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para criar uma situação que impossibilitasse o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de assumir o mandato.

 

O encontro entre os três teria ocorrido no dia 9 de dezembro de 2022, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

 

À imprensa, advogados do ex-presidente informaram que ele decidiu permanecer em silêncio sobre o assunto. Todavia, a aliados, Bolsonaro confirmou o encontro e disse ter chamado o plano de Silveira de "coisa de maluco" em mensagens trocadas com Do Val.

 

 

Posted On Sexta, 03 Fevereiro 2023 16:54 Escrito por

Marcos do Val recuou duas vezes hoje. Não vai desistir do Senado e negou que foi coagido por Bolsonaro para apoiar um golpe

Moraes autoriza PF a tomar depoimento do Senador

Com Folhapress

Depois de receber ligações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) mudou sua versão sobre a denúncia de que teria sido montando uma operação para barrar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao falar em seu gabinete, Do Val agora diz que o plano, na verdade, foi do ex-deputado Daniel Silveira, que foi preso nesta quinta-feira por ordem do Supremo Tribunal Federal por violação de decisão judicial.

 

O senador, que anunciara em rede social na madrugada que iria renunciar ao mandato, também mudou de ideia. Disse que Eduardo e Flávio Bolsonaro e outros políticos com quem conversou o convenceram a não abandonar a cadeira de senador.

 

Na versão original, detalhada pela revista Veja, Do Val teria recebido de Bolsonaro numa reunião no Palácio da Alvorada proposta para gravar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes. A ideia seria obter uma declaração comprometedora que pudesse resultar na desmoralização de Moraes e até mesmo sua prisão e impedindo a diplomação de Lula como presidente no TSE.

 

Na nova versão apresentada por Do Val, a ideia não partiu de Bolsonaro, mas de Daniel Silveira, mas foi apresentada na frente do ex-presidente em reunião no Alvorada. Coincidentemente, a nova declaração coincide com declarações feitas hoje no Senado por Flávio Bolsonaro que disse não ter visto crime algum no caso e que tudo não passou de ideia de Daniel Silveira.

 

"O que ficou claro para mim foi o Daniel achando uma forma de não ser preso de novo, porque toda hora ele descumpria as ordens do ministro (Moraes). Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente (Bolsonaro) comprando a ideia dele", afirmou Do Val em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.

 

Moraes autoriza PF a tomar depoimento de Do Val sobre suposto plano de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) na investigação sobre os atos golpistas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro.

 

Ao pedir autorização para marcar o interrogatório, o delegado Raphael Soares Astini disse que o senador "recentemente divulgou em suas redes sociais possuir informações relevantes" para a investigação. Marcos do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar articular um golpe de Estado.

 

Em despacho nesta quinta-feira, 2, Moraes disse que a "circunstância que deve ser esclarecida". O ministro também sinalizou que a "intenção golpista" pode ser enquadrada como crime de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

 

O senador anunciou que renunciaria ao mandato e disse que Bolsonaro tentou coagi-lo para que se aliasse a uma tentativa de golpe de Estado.

 

O pedido para ouvir o senador foi feito no inquérito que se debruça sobre o papel de autoridades nos protestos extremistas na Praça dos Três Poderes. O rol de investigados inclui o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Anderson Torres, que está preso preventivamente.

 

A PF tem outras três linhas de investigação, divididas por núcleos por causa do volume de investigados. As frentes de apuração miram em instigadores e autores intelectuais, executores e financiadores dos atos golpistas. Bolsonaro também está sendo investigado, sob suspeita de incitar os radicais. O ex-presidente está nos Estados Unidos desde o final do ano passado.

 

 

Posted On Quinta, 02 Fevereiro 2023 13:52 Escrito por

Os 24 deputados estaduais eleitos pelo Tocantins, em outubro de 2022, tomaram posse na manhã desta quarta-feira, dia 1º, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto), em sessão especial, comandada pelo deputado Léo Barbosa (Republicanos). O deputado Valdemar Júnior (Republicanos) assumiu o cargo pela terceira vez consecutiva, ocasião em que fez questão de reforçar seu compromisso em atender as reivindicações dos municípios.

 

Com Assessoria

 

“Tenho procurado atuar como um deputado municipalista, atendendo as bases, buscando atender as reivindicações dos municípios, junto ao Governo do Estado, aplicando bem nossas emendas para que se tornem medidas de transformação nos municípios” assegurou.

 

Valdemar entende que há muito trabalho pela frente, mas ressalta sua determinação em tornar a vida do tocantinense melhor do que é hoje. “Contamos com o Governador Wanderlei Barbosa, um homem simples, humilde, pé no chão, e sabendo que sua formação política veio da base parlamentar, entendo que será um parceiro de trabalho muito forte da Assembleia e a Assembleia do Governo, para buscarmos as soluções que o Tocantins precisa para melhorar a vida do tocantinense”, reforçou.

 

A sessão especial de posse marcou a abertura do Ano Legislativo da 10ª Legislatura e teve a presença do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

 

A cerimônia começou com a composição da mesa de honra, em seguida os deputados fizeram o juramento e assinaram o termo de posse. Cada parlamentar foi à tribuna prestar o compromisso regimental. O deputado Valdemar Júnior subiu à tribuna acompanhado dos filhos Enzo e Iza. Ele homenageou a família e lembrou com saudosismo do pai Valdemar (em memória). “Sob a proteção de Nossa Senhora das Mercês e Padre Luso, por Deus, pela minha esposa Virgínia, pela minha mãe Antônia, pelos filhos Enzo, Iza e Lara, e pela primeira vez na minha breve, mas intensa carreira política, na ausência do meu querido pai professor Valdemar, e aqui eu vejo tantos pais, a exemplo de Fenelon, a exemplo do meu mestre professor político Derval de Paiva, cumprimentando todas as famílias tocantinenses, por Palmas, por Porto, pelo meu sudeste e pelo meu Tocantins, que Deus nos dê sabedoria sempre para podermos trabalhar em prol do Tocantins e dos tocantinenses, assim prometo”, juramentou.

 

Após a solenidade de posse, o deputado Léo Barbosa encerrou a sessão especial. Os deputados voltaram a se reunir, em sessão extraordinária, para a eleição e posse da Mesa Diretora para o primeiro e segundo biênios da 10ª Legislatura.

 

Para o primeiro biênio foi eleito presidente da Assembleia Legislativa, por unanimidade, o deputado Amélio Cayres (Republicanos) e para o segundo biênio foi eleito presidente da Casa o deputado Léo Barbosa (Republicanos). Valdemar comentou de forma positiva o resultado das eleições da Mesa Diretora. “Resumo as duas eleições com uma palavra: maturidade. Houve consenso nas duas chapas, sem disputas, sem votos avulsos, isso demonstra que os membros estão maduros, sabendo da sua parcela de contribuição para o parlamento e para o Tocantins , fico feliz e satisfeito com a eleição das duas chapas, demonstra que essa Casa tem uma responsabilidade muito grande e essa maturidade favorece o desenvolvimento do nosso trabalho”, finalizou.

 

 

Posted On Quinta, 02 Fevereiro 2023 07:19 Escrito por

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (31), que a escalada golpista no país, que culminou com os ataques à sede dos três poderes em 8 de janeiro, é resultado da descrença na política.

 

POR MARIANNA HOLANDAM JOSÉ MARQUES E CONSTANÇA REZENDE

 

A declaração foi dada durante a cerimônia de abertura do ano judiciário no STF (Supremo Tribunal Federal). Em seu discurso, o petista também elogiou os ministros da corte, falou em decisões corajosas e no restabelecimento da harmonia entre os poderes, em uma referência velada ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

 

"Nunca mais alguém deve ousar duvidar da política desse país ou desacreditar na política. O que aconteceu nesse país foi resultado da descrença da política pelo povo brasileiro", disse Lula, ao final do seu discurso.

 

"Em todos os lugares, o que temos que ter consciência é que pode-se não gostar do Congresso Nacional, mas ele é resultado da quantidade de informações e do humor no dia da votação. Portanto temos que respeitar e só mudar 4 anos depois, quando tiver uma próxima eleição, assim que a gente vai sustentar definitivamente a democracia mais longínqua que conseguimos conquistar na republica federativa do Brasil", completou.

 

A corte retoma suas atividades após a destruição do seu prédio principal por golpistas que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 8 de janeiro, as sedes dos três Poderes foram invadidas e depredadas, o que gerou uma forte reação das instituições em defesa da democracia.

 

Pouco antes de seu discurso, a presidente da corte, ministra Rosa Weber, fez uma fala com críticas aos ataques golpistas, disse que os responsáveis pela violência serão responsabilizados e reforçou que a democracia continua inabalável.

 

"Os que a conceberam [a violência do dia 8 de janeiro], praticaram, a insuflaram e os que as financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei", disse a ministra.

 

O gesto de Lula ao Judiciário também ocorre após quatro anos de relações estremecidas entre os Poderes, em especial o Executivo e o STF. Durante sua gestão, Bolsonaro incentivou golpismo, xingou ministros e ameaçou descumprir decisões judiciais.

 

O antecessor do petista compareceu apenas à abertura do ano judiciário, na Corte, em 2021. No seu primeiro ano de mandato, estava em recuperação de uma cirurgia. Nos demais, optou por não ir.

 

No ano passado, o então presidente da corte, Luiz Fux, fez um discurso com recados ao chefe do Executivo e disse que, em ano eleitoral, "não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas".

 

Como de praxe, Bolsonaro foi convidado para a cerimônia, que aconteceu por videoconferência, mas não participou.

 

O presidente, seus familiares e aliados também foram alvo de inquéritos abertos na corte, em sua maioria, relatados pelo ministro Alexandre de Moraes — alvo preferencial de ataques do bolsonaristas.

 

A escalada de quatro anos de golpismo levou ao desrespeito do resultado das eleições, anunciado por diversas vezes pelo próprio presidente, e culminou nos ataques às instituições no dia 8 de janeiro.

 

A reação dos Poderes, contudo, foi incisiva. No dia seguinte aos ataques, o presidente convidou governadores e os ministros do Supremo para uma reunião em que fizeram defesas enfáticas do Estado democrático de Direito.

 

Os discursos foram transmitidos pela TV Brasil. Lula disse que os manifestantes não tinham uma pauta de reivindicações e que apenas queriam um "golpe e golpe não vai ter". Depois da reunião, Lula e as autoridades caminharam pela praça dos Três Poderes até as instalações destruídas do STF.

 

"O que vimos ontem foi coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás porque pessoas que estavam nas ruas na frente de quartéis não tinham pauta de reivindicação", afirmou o presidente, na abertura de uma reunião com governadores estaduais e chefes de Poderes.

 

Ele acrescentou: "Eles querem é golpe, e golpe não vai ter. Eles têm que aprender que democracia é a coisa mais complicada para a gente fazer, porque exige da gente suportar os outros, exige conviver com quem a gente não gosta".

 

No encontro, a presidente do STF, Rosa Weber, disse que a corte foi "duramente atacada" e agradeceu pela união "em torno do Brasil que todos queremos, que é um Brasil de paz, um Brasil fraterno".

 

"Na verdade eu estou aqui em nome do STF agradecendo a iniciativa dos governadores e das governadoras de testemunharem a unidade nacional de um Brasil que todos nós queremos no sentido da defesa da nossa democracia e do Estado democrático de Direito", disse.

 

A magistrada também relatou a situação da sede do tribunal.

 

"O nosso prédio histórico no seu interior foi praticamente destruído, em especial o nosso plenário. Esta simbologia a mim entristeceu de uma maneira enorme, mas eu quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e que no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano Judiciário como se impõe: Poder Judiciário independente e o STF como guardião da nossa Constituição."

 

O STF volta aos seus trabalhos nesta quarta ainda com o prédio principal em reforma. O plenário, onde acontecem os julgamentos, foi restaurado. Porém outros setores do prédio principal, que foi destruído, ainda ficarão em reforma durante todo o semestre.

 

Após a invasão do prédio principal, a segurança se concentrou em proteger o subsolo do Supremo e os prédios anexos, onde ficam os gabinetes dos ministros e outros setores administrativos. Oito pessoas foram presas em flagrante na ocasião — uma delas vestida com uma das togas dos ministros.

 

 

Posted On Quarta, 01 Fevereiro 2023 14:24 Escrito por

Partido entende que ex-deputada tentou uma manobra política

Com Metrópoles

 

O diretório do PSDB em São Paulo confirmou na noite da última terça-feira (31) a expulsão de Joice Hasselmann, antes que ela conseguisse se desfiliar do partido.

 

Não reeleita para um segundo mandato em 2022, a agora ex-deputada havia feito uma série de críticas ao PSDB em entrevista ao portal Metrópoles.

 

Tentativa de desfiliação

Joice chegou a anunciar sua desfiliação do partido na última terça, menos de uma hora antes da reunião que determinou sua expulsão.

 

Segundo o PSDB, a ex-deputada desrespeitou a legislação eleitoral ao enviar seu pedido de desfiliação ao diretório estadual, e não ao municipal, como estabelecido.

 

Expulsão por unanimidade

Diante do erro, o presidente do partido na capital paulista, Fernando Alfredo, marcou reunião com os 71 membros do diretório municipal para decidir o futuro da política.

 

Durante o início da noite, o partido definiu por unanimidade a expulsão de Joice.

 

Tentativa de manobra política

Segundo os tucanos, com o pedido de desfiliação, a ex-deputada tentou uma manobra política para evitar a imagem de que havia sido rejeitada pelo partido.

 

Com a expulsão, constará nos registros da Justiça Eleitoral que Joice foi obrigada a deixar a sigla.

 

Críticas à ex-filiada

O diretório municipal do PSDB publicou uma nota após a decisão, com diversos ataques a Joice.

 

“A entrada dela no partido foi objeto de inúmeros pedidos de impugnação desde o anuncio de sua filiação, sua postura arrogante e a forma como sempre tratou pautas e princípios caros ao PSDB sempre trouxe desconforto a quem é tucano/tucana por convicção não por conveniência”, diz o texto.

 

Ataque de Joice

Na segunda-feira (30), Joice concedeu entrevista ao Metrópoles na qual considerava o PSDB o principal responsável por seu fracasso nas urnas na última eleição, chegando a chamar o partido de "âncora".

 

“O PSDB saiu muito menor das urnas. Acho também que foi uma âncora na minha eleição, me puxou para baixo porque o partido está extremamente desgastado”, disse ao Metrópoles.

 

Candidatura frustrada

Joice foi a segunda deputada federal mais votada em 2018, aproveitando a onda de conservadorismo que marcou aquela eleição, com mais de um milhão de votos pelo PSL, mesmo partido que elegeu Jair Bolsonaro presidente naquele ano.

 

Depois de romper com Bolsonaro, ela filiou-se ao PSDB em 2021, a convite do então governador de São Paulo João Doria, e tentou se reeleger deputada federal.

 

Na eleição do ano passado, porém, apresentou queda vertiginosa de popularidade, recebendo menos de 14 mil votos e ficando longe de assumir uma cadeira na Câmara.

 

 

Posted On Quarta, 01 Fevereiro 2023 14:16 Escrito por
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