Planalto estaria oferecendo superintendências estaduais outras posições de segundo escalão em troca de votos de senadores indecisos

 

Com Yahoo Notícias

 

Palácio do Planalto oferece cargos de segundo escalão em troca de votos para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado;

 

Posições seriam principalmente superintendências estaduais que ainda não foram ocupadas;

 

Pacheco disputa o comando da Casa Alta contra Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Para conseguir a vitória de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na reeleição para a presidência do Senado, o Palácio do Planalto tem disponibilizado cargos de segundo escalão ainda não ocupados.

 

Pacheco está na disputa contra Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) e aliado do ex-presidente.

 

Segundo informações da CNN Brasil, aliados do senador mineiro e fontes do governo confirmaram que os cargos estão sendo disponibilizados na busca por votos de parlamentares indecisos. As posições estão nos estados, como superintendências e dezenas de cargos ainda não preenchidos.

 

O ponto de maior atenção é o próprio partido de Pacheco, o PSD, com grupo contrário a promessa feita a Davi Alcolumbre, atual presidente do colegiado, de assumir a Comissão de Constituição de Justiça. Dos 13 senadores do partido, cinco cogitam votar em Marinho, indica apuração da CNN Brasil.

 

Também é ponto de atenção o União Brasil, partido de Alcolumbre, que teria alguns membros incomodados com o controle exercido por ele em cargos da CCJ, além das negociações com o governo.

 

Apesar do crescimento da campanha de Marinho nos últimos dias, a expectativa de aliados de Pacheco ainda é de vitória do atual presidente da Casa Alta.

 

Pelas contas, o representante do PSD teria 55 votos, contra 45 do aliado de Bolsonaro. Em 2021, ele foi eleito com 57 votos.

 

Por outro lado, o grupo próximo a Marinho acredita na virada dele até a quarta-feira (1º), quando ocorre a eleição. Em favor do membro do PL estão ainda cerca de quatro votos destinados a Eduardo Girão (Podemos-CE) que deve desistir da candidatura.

 

Aliados de Marinho descartam a tese de a eleição para o Senado seria um segundo turno da disputa presidencial entre Lula (PT) e Bolsonaro. Para eles, a mudança é sobre o grupo que comanda Casa. Tendo em vista que Alcolumbre presidiu o Congresso em 2019 e indicou Pacheco para substituí-lo em 2021, a reeleição do senador mineiro seria uma nova alternância entre os dois.

 

 

Posted On Quarta, 01 Fevereiro 2023 01:10 Escrito por

Juscelino Filho, que comanda a pasta de Comunicações, confirmou ter enviado verba para asfaltar estrada que passa por fazenda própria

 

Por: Daniel Weterman, Vinícius Valfré, Julia Affonso e Tácio Lorran

 

Em nota enviada ao Estadão, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, confirmou ter enviado verba do orçamento secreto para asfaltar a estrada que passa por sua Fazenda Alegria. Ele também admitiu conhecer o empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo Imperador, apontado pela Polícia Federal como sócio oculto da empresa Construservice, que receberá pelo serviço.

 

"É conhecido de Juscelino Filho há mais de 20 anos, antes mesmo de se tornar parlamentar", destaca a nota encaminhada pela assessoria do ministro.

 

Juscelino disse que as fazendas beneficiadas pela obra estão desde os anos 1980 nas mãos de sua família. Mas observou, por meio de sua assessoria, que elas são cercadas por "inúmeros povoados". "Considerar que a estrada de 19 km de extensão, que recebeu, sim, recursos de emenda do parlamentar via convênio com a Codevasf, beneficiou apenas sua propriedade é no mínimo leviano, uma vez que a estrada liga os povoados de Estirão e Jatobá", diz um trecho do comunicado. Dos R$ 7,5 milhões enviados por ele, R$ 5 milhões são para fazer o trecho que o beneficia.

 

Os laços familiares e afetivos do ministro com a região são "profundos", segundo a nota. "É natural e previsível que na qualidade de parlamentar, Juscelino Filho tenha o compromisso de levar recursos para a região, sua base política". O titular das Comunicações assinalou que as propriedades rurais da família "são frutos de investimentos realizados ao longo de décadas" e passam "de pai para filhos".

 

O secretário de Administração de Vitorino Freire, Josué Lima de Alencar, afirmou que a escolha das estradas para receber o asfalto foi feita pelo município e que a empresa foi selecionada de acordo com os pré-requisitos da licitação.

 

"Licitação pública não tem escolha de prefeito, não tem escolha de deputado. O senhor é repórter, deve saber como é feita uma licitação, né?", perguntou. Alencar desligou o telefone quando questionado por que a prefeitura decidiu asfaltar a estrada que passa em frente à fazenda de Juscelino.

 

O Estadão tentou localizar a prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União Brasil). As mensagens não foram respondidas. Irmã de Juscelino, ela aparece nos registros oficiais como dona de ao menos um dos imóveis cortados pela estrada que será pavimentada com verba enviada pelo ministro. Os demais pertencem a Juscelino ou à mulher dele. Em Vitorino Freire, o haras está em nome de Luanna.

 

Procurado, o advogado Tharick Santos Ferreira, que atua na defesa da Construservice e de Eduardo Imperador, não se manifestou.

 

Afastado por corrupção, gerente mantém salário

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) confirmou ao Estadão que afastou o funcionário acusado pela Polícia Federal de receber R$ 250 mil de propina da Construservice, a empresa beneficiada pela emenda secreta do ministro Juscelino Filho (Comunicações). Julimar Alves da Silva Filho, gerente regional de Empreendimento de Irrigação, está impedido de entrar na sede da empresa.

 

A Codevasf informou, porém, que a decisão judicial não prevê prejuízo na remuneração. Assim, ele continua recebendo salário normalmente. Em dezembro, último registro, o valor foi de R$ 20.119,19.

 

Indicado pelo grupo político do ministro para ocupar o cargo de confiança, Julimar assinou um parecer, no dia 18 de agosto de 2021, dando aval para a obra que beneficia a fazenda de Juscelino. Segundo a Codevasf, a responsabilidade pela seleção da empresa e indicação das estradas é da prefeitura de Vitorino Freire.

 

 

 

Posted On Terça, 31 Janeiro 2023 06:16 Escrito por

Juscelino Filho, ministro das Comunicações, indicou verba para asfaltar 19km de uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire

 

Por Vinícius Prates

 

Juscelino Filho, ( União Brasil ), ministro das Comunicações do governo Lula, usou R$ 5 milhões do orçamento secreto para benefício próprio. Conforme levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro direcionou o montante para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire (MA). A propriedade também tem uma pista de pouso para um avião particular e um heliponto.

 

De acordo com as informações do jornal, a obra tem 19 km e corta propriedades de, no mínimo, oito pessoas ligadas ao ministro. A empresa responsável pela obra foi a Construservice, em fevereiro de 2022. Os serviços foram contratados pela irmã do ministro, Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire.

 

A Construservice disputou a licitação sozinha e o dono da empresa, Eduardo Imperador, amigo de longa da família, é suspeito de pagar propina a servidores federais para obter obras da cidade, cinco meses após a assinatura do contrato para a pavimentação do local.

 

Julimar Alves da Silva Filho, engenheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que assinou a autorização do valor orçado para a obra, foi afastado, sob suspeita de receber R$ 250 mil em propina de Eduardo Imperador.

 

Ao todo, o orçamento da obra ficou em R$ 7,5 milhões. Destes, R$ 5 milhões foram destinados ao trecho de 19km em frente às propriedades do ministro e de seus familiares, e o restante destinado a 11 ruas da cidade.

 

O ministro indicou a verba em 2020, quando era deputado federal.

 

'Compromisso com a região'

Em nota, a assessoria do ministro disse que considerar que a obra é um benefício apenas para Juscelino e familiares é "no mínimo leviano", "uma vez que a estrada liga os povoados de Estirão e Jatobá".

 

“É natural e previsível que, na qualidade de parlamentar, Juscelino Filho tenha o compromisso de levar recursos para a região, sua base política”. O ministro das Comunicações afirma que as propriedades rurais da família “são frutos de investimentos realizados ao longo de décadas” e passam “de pai para filhos”.

 

Codevasf

 

A empresa Codevasf disse que não tinha conhecimento que a estrada passa pela fazenda do ministro e familiares. Eles disseram que o responsável por escolher a empresa e a indicação das estradas é da prefeitura.

 

Conforme a companhia, Julimar Alves da Silva Filho foi afastado após as acusações de receber propina, mas continua recebendo salário de R$ 20 mil por mês.

 

Prefeitura

 

O secretário de Administração de Vitorino Freire, Josué Lima de Alencar, alegou que a escolha das estradas para receber o asfalto foi feita pelo município e que a empresa foi selecionada de acordo com os pré-requisitos da licitação.

 

A prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende, não se pronunciou sobre o caso.

 

Posted On Segunda, 30 Janeiro 2023 14:58 Escrito por

A parlamentar ficou 19 anos no partido e fez anúncio, neste domingo, pelas redes sociais

 

Por: Fernando Passarelli

 

A senadora por São Paulo Mara Gabrilli está deixando o PSDB, depois de 19 anos de filiação. Em postagem nas redes sociais, ela afirmou que vai migrar para o PSD.

 

Pela internet, a parlamentar escreveu: "Saio com gratidão do PSDB para o PSD, levando comigo a missão de continuar trabalhando pelo Brasil". Junto à publicação, postou uma foto com o tucano José Serra e o novo correligionário Gilberto Kassab.

 

Em entrevista publicada, neste domingo (29.jan), pelo jornal Folha de S.Paulo, a parlamentar afirmou que o antigo partido "deu uma bela encolhida". Ela disse ter ficado decepcionada com a distribuição dos recursos da legenda para as mulheres.

 

Candidata a vice-presidente da República na chapa de Simone Tebet (MDB/MS), Gabrilli fica no mandato de senadora até 2027. Ela já foi deputada federal por dois mandatos e vereadora em São Paulo.

 

 

Posted On Segunda, 30 Janeiro 2023 05:17 Escrito por

As cadeiras de presidente da Câmara dos Deputados e do Senado federal, que novamente entram em disputa nesta quarta-feira (1º), carregam uma "maldição" para a maioria daqueles que as ocuparam

 

RANIER BRAGON E DANIELLE BRANT

 

A de se manter em evidência ou, mais difícil ainda, ascender politicamente em comparação à ex-função, que está entre as mais importantes da República.

 

Nenhum político que ocupou essas cadeiras na história recente conseguiu depois chegar à Presidência da República pelo voto direto. Isso só ocorreu há cerca de 100 anos, com três senadores da República Velha (1889-1930).

 

No atual período democrático, 20 dos 30 antecessores do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) -que disputam a reeleição nesta quarta (1º)- passaram por estagnação política, declínio ou morreram pouco depois de deixar o mandato.

 

A perda ou iminente perda de poder é descrita na política por meio de algumas simbologias, como a de que até o café servido passa a ser frio, ou expressões como a síndrome do pato manco, mais comumente usada na política norte-americana para descrever a situação de presidentes em fim de mandato.

 

No caso da Câmara dos Deputados brasileira, uma metáfora usada por Ulysses Guimarães, que presidiu a Casa de 1985 a 1989, é repetida por Arlindo Chinaglia (PT-SP), que ocupou o mesmo posto do início de 2007 ao início de 2009.

 

A de que o presidentes da Câmara que volta ao rame-rame diário de um deputado comum é igual a um piano de cauda saindo do caminhão de mudança --todo mundo acha imponente, digno de respeito, mas ninguém sabe direito onde colocar aquilo.

 

"O determinante é como você chegou à presidência da Câmara e como você exerceu. Eu cheguei à conclusão de que às vezes mais importante do que você ganhar é como você ganhou. No meu caso, o que mais me sensibilizou foi o dia que eu presidi a última sessão. A hora que eu levantei da cadeira, eu fui aplaudido de pé. É aí que você sabe se você é respeitado ou não", afirma Chinaglia.

 

O petista, que toma posse na quarta do seu oitavo mandato, tentou voltar ao comando da Câmara em 2015, mas, mesmo sendo o candidato oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), perdeu no primeiro turno para Eduardo Cunha (MDB-RJ), que se tornou posteriormente o líder do processo que resultou no impeachment da presidente.

 

Os quatro antecessores de Arthur Lira passaram por situação parecida ou pior.

 

Marco Maia (PT-RS), que presidiu a Câmara no biênio 2011-2012, não conseguiu se reeleger deputado federal em 2018, saiu em período sabático no ano seguinte e, depois, virou diretor de uma fintech.

 

Seu sucessor no mais alto posto da Câmara, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) virou ministro do Turismo na gestão Dilma Rousseff, mas acabou preso em 2017 pela Operação Lava Jato. Tentou voltar à Câmara dos Deputados em 2022 para o seu 12º mandato, mas não se elegeu.

 

Eduardo Cunha (2015-2016) começou a assistir ao declínio político ainda na cadeira da presidência da Câmara.

 

Após liderar o impeachment de Dilma, foi afastado do cargo e do mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em maio de 2016, em meio às investigações da Lava Jato. Em setembro teve o mandato cassado pelo plenário da Câmara e, em outubro, foi preso.

 

Tentou voltar à Câmara nas eleições de 2022, desta vez por São Paulo, mas teve pouco mais de 5.000 votos e não se elegeu. Ele não quis dar entrevista.

 

Rodrigo Maia (RJ), que derrotou o centrão de Cunha e o sucedeu em 2016, foi um dos mais poderosos e longevos presidentes da Câmara.

 

Foram quatro anos, seis meses e 19 dias de comando -um mandato-tampão e dois completos-, o maior período ininterrupto desde Ranieri Mazzilli (1958-1965).

 

Nesse período, Maia foi, por exemplo, crucial para que Michel Temer (2016-2018) resistisse no cargo de presidente da República durante o escândalo da JBS, em 2017.

 

Já sob Bolsonaro, Maia conteve o andamento da chamada "agenda de costumes", distribuiu uma profusão de notas de repúdio contra assanhos antidemocráticos do mandatário e capitaneou ações na área econômica, como a reforma da Previdência.

 

Ao ver seu candidato (Baleia Rossi, do MDB) ser derrotado por Lira em 2021, porém, o poder se esvaiu de uma hora para outra.

 

"Essa é a beleza da democracia, a alternância de poder. A pessoa, quando sai da presidência da República, cai no mesmo dilema. Eu acho que o grande desafio é você não ficar olhando para trás, compreender que aquele circo passou e que você tem que procurar outros caminhos", afirmou Maia.

 

O deputado assumiu uma secretaria na gestão de João Doria, em São Paulo, não se candidatou em 2022 e afirma que voltará para a iniciativa privada a partir desta quinta-feira (2).

 

"Eu mesmo vim para São Paulo, foi um ótimo aprendizado. Agora estou indo para a iniciativa privada, e não deixei de ter meu espaço. Dei várias entrevistas desde que eu saí da da presidência da Câmara, dando a minha opinião. Então, continuo sendo um ator importante da política brasileira, sabendo que nada é comparável com a presidência da República, da Câmara ou do Senado."

 

Voltando mais no tempo, há os casos de presidentes que morreram de forma inesperada pouco após deixar o poder (Ulysses Guimarães e Luís Eduardo Magalhães) ou que, assim como Cunha, tiveram o nome envolvido em suspeitas de malfeito ainda na cadeira ou logo após deixá-la (Ibsen Pinheiro, Severino Cavalcanti e João Paulo Cunha).

 

Ibsen foi uma das figuras centrais do impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992.

 

No entanto, teve o mandato de deputado cassado dois anos depois em meio ao escândalo dos Anões do Orçamento. Embora o STF tenha em 1999 arquivado por falta de provas o processo no qual ele era acusado de enriquecimento ilícito e sonegação fiscal, Ibsen jamais recuperou o status político.

 

Como exceções à "maldição", é possível citar, entre outros, Michel Temer (MDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).

 

Ambos tinham forte ascendência sobre os seus partidos quando deixaram o posto. O primeiro se elegeu vice-presidente e, após ser um dos líderes do movimento pelo impeachment de Dilma, assumiu a Presidência.

 

O segundo, governou Minas Gerais por dois mandatos e se elegeu senador, chegando a quase vencer a disputa à Presidência da República, em 2014.

 

Ambos passaram por declínio político, mas muitos anos depois de deixarem o comando da Câmara.

 

Uma das explicações para a "maldição" das cadeiras de presidente da Câmara e do Senado é a de que elas representam um dos principais cargos da República, o que torna complexa a tarefa de manter ou ampliar o poder após deixá-la.

 

O presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória da presidência. O do Senado, o terceiro. Além de chefiarem o Congresso, ambos têm em suas mãos o controle sobre projetos e temas que irão a voto ou serão engavetados, distribuição de relatorias e verbas do Orçamento aos parlamentares, entre outras funções.

 

No Senado, a lista de ocupantes da principal cadeira que conseguiram escapar de declínio político é mais extensa, como mostram os ainda hoje senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (União-AP), ambos mantendo ainda grande influência política no Congresso.

 

Mas a queda livre também é observada por lá.

 

Eunício Oliveira (MDB-CE), por exemplo, não conseguiu a reeleição para senador em 2018, quando ainda estava sentado na cadeira de presidente da Casa. Ele voltará ao Congresso a partir desta quarta, mas na condição de deputado federal. A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com o parlamentar.

 

 

 

Posted On Segunda, 30 Janeiro 2023 05:14 Escrito por
Página 201 de 951